Um amor feliz

Um amor feliz Wislawa Szymborska




Resenhas - Um amor feliz


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Karina Paidosz 29/07/2021

"Os poetas são poesia, os escritores são prosa"
Poeta filosófica, ou poeta da consciência do ser.
Linda e plena, suas poesias são tão vivas e reflexivas.

Em seu discurso do Nobel, que se encontra no posfácio desse livro, a poeta defende que a ?inspiração, seja ela o que for, nasce de um incessante ?não sei??. Assim é o eu lírico de Szymborska: curioso e interessado por tudo que vá além de sua compreensão.

"Nada duas vezes
Nada acontece duas vezes
Nem acontecerá. Eis nossa sina.
Nascemos sem prática
E morremos sem rotina."
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Vitória Romeiro 13/01/2023

morrerei com asas; sobreviverei com garras práticas.
o que essa mulher faz com as palavras é inexplicavelmente maravilhoso de se ler.
um deleite literário!
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jade 26/12/2022

o que essa mulher faz com as palavras é surreal. vontade de sair recomendo pra todo mundo e ao mesmo tempo de guardar so pra mim
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Retalhos e Prefácios 27/02/2020

Uma delícia de livro.
"(...) Só o que é humano pode ser verdadeiramente estrangeiro.
O resto é bosque misto, trabalho de toupeira e vento." - Salmo, pág.153

Wislawa Szymborska foi uma poeta polonesa, falecida em 2012, que lançou, ao longo dos seus 89 anos, 12 coletâneas de poemas.

Em 1996, foi uma das poucas mulheres a receber o prêmio Nobel de Literatura.

Em "[um amor feliz]", Regina Przybycien assume, não só a tradução dos poemas, como a seleção dos mesmos e, ainda, assina um prefácio que serve como um ótimo apoio para o que vamos encontrar no conteúdo desta obra linda, editada pela Companhia das Letras.

A seleção de Regina se deu a partir de toda a obra da poeta e traz, ao final, o discurso de Wislawa no recebimento de seu Nobel. Discurso este que é uma verdadeira lição de humildade e pés no chão.

Percorrendo os poemas, que foram organizados de forma cronológica, podemos perceber a forma como Szymborska via e percebia o mundo.

Sua escrita é bastante acessível, mas nem de longe superficial. Pelo contrário, li e reli alguns poemas e, ainda assim, saí da leitura com a impressão de não ter alcançado tudo o que ela quis expressar.

Mas poesia é exatamente isso!

Este não é um livro para se ler de uma sentada só. Embora suas 327 páginas, de uma edição bilíngue, permita que isso seja feito com tranquilidade, fique certo que fará melhor proveito ao apreciá-lo aos poucos.

site: @aquelaepifania
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Mariana Dal Chico 08/10/2019

[um amor feliz] de Wislawa Szymborska é meu segundo livro da autora, [poemas] entrou para minha lista de favoritos da vida e foi a primeira coletânea em que todos os poemas me agradaram.

O prefácio “O número Pi e a poesia” foi escrito por Regina Przybycien introduz brevemente a origem da autora, fala sobre a forma como Szymborska se interessava pelo mundo de forma ampla e não apenas antropocêntrica, a escolha dos poemas que estão no livro, a experiência de tradução e dificuldade com o jogo de palavras de expressões típicas polonesas.

A leitura me acompanhou por alguns meses, o tempo todo lutei com a ânsia de querer devorar suas palavras e a necessidade de ler com calma para degustar as poesias por mais tempo.

No final há o discurso que a poeta proferiu ao receber o Prêmio Nobel em 1996.
“E todo conhecimento que não gera em si novas perguntas logo se torna morto, perde a temperatura que sustém a vida.”

A experiência de leitura de [um amor feliz] foi maravilhosa, mas [poemas] é meu preferido.

Ainda não estou pronta para me distanciar desse livro, preciso reler mais algumas vezes meus poemas preferidos antes de colocá-lo na estante.

Merecem destaque: Riso, Monólogo para Cassandra, Decapitação, Um amor feliz, Sorrisos, O ódio (meu preferido), Poça d`água, A cortesia dos cegos, Pensamentos que me visitam nas ruas movimentadas, Divórcio, Correntes e Para meu próprio poema.


site: https://www.instagram.com/p/B3Xey6ujbaK/
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Naty__ 06/02/2017

Surpreendente!
Regina Przybycien fez uma seleção de poemas de Wislawa Szymborska. A escolha foi feita a partir de toda a obra da autora, mas, em especial, os poemas da fase inicial (dos livros de 1957, 1962 e 1967) e da final (publicados já no século XXI), além de incluir o póstumo Wystarczy (lançado em 2012) e o discurso proferido pela autora quando recebeu o prêmio Nobel.

A distribuição foi feita por ordem cronológica para dar uma ideia dos temas que a autora abordou ao longo de meio século de atividade literária. Em sua maioria, os temas são sombrios, além de usar um tom irônico para as tragédias do século, a fragilidade da vida, indiferença do universo, a incomunicabilidade entre os homens e as outras formas de vida.

Wislawa sabe ser sutil, mas, ao mesmo tempo, intensa; sabe nos fazer refletir sobre pontos que muitas vezes sequer damos credibilidade. Um exemplo claro disso é retratado em seu discurso, ela afirma que valoriza as palavras “não sei”, pois são elas que possibilitam a abertura para outros modos de ver e ser.

“[...] Pequenas, mas de asas poderosas que expandem nossa vida por espaços contidos em nós mesmos e espaços nos quais está suspensa nossa minúscula Terra. Se Isaac Newton nunca tivesse dito a si mesmo ‘não sei’, as maçãs do pomar poderiam ter caído como granizo diante de seus olhos e ele, na melhor das hipóteses, teria se abaixado para apanhar uma e comido com apetite.” (p. 325)

Fica evidente que a autora tinha interesse por ciências. Astronomia, matemática e biologia forneciam inspiração para suas criações, além de fazer o leitor refletir sobre a fantasia e os fatos da natureza, ou seja, a evolução – conforme observado por Przybycien.

Przybycien deixa claro que traduzir Szymborska é uma atividade lúdica, porém, muitas vezes um pouco sofrida e isso ocorre porque sua linguagem clara e aparentemente acessível pode ser enganosa. Para a tradutora, a dificuldade está em existir jogos de palavras tirados de expressões correntes da língua portuguesa e que poderia perder o sentido se traduzido para o nosso idioma oficial, sem contar as rimas que se perderiam.

Esse foi meu primeiro contato com Szymborska, passo inicial para que eu tenha acesso a outras obras dela. Um jeito encantador de mostrar poesia, de escrever poemas e de falar coisas tão pequenas, talvez insignificantes, mas de forma intensa e marcante. É uma autora que merece ser lida, conhecida, ainda que a pessoa não seja leitora do gênero. Não podemos nos prender ao que estamos habituados, é necessário sair da zona de conforto para conhecer outros mundos, ampliar nosso conhecimento, nosso vocabulário e divagar em dimensões que outrora não fazíamos.

Quotes:
“Nem um dia se repete,
não há duas noites iguais,
dois beijos não são idênticos,
nem dois olhares tais quais.” (p. 31)

“Jamais vou descobrir
o que A. pensava de mim.
Se B. até o fim não me perdoou.
Porque C. fingia que estava tudo bem.
Que papel teve D. no silêncio de E.
O que F. esperava, se é que esperava.
Porque G. fingia, já que sabia muito bem.
O que H. tinha a esconder.
O que I. queria acrescentar.
Se o fato de eu estar ali ao lado
teve qualquer importância
para J., para K. e para o resto do alfabeto.” (p. 237)

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/02/resenha-um-amor-feliz.html#.WJjyxjsrLIU
Marta 07/02/2017minha estante
Mesmo não lendo muito livros de poema gostei muito desse livro!!
Bjoo


Lana Wesley 07/02/2017minha estante

Tenho me interessado cada vez mais por livros de poesias, e por isso sempre que vejo algum já quero logo adquirir, e esse não foi diferente. Ainda não conhecia a obra dessa autora, e fiquei bastante cativada pelo fato de aborda a revolução da época retratada, de forma irônica para as tragedias da época, além de nos fazer refletir sobre coisas ou assuntos que não damos credibilidade.


Maria 11/02/2017minha estante
Não sou fã de poesias, dificilmente leio, devido algumas que não compreende, não sei o que o autor queria passar, mas gostei dos quotes desse, principalmente do alfabeto.


Marlene C. 04/03/2017minha estante
Oi.
Sinceramente ja vou dizendo que não curto poesias, não entra na minha cabeça frases poéticas ou complicadas, não me interessei pela obra, mas fiquei muito interessada em conferir, espero gostra.
Bjs.


Isabela | @sentencaliteraria 21/06/2017minha estante
Oi Naty ;)
Apesar de não ser acostumada a ler livros de poesia, estou me acostumando fazer mais isso.
Adorei o último poema, acho que o estilo de poesia Szymborska irá me agradar bastante, com esse jeito dela de falar sobre assuntos "pequenos", mas fazendo isso de forma intensa e marcante, como você disse.
Bjos




Manoela138 13/09/2023

Um amor feliz
Já havia lido a coletânea Poemas da Wislawa e gostei muito, mas achei Um amor feliz bem mais difícil de entender.
Contudo, sempre vale a pena sair da zona de conforto e ter contato com leituras mais desafiadoras.
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raíssa. 23/02/2022

Definitivamente menos excitante que o primeiro livro (Poemas), mas ainda assim com uma riqueza de cotidianidade que oficializa que até nas coisas mais simples se pode ir em profundidade.
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iamlucaz 01/02/2022

Comprei o livro unicamente por causa do poema ?Autotomia? da autora, que para mim é uma das maiores coisas já escritas pela raça humana. E por causa deste poema, tive que ler todos os outros deste volume. Únicos, vívidos, reais e diferentes. Uma experiência leve e inspiradora.
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Rosa Santana 14/01/2018

A quem gosta de poesia (e a quem não gosta também!)
Alguns gostam de poesia

Alguns ?
quer dizer que nem todos.
Nem sequer a maior parte mas sim uma minoria.
Não contando as escolas onde se tem que,
e quanto a poetas,
dessas pessoas, em mil, haverá duas.

Gostam ?
mas gosta-se também de sopa de espaguete,
dos galanteios e da cor azul,
do velho cachecol,
brindar à nossa gente,
fazer festas ao cão.

De poesia ?
mas que é isso a poesia?
Muitas e vacilantes respostas
já foram dadas à questão.
Por mim não sei e insisto que não sei
e esta insistência é corrimão que me salva.
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Wacinom 02/08/2022

Gostei mais de " para meu coração num domingo", mas sempre bom conhecer várias nuances de um mesmo escritor .
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Maia 14/10/2021

Essa mulher é maravilhosa, a leveza e naturalidade dos seus versos pode fazer sua obra passar por algo simples, mas não são. É a linguagem direta e limpa que traz a potência dos versos. Essa edição ainda traz o lindo discurso de recebimento do Nobel em 1996.
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Olivia 01/12/2023

Coletânea de poemas
A autora consegue trazer uma reflexão sobre as coisas mais ínfimas do dia a dia.
Uma delícia ver o mundo através das poesias dela!
Profundo e inspirador.

"Morrer só o necessário, se exceder a medida
Regenerar quanto for preciso da parte que restou
Também nós, é verdade, sabemos nos dividir
Mas somente em corpo e sussurro interrompido
Em corpo e poesia"

" e todo conhecimento que não gera em si novas perguntas logo se torna morto, perde a temperatura que sustém a vida"
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Vi 16/10/2023

Minha vida e alguns desses poemas se entrelaçaram muitas vezes desde 2019, parece que eu fiquei por muito tempo procurando alguns sentimentos que só encontrei aqui.
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Maria.Batagin 23/07/2022

A poeta lírica polonesa Wislawa Szymborska (Prêmio Nobel de literatura em 1996), começou uma verdadeira ?febre Szymborska? no Brasil: ótimas vendas, esplêndidas resenhas e uma enorme repercussão garantiram um novo e amplo público para essa poesia que fala diretamente com o leitor.
A obra de Szymborska equilibra-se entre o rigor e a observação.
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