Tess de los d

Tess de los d'Urberville Thomas Hardy




Resenhas - Tess dos D'Urbervilles


54 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Beatriz3345 04/04/2024

Hardy sendo Hardy?
Como sempre, o livro é triste. O romance em si é só desgraça e mostra muito sobre ingenuidade e a pressão social que as famílias e mães exerciam sobre seus filhos. Hardy gosta muito de trabalhar características sociais em suas obras. Esse em questão, Hardy mais uma vez faz uso da religião para nos mostrar como ela influenciava a sociedade da época, sem contar também, como a mesma era responsável pelo código moral vigente da época. Ele também trabalha um fato histórico muito legal, que foi o período em que o Brasil, ainda Império, recebia imigrantes de vários outros países e incentivava a vinda deles por meio da promessa de doação de terras, o que também fala muito sobre o movimento dos ingleses, que também buscavam melhorias de vida em vários lugares, a revolução industrial da época, fez com que muitos procurassem outros países, devido à miséria em que viviam. É um livro cheio de informações e muito legal, apesar de triste, também dá para notar a influência de outras obras, como Paraíso Perdido. Hardy é excelente e com certeza é um dos melhores escritores ingleses.
comentários(0)comente



Gabrielle.Quinlan 17/03/2024

Surpreendente
Fiquei impressionada com a crítica social contida no livro e com o quanto o autor trata com sensibilidade essa protagonista feminina.
Tem muito sofrimento, mas é altamente envolvente.
O arco de desenvolvimento da Tess é perfeito.
Os pequenos plots da narrativa são perfeitos e prendem muito quem lê.
Thomas foi um tanto prolixo nas descrições, não vou negar. Mas, vencendo esse pequeno obstáculo, achamos o ouro.

Fiquei muito muito muito surpresa de ler algo com essa perspectiva escrita nessa época, ainda mais por um homem.

Foi perfeito, cada pequeno momento, fiquei apaixonada e pretendo ler mais do autor.
comentários(0)comente



LucAlio.CAmara 13/03/2024

Tess
Início: 09/03/2024
Livro: Tess dos D'Urbervilles
Autor: Thomas Hardy
Origem: Inglaterra
Páginas: 352

Leitura em dupla
Romance

Sobre o que achei:

Tess dos D'Urbervilles é um romance que conta a história de Tess, uma jovem camponesa que descobre que sua família pode ter conexões com a nobre família D'Urberville.

Tess é uma personagem que luta contra as expectativas da sociedade vitoriana e enfrenta desafios devastadores ao longo do enredo. O livro explora as dificuldades enfrentadas por Tess e como suas escolhas são influenciadas pelo contexto social em que vive.

A narrativa é rica em detalhes e profundidade psicológica, levando o leitor a refletir sobre questões universais como amor, destino e redenção. É uma obra atemporal.

O execceso detalhista na narrativa deixou a escrita bastante arrastada!

CURIOSIDADE sobre o livro Tess dos D'Urbervilles é que, quando foi publicado pela primeira vez em 1891, a obra causou bastante controvérsia devido aos temas abordados, como a sexualidade feminina, a hipocrisia da sociedade e as injustiças sociais. Alguns críticos consideraram o livro como imoral e ofensivo, enquanto outros o elogiaram por sua profundidade e realismo.

E vcs já leram?
comentários(0)comente



jessyroux 06/03/2024

Perfeito
"Tess of the d'Urbervilles" é uma obra-prima de Thomas Hardy que oferece uma narrativa rica e emocionante sobre a vida de Tess Durbeyfield, uma jovem mulher cuja vida é marcada por tragédias e injustiças. Hardy habilmente explora temas como destino, moralidade e injustiça social através da jornada de Tess, cuja beleza e inocência são constantemente testadas pelo mundo cruel ao seu redor. A prosa de Hardy é densa e poética, mergulhando o leitor nas paisagens rurais da Inglaterra do século XIX e nas complexidades da condição humana. "Tess of the d'Urbervilles" é uma leitura profundamente comovente e reflexiva que continua a ressoar com os leitores até hoje.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Luccal1 25/02/2024

Pra mim a própria existência desse livro é uma anomalia temporal. Um romance de 1800 sobre estupro que escancara a hipocrisia da sociedade vitoriana, recheado de referências, linguagem poética, te insere na vida campestre. A visão desse autor transpassa até entendimentos atuais, não consigo recomendar o suficiente e já coloquei todos os outros dele na lista. Incrível como uma história tão tragica conseguiu me dar uma certa paz. O medo do outro de si sempre foi e será o que nos paraliza, as vezes o viver na insanidade ganha de uma vida de medo.

CITAÇÕES

Sentindo-se antagonista, estava, na verdade, em harmonia. Fora forçada a quebrar uma lei social, mas nenhuma lei da natureza, em meio à qual imaginava-se tamanha anomalia

Alguns poderiam arriscar o estranho paradoxo de que, com mais animalismo, ele teria sido um homem mais nobre.

Ninguém culpou a Tess tanto quanto ela culpou a si mesma

era o toque de imperfeição sobre a quase perfeição que lhe conferia a doçura, pois era aquilo que lhe dava sua humanidade.

Os empregados da vacaria viviam confortavelmente, placidamente e alegremente. Sua posição era, talvez, a mais feliz de todas na escala social: acima da linha onde termina a pobreza, e acima da linha em que as conveniências sociais começam a restringir o sentimento natural, e o estresse das modas triviais fica muito aquém do suficiente.

?Não sei nada a respeito de fantasmas?, ela dizia; ?mas sei que nossas almas podem sair de nossos corpos enquanto ainda estamos vivos.?

Afastou- se de antigas associações e conheceu algo novo da vida e da humanidade.Ela não consistia em uma existência, uma experiência, uma paixão ou uma estrutura de sensações para ninguém além de si mesma. Para todo o restante da humanidade, Tess era apenas um pensamento passageiro.Contudo, essa limitação baseada em retalhos de convenção, habitada por fantasmas e vozes hostis, era um triste e equivocado produto da imaginação de Tess? uma nuvem de duendes morais pelos quais sentia- se aterrorizada sem razão. Eram eles que estavam em desarmonia com o mundo real, não ela.era o toque de imperfeição sobre a quase perfeição que lhe conferia a doçura, pois era aquilo que lhe dava sua humanidade.Enquanto caminhavam a seu lado, o antigo sentimento de Angel reviveu dentro dele? que quaisquer que fossem suas vantagens em comparação, nenhum dos dois via ou vivia a vida como realmente era. Talvez, como acontece com muitos homens, suas oportunidades de observação não fossem tão boas quanto suas oportunidades de expressão. Nenhum dos dois tinha uma concepção adequada das forças complicadas a ativas fora da corrente suave e gentil na qual eles e seus associados flutuavam. Nenhum dos dois via a diferença entre a verdade local e a verdade universal; que aquilo que o mundo interior dizia em sua audição clerical e acadêmica era bastante diferente daquilo que o mundo exterior pensava.no que diz respeito à acuidade intelectual, acho que você, como um dogmatista satisfeito, deveria deixar a minha em paz, e perguntar o que foi feito da sua.?embora o jovem não pudesse aceitar o rígido dogma do pai, reverenciava sua prática e reconhecia o herói por baixo do crente. Talvez reverenciasse a prática de seu pai mais do que nunca, haja vista que, na questão de tornar Tess sua esposa, o pai não pensara vez alguma em perguntar se tinha posses ou se era pobre. O mesmo desinteresse que tornara necessário a Angel buscar seu sustento como fazendeiro, e provavelmente manteria os irmãos na posição de pobres vigários até o fim de suas atividades; mas Angel o admirava mesmo assim. De fato, apesar de sua própria heterodoxia, Angel sentia com frequência que estava mais próximo de seu pai do lado humano que qualquer um de seus irmãos.?Oh! Meu amor, por que eu o amo tanto!?, ela sussurrava a sós; ?pois aquele que você ama não é meu verdadeiro eu, mas alguém à minha imagem; aquela que eu poderia ter sido!?Ela era um tipo de pessoa celestial, que devia seu ser à poesiaO moinho continuava funcionando, pois comida era uma necessidade perene. A abadia perecera, pois crenças são transitórias.?Penso com mais benevolência sobre as pessoas quando estou afastado delas?,Com toda sua buscada independência de discernimento, esse avançado e bem- intencionado jovem rapaz, uma amostra dos últimos vinte e cinco anos, ainda era o escravo dos costumes e das convenções quando surpreendido por seus antigos ensinamentos.Sentia- se envergonhada pela sua tristeza noturna, baseada em nada mais tangível que um senso de condenação sob uma lei arbitrária da sociedade sem bases na Natureza.Ao considerar aquilo que Tess não era, ignorava aquilo que era, e esquecia- se de que o imperfeito pode ser mais que o inteiro.Aquele que tecera sua perdição estava agora do lado do Espírito, enquanto ela permanecia degenerada.ela se apoiou. ?Não posso acreditar em mudanças tão repentinas! Sinto- me indignada ao ouvi- lo dirigir- se a mim dessa maneira quando sabe? quando sabe o mal que me fez! O senhor, e aqueles como o senhor, desfrutam de todo o prazer possível nessa terra tornando as vidas daqueles como eu amargas e sombrias de tanta dor. E, então, que ótimo, quando estão fartos, pensar em garantir o prazer no paraíso ao converter- se!Ah, se eu pudesse fazer seu querido coração doer- se um minutinho a cada dia, como o meu todos os dias, o dia inteiro sangra, poderia levá- lo a apiedar- se de sua pobre e solitária mulher.Tendo há muito desacreditado os antigos sistemas de misticismo, ele agora começava a desacreditar as velhas considerações da moralidade. Ele pensava que precisavam de ajustes. Quem era o homem moral? Ainda mais pertinentemente, quem era a mulher moral? A beleza ou feiura de um caráter não está apenas em seus feitos, mas em suas intenções e impulsos; sua verdadeira história não se encontra naquilo que realiza, mas naquilo que sonha.Quaisquer que fossem seus pecados, não eram pecados de intenção, mas de inadvertência, e por que deveria ser punida de forma tão persistente?sua Tess original havia cessado espiritualmente de reconhecer o corpo diante dele como dela? permitindo que flutuasse, como um cadáver na correnteza, em uma direção dissociada de sua vontade viva.?Não pense no passado!?, disse ela. ?Não pensarei em nada além do presente. Por que deveríamos?!? Quem sabe o que o amanhã nos reserva??
comentários(0)comente



carvisc 02/02/2024

Tess dos D'Ubervilles
Tess dos D’Urbervilles, apesar de ser um romance, é uma obra de Thomas Hardy. Famoso pelo pessimismo presente em suas obras, isso se torna evidente ao longo da trajetória de Tess, uma mulher pura sem proteção em uma realidade onde a honra feminina poderia ser facilmente desacreditada. Tess, com um pai bêbado, uma mãe relapsa e vários irmãos para cuidar, carrega consigo uma enorme culpa em relação a tudo e a todos. Acaba grávida e sem um casamento, o que a coloca em uma vida de trabalho duro e julgamentos. Até conhecer Angel Clare, um aprendiz de fazendeiro que conquista facilmente o amor de Tess, desenvolvendo-o também em si mesmo.
O passado de Tess a assombra ao longo de toda a narrativa, e seu senso de honestidade a força a revelar a mancha em sua pureza a Angel. Isso destaca de maneira contundente a injustiça que as mulheres enfrentam ao sacrificar suas vidas em nome do amor. Dois momentos cruciais na trama envolvem Alec D’Urberville e Angel Clare, ambos falhando de maneira miserável com Tess. Esses eventos deixam Tess predominantemente sozinha, dedicando-se ao trabalho incessante na tentativa constante de auxiliar sua família.
Durante a leitura, é fácil se imergir em cada contexto, graças às descrições detalhadas dos lugares apresentados e às profundas reflexões sobre os conflitos vividos. Após inúmeras injustiças enfrentadas pela heroína desta história, chego à conclusão de que, se já existiu um homem determinado, este é Alec D’Urberville. A reviravolta final surge como o único evento capaz de deter Alec e proporcionar consolo ao leitor que, como eu, se envolveu profundamente nas agruras da querida Tess.

Obrigada, Anastásia Steele! Foi uma ótima indicação
comentários(0)comente



Gabi.Lorente 27/12/2023

Livro muito bem escrito e retrata muito bem a realidade e insignificância da mulher a época. Pra quem ama histórias de época, um prato cheio!

Agora sobre meus sentimentos sobre a história: é uma tristeza e frustração sem fim. Entendo que é uma tragédia mas nossaaaaaaaaaa! Precisava Hardy?

A retratação pura e simples de como a vida de uma mulher é vista como mercadoria pelos pais e depois como um objeto pelos homens.
Refletindo sobre a história depois que a raiva passa? estamos em 2023 e a realidade é que praticamente nada mudou. ?
comentários(0)comente



Giulipédia 16/12/2023

Até onde somos vítimas das circunstâncias?
Esse livro conta a história de Tess Dubeyfield, uma moça camponesa de família simples, que tem a vida traçada por um trágico acontecimento devido a uma notícia descoberta vinda de seu pai. Um dia o mesmo descobre um parentesco antigo com a linhagem de uma família importante a muito extinta os D'Urbervilles, e com isso vai atrás dos novos "D'Urbervilles" achando que pertencem a mesma linhagem que a família antiga, e por conta disso apresenta Tess a essa família de nobres na esperança de mudar e favorecer a vida da moça, quando na verdade termina por condená-la a um acontecimento que marcará o resto de seus dias de sua vida.

Nunca tinha lido um livro desse autor Thomas Hardy e através de outras resenhas fui saber que a escrita dele é de estilo pessimista e trágico, como seu livro já bem mostra, mas também dizem que Tess é a personificação da mulher ideal do mesmo, aí já não sei dizer, não sou especialista em estudo de literatura então não há muito que eu possa me extender sobre isso, mas o que quero falar é sobre esse estilo "pessimista" do autor e trazer algumas reflexões a respeito.

Algo interessante que esse livro me trás é essa questão, até onde somos vítimas das circunstâncias? Porque veja, acontecimentos ruins sim, podem marcar e por vezes marcam nossas vidas, mas até onde podemos deixar que isso nos molde? Até onde isso nos marca e modifica de forma irreversível?

Lendo sobre Tess e vendo como ela por muitas vezes deixou de se defender, vendo a vida dar a ela muitas oportunidades para ela se reerguer, para ela mudar seu futuro, a vida a presenteia com armas para ela se defender e o que vejo é que ela não as usa, nessa coisa de se culpar, se torna uma eterna vítima, das circunstâncias que ocorreram e das demais que se sucederam a esta, vejo ela deixando as oportunidades de vencer, de enfrentar a si mesma e seus demônios passar, e quando se dá conta que pode lutar, que tem força para fazê-lo, já é tarde demais! E comparo com nossas vidas, quantas vezes nós agimos como Tess? Milhares de vezes, de formas conscientes e inconscientes, deixamos as coisas passarem e culpamos as circunstâncias, as pessoas, e o que mais surgir!

Mas a lição maior é essa, coisas ruins acontecem a todo instante, tragédias que abalam profundamente as pessoas, que as marcam de formas dolorosamente inimagináveis, mas o ser humano tem uma resiliência invejável, somos dotados de uma enorme capacidade de nos reinventar, de resignificar a vida e devemos utilizar e ajudar aqueles próximos de nós que não consegue sozinhos a fazê-lo, isso é dar um propósito a nossas vidas, não sabemos o motivo oficial de estarmos aqui, mas cada um pode criar seu motivo especial e vive-lo!

Para aqueles que chegaram até aqui, recomendo muitíssimo a leitura de Tess, por mais pessimista e trágico que esse livro possa ser, ele é lindo, sua leitura é poética e dotada de vários pensamentos filosóficos profundos de seus personagens, é um livro repleto de lições para aqueles que desejam aprende-las, nos mais é isso, uma boa leitura a todos e todas!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Gi Santos 22/11/2023

Tess é uma protagonista que não me prendeu tanto. Apesar de gostar dos clássicos, seu sofrimento é mais pesado e muito injusto dentro da história, é tanta melancolia que no fim, o livro se torna mais desafiador do que prazeroso. Mas é bem escrito e para quem gosta de clássicos, é uma boa narrativa.
comentários(0)comente



Jorlaíne 29/10/2023

Hardy tem uma escrita densa, gostosa e única. É bom ler seus livros, mesmo com alguns momentos em que o enredo fica morno.
Sua escrita coincide, aqui no Brasil, com o momento do Romantismo. Suas heroínas têm muito dessas características de pureza, bondade, alteridade e justiça. Embora idealizadas, essas mulheres começam a demonstrar a realidade em que vivem. Com Hardy elas trabalham, se irritam, se cansam e vivem mais próximo da realidade de uma mulher.
Tess, a heroína desta história, é a típica moça bela e bondosa que acaba sendo violentada no decorrer da narrativa e sofre com as mazelas e estereótipos de uma mulher considerada impura. Aqui, sua linhagem demonstra o quanto as mulheres que não tinham um bom sobrenome eram meros objetos de trabalho, indignas de um casamento que as ascendesse.
Eu amo Hardy e recomendo muito!
comentários(0)comente



argni 03/10/2023

Massante
Que livro looongo.
Achei que não ia terminar nunca. A narrativa é muito lenta até os 85%. E ai acontece tudo e acaba.
No final a justiça que eu esperava desde o início é feita, mas tem justiça até demais.
Infelizmente não gostei.
comentários(0)comente



Vitória Oliveira 07/09/2023

Passei raiva e indignação do início ao fim
Não me lembro de ter tido sentimentos tão conflitantes e angustiantes com um livro como tive com esse. As poucas coisas que sabia sobre ele previamente agora parecem até bobas, nem chegando perto do que a obra realmente é. Senti tanta raiva e indignação que fui lendo aos pouquinhos e com várias pausas, com mil pensamentos me rodeando e quase tendo uma crise existencial. De início, pensava na história quase que de forma caricata como sendo sobre uma coitada sofrendo sem parar, mas há algo tão essencialmente humano nisso tudo, tão verdadeiro, que me faz pensar em pessoas que realmente passam por situações semelhantes e que estão às margens da sociedade. Toda a miséria, desigualdade, preconceito e falso moralismo religioso ainda está aqui. Nem chamaria Hardy de pessimista, o homem foi mais realista do que muita gente hoje em dia. A única personagem a que me apaguei foi a Tess. O Alec é um monstro, mas o Angel...Ah, o Angel é um imprestável. Esse rapaz é a definição de hipocrisia, sentimentalismo e idealização. Até a vinda dele ao Brasil (surpresa!) é mais um dos momentos em que ele cria toda uma fanfic na cabeça dele que não condiz com a realidade. Sempre se colocando como vítima. E a coisa que mais me revolta é ver como a Tess era apaixonada por ele, os sofrimentos que passou por ele até o fim e que, sinceramente, ele nunca nem sequer mereceu. Uma moça que sofreu tanto, que trabalhou como ninguém jamais trabalhou a história inteira, humilhada por todos à sua volta e de diferentes formas, preocupando-se com não chamar a atenção dos homens com sua beleza, por fim tornar-se dependente de alguém que nunca pareceu gostar dela, mas da imagem que construiu dela. Tem passagens aqui de tamanha intensidade e beleza que chega a ser paralisante. E mesmo em todo sofrimento, sempre havia beleza nos momentos mais inesperados. Muito bacana também as referências bíblicas e a Paraíso Perdido. Enfim, gostaria muito de ver essa obra em uma edição da Penguin e já está decidido: no próximo ano lerei Judas, o obscuro. Hardy finalmente me conquistou.
comentários(0)comente



Ana 29/08/2023

Hardy é intrínseco e agridoce, mas necessário.
?A ?justiça? fora feita e o Presidente dos Imortais, terminara seu jogo com Tess.?

Eu dei cinco estrelas e favoritei esse livro única e exclusivamente pela personagem principal, Tess Durbeyfield. Hardy traz nesse livro uma imprescindível e vital crítica a posição da mulher na sociedade em geral, crítica social da época e a hipocrisia religiosa(que até hoje se mantém), Hardy apesar de ser um homem do século 19, eu consigo afirmar que ele era um homem progressista, um homem a frente do seu tempo, como ele aborda e crítica os assuntos citados acima de uma forma crua mas necessária é extremamente agridoce especialmente para nós mulheres, não é um livro a ser romantizado de forma alguma, é um livro a ser passado a frente, a trazer à memória, como a diferença de classe social, como ser mulher, como viver embaixo de um religião vem matado milhares de nós mulheres ao longo dos anos e vindo de um homem nascido a 200 anos atrás me deixa com um sentimento extremante agridoce, mas feliz de saber que existem homens que pensam por si só ainda naquela época, eu terminei esse livro agora, então ainda estou a flor da pele com tudo que li e não sei se estou me fazendo entender, mas eu, eu não sei resumir, eu sei que é uma leitura importante apesar de ser dolorida, enfim eu quero pensar mais mas precisava dizer de imediato o que esse livro me causou e dizer que jamais esquecerei Tess Durbeyfield e Thomas Hardy que terão para sempre um espaço em meu coração.
comentários(0)comente



54 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR