Confissões de uma máscara

Confissões de uma máscara Yukio Mishima
Yukio Mishima




Resenhas - Confissões de uma Máscara


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Bookster Pedro Pacifico 11/04/2022

Confissões de uma máscara, de Yukio Mishima
Escrito na década de 40, Confissões de uma máscara é um clássico da literatura japonesa e uma narrativa marcada por conflitos. Há conflitos externos, tendo em vista que a narrativa se passa em parte no Japão durante o período entreguerras e a 2ª Guerra Mundial. No entanto, o livro é marcado, sobretudo, pelos conflitos internos do protagonista, já que o leitor vai acompanhar as angústias e a dificuldade de aceitação de um jovem com sua orientação sexual.

Senti como se estivesse lendo um romance de formação. Já na escola, o protagonista percebe e passa a sofrer por não se sentir atraído pelas garotas. Apesar de não ter maturidade para se entender como um homem gay, o personagem narrador compartilha com o leitor as suas próprias dúvidas. Confessa os “pecados” do que sente. E é nesse processo de construção da própria identidade que o protagonista começa a construir uma máscara, por trás da qual se esconde. Uma máscara que mostra para o mundo externo o que a sociedade quer ver!

É uma escrita bem introspectiva, mas para mim fluiu muito bem. Por ter vivido uma infância e juventude por trás de máscaras, me identifiquei com o personagem em diversas passagens. Muitas mesmo! Mas acredito que o livro também seja muito interessante para quem não se identifique diretamente com os conflitos do narrador, pois conseguirá compreender a dificuldade que é lutar contra a própria orientação sexual.

Importante lembrar que o livro foi escrito na década de 40, quando o tema da homossexualidade ainda era tratado de forma muito diferente. Por isso, não espere discussões tão explícitas e atuais sobre o tema! Por outro lado, o texto estava muito a frente do seu tempo e, com certeza, repercutiu na sociedade.

Além disso, escrito enquanto o autor tinha apenas 22 anos, o livro apresenta um aspecto fortemente autobiográfico. Mishima foi uma figura adepta às tradições milenares da cultura japonesa e sua morte está cercada de muita polêmica. Antes de completar 50 anos, o escritor cometeu o suicídio da mesma forma que os samurais faziam: usou uma espada contra o próprio ventre.

Nota: 9/10

site: http://instagram.com/book.ster
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Ygor Gouvêa 23/07/2021

É impressionante toda a complexidade sentimental que o livro nos entrega: dúvidas, contradições, autoenganos, autosabotamentos, culpas, angústias... tudo a nível consciente e inconsciente. Uma coisa é viver, outra é colocar tudo tão bem, tão crível no papel. Retrata mto bem toda construção de gênero que em diversos níveis nos é imposta socialmente. Seus conflitos me fizeram pensar mto em Bataille, seja no seu conceito sobre erotismo, em suas pulsões de morte, seus desejos transgressores, mas também pelo próprio prazer do texto, no conceito de "Literatura e o mal". Essa obra extrapola qualquer oposição simplista de um conflito entre o profano e o sagrado, tudo se confunde, se imiscui. É dolorido, mas tão prazeroso de se ler por suas imagens, pela capacidade analítica, pelo que deixa de dizer diretamente, pela opacidade do texto, pela forma que costura tão bem cada uma das quatro partes do livro, dando aquela sensação de completude ao fim de cada uma.
Paulo 23/07/2021minha estante
Ótima resenha!!! Eu li este livro há alguns meses e amei... falou tanto comigo!!


Bruno.Pereira 23/07/2021minha estante
Fui obrigado a colocar na lista, que já não é pequena ?.


Susana.Costa 18/01/2022minha estante
Obrigada pelo feedback


Fernando Falcão 10/04/2022minha estante
Ygor, muito bom ler a sua resenha. Tbm saltou para mim essa questão da pulsão de morte diante à impossibilidade social de viver plenamente de acordo com os próprios desejos e afetos. Isso leva a construções de performances de gênero violentas e aniquiladoras...




Sofia Meneghel 03/01/2024

Dolorosamente sincero
?Todos dizem que a vida é como um palco. Não acho, porém, que haja muitas pessoas como eu, que, desde o final da infância, tenham tido a consciência de que a vida é, de fato, um palco.?
Choi jin ri (fã da Sulli) bianca 03/01/2024minha estante
Amei essa frase ??




Andre.28 17/12/2020

Yukio Mishima: uma narrativa proustiana provocadora
Existe um tipo de magia minuciosa na literatura japonesa, que une descrições simples e simbólicas, mas que construída na medida certa, encantam, fascinam. Quando você compreende a trajetória que une tradição milenar e problemas modernos, articulados de forma simples, numa analise que beira a psicologia da vida diária, você se surpreende com o poder dessa literatura. O autor japonês Yukio Mishima carregou consigo estas características tão marcantes de um relato quase “proustiano”, preocupado com o simbolismo das palavras, e que aborda dilemas humanos.

Publicado em 1949, “Confissões de Uma Máscara” aborda a tumultuada vida de um jovem japonês através suas experiências mais pessoais mais íntimas. Esse protagonista, que não é nomeado ao longo da história, cresce cercado de incompreensão sobre si e sobre a sua sexualidade, num período em que o Japão se militarizava para a guerra (Segunda Guerra Mundial). Quando o narrador descobre suas inclinações homossexuais, passa a se esconder por detrás de máscara com que encobre sua verdadeira natureza. Incompreendido e com uma natureza “não convencional” em meio a uma sociedade tradicional e arraigada em costumes e condutas delimitadas, o narrador passará pelo grande desafio de afirmar a sua identidade.

Narrado em primeira pessoa, este livro aborda temas “polêmicos”, pelo menos para aquela época. Mishima sabe provocar em sua escrita, que estabelece um padrão próprio de descrição. As descrições tem a minúcia necessária para despertar a curiosidade, e a preocupação com cada palavra é perceptível. Em determinado momento da narrativa temos uma compreensão da máscara da vida real, onde cumprindo determinado papel social, fingimos ser o que não somos. Esse é o tipo de livro que provoca reflexões profundas que vão além dos temas abordados pelo narrador. Mishima também estabelece as características principais de sua literatura, o fascínio pelo belo, pela contradição, pelo sensual, pela provocação. Yukio Mishima passeia pela vida, expondo as feridas do mundo moderno através de uma literatura simbólica.
Gabi 17/12/2020minha estante
Excelente resenha. Deu vontade de ler.


Andre.28 18/12/2020minha estante
Muito obrigado Gabi! ?


Juliana 31/03/2021minha estante
cirúrgico


Luiz.Barbieri 17/09/2021minha estante
Legal. Comecei esse agora e tá sendo meu primeiro do país. Pelo comentário tu parece conhecer alguma coisa de literatura japonesa. Tem mais alguma recomendação de livros de lá para quem gostar desse romance (além dos outros do Mishima e do Murakami)?


Juliana 17/09/2021minha estante
moço, le jun?ichiro tanizaki




Val Alves 17/01/2021

Confissões de um escritor profundo e sensível
Romance de formação com traços autobiográficos do controverso e intenso Yukio Mishima, narra a vida de um garoto que descobre a sexualidade de forma prematura ao perceber sua atração por outros garotos na escola. Por sentir-se anormal, ele passa a viver uma vida "de máscaras" , interpretando o que ele considera uma pessoa normal.

"Foi a partir dessa época que comecei a compreender vagamente o mecanismo segundo o qual o que parecia ser uma representação aos olhos das pessoas, era para mim expressão da necessidade de retornar a minha própria essência, ao passo que o que parecia a todos o meu jeito natural de ser era, na realidade, uma encenação."

A escrita de Mishima é linda e profunda, os registros imagéticos do jovem personagem são ricos e impressionantes, uma vez que todos objetos e lembranças por ele resgatados possuem uma carga simbólica essencial para uma tentativa de interpretação de suas representações mentais, seja na descrição das luvas brancas usadas na escola ou mesmo na admiração pela imagem de Joana D'Arc no livro didático (até descobrir que se trata de uma mulher); na fixação pelo jovem que trabalha nas fossas ou a obsessão apaixonada pela imagem de São Sebastião cheio de flechas preso a um tronco. Em seus devaneios vê jovens mutilados e isso lhe causa incontrolável prazer erótico e, ao falar da infância,  jura lembrar-se do momento do nascimento.  Todas essas imagens parecem mostrar uma coexistência conflitante entre o puro e o profano, o desejo e o senso moral,
e ao representar o amor ele se vê confuso e parece perder-se às vezes com seus sentimentos.

Se por fora ele presencia a guerra entre as nações, por dentro ele vive uma guerra subjetiva por sentir-se uma grande farsa, o que lhe suscitaria também desejos de isolamento e aniquilação.

"E nessa minha vertigem, duas forças disputavam o controle sobre mim. Uma era de autopreservação, a outra era mais profunda, uma força que desejava com maior intensidade ver o colapso de meu equilíbrio interior. Essa última era a compulsão pelo suicídio, um impulso sutil e secreto ao qual as pessoas se rendem com frequência, inconscientemente."

Livro lindíssimo e, como não poderia deixar de ser,  entrou para a lista de favoritos.
Diego Ramos 17/01/2021minha estante
Ótima resenha! Já vi a Tatiana Feltrin falar desse livro em seu canal no YouTube ??


Val Alves 17/01/2021minha estante
Obrigada, Diego! Estou realmente encantada pelo Mishima! ?


MatheusA 01/02/2021minha estante
Que resenha maravilhosa! Parabéns!


Val Alves 01/02/2021minha estante
Obrigada, Matheus! ?




mat 08/10/2020

Confissões de um cínico
Confissões de uma Máscara
Autor: Yukio Mishima ??

Nota: ???? (4/5)

Essa foi minha primeira incursão pela literatura japonesa, eu gostei do livro e achei ele muito bem escrito, mas também entendo as pessoas que não gostaram, afinal, por ser um recorte da vida do autor, o livro não tem clímax. Confissões de uma máscara vai ser narrado por um homem, falando de sua infância no período entre guerras e início de sua juventude, essa durante a Segunda Guerra Mundial, vale ressaltar que tanto o personagem como o autor foram homens gays de famílias conservadoras (a obra é em grande parte autobiográfica, mesmo sendo um romance). Também abordará o conflito sexual pelas fantasias sadomasoquistas, masturbação e desejos de violência, bem como o fato de não conseguir se relacionar com mulheres permearão todo o livro. Já o título é em referência ao teatro grego que usa máscaras e serve como metáfora ao personagem que usa da atuação e do cinismo para se encaixar no padrão que esperam dele. É um livro muito interessante que mostra aspectos da cultura japonesa, mas atento para o fato de ter um ritmo um pouco lento e um protagonista que é difícil de gostar.

Curiosidades: o Mishima foi seguidor ferrenho do código Samurai, tanto que sua morte se deu pelo método do seppuko, após a fracassada tentativa de um golpe de estado, além disso foi um escritor de extrema direita e anti-ocidentalização do Japão,  e sua obra é admirada e tem seguidores mesmo após 50 anos de sua morte.
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Luiz Souza 25/10/2023

Máscara
O livro conta a história de Koo-chan , a narrativa conta desde seu nascimento depois vai morar com a avó por lá adquirir gosto por leitura e história de amor principalmente.

Aos 13 anos se apaixona por Omi um colega da escola.

Na vida adulta ele tenta se apaixonar por Sanoko mas vive um conflito interior em que acaba reprimindo o desejo carnal por pessoas do mesmo sexo.

A escrita do autor é lírica e poética , bem profunda por sinal mas não é cansativa em nenhuma parte.

Ótima leitura.
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marlisonmrs 02/08/2022

Quanto guardamos por detrás das máscaras?
Japão, década de 1940. Yukio Mishima escreve nada menos do que a sua própria história como cidadão vivente daquele período. Ou seja, trata-se de sua própria autobiografia.

Confesso que esse foi um dos livros que estavam há séculos na minha lista e só agora tive a oportunidade de ler. E após a leitura posso afirmar com toda certeza de que ele foi o mais melancólico que li até agora em 2022.

O personagem da história que é o próprio autor, narra sobre a sua vida, de sua família e amigos (as) numa Japão marcada constantemente pelo medo da morte e da guerra. A linguagem do conflito molda a própria subjetividade das pessoas naquele tempo ao que parece, fazendo com que elas pensem no desejo da morte como algo natural.

A todo tempo o autor confessa que a morte seria a solução pros seus problemas e ele imagina várias situações em que isso seja possível. Principalmente pela forma como ele encara o seus desejos amorosos e sexuais, uma vez que desde cedo ele se vê atraído mais pelos homens de seu convívio do que pelas mulheres a sua volta.

Ler esse livro só me fez ter a certeza de que ser gay no Japão na década de 1940, especialmente num contexto entre guerras, onde a morte era quase uma companhia diária, não era fácil.
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Bia 29/01/2022

Uma redenção
Neste livro Mishima demonstra um momento de redenção ao seus desejos mais íntimos em uma época de cultura tradicional. Realiza de forma introspectiva a descrição do seu eu e seus sentimentos.
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gean. 12/12/2022

Bom
O livro demonstra seguir um lado pré-selecionado mas no decorrer da história ele toma outro de forma sutil e gentil, pra não dizer outra coisa.

O autor não tinha pretensão de escrever nada daquilo, digo, no sentido de pensar porque a leitura mais parece um desabafo de forma espontânea.

Achei covarde algumas partes dele com sonoko mas quem em sã consciência tem domínio dos seus sentimentos quando eles estão em fase de total liberdade e exploração?

Gostei da escrita do autor. A nota foi somente pelo final que não seguiu como pensei. Mas ai quem criou a expectativa foi eu. E sonoko. (risos)
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underlou 15/11/2021

De início, fiquei instigado com o relato de autodescoberta do narrador. Mas da metade pro final, o autor engendra subterfúgios voluntários para tangenciar o tema principal. Sobretudo porque a história quase termina por contemplar uma fuga do seu próprio ser.

A estrutura é, decerto, o ponto mais problemático do livro. Em determinado momento, não sabemos mais distinguir qual o critério de divisão de certos acontecimentos. Além disso, há um excesso de descrições e de citações referenciais que, no entanto, denotam o fato de ser o romance de estreia de um iniciante.

Por outro lado, quando o autor se permite fazê-lo, a analogia de seu corpo em descoberta com a figura de São Sebastião em suplício é de uma riqueza ímpar e se transporta para fora da obra quase como uma arte à parte.
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Diego 24/05/2010

Confissões
Adorei o livro, a história me prendeu do começo ao fim, li as 200 páginas de confissões em três dias de tão viciado que fiquei.
Entretanto, acho que muitas pessoas classificariam esse livro como imoral. Pra mim é um livro profundamente humano.
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mpettrus 23/08/2021

A Máscara da Repressão de Sentimentos Homoafetivos
O romance de estreia de Yukio Mishima ?Confissões de uma máscara? narra a história de vida de um protagonista de nome vago: Kochan. Ele é fascinado pela beleza na sua forma mais profunda. O desejo por ela ganha meandros muitas vezes sexual. Essas nuances expressam um personagem profundo carregado de ambiguidades.

Um dos meus momentos favoritos do romance é dele narrando que quando criança, observava os soldados voltando dos treinamentos em suas fardas sujas, armas camufladas e cheiro de suor. O cheiro fazia com que ele pensasse na morte iminente , pois fazia parte da natureza da vida de soldado.

O episódio que conta do seu amor platônico por seu colega de classe, Omi, na sua adolescência, foi de longe, o mais interessante. Pois é quando o protagonista percebe que seus sentimentos e ereções por seu colega não eram ?comuns?. Então, ele começa a agir como os demais, vivendo de forma superficial, ou seja, se escondendo em máscaras, tentando ter relacionamentos com garotas, viver como um garoto comum e principalmente, tentando reprimir seus sentimentos homoafetivos.

A obra como um todo é muito bem escrita, trazendo uma riqueza de detalhes, o que dá muita ênfase à gritante diferença entre as ações de Kochan e os seus pensamentos, mostrando como ele se esconde nessa máscara, que depois nos conta suas confissões mais cruéis.

Vale ressaltar, que a narrativa do protagonista nos leva sempre ao ponto de suas memórias na infância. Suas ações na adolescência e na vida adulta, de alguma maneira, sempre, ele os relaciona com alguma memória da sua infância.

Leitura recomendadíssima!!!
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Felipe 09/01/2021

O personagem, do qual não sabemos o nome, remete às lembranças que tem de sua infância, adolescência e vai até meados de seus 25 anos, contando sobre suas experiências pessoais, e como se descobriu homossexual. Fato esse, que desencadeia o constante uso de "máscaras" para tentar se proteger dos julgamentos da sociedade da época (estamos no Japão entre os anos 1930-50). Sobretudo é um livro permeado de sofrimento, já que o personagem é muito confuso sobre o seu verdadeiro eu, e quando o descobre, tenta mentir para si mesmo, de modo a "facilitar" sua inserção nas convenções sociais.

São interessantes as referências que Mishima faz à cultura tradicional japonesa, como nos casos do teatro, e de quadros, onde ele ressalta que os casais têm um perfil de beleza muito parecidos entre si. Também são marcantes as descrições de destruição do Japão durante a Segunda Guerra, e a constante presença da morte no imaginário da população, descrições de paisagens, como as tradicionais cerejeiras (eu amo muito). Ademais, ele nos mostra sobre a já presente ocidentalização do país, que passou a ter intervenções estrangeiras constantes no período.

Gostei bastante do livro, senti vontade de poder ajudar o personagem principal (que era o próprio Mishima). Talvez o livro tenha servido como uma forma de terapia também, já que são confissões, e às vezes funciona "desabafar" por escrito.
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Toni 24/04/2018

De que tenho lembrança, este é o livro que eu desejei ler por mais tempo: 18 anos se passaram desde a primeira vez que ouvi falar nele e escrevi seu título num caderninho de leituras que levava a todo lugar (precursor do Skoob) até encontrá-lo por acaso mês passado no Sebinho, louvadaseja.
.
Neste livro de memórias, Mishima (um dos grandes nomes da literatura japonesa, conhecido por ter tirado a própria vida num ritual de Seppuku no mesmo dia em que terminou o último volume de uma tetralogia), conta a história da descoberta de sua homossexualidade tendo como pano de fundo o Japão pré-durante-pós Segunda Guerra Mundial. Em meio a inúmeras dissimulações na vida social e às inclinações eróticas que se manifestam com imagens de violência, sangue e destruição, Mishima constrói um relato composto por camadas e mais camadas de autocensura, reprovação, incompreensão e um profundo sentimento de incompatibilidade existencial. Como acontece com outras narrativas do autor, a escrita destas Confissões é fulminante: impiedosa e inconsequente, mas sempre bela.
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GRIFO: "Foi a partir dessa época que comecei a compreender vagamente o mecanismo segundo o qual o que parecia ser uma representação aos olhos das pessoas, era para mim expressão da necessidade de retornar a minha própria essência, ao passo que o que parecia a todos o meu jeito natural de ser era, na realidade, uma encenação." P. 27-28
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