Nunca o nome do menino

Nunca o nome do menino Estevão Azevedo




Resenhas - Nunca o nome do menino


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Morgana K 21/04/2022

Foi o livro mais confuso que já li...

A única coisa que me chamou atenção e que achei interessante, foi a forma como o autor terminou o livro, apesar de não ter entendido assim que o li.
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Batata 29/12/2016

Estevão Azevedo é um exímio explorador das palavras, das sílabas, da forma em que cada letra se encaixa na oração. É de uma precisão as vezes imprecisa, autor de frases de impacto que nos leva a uma narrativa impactante.

Logo no primeiro capítulo somos introduzidos à uma mulher que amputou o dedo ao perceber que era personagem de um livro. Um tanto quanto dramático, mas que fisga o leitor logo nas primeiras frases. Seria isso verdadeiro? Sua suspeita era real? Ela realmente estava presa dentro de um livro e o autor a obrigava a seguir um roteiro?

É preciso estar muito atento à escrita de Estevão, por vezes a personagem chama atenção para os leitores desatentos, conversa conosco como se fossemos cúmplices do autor que a deixara naquela situação. Ela nos relata como descobriu ser apenas uma personagem, e por trás dessa paranoia há uma vida correndo.

Ela se distrai, faz coisas loucas, se diverte ao contar sua história enquanto por dentro não passa de um drama triste a qual ela quer se livrar. Ela quer ser apenas ela mesma, mas como ser você mesmo, se não sabe como você é? Ela foi criada por um autor, não há como ser ela mesma. Uma angústia nos sobe com tanto sentimento em antítese.

Diante dessa novela, ainda há um menino. Ela o conheceu quando criança e mais tarde ele retornara a sua adolescência. Nunca o nome do menino nos deixa extasiados com a riqueza de detalhes, dramas carregados e peças interligadas de anos depois. Tudo se encaminha para um final fatal e embora parecesse que o leitor não poderia se surpreender mais, ele é surpreendido.

Estevão conseguiu com que ficássemos curiosos o livro todo, que devorássemos cada alcunha, cada particularidade. Nos deixou surpresos do início ao fim. Azevedo nos mata a cada fim de capítulo, a cada alternação entre o menino na adolescência e a mulher em sua vida adulta.

Quem somos nós? Talvez também tenhamos o mesmo destino que essa moça. Somos apenas comandados por um autor?

Essa é uma edição belíssima para uma história encantadora, à altura. A diagramação é bem feita, as folhas são amareladas e quase aveludadas, tal qual a capa. A leitura flui com uma naturalidade imensa, e embora tenhamos que prestar muito atenção às antíteses e metáforas, é um livro que vale a pena ser lido.

Esta resenha foi feita originalmente para o blog O Casulo das Letras, clique no link abaixo para ler a resenha na íntegra com fotos e citações da obra.

site: http://ocasulodasletras.blogspot.com.br/2016/12/resenha-nunca-o-nome-do-menino-estevao.html
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Valnikson 25/08/2016

#71 Nunca o Nome do Menino
O potiguar Estevão Azevedo certamente merece destaque no cenário da literatura brasileira recente. Reconhecido principalmente pelos contos, ele também se faz notável no desenvolvimento criativo da narrativa longa. Seu romance de estreia, 'Nunca o Nome do Menino', apresenta uma narradora convencida de que é apenas a personagem de um livro de ficção, tendo seu destino guiado pelas linhas tortas de um autor desconhecido. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2016/08/25/71-nunca-o-nome-do-menino/
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Rossana 09/10/2016

Nunca o nome do menino
Estevão Azevedo é garimpeiro das palavras. É ourives, seu texto é joia preciosa. Turmalina Paraíba, aliás, POTIGUAR como eu.
Eloiza Cirne 10/10/2016minha estante
Lindas palavras para descrever a delicada escrita do Estevão Azevedo.




ElisaCazorla 19/10/2016

Quem eu sou??
Um livro sobre a literatura de modo geral, mas muito bem escrito e com um toque poético sutil e interessante. A protagonista nos envolve em sua vida de forma curiosa. Me perguntei muitas vezes por que eu estava tão interessada na vida dela e o que, exatamente, me fazia correr até o final. Aliás, a busca pelo final também é uma das angústias dessa personagem melancólica e apática.
O livro levanta muitas dúvidas sobre o enredo em si, mas nos faz pensar muito sobre a literatura e a relação entre o autor e seus personagens; entre criatura e criador. Neste sentido, um debate mais longo pode até ultrapassar a literatura e avançar para outros universos de criadores e criaturas.
Gostei muito! Gostei do desfecho. Achei que não poderia ter sido melhor.
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