Camila Conti 04/01/2010
Esse segundo livro da série [ei, não li o primeiro, confesso] dá o tom do que vem pela frente pela própria dedicatória do autor, Quino, ainda nas primeiras páginas: “para a Humanidade embora não para toda ela”. O que dizer da Mafalda, essa personagem tão única e peculiar construída em um universo infantil, de forma tão original e inteligente? Sempre digo que a Mafalda é uma espécie de Calvin ao contrário: ainda que criança, é uma menina e desprovida [na maioria das vezes] da inocência infantil [típica do Calvin], para despertar nos adultos [principalmente seus pais] algumas das maiores inquietações acerca do mundo. Vide a tira da página 42 onde Mafalda, na sala de aula, vê a professora ensinando: “Minha mãe me mima. Minha mãe me ama”. No quadro seguinte, Mafalda levanta, cumprimenta a professora e diz: “Parabéns, professora. Pelo visto, sua mãe é ótima. Agora, por favor, nos ensine coisas realmente importantes”.
Sensacional!