Tess dos D

Tess dos D'Urbervilles Thomas Hardy




Resenhas - Tess dos D'Urbervilles


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Jorlaíne 29/10/2023

Hardy tem uma escrita densa, gostosa e única. É bom ler seus livros, mesmo com alguns momentos em que o enredo fica morno.
Sua escrita coincide, aqui no Brasil, com o momento do Romantismo. Suas heroínas têm muito dessas características de pureza, bondade, alteridade e justiça. Embora idealizadas, essas mulheres começam a demonstrar a realidade em que vivem. Com Hardy elas trabalham, se irritam, se cansam e vivem mais próximo da realidade de uma mulher.
Tess, a heroína desta história, é a típica moça bela e bondosa que acaba sendo violentada no decorrer da narrativa e sofre com as mazelas e estereótipos de uma mulher considerada impura. Aqui, sua linhagem demonstra o quanto as mulheres que não tinham um bom sobrenome eram meros objetos de trabalho, indignas de um casamento que as ascendesse.
Eu amo Hardy e recomendo muito!
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LucAlio.CAmara 13/03/2024

Tess
Início: 09/03/2024
Livro: Tess dos D'Urbervilles
Autor: Thomas Hardy
Origem: Inglaterra
Páginas: 352

Leitura em dupla
Romance

Sobre o que achei:

Tess dos D'Urbervilles é um romance que conta a história de Tess, uma jovem camponesa que descobre que sua família pode ter conexões com a nobre família D'Urberville.

Tess é uma personagem que luta contra as expectativas da sociedade vitoriana e enfrenta desafios devastadores ao longo do enredo. O livro explora as dificuldades enfrentadas por Tess e como suas escolhas são influenciadas pelo contexto social em que vive.

A narrativa é rica em detalhes e profundidade psicológica, levando o leitor a refletir sobre questões universais como amor, destino e redenção. É uma obra atemporal.

O execceso detalhista na narrativa deixou a escrita bastante arrastada!

CURIOSIDADE sobre o livro Tess dos D'Urbervilles é que, quando foi publicado pela primeira vez em 1891, a obra causou bastante controvérsia devido aos temas abordados, como a sexualidade feminina, a hipocrisia da sociedade e as injustiças sociais. Alguns críticos consideraram o livro como imoral e ofensivo, enquanto outros o elogiaram por sua profundidade e realismo.

E vcs já leram?
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24/10/2020

Uma grande tragédia
Thomas Hardy, um dos maiores romancistas ingleses do período vitoriano, é conhecido pelo seu realismo e pessimismo. Ambos, juntamente com sua rica descrição das paisagens rurais que rodeiam seus personagens, assemelham-no a contemporâneos seus como Turguenev, Guy de Maupassant, Flaubert, Eça de Queiroz e Machado de Assis. "Tess dos Duberville" é a sua obra mais conhecida, embora o autor também tenha escrito outros grandes romances que não lhe ficam atrás, como "Jude, o obscuro" e "Longe deste mundo insensato".

Tess Duberfield é um jovem moça de aldeia, ingênua e orgulhosa, a semelhança do Quixote de Cervantes. Seu pai, John Duberfield, conhecido pelo vício na bebida, descobre, numa conversa com um pároco, que seus ancestrais pertenciam a uma nobre linhagem antiga, de origem normanda, os "Duberville". Tal descoberta, porém, em nada tem o poder alterar a situação financeira e social da família, mas leva-os a considerarem a si mesmos como nobres. A mãe de Tess vê nela uma forma de casar sua filha com algum cavalheiro importante.

A "oportunidade" aparece quando Tess começa a trabalhar para seu "primo", o diabólico Alec Duberville. O jovem, realmente, não pertence a antiga linhagem dos Duberville. Seu sobrenome fora adquirido pelo seu pai, que fora um rico comerciante. Embora a mãe de Tess encare a convivência com Alec como uma oportunidade matrimonial para sua filha, ele apenas deseja seduzir a jovem e se aproveitar dela.

Após várias tentativas, aproveitando-se de um momento de vulnerabilidade da moça, Duberville a viola. Envergonhada, Tess abandona seu posto e retorna para casa, recusando a proposta de Alec em tornar-se sua amante. Por muito tempo, a moça se isola da sociedade, dando a luz a um filho, que logo falece.

Os dias se passam e Tess, visando recomeçar sua vida, consegue emprego numa leiteria. Lá, ela conhece Angel Clare, jovem cético e liberal, pertencente a uma família de clérigos. Ambos se apaixonam. Parece que Tess, finalmente, encontrou o amor. Porém, ela teme que Angel descubra seu terrível passado, pois a virgindade, para os padrões da época vitoriana, possuía um valor bastante elevado, inclusive para o próprio Angel, que vê em Tess essa característica, apesar de suas crenças mais progressistas.

Devido ao caráter trágico da obra, não devemos esperar por finais felizes. Ao encerrarmos a leitura, sentimo-nos como se tivéssemos lido uma tragédia de Sófocles e de Shakespeare. Mas, a semelhança deles, Hardy consegue levar o leitor a catarse nos penúltimos capítulos. Dentre aqueles que feriram a Tess ao longo da narrativa, haverá quem pague e haverá quem se redima, afastando do leitor o sentimento de impunidade para com os maus personagens do romance. Embora o destino da protagonista seja trágico, com ela mesmo sendo a causadora de sua desgraça final, conseguimos aceitá-lo e compreende-lo, dando-nos conta de que as pessoas a sua volta não eram dignas de uma mulher pura e virtuosa como Tess Durbeville.
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le.se.caliope 19/12/2022

Completamente anestesiada depois de ler todas as violências que perseguem a personagem principal, vitima de coisas que nunca dependiam dela, uma mulher que nunca teve uma escolha.
Hardy consegue marcar no leitor, todo o sofrimento de Tess, sentimos junto com ela cada choro, cada injustiça.
É um livro muito triste, cheio de personagens horríveis e uma protagonista que é injustiçada do começo ao fim.
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Ariane.Rodrigues 11/11/2022

Que tristeza a vida da Tess
A Tess é uma protagonista muito cativante, abnegada e forte. Tudo o que ela passa nesse livro pode ser visto como injusta. O final foi bem triste e abrupto, mas no geral é um história incrível, visto retratar a realidade da época.
Miguel 11/11/2022minha estante
oie, td bem? desculpa atrapalhar. meu nome é Miguel, tenho 14 anos e recentemente publiquei um conto chamado ?Prezado Howard?. caso você tenha interesse em ler, está disponível gratuitamente na amazon até dia 15/11. é bem rápido e curto, tem só 25 páginas! muito obrigado e novamente me desculpe pelo incômodo ???




Peregrina 27/10/2016

Leitura indispensável a todo amante de clássicos
Tess dos D'Urbervilles é um dos romances mais aclamados do autor Thomas Hardy, publicado pela primeira censurado em 1891 e, em forma de livro, pela primeira vez em 1892. Tess causou na época um grande rebuliço e suas críticas acabaram não sendo unânimes quanto à sua indiscutível grandeza devido ao confronto moral com as cristalizadas convenções vitorianas.

Situado durante a Grande Depressão de 1870, o romance narra a história de Tess, uma garota de dezesseis anos quando o livro se inicia. Ela é a mais velha dos filhos de John e Joan Durbeyfield e a mais bem-educada da família também.

Eles vivem em Marlott, um pequeno vilarejo, e não passam de mais uma família comum até que o vigário da região expõe uma descoberta ao pai de Tess, a qual seria responsável por sua ruína. O religioso acreditava que os Durbeyfields tinham, na verdade, sangue nobre e descendiam de uma antiga família que deixara desaparecera há muitos anos: os D'Urbervilles.

Não muito longe dali, entretanto, vivia uma viúva e seu filho que haviam adotado o nome D'Urberville a fim de que este lhes conferisse algum prestígio além do dinheiro que já possuíam, mas os Durbeyfields de Marlott não faziam a menor ideia disso e, em meio à euforia e ao crescente orgulho por serem nobres que haviam nascido das palavras do vigário, John e Joan Durbeyfield enviam a filha Tess para estabelecer relações com os novos "parentes".

Lá, Tess conheceu o filho da velha senhora e o responsável pela sua ruína: Alec D'Urberville, um rapaz orgulhoso, debochado, cínico e manipulador. Ele enganou Tess com suas gentilezas insinceras e galanteios dissimulados, que fizeram com que ela não percebesse o perigo que corria em cada segundo em sua presença. Tess não estava se apaixonando por Alec, longe disso, ela estava ali para estabelecer relações com os "familiares" ricos para, quem sabe, conseguir ajuda financeira à família. Sua sensibilidade pelas finanças da família e obediência aos pais, porém, traria uma consequência irreparável, pois logo Alec se viu a sós com Tess em um momento de vulnerabilidade da mocinha e a seduziu inescrupulosamente.

A partir daí a vida de Tess entraria em um declínio acentuado. Muitas dificuldades surgiram como consequência do episódio com Alec. Ela voltou para casa apenas para ser julgada severamente pelas convenções e pela moral vitoriana e, assim, resolveu deixar o lugar para buscar trabalho em uma região distante dali, onde seus infortúnios não fossem conhecidos e ela não passasse de mais uma entre a multidão errante dos castigados pela crise que assolava a Inglaterra.

Tess conseguiu emprego na vacaria de Talbothays, onde conheceu Mr. Angel Clare, um jovem ambicioso, inteligente e que desafiava algumas verdades pregadas pela religião do pai, um clérigo tradicional e severo que ainda não lidava muito bem com o fato de que seu filho mais novo não seguiria o seu ofício nem compartilhava de uma fé tão certa e imutável quanto a dele.

Angel era um jovem atencioso, sonhador e talentoso, que desempenhou um papel fundamental nos que seriam, durante a história, os momentos mais felizes da mocinha que dá nome ao livro. Angel e Tess se tornam grandes amigos no período em que o rapaz está na vacaria para aprender a fim de ele próprio se tornar um grande fazendeiro. Angel compartilha com Tess suas crenças e descrenças e ele enxerga além da aparência abatida e essencialmente campestre de Tess. Há uma conexão quase que instantânea entre eles e o rapaz se vê cada vez mais apaixonado pela mocinha.

"Observou as próprias inconsistências em se demorar sobre acidentes na ida de Tess como se fossem eventos vitais. Amava-a por quem ela era; sua alma, seu coração, sua substância - não por sua habilidade na ordenha, sua vontade de aprender, e certamente não por sua simples e formal profissão de fé. Sua existência ao ar livre, pouco sofisticada, não requeria verniz algum de convencionalidade para torná-la palatável a ele."

O problema é que Tess havia feito um voto de nunca se casar em virtude dos acontecimentos de seu passado e jamais poderia contar a Angel, o seu perfeito Angel, os eventos obscuros que macularam seu corpo e condenavam sua alma para sempre.
Tess foi um livro que questionou incisivamente as regras de conduta da Inglaterra Vitoriana. Em determinado momento, Hardy é categórico: "Quem era o homem moral? Ainda mais pertinentemente, quem era a mulher moral?" e acrescenta: "A beleza ou feiura de um caráter não está apenas em seus feitos, mas em suas intenções e impulsos; sua verdadeira história não se encontra naquilo que realiza, mas naquilo que sonha". Hardy critica duramente os dois pesos e duas medidas de julgamento dos quais Tess se torna uma vítima, pois, apesar de ser verdadeiramente uma boa pessoa, ela acaba marginalizada devido à perda de sua virtude fora dos laços matrimoniais.

Além disso, a narrativa é repleta de referências tanto mitológicas e pagãs quanto bíblicas. Não raro, Hardy associa imagens de equipamentos avançados ao inferno, de modo a criticar a separação, ocasionada pelos avanços industriais, do homem e da natureza, que representaria o paraíso para o autor e, assim, muitas vezes a associa à própria Tess, "uma mulher pura", como descreve o subtítulo, e que também é representada como uma espécie de força da natureza, quase como uma deusa.

De todo modo, o autor traça uma representação fiel das mazelas vitorianas no que tange, especialmente, ao aspecto socioeconômico devido ao caótico momento de crise pelo qual a Inglaterra passava no momento em que a história é situada; e ele o faz com tamanho talento e maestria de modo a causar em nós, leitores, uma leitura vívida de forma a proporcionar um deleite tão grande, que fechar o livro antes de ler até o final torna-se uma tarefa árdua, dolorida e um tanto laboriosa, devo dizer, uma vez que mal conseguia conter meu sono às altas horas da madrugada e, ainda assim, permanecia a ler, como que por encanto pelas palavras poéticas de Hardy, a torcer por Tess. É por isso que Tess é um clássico venerado no mundo inteiro e por que eu o recomendo fortemente, leitura indispensável a todo amante de clássicos.
Lucas 27/10/2016minha estante
Excelente resenha, para variar. "[...] Amava-a por quem ela era; sua alma, seu coração, sua substância - não por sua habilidade na ordenha, sua vontade de aprender, e certamente não por sua simples e formal profissão de fé. Sua existência ao ar livre, pouco sofisticada, não requeria verniz algum de convencionalidade para torná-la palatável a ele". Genial, simplesmente isso. :)


Peregrina 27/10/2016minha estante
Caríssimo Lucas, o que vem após a citação supracitada é ainda mais genial. Mas resolvi deixar para o futuro leitor descobrir... ;)


Lucas 27/10/2016minha estante
E irei, então :D


Joice (Jojo) 14/11/2017minha estante
Oi, Enza! O que achou da versão da Pedrazul?


Peregrina 14/11/2017minha estante
Oi, Joice. Achei excelente. A tradução está muito boa e tem umas notas explicativas que melhoram ainda mais a experiência de leitura.


Joice (Jojo) 15/11/2017minha estante
Obrigada! Quero muito ler uma obra do Hardy, mas não conheço a editora. Agradeço a dica. :)


Peregrina 15/11/2017minha estante
Hardy é maravilhoso e Tess é um dos meus livros favoritos. Pode comprar sem medo que esta edição está ótima. :)




Lene.Soares 25/01/2022

Intenso
Uma das minhas metas esse ano de 2022 é ler mais dos clássicos ingleses. Colando-a em pratica escolhi Tess dos Durbervilles de Thomas Hardy como primeiro da lista. Lembro que o livro sempre estava na minha lista de 'quero ler', porém já tendo estudado um pouco sobre a literatura Hardyana (marcada pelo pessimismo) e tendo consciência que não estava preparada para conhecer Tess e seu infortúnio de vida, posterguei o máximo que pude a leitura. Hoje após virar a última página do livro penso como Anastasia Steele: "Droga, aquela mulher estava no lugar errado, na hora errada e no século errado".
Verônica 25/01/2022minha estante
Você já leu judas, o obscuro? Também do Thomas Hardy. Muito bom ?


Lene.Soares 26/01/2022minha estante
Ainda não, mas tá na lista. ?




Clube do Farol 08/08/2022

Resenha por Elis Finco @efinco
Olá, venho compartilhar aqui minha leitura de Tess, do autor Thomas Hardy. Foi meu primeiro contato com alguma obra escrita por ele, mas já adianto que lerei outros livros em breve, porque foi uma experiência incrível. Como a sinopse é bem básica, vou contar um pouco da história, sem entrar em spoilers. Acredite em mim, a trama é tão intensa e cheia de reviravoltas, que os primeiros capítulos que vou comentar nem de longe irão estragar a experiência de leitura de ninguém.

A história começa contando sobre um camponês, John Durbeyfield, que, por mero acaso do destino, descobre que descende, possivelmente, de uma grande e aristocrata família, dada por extinta, os D’Urbervilles. O sr. Durbeyfield, embevecido por essa descoberta, começa a agir como imagina que alguém que descende de tão renomada família deveria. Porém, sua fala rude e com graves erros de pronúncia, denunciam a ausência do berço nobre e também de fortuna, sem nenhum senso de responsabilidade, que um homem que prefere beber a trabalhar ou se dedicar à família.

Assim, o autor nos apresenta a região rural onde os Durbeyfield moram, seus costumes e também a família da qual Tess faz parte, cujo pai correu para o “pub” para contar a novidade aos amigos e ali ouve dizer haver uma senhora d’Ubervilles muita rica, vivendo em uma mansão, não muito longe de Marlott, que é onde vive Tess e os seus. Com a falsa ilusão de que isso seria o suficiente para que a troca de gentilezas fosse algo correto entre "parentes", John e a esposa, Mrs. Joan Durbeyfield, enviam Teresa a essa senhora com a missão de pedir-lhe ajuda financeira. É aí que os verdadeiros problemas da jovem e inocente Tess começam e toda a tragédia que se abateria sobre ela.

Alec d’Urberville, filho da velha senhora, o qual a família Durbeyfield supõe ser seu primo, na verdade, não o é, o pai de Alec juntou uma grande fortuna, mas faltava-lhe um nome nobre, ele pesquisou a história de algumas famílias e decidiu tomar este nome de “empréstimo” para dar uma “envernizada” no passado. E vivendo com essa família de “parentes”, Tess é assediada por Alec, até que ele consegue violenta-la e com isso ela perde o único valor que uma mulher tinha na época, a honra, fazendo com que ela vá até o fim pagando por um crime que não cometeu, muito ao contrário, foi vítima. A partir desse ponto é impossível abandonar a leitura, porque a necessidade de descobrir o que acontece a ela é mais forte que qualquer outra coisa.

Afinal, visto o ocorrido, ela foge de volta à família, reassumindo seu lugar na casa e no ganho do sustento, tendo voltado ainda mais pobre do que foi, por ter perdido algo que não poderia reaver por valor algum. Tempos depois, em um instante Tess conhece Angel, o mocinho desse romance. E vai ser o personagem que vai trazer a discussão toda a hipocrisia da moral cristã, sendo ele um livre-pensador, um homem que abandona as certezas e o caminho traçado pelo pai, um clérigo radical, para seguir fiel a si mesmo, respeitando o seu próprio modo de ver o mundo.

Em seu reencontro com Angel, Tess, ciente de sua condição e do que já havia vivido até esse reencontro, decide se manter longe do romance e do casamento, aceitando sua penitência e mantendo-se discreta em sua conduta. E, mesmo assim, atrai aí Angel, que a tem por preferida em detrimento a todas as outras moças. E nem mesmo Angel, com o seu refinamento e sua bondade, consegue entender e aceitar o drama de Tess, deixando-a à mercê das injustiças de sua época e da dominação masculina.

Sendo impossível, a essa altura da trama, quem estar lendo não torcer por uma felicidade genuína para Tess, enquanto acompanha a difícil luta para a mulher tentar sobreviver em um mundo dominado por forças que se opõem e convergem em ditar os caminhos da vida de uma pessoa, desde seu nascimento até sua morte e, de certo modo, até depois dessa. A constante luta de Tess para evitar um destino que parece ter sido traçado ao conhecer Alec, a dificuldade na busca por trabalhos sazonais e como o pagamento é inferior ao masculino em um trabalho igual ou ainda mais pesado, que se vê diante uma nova provação com o retorno de Alec a sua vida, da maneira mais improvável.

Eu, particularmente, fiquei pensando que o ponto alto desse romance é a inevitabilidade do destino, e como as vãs tentativas de mudar o que foi escrito são, além de inúteis, catastróficas para quem atenta contra o que deveria ser. Tess durante todo o tempo luta para manter o mínimo de dignidade e tem suas tentativas frustradas por algo maior que ela.

Preciso dizer que o texto de Hard é lindamente escrito, de certa forma poético, e que a edição da Pedrazul Editora faz todo um diferencial positivo para a leitura dessa obra. Com notas de rodapé, contendo informações fundamentais a leitura, explicações usadas a época que foram escritos e referências históricas. Digo serem fundamentais, porque essas notas trazem a luz, além de fatos históricos comentados, marcações de textos e referências bíblicas e mitológicas que o autor usa para evidenciar momentos marcantes da história, cores associadas a objetos e personagens.

Espero que você leia essa obra em breve e venha conversar comigo, desculpando desde já minha limitação em descrever esse clássico, mas que todo texto que fiz foi com o desejo sincero de partilhar uma leitura que, sem dúvida, me acrescentou e muito com leitora. Até o próximo livro!! Boa leitura e divirta-se!

site: http://www.clubedofarol.com/2021/09/resenha-tess-dos-durbervilles.html
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Gabrielle.Quinlan 17/03/2024

Surpreendente
Fiquei impressionada com a crítica social contida no livro e com o quanto o autor trata com sensibilidade essa protagonista feminina.
Tem muito sofrimento, mas é altamente envolvente.
O arco de desenvolvimento da Tess é perfeito.
Os pequenos plots da narrativa são perfeitos e prendem muito quem lê.
Thomas foi um tanto prolixo nas descrições, não vou negar. Mas, vencendo esse pequeno obstáculo, achamos o ouro.

Fiquei muito muito muito surpresa de ler algo com essa perspectiva escrita nessa época, ainda mais por um homem.

Foi perfeito, cada pequeno momento, fiquei apaixonada e pretendo ler mais do autor.
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thecia 29/06/2022

Primeira experiência com o Hardy
Enrolei um pouco pra fazer essa resenha porque tirei um tempo pra refletir sobre essa história (sim, é uma história profunda, verdadeira e dolorida a esse ponto. Tess dos D'Urbervilles não é nem de longe um dos meus clássicos favoritos, mas com certeza, é o clássico que mais me tirou da zona de conforto e me fez pensar sobre assuntos tão sérios e relevantes. De início estava esperando um clássico romance como a maioria, e acho que foi isso que me fez ler o livro até o final, nosso sentimento romântico idealista que espera ansiosamente o final feliz, como forma de consertar tudo e valer a pena a trajetória dolorida da vida. Definitivamente, essa história não seguiu esse caminho. Aqui são tratados assuntos como o trabalho árduo e uma sociedade patriarcal e cristã mais fortes que a força do amor. Sinto que esse livro desmente a ideia de que a simplicidade de uma pessoa é o suficiente para trazer a felicidade. Hardy desconstrói a imagem da mulher pura e perfeita que, PASMEM, não existe! Passei muita raiva, muitos momentos de tristeza, mas também, nunca me conectei tanto com uma personagem como me conectei com a Tess, senti o sofrimento dela, quis interferir em muitos momentos e desejei MUITO um final feliz pra ela! Tess me ensinou muito, principalmente, a não colocar todas minhas expectativas em alguém que não seja eu mesma! É uma pena Tess ter nascido em uma época tão patriarcal e sofrida para as mulheres e desejo que a gente possa mudar isso a cada dia!
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Gi Santos 22/11/2023

Tess é uma protagonista que não me prendeu tanto. Apesar de gostar dos clássicos, seu sofrimento é mais pesado e muito injusto dentro da história, é tanta melancolia que no fim, o livro se torna mais desafiador do que prazeroso. Mas é bem escrito e para quem gosta de clássicos, é uma boa narrativa.
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Beca Nolêto 09/04/2022

Estava esperando um romance
Mas recebi só dor e sofrimento para uma única mulher. Muito angustiante tudo que a pobre Tess passa em sua miserável vida, mas você continua lendo, achando que no final tudo vai acabar bem! Será?
Ray.Cass 24/12/2022minha estante
O mesmo sentimento que tive com esse livro, quando achava que algo bom poderia acontecer, lá vinha outra cacetada




Wania Cris 05/10/2022

Se não fosse Hardy era easy... grande verdade.
Desde que li 50 tons de cinza tinha curiosidade em conhecer a tão falada estória de Tess D'Urbervilles. Agora digo que foi a única coisa boa que 50 tons me deu...

Tess é cativante desde as primeiras páginas da estória, mas, é uma das poucas personagens que me despertaram sentimentos bons. John, o pai, é um preguiçoso com mania de grandeza por ser descendente de uma aristocrática família (grandes coisa, continuou pobre) e seus sonhos de grandeza e dominação acabaram por decretar todo o destino da pobre Tess. Joan, a mãe, mesmo enxergando o devaneio do marido, o apoia em sua teorias, deixando a filha em difícil situação. Tess, por sua vez, só queria ser útil a seus familiares, mesmo a custa de sua felicidade e mesmo de sua vida.

Alec D'Urbervilles é um aproveitador da pior espécie, cujo único interesse é a obtenção dos seus objetos de desejo, não passando todos disso, simples objetos. Angel Clare não é lá muito melhor. Diz ter valores morais mas são esses que dão o tom de tragédia ao livro. Tudo dependia do bom senso de Angel, que ele socou no... enfim.

Uma leitura fabulosa que, por mais triste e trágica que se mostre, não te deixa abandoná-la. O martírio de Tess, seus sonhos, seus desejos, seu pessimismo (que considero muito mais como realismo), instigam a continuar lendo e o final... Deus do céu, como eu quis entrar no livro e pegar Tess pra mim e, aproveitando que já tava por lá, dar uns tapas em Angel...

Luana Musmanno apresenta um excelente trabalho de tradução, mesmo com uma língua original tão complexa. Boas escolhas de palavras e expressões e um rol considerável de notas informativas deixaram a leitura bem mais agradável e instrutiva.

Recomendo a leitura de Tess a quem gosta de clássicos e pra quem sabe que nem toda felicidade foi feita pra durar.
Érica 09/10/2022minha estante
Nunca li 50 tons. O que fala sobre Tess???


Gisele638 29/04/2023minha estante
Eu tbm conheci essa história por causa de Cinquenta Tons
mas esperava ver um romance e não uma tragédia

a doente da E L James romantizou essa história como se fosse um Orgulho e Preconceito


Wania Cris 29/04/2023minha estante
Concordo, Gisele. Pela E. L. a gente espera outra coisa...




JAssica31 16/06/2022

Hardy e seu poder avassalador de nos envolver e nos fazer sofrer. Como pode ser triste a existência humana!
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