Um amor feliz

Um amor feliz Wislawa Szymborska




Resenhas - Um amor feliz


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Danilo.Castello 22/03/2024

Para o meu próprio poema
Meu primeiro contato com a autora, muito interessante a forma que ela brinca com as palavras, mas ainda assim alguns dos poemas não me encantaram tanto.

"Na melhor das hipóteses,
meu poema, você será lido atentamente,
comentado e lembrado.

Na pior das hipóteses
somente lido.

Terceira possibilidade ?
embora escrito,
logo jogado no lixo.

Você pode se valer ainda de uma quarta saída ?
desaparecer não escrito
murmurando satisfeito algo para si mesmo."
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Yara 29/02/2024

Ler os poemas dessa queen foi uma realização pessoal, fazia tempo que paquerava trechos diversos no Instagram.
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Olivia 01/12/2023

Coletânea de poemas
A autora consegue trazer uma reflexão sobre as coisas mais ínfimas do dia a dia.
Uma delícia ver o mundo através das poesias dela!
Profundo e inspirador.

"Morrer só o necessário, se exceder a medida
Regenerar quanto for preciso da parte que restou
Também nós, é verdade, sabemos nos dividir
Mas somente em corpo e sussurro interrompido
Em corpo e poesia"

" e todo conhecimento que não gera em si novas perguntas logo se torna morto, perde a temperatura que sustém a vida"
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rntpincelli 07/11/2023

Criado num contexto socialista, o livro da poetisa polonesa, agraciada com o Nobel de Literatura de 1996, não tem nada de política. Ou será que tem? Com tradução de Regina Przybycien, esta obra reúne, em edição bilíngue, os poemas publicados em Chamando por Yeti (1957), Sal (1962), Muito divertido (1967), Todo o caso (1972), Um grande número (1976), Gente na ponte (1986), Fim e Começo (1993), Instante (2002), Dois Pontos (2006), Aqui (2009) e Chega (2012).

Dos vinte e poucos poemas que marquei entre os preferidos, notei agora, enquanto escrevo, que alguns têm sim um olhar mais político. Mas não são de propaganda, são de questionamento. Em “Natureza Morta com um Balãozinho”, Szymborska lista todos os objetos que gostaria ter de volta no momento derradeiro. Não deixa de ser uma crítica ao consumismo e um lembrete que desta vida não se leva nada, nem o balãozinho dos tempos de criança.

No seu “Salmo”, ela nos lembra como as fronteiras dos países são permeáveis: animais e plantas não estão nem aí para as linhas de demarcação. E, por isso, “só o homem pode ser verdadeiramente estrangeiro”. Estrangeiros que sofrem como os judeus poloneses, transportados e abatidos feito gado pelos nazistas mas relembrados em “Ainda”.

Mais frequente, porém, é a questão da enumeração. No “Censo”, a poeta lista todas as características de Troia, subindo até os “três bilhões de juízes” (hoje, oito bilhões) para concluir que o Homero de hoje pode muito bem ser um estatístico ignorado por todos. Diante do “Número Pi”, com sua infinidade de algarismos, ao mesmo tempo menor e maior que tudo, ela se espanta com a “indolente eternidade a durar”. O mesmo misto de espanto e encanto ecoa em “Microcosmo”, onde se debruça sobre os microorganismos. Como Przybycien nota no prefácio, a curiosidade de Wislawa sobre o mundo não é antropocêntrica — talvez por isso ela continue a ser tão instigante e tão jovem.
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Vi 16/10/2023

Minha vida e alguns desses poemas se entrelaçaram muitas vezes desde 2019, parece que eu fiquei por muito tempo procurando alguns sentimentos que só encontrei aqui.
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Manoela138 13/09/2023

Um amor feliz
Já havia lido a coletânea Poemas da Wislawa e gostei muito, mas achei Um amor feliz bem mais difícil de entender.
Contudo, sempre vale a pena sair da zona de conforto e ter contato com leituras mais desafiadoras.
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Bruno.Dellatorre 23/07/2023

É a pior coletânea dela
E ainda assim é um excelente livro. Wislawa não tem erro: é poesia, mas é também conversa, desabafo, escape. E ironia, claro, que nunca é demais.

Minha razão pra não amar essa seleção como as outras duas é bastante pessoal: ele cobre muito a fase inicial dela, sobretudo dos primeiros livros: Chamando por Yeti e Sal, que contém sim bons poemas, mas a maioria me soa um pouco mais hermética que o normal, distante, vaga... e em alguns casos sem graça.

Em compensação, aqui estão alguns fortes vínculos meus com a obra dela. Destaco:
- ABC (li tantas vezes pra mim e pros outros que já decorei - em português e em polonês)
- Poça d'água (o último parágrafo às vezes me serve de mantra e também já decorei em ambas as línguas)
- Um amor feliz (clássico)

Antes de eu ler o livro de fato, dei umas espiadas e em meio a elas os três títulos acima me apareceram. Me fisgaram e não largaram ainda.

Durante a leitura convencional (de cabo a rabo), encontrei outras pérolas que gostaria de citar:
- Vida difícil com a memória
- Sobre a morte sem exagero
- Mapa
- O silêncio das plantas
- Identificação (esse é super forte, nossa...)
- Microcosmo

Tem também outros legais e muitos que passaram batido.

Meu veredito final: ainda que a coletânea mais fraca da escritora, inferior a "Poemas" e "Para meu coração num domingo", não se pode deixar de lado "Um amor feliz", não só por ter boas pérolas mas simplesmente por ser pedaço da obra szymborskiana. E isso significa: leitura obrigatória, sem desculpas.
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Yasmin O. 18/07/2023

Riso - Wislawa Szymborska

"A menina que fui -
conheço-a, é claro.
Tenho umas fotos
de sua vida breve.
Sinto certa pena
de alguns versinhos.

(...)

Criança engraçada,
Como podia saber
que até o desespero traz vantagens.
se por sorte
se vive mais tempo.

(...)

Era melhor que você voltasse
para o lugar de onde veio.
Não lhe devo nada,
uma mulher comum

(...)

Não nos olhe desse jeito
com esses teus olhos
tão abertos
como os olhos dos mortos."
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Adriana1037 23/04/2023

Só...bom
Alguns poemas eu gostei, mas foram poucos. Não me conectei muito com a poesia dela. A edição é ótima e caprichada.
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Livia M. 26/03/2023

Poema ou poesia
Que importa a diferença
Sua primeira experiência
Nuns a ideia não alcançada
Noutros até emocionada
Apreciando a melodia

#voltaaomundoem50livros
14/50
Polônia
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Felip_ 04/02/2023

Lindo, porém ordinário
É uma coletânea de uma poeta reflexiva e fofa, que vê com espanto e curiosidade os mínimos detalhes do universo, um tipo de simplicidade que a gente tem que retornar sempre, de tempos em tempos, depois de uma série de leituras complexas e pessimistas. É fofo, é feminino, é preciso; o poema que dá título, "um amor feliz" é um tipo de texto que vai ficar contigo.
Só que esse tipo de poesia simples e objetiva é algo muito comum para quem lê poesia brasileiro: Manuel Bandeira, Manoel de Barros, Cora Coralina, alguns livros do Drummond, etc, então não tem nada de muito novo para mim, esses já me alimentaram de otimismo.
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Vitória Romeiro 13/01/2023

morrerei com asas; sobreviverei com garras práticas.
o que essa mulher faz com as palavras é inexplicavelmente maravilhoso de se ler.
um deleite literário!
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jade 26/12/2022

o que essa mulher faz com as palavras é surreal. vontade de sair recomendo pra todo mundo e ao mesmo tempo de guardar so pra mim
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Polly 10/08/2022

Um amor feliz: gostei (#179)
Mais uma vez vou começar a impressão literária de um livro de poesia dizendo que essa não é muito a minha praia. Poesia não é algo que leio espontaneamente. Até posso curtir textos poéticos, mas os prefiro de forma oral, eles me tocam muito mais dessa forma. Para mim, é muito mais proveitoso ouvir a poesia declamada do que a experienciar solitariamente numa leitura.

No entanto, Wislawa Szyborska escrevia de um jeito tão gostoso que sua poesia é capaz de conquistar até os corações mais pedregosos para ela como o meu. Com uma poesia preocupada com as grandes questões da vida, bem como com o pensar sobre a arte e o ofício do poeta, além de refletir sobre chagas sociais, a autora consegue nos envolver com uma escrita simples, mas cheia de sentimentos (e ironias). Acho que a melhor maneira que consigo descrever a poesia de Wislawa é que ela é uma poetisa pessimista, que sabe e se deslumbra com o fato de que a vida é um milagre. Parece contraditório, mas funciona perfeitamente bem. Garanto.

Eu, que jamais compro um livro de poesia por conta própria (esse foi para uma leitura coletiva), facilmente compraria e leria outro de Szyborska. Gostei bastante e indico para quem quer aprender a gostar do gênero.
Fabio.Madeira 10/08/2022minha estante
Está na minha lista :) como você, também não sou fã de poesia, mas acredito que esse caso será diferente!




Wacinom 02/08/2022

Gostei mais de " para meu coração num domingo", mas sempre bom conhecer várias nuances de um mesmo escritor .
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