Doadores de Sono

Doadores de Sono Karen Russell




Resenhas - Doadores de Sono


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Michele 03/03/2018

Cansativo
Sabe quando o livro chama a atenção pela sinopse, mas quando você começa a ler vê que não tem nada a ver com o que falaram? Pois é este livro, com 168 página e demorei 2 semanas para ler... a escrita tediosa, uma história enrolada e cansativa, sem final. Foi uma decepção, pois esperava mais dele. Não recomendo a ninguém
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Kamylla Cristina 14/06/2017

Doadores de Sono, de Karen Russel
Doadores de sono é uma breve ficção que nos conta sobre uma epidemia que assola os Estados Unidos, a insônia. De uma hora para outra as pessoas simplesmente pararam de dormir.
O Corpo do Sono é uma empresa privada que recruta doadores de sono, através de pequenas doações de sonhos vidas são salvas. A recrutadora com os melhores números é Trish Edgwater, que perdeu a irmã para a epidemia.

“O que me destaca como recrutadora, dizem os irmãos Storch, é o fato de que a morte de minha irmã está eternamente fresca na minha memória; um choque, um ultraje. Não preciso procurar o pulso: essa veia continua aberta e à mostra. “

Para ser um doador, a pessoa passa por um teste e responde um questionário para saber se seus sonhos são aptos a serem doados. O questionário é basicamente sobre os possíveis pesadelos que possam assombrar seus sonhos. Dependendo de suas respostas seus sonhos são coletados e encaminhados para uma central de tratamento de sonhos, onde os sonhos serão tratados, purificados, refinados e distribuídos para os insones compatíveis.
Como a quantidade de insones é crescente a cada dia, mais e mais doadores são necessários. A suprema corte acaba liberando a extração de sonos de bebês, que são mais puros que os sonhos dos adultos. Trish é a sortuda que encontra a Bebê A. A primeira doadora universal, que tem um sonho tão puro que pode doar para qualquer insone. O maior problema do corpo do sono será convencer o Sr. Felix Harkonnen, o pai da Bebê A, que não aguenta mais ver a filha doar seus sonhos.
“O último dia da minha irmã se desenrolou sem levar em conta lua ou sol. Morreu acordada depois de vinte e um dias, onze horas e quatorze minutos sem dormir. Trancada dentro do próprio crânio, sem conseguir alçar voo. “

Outro problema paira sobre o Corpo do Sono. Um doador infectou várias pessoas com seu pesadelo indetectável. Sem saber a identidade do doador ele passou a ser chamado de doador Q. Seu pesadelo é tão real, que as pessoas que antes sofriam de insônia e queriam dormir, agora querem ficar acordadas. O pesadelo tem se espalhado como um vírus letal, tão forte que leva algumas pessoas a cometerem suicídio. Até conseguirem a cura para esse pesadelo, uma enorme turbulência afetará o Corpo do Sono.

Doadores do sono é um livro curtinho e com uma história bastante interessante. Epidemia de insônia, doação de sonhos, pesadelo viral, são itens bastante curiosos e me deixaram bastante curiosa para ler a obra. Infelizmente acabei me decepcionando um pouco com o livro. A escrita da autora é em primeira pessoa, o que gosto bastante, mas não funcionou muito bem nesse livro. Tornou a narrativa um tanto enfadonha. A personagem principal, a Trish, passa uma imagem de fraca e apagada numa história em que ela narra.
Apesar de não ter gostado da forma escrita da história, o contexto que ela traz foi muito interessante e gostei bastante da experiência de leitura.
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Sandro 17/02/2017

O mundo tem que lidar com uma epidemia de insônia. As pessoas necessitam de 'transfusões de sono' para sobreviver, correndo o risco de contágio pelo pesadelo de um doador, que se espalhou em uma parcela considerável dos receptores.
A história é narrada em primeira pessoa pela funcionária de um centro de captação de doações de sono. A protagonista possui alguns dilemas, sendo a morte da própria irma pela insônia o principal deles.
A leitura é fluida, o desenvolvimento da história a partir dessa premissa se dá de maneira simples e muitas das perguntas ficam sem respostas - ao menos respostas óbvias.
Ainda assim, achei intrigante e muito, muito interessante.
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Clods 10/01/2017

Um dos piores que já li.
Olha, seguindo boa parte da maré desses comentários, informo que o livro é realmente RUIM. Ele não se propõe a contar uma história boa como diz na sinopse.

A história não tem começo e fim, o enredo não prende, os pontos abertos ficaram abertos.

Enfim, pra mim, um dos maiores fracassos literários que já li.

Não recomendo e digo mais: Fujam para as colinas se o vir na livraria.

Só a minha singela opinião.
Fabiano Baloo 10/01/2017minha estante
Uraaaa... nem chego perto desse livro!?


Clods 11/01/2017minha estante
kkkkkkkk.... Fabiano, não compensa mesmo não... Eu demorei 8 dias pra ler um livro de 166 paginas... o que eh um absurdo.... De tão ruim que ele é... kkkkk


Sandro 17/02/2017minha estante
Haha to vendo que a maioria das pessoas não gostou mesmo desse livro. Engraçado que eu tive uma impressão bem diferente. Talvez o fato de eu ter insônia e pesadelos freqüentes tenha prendido a minha atenção.


Jeff Valerio 14/06/2018minha estante
Queria muito saber disso antes de gastar meu rico dinheirinho nele T-T
Mas de fato... não valeu nem o tempo que passei lendo ele. -.-'


Marcus 21/06/2018minha estante
Nossa ainda bem que vi esse comentários. O livro está na promoção na Saraiva de 45 por 25 reais e pela sinopse me atraiu muito. Mas 45 reais um livro de 168 páginas??? sem chances, até na promoção tá caro.
Vou ler na livraria sem comprar mesmo hehe




Matheus Fellipe 30/12/2016

A maior decepção literária dos últimos anos!
“[...] Má notícia pessoal: o relógio parou para a humanidade. O tempo logo será ele próprio anacrônico e, da forma que a nossa espécie o viveu neste planeta, deixará de existir. Terá fim a dualidade entre luz e trevas. Terá fim o dia vermelho ativo, a noite azul que se dissolve. A luz do sol já não é mais o catalisador da consciência, o que permite formar nossas personalidades, organizar nossas identidades sobre o travesseiro a cada manhã. Esses cientistas da televisão preveem “uma desertificação global de sonhos”. Logo, prometem, o distúrbio afetará a todos nós. O sono entrará em extinção. E, por fim, a não ser que encontremos uma forma de sintetizá-lo, teremos o mesmo destino.” — Pág. 18

Uma premissa diferente que grita por atenção, uma sinopse que nos incita a leitura, nos faz querer descobrir o que as poucas páginas ocultam, uma capa bonita e chamativa (na minha opinião) e um comentário de ninguém menos que o mestre Stephen King nos dizendo que “Doadores de Sono é um misto brilhante de ficção científica hard com fantasia e ficção científica clássica. Livro digno de um Prêmio Hugo.” Quem não se interessaria?

Eis o poder persuasivo do marketing, eles me fizeram crer que seria uma ótima leitura, e o que eu encontrei? Minha maior decepção literária dos últimos anos! Fazia muito tempo que eu não pegava um livro assim, com um enredo que tinha um grande potencial, com uma ideia inovadora (eu não conheço nenhum outro semelhante) e que simplesmente resultou num livro tão fraco que, quando você termina a maçante leitura, só quer dizer para todos que não percam seu precioso tempo.

Depois de lido, eu até levantei uma teoria: se o objetivo da autora era combater a insônia com esse livro, ela cumpriu com seu objetivo, pois em vários momentos durante a leitura eu peguei no sono. A autora sabe escrever, sua narrativa é bem desenvolvida, ela realmente tem potencial e talento. Mas acho que ela se perdeu no caminho, me parece que ela saiu para fumar um “baseado” com os amigos e continuou escrevendo, porque tem umas partes do livro que são verdadeiras viagens (Ex.: Campo de Papoulas, para quem ainda vai insistir na leitura), coisas que fogem demais da realidade, cenas psicodélicas em que você se perde, não sabe se aquilo realmente está acontecendo ou se você está delirando.

“[...] O pânico aumenta vertiginosamente. Janelas permanecem iluminadas até a madrugada, cada casa do país emoldurada por retângulos amarelos de luz como se bairros inteiros estivessem tendo uma reação alérgica à crise do Doador Q. Até mesmo as pessoas sem histórico algum de insônia ou de transfusões de sonhos ficam subitamente temerosas de se enfiar na cama.” — Pág. 63

Nem vou me ater em falar do enredo em si, a sinopse já expõe o suficiente, o livro até começa bem, mas da metade pro final (?) ele se perde totalmente. Mesmo o livro sendo curto, menos de 200 páginas com fonte grande, a leitura é um tanto cansativa e não rende, suas pálpebras pesam e você dorme, literalmente.

(?) Mas que final? O livro é neutro e ainda por cima não é concluído, tem um enorme final aberto. Farei uma analogia para tentar explicar: sabem quando há um grande acontecimento (digamos uma catástrofe) e a mídia começa a dar notícias a cada minuto e fazer diversas reportagens sobre o assunto... e depois de alguns dias deixa totalmente de lado? Eu tive a mesma sensação com essa leitura, a epidemia de sono está acontecendo, o livro relata uma parte dos acontecimentos por um tempo e simplesmente desiste de notificar, sem terminar o assunto.

Eu detesto falar mal de um livro, até cogitei não escrever essa resenha, mas achei de grande utilidade pública expor a minha opinião para que os leitores tenham uma ideia do que lhes espera. Claro, podem haver pessoas que irão amar o livro, mas sinceramente eu não recomendo a sua leitura. O livro recebe 2 estrelas.

site: http://leitornoturno.blogspot.com.br/2016/12/resenha-doadores-de-sono-karen-russell.html
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Maria1691 28/12/2016

Doadores de Sono, por Karen Russell
Uma epidemia de insonia esta assolando a humanidade. As pessoas não conseguem dormir e vão definhando lentamente, até que, por fim, morrem.

É a partir dessa premissa que somos apresentados a Trish Edgewater. Ela é voluntária da Corpo do Sono, uma organização que busca doações de sono para adiar a morte dos insones. Trish faz esse trabalho por um único motivo: sua irmã, Dori, foi uma das primeiras vítimas dessa devastadora epidemia, e por isso ela quer evitar que as pessoas venham a ter o mesmo fim.

Tudo estava indo bem na organização, uma doadora universal, a “Bebê A” como os membros da organização escolheram denominá-la para que sua verdadeira identidade, foi encontrada; a bebe tem o sono mais limpo e tranquilo que já se teve noticia, e por isso a procura por suas doações só aumenta a cada dia. Mas, como em todo o lugar onde esta havendo sucesso, aparecem pessoas para lucrar com a situação.

site: http://palavrasradioativas.com/resenha-doadores-de-sono-por-karen-russell/
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Caverna 18/12/2016

Uma epidemia assombra os Estados Unidos. Primeiro, milhares de pessoas começaram a dormir somente de 3 a 4 horas por dia. Depois, se pregavam os olhos por uma hora era muito. E então, a insônia os dominava por completo, os levando a uma morte iminente.

Devido ao alto número de pessoas sofrendo da condição, os irmãos Storch criaram uma organização sem fins lucrativos chamada Corpo do Sono, que visa transfundir o sono de pessoas saudáveis aos insones.

Por anos, Trish Edgewater trabalhou na equipe, usando a história trágica de sua irmã Dori para recrutar voluntários. Dori faleceu jovem pela falta de sono que acabou por destruir seu corpo. O sono é vital para o funcionamento e manutenção dos órgãos e do corpo, e sua falta por longo tempo é fatal. Ninguém sabia o motivo da epidemia e ainda não haviam chegado a uma cura. Enquanto isso, Trish convencia as pessoas com a triste história de sua irmã a doar seus sonos por um bem maior, já que a porcentagens de insones crescia, e já era comprovado que em determinados casos, apenas uma hora de noite bem dormida era o suficiente para que essas pessoas não falecessem. Em outros casos, doses de sono proviam a habilidade do insone voltar a dormir naturalmente, e sua vida voltava ao normal, sem a necessidade de mais doações.

A lista de insones precisando de transfusões de sono era grande, até que a milagrosa Bebê A apareceu. A bebê tinha 6 meses e, após certa relutância dos pais, passou pelo processo de transfusão. Ao centrifugarem sua amostra, os pesquisadores descobriram que seus sonhos eram perfeitamente puros, livres de qualquer maldade e pesadelos, além de ser uma doadora universal, compatível com todos. Essa foi a maior notícia dentro de muitos anos, e trouxe esperança a milhares de insones. Por outro lado, até quando a bebê A teria que ser submetida a tais procedimentos de transfusão? Quando enfim encontrariam outra solução? Quais seriam as conseqüências para esse bebê?

A situação só piorou com a explosão do doador Q, um doador que afirmou não ter nenhum dos pesadelos citados na ficha de triagem, e por fim contaminou mais de 100 insones. Insones esses que, agora transfundidos com os sonhos do doador Q, lutavam para ficar acordados. Qualquer coisa era melhor do que os pesadelos do doador. E o que teria acontecido, afinal? Como não detectaram os príons de pesadelos antes de realizarem a transfusão? Seria o doador Q uma pessoa honesta, ou vingativa, que desejava disseminar seus pesadelos para não sofrer sozinho?

As pessoas começaram a temer o Corpo do Sono. Se recusavam a doar, com receio de serem infectados. Se recusavam a receber, preferindo a realidade dolorosa aos pesadelos sem fim. E o Corpo do Sono precisava tanto dos doadores quanto dos receptores.

Ao meio de toda a confusão, Trish descobre coisas que a faz duvidar das intenções da organização e seu trabalho. Ela se dedicou por anos àquilo, alimentando a existência da irmã toda vez que discursava sobre ela, mas será que estava fazendo o certo em expô-la assim? Dori não voltaria mais, afinal. Seria mesmo aquela a melhor abordagem? E a bebê A, qual seria o futuro daquela criança, se a lista de insones só crescia? Ela teria um futuro?

Doadores de sono é um livro que me despertou muito a atenção com a sinopse. Quando Stephen King elogia a mistura de ficção científica com fantasia, não tem erro, né. É uma obra inteligente e original, daquelas que eu não lia há um bom tempo. O grupo da Trish usava vans para buscar o doador e realizar a transfusão, e por isso a capa. Existe toda uma política e normas a serem respeitadas com a doação. O doador tem que preencher um formulário e então é classificado se pode ou não doar. E ainda assim, o sono não é compatível com todos, exatamente como uma transfusão de sangue.

A insônia é uma doença que afeta um grande número de pessoas e, por conta disso, é possível se sentir próximo da realidade do livro. Além disso, a obra explica detalhadamente como funciona o Corpo do Sono e mostra ambos os lados da história, dos insones desesperados por uma doação que provavelmente não virá, e os doadores amedrontados de um dia virem a desenvolver o mesmo problema.

Gostei bastante da proposta, mas tive duas ressalvas. A primeira é que a Trish é uma boa personagem, mas meio distante. Ela narra todo o histórico da epidemia e o que ocorre ao redor dela, mas os momentos em que expõe seus sentimentos são poucos. Os personagens secundários também não foram aprofundados e senti falta disso. Os únicos que realmente tiveram atitudes humanas e comoventes foram os pais da bebê A, principalmente o pai, aflito com a saúde da bebê e cheio de dúvidas. Embora os personagens sejam superficiais, a epidemia é mostrada de forma clara e direta, sem interrupções, inclusive deixando o livro com uma quantidade pequena de páginas.

Em segundo, eu odiei o final. Uma boa definição para esse livro seria: nadei para morrer na praia. Depois do caminho percorrido, nós esperamos por revelações, por algo significante, e eu acabei com a sensação de “e aí?” Cadê o resto? Se fosse uma série, eu estaria tranquila, sabendo que ainda tem muito para ser concluído, mas não! É um volume único, e parece que a autora só quis apresentar o desafio vivido nos Estados Unidos e fim. Como se fosse uma reportagem passando no jornal da TV. Não tiro o mérito da história, mas o final (que nem é um final) foi péssimo.


site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2016/12/doadores-de-sono.html
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Mariane 17/12/2016

Boa história
Em Doadores de Sono, a mais nova epidemia constatada nos EUA é a insônia. O livro é ambientado alguns anos após os primeiros casos da doença, quando já existem "bancos de sono" e doadores (como o título indica). Trish é uma das profissionais do Corpo do Sono, instituição liderada pelos irmãos Storch que coleta sono límpido e transfere aos insones (também chamados de orexinas). O trabalho da moça é atrair novos doadores e mostrar que o processo é seguro e, para isso, ela usa história da morte da irmã para alcançar a sensibilidade da população (sem aparente charlatanismo). Duas importantes peças do enredo são: a Bebê A, que possui padrão de sono REM tão límpido, que é considerada doadora universal, juntamente com o dilema dos pais em ofertar ou não os sonhos de uma criança tão pequena; e o Doador Q, doador anônimo portador de um terrível pesadelo que incita os receptores a não dormirem mais. Leia mais em Estante Insólita

site: http://estanteinsolita.blogspot.com.br/2016/11/doadores-de-sono-karen-russel.html
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Karini.Couto 23/11/2016

Olá leitores, tudo bem?

Quando vi a sinopse de Doadores de Sono fiquei muito interessada, pois amo o gênero e sofro de insônia; então percebi que não podia deixar de conferir a história; assim que recebi, a curiosidade foi imensa e só larguei o livro quando terminei a leitura.

Pense em uma morte lenta e excruciante? Pois é disso que se trata Doadores de Sono. Quem sofre de insônia sabe o quanto é ruim uma noite mal dormida ou não dormir literalmente, isso prejudica seu rendimento, sua saúde e principalmente seu corpo e mente que ficam completamente letárgicos e sem funcionar como deveria.

Em Doadores de Sono uma epidemia se instala nos Estados Unidos deixando todo mundo em polvorosa. As pessoas não conseguem dormir, e todos sabemos que a falta de sono e descanso adequado leva a morte. Uma morte lenta, agoniante e desesperadora. O mundo inteiro está ameaçado por esta epidemia e o desfecho torna-se cada vez mais desconhecido à medida que as pessoas vão morrendo.

A deficiência que levou a epidemia está associada à narcolepsia em seres humanos, causando o efeito oposto: um estado insustentável de hiperexcitação o que torna dormir impossível. Imaginem?!

".. morreu acordada depois de vinte dias, onze horas e quatorze minutos sem dormir.
Trancada dentro do próprio crânio.."


Nesse cenário apocalíptico está Trish que perdeu sua irmã por conta dessa onda de insônia e desespero, e por isso tornou-se voluntária em uma organização que visa ajudar as pessoas a terem, nem que seja um pouco de descanso para que possa "adiar" o fim trágico ao qual se imagina que todos estão condenados.

Ela busca doadores de sono, estranho? Vou tentar explicar: o papel de Trish é sensibilizar pessoas e convencer através da história de sua irmã, a terem um sono induzido onde uma espécie de capacete recolhe seu sono e o mesmo é tratado e distribuído posteriormente para os que não dormem nunca. Nessa sua incursão ela conhece uma família que tem como doadora uma bebê e claro que em um cenário de caos, o desespero impera e pessoas desesperadas são capazes de cometer atos inimagináveis para garantir a própria sobrevivência, além de ser da natureza humana a sede de poder e ganância, então esperem o pior.

Nesse meio todo tem um homem cujas doações contaminadas causam transtornos àqueles que o recebem e acabam fazendo com que Trish se questione sobre o trabalho que vem desenvolvendo junto ao "Corpo do Sono", afinal morrer de insônia acaba sendo a opção mais "fácil" do que se entregar a um sono contaminado com algo muito mais assustador do que uma morte lenta e agonizante promete.

Uma história intrigante e que flui de maneira rápida e intensa, quando percebi tinham se passado horas sem que eu desgrudasse os olhos das páginas. Minha reclamação é que a história deveria ter sido mais esmiuçada, pois senti necessidade de mais detalhes e respostas para coisas como tudo começou? Os motivos? Como terminaria se tivesse um final redondo.

Ler Doadores de Sono é como ler uma explicação rápida sobre algo muito interessante. Então dessa vez, não fiquei satisfeita com apenas 168 páginas, se a autora tivesse triplicado esse número, então, talvez ela pudesse ter explicado mais as coisas e desenvolvido melhor a história. Sendo assim, a conclusão que eu tenho sobre Doadores de Sono é que tinha tudo para ser "o livro", mas foi apenas, mais um livro.
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Marcos Pinto 31/10/2016

Diferente
Uma nova doença assola a humanidade. Porém, essa epidemia não é como as outras; ela é pior, mata aos poucos, lentamente. As pessoas não conseguem dormir. Sem conseguir descansar, vão definhando lentamente. Cada vez menos vão parecendo seres humanos, até que, finalmente, morrem. Essa doença começou nos Estados Unidos da América, mas já ameaça se espalhar. Todos estão com medo. Quando os pesadelos são reais, dormir é um privilégio.

Nessa situação, conhecemos Trish Edgewater. Ela é uma voluntária da Corpo do Sono, organização que busca captar doações de sono. Em alguns casos, apenas algumas horas de sono podem postergar a morte do doente. Ela faz um trabalho bonito, voluntário. O motivo: sua irmã, Dori, foi uma das primeiras vítimas da insônia letal. Ela quer evitar que as pessoas sofram o que a sua irmã sofreu.

Entretanto, como quase tudo na humanidade, onde há problemas, aparecem pessoas para se aproveitar deles e lucrar. Com um surgimento de uma possível doadora universal, a Bebê A, os olhares gananciosos se amontoam. A pergunta que fica é: até que ponto a humanidade pode chegar por pura ganância?

“Centenas dos nossos antigos vizinhos, amigos, colegas de trabalho e professores são novos insones. Decretam falência de sonhos, pedem auxílio ao Corpo do Sono, esperam até serem aprovados para uma doação. São como um novo tipo de sem-teto, diz o nosso prefeito, despejados dos próprios sonhos” (p. 7).

Partindo dessa premissa, Karen Russel cria um enredo rápido, envolvente e altamente crítico. Como quase toda ficção científica, ela traz diversos questionamentos e reflexões sobre a nossa sociedade, o que torna a obra interessantíssima. Por outro lado, algumas estratégias narrativas utilizadas pela autora não foram tão bem aproveitadas.

O livro foi narrado em primeira pessoa, pela própria Trish. Então, além de acompanhar a situação política e social, também compreendemos melhor seus medos, anseios e sua consciência, muitas vezes pesada. A abordagem desse lado psicológico foi sensacional, fazendo com que a autora mereça muitas palmas. Por outro lado, por focar mais na protagonista, algumas questões gerais ficaram abertas e sem o devido aprofundamento, o que pode causar certa frustração no leitor.

O foco principal, na obra, além da consciência de Trish, é o funcionamento da Corpo do Sono. Então, compreendemos um pouco melhor o seu funcionamento e descobrimos mais sobre seus esquisitos e enigmáticos donos, que parecem esconder muitas coisas por traz de suas boas intenções. Esse enfoque foi perfeito, criando um clima de suspense interessante e também de apreensão. Por outro lado, ficou a pergunta: e todo o resto? Não era um problema apenas local, mas, no mínimo, nacional. O demais praticamente foi esquecido.

“O pavor, nós descobrimos, é um poderoso estimulante de doações” (p. 19).

Outro aspecto que merece observação é a inserção do vilão, o “Doador Q”. Ele é visto sempre pelos olhos de Trish, o que dá certa aura de mistério, mas também de humanização ao personagem. A protagonista deseja com todas as suas forças que seja ruim e ordinário, contudo, sabe que há grandes chances de ele ser apenas mais um que tentou fazer algo de bom e errou. Assim, vemos uma construção mais realista e menos maniqueísta.

Em relação à parte física, por sua vez, não há o que reclamar; a Record entregou um livro de alta qualidade. A capa é belíssima e exprime muito bem o enredo da obra. A diagramação está muito boa, proporcionando uma leitura agradável. A revisão e tradução também estão ótimas.

Em suma, Doadores de Sono é um livro com uma temática original, bom aprofundamento psicológico, mas que peca em alguns aspectos, como desenvolvimento do enredo que vai além da protagonista. De toda forma, vale a leitura.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/10/resenha-doadores-de-sono.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 28/10/2016

"A deficiência foi associada à narcolepsia em seres humanos, mas esta disfunção causa o efeito oposto: um estado insustentável de hiperexcitação. O sono se torna impossível." (página 17)

A história é narrada por Trish, uma jovem mulher que perdeu sua irmã mais velha alguns anos antes, morta por um novo tipo de insônia, que não podia ser controlada com remédios; sem dormir, o corpo não conseguia descansar e, com o tempo, parava de funcionar.

Após perder a irmã, Trish começou a trabalhar para o Corpo do Sono, uma empresa que recolhe doações para tratar esse novo tipo de insônia que vem vitimando pessoas em todo o continente americano. Mas não são doações comuns, são doações de sono! O trabalho de Trish é convencer possíveis doadores, para isso, ela lhes conta a história da falecida irmã e de como, se na época de sua morte já existisse o Corpo do Sono, uma pequena doação poderia ter salvado a vida de Dori (nome da irmã).

Quem se torna doador, vai até centros de doações ou recebe uma van de coleta em casa, onde tem seu sono induzido e, através de um capacete especial, tem seu sono recolhido e transportado para estações de tratamento onde esse sono é tratado e distribuído para os insones.

Trish começa a repensar seu trabalho quando conhece uma família cuja filha, uma bebê, é doadora, e o pai da menina tem medo que as doações possam afetar a saúde da garotinha. Surge um Doador Q, que doa seu sono contaminado e provoca transtornos para quem recebe o seu sono, colocando a credibilidade do Corpo do Sono em risco. E Trish não sabe mais se a sua forma de trabalhar é certa ou errada.

"Certo, então foram infectados por um pesadelo, mas, pelo amor de Deus, o que pode ser tão assustador a ponto de a morte parecer melhor do que dormir?" (página 62)

Eu li "Doadores de Sono" em um dia, pois é um livro pequeno, com capítulos curtos e diagramação que ajuda, além da escrita super fluida da autora. Talvez, o que tenha me motivado a ler o livro, tenha sido o comentário do Stephen King na capa, ele diz que é ficção científica, mas para mim tem um toque de distopia.

Eu gostei do livro, mas o desfecho não foi totalmente satisfatório, me pareceu que nada foi realmente resolvido, não se descobriu a cura nem a causa da doença, não ficou definida a situação da Tris e do Corpo do Sono. Muitas perguntas foram lançadas mas as páginas acabaram antes de todas serem respondidas satisfatoriamente, e olha que eu criei um monte de hipóteses que, se se confirmassem, poderiam ter deixado a trama bem mais interessante. Além disso, eu entendi como a captação do sono dos doadores era feita, mas não ficou claro para mim como esse sono era passado para os doentes. Ainda assim, foi uma boa leitura, que mereceu quatro estrelas no Skoob pela sua premissa interessante. Se tivesse o dobro de páginas e cada personagem e situação fosse melhor explorada, certamente se tornaria meu favorito.

Sobre a diagramação: achei a capa muito bonita, a escolha das cores e o jogo de sombra e luz foi ótima. As páginas são amareladas, há alguns erros de revisão (como a falta de traços na separação de sílabas) e a diagramação traz letras, margens e espaçamento grandes.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/10/resenha-livro-doadores-de-sono-karen.html
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Mari 20/10/2016

Eu fiquei super animada com esse livro. Pra ser bem sincera, foi o único pedido do mês que eu fiz pensando que não ia me arrepender nadinha e que devia ser uma baita de um livro bacana. Afinal, eu nunca havia lido nada que fosse parecido. Então, que mal poderia ter em um livro assim, certo?

Ainda mais depois que eu li na capa que ele havia sido finalista do prêmio Pulitzer. Nossa, quase chorei de alegria e de vontade de ler haha Sério, eu sou exagerada desse jeito mesmo, não é só pra fazer graça aqui não hahaha Só que como nem tudo são rosas... Bom, eu vou explicar melhor para que vocês entendam.

A personagem central do livro é a Trish Edgewater. Ela trabalha para a Corpo do Sono, uma organização que coleta sono das pessoas que ainda não foram contaminadas pela terrível epidemia que fez com que as pessoas parassem de dormir. Simples assim. Só que para conseguir mais doadores, ela usa da história de sua irmã, Dori, que foi uma das primeiras pessoas a morrer por conta dessa doença. Ela faz de tudo para que seu sofrimento passe para as pessoas que a estão ouvindo e que elas se sintam tocadas pela tragédia e pelas lágrimas que rolam conforme ela vai contando detalhe por detalhe. É um horror usar da morte de sua irmã para conseguir doadores? Sim. Porém, algumas horas de sono doadas, podem prolongar a vida de várias pessoas que não dormem há semanas.

Só que a vida de Trish começa a se complicar quando cientistas descobrem que bebês também podem ser doadores e que o sono deles é um dos mais puros. Ou seja, é mil vezes melhor para quem receber essas doações. Já que eles não precisam passar por todo aquele tratamento para retirar qualquer tipo de vestígio de pesadelo deles. E é ai que ela conhece a Bebê A. Uma garotinha de poucos meses que começa a fazer doações.

Aos poucos, descobrem que além de seu sono ser puro, ela também é doadora universal. O que faz com que ela tenha que doar o máximo de horas estipulado para sua idade. Isso começa a gerar um certo conflito entre Trish e a família da Bebê, já que seu pai é totalmente contra esse abuso que estão fazendo com sua filha.

Além de ter que convencer o pai da menina todos os dias, uma bomba ainda maior cai em seu colo: um dos doadores, o Doador Q, fez uma doação de um sono infectado de pesadelos que não foi detectado na hora do tratamento. Isso está fazendo com que todos os que receberam esse sono, tenham esse mesmo pesadelo noite após noite. Só que as imagens que eles veem são tão horrendas, que nenhum deles quer dormir novamente. Até houveram casos de pessoas que se mataram enquanto tinham os pesadelos. Uma loucura.

Agora, Trish tem que entender como lidar com essa notícia que está fazendo com que ela perca vários doadores e, mais do que nunca, precisa que os pais da Bebê A deixem que as doações continuem. Afinal, o sono da menina pode neutralizar os pesadelos deixados pelo Doador Q...

Ficou confuso? É, então eu consegui passar bem o que é ler esse livro.

Para ser bem sincera, eu ainda estou tentando entender como ele chegou a ser finalista de um prêmio. Não que eu tenha odiado, entendam, mas ele só não é bom. Existem muitos buracos que ficam em aberto, alguns acontecimentos são totalmente sem explicação e que nem deveriam ter sido mostrados na estória, a personagem é uma chata e o final... Nossa, o final. Quis morrer. Juro.

Foi a coisa mais sem pé nem cabeça que eu li nesses últimos tempos. Tanto que, apesar de ser um livro pequeno, eu demorei séculos para ler, pois não conseguia terminar a página sem que outra coisa me chamasse atenção. Foi uma tristeza.

O pior é que a diagramação é legal, a capa é bonita, a premissa é show, tinha tudo pra dar certo... Fiquei bem chateada! Ainda mais com um final nada a ver igual ao que colocaram nesse livro. Dá até vontade de jogar fora depois da última página haha

Enfim, depois de toda essa confusão, eu quero ouvir a opinião de vocês, então deixem seus comentários aqui, beleza? Beijinhos

site: http://galaxiadosdesejos.blogspot.com.br/2016/10/doadores-de-sonhos-karen-russell.html
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@retratodaleitora 16/10/2016

Desde a morte da irmã, Trish Edgewater trabalha para a organização Corpo do Sono, que recruta pessoas saudáveis para doarem um pouco de seu sono para pessoas que já não conseguem dormir, e essas são muitas.

Ninguém sabe muito bem quando isso começou, e muito menos a causa, mas de uma hora para outra algumas pessoas pararam de dormir, completamente. Depois disso, muitas mortes por insônia foram registradas. Apenas os Estados Unidos foi atingido, e logo começam a ser criados métodos e equipamentos para tentar reverter essa situação.

No Corpo do Sono, Trish trabalha como recrutadora de possíveis doadores, e é bem sucedida no que faz, já que usa a triste história de sua irmã, Dori, para convencer as pessoas da gravidade da situação. Essa sua "tática" funciona também para convencer os pais da Bebê A, a única doadora universal; um pouco de seu precioso sono é capaz de reverter a insônia de muitas pessoas em estágio terminal. Uma esperança no meio do caos.

E o caos se intensifica quando surge o temível Doador Q, cujo sonho doado está infectado com um pesadelo tão abominante que as pessoas que o recebem já não querem mais dormir, fazendo de tudo para voltarem a ser insones; arrancam os cílios, puxam as pálpebras, ingerem drogas e, nos casos mais extremos, escolhem a morte.

"O que me destaca como recrutadora, dizem os irmãos Storch, é o fato de que a more da minha irmã está eternamente fresca na minha memória; um choque, um ultraje. Não preciso procurar o pulso; essa veia continua aberta e à mostra."

Agora tanto os doadores como os insones estão com medo do sono do Doador Q, de acabarem sendo infectados por ele de alguma forma. O Corpo do Sono precisa, agora mais que nunca, de todo o sono saudável que conseguir. Mas todos os eventos recentes fazem com que Trish questione suas açõoes relacionadas à organização e, principalmente, à Bebê A.

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Doadores de Sono é um livro de ficção cientifica com um "quê" de distopia e drama. Uma trama original e instigante de leitura fácil e muito rápida. Com um comentário de Stephen King na capa e o mesmo tendo assinado o texto de orelha do livro, foi impossível resistir a essa leitura.

Esse é um livro que tinha tudo para ser incrível. Uma premissa curiosa, um título instigante, uma autora indicada ao prêmio Pulitzer... Mas, infelizmente, apesar de ser uma leitura agradável, o livro não superou as expectativas geradas. Começando pela narrativa, em primeira pessoa. Essa é a forma que mais gosto, porém tenho que admitir que não funciona com alguns livros, especialmente os de distopia com uma ampla ambientação e muitos personagens. Senti que não funcionou com Doadores de Sono. O livro pede por mais pontos de vista, por uma exploração mais ampla da narrativa, da ambientação, e infelizmente não nos dá isso.

"Morreu acordada depois de vinte dias, onze horas e quatorze minutos sem dormir. Trancada dentro do próprio crânio, sem conseguir alçar voo."

Leia a resenha completa no blog:

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2016/10/doadores-de-sono-de-karen-russell.html#more
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Ana Gabriela 13/10/2016

QUE?
Gente, sabe quando você não entende nada duma história? Pois é
Lê Golz 16/11/2016minha estante
Não vou mentir que entendi nada, mas fiquei perdidona eu quase tudo.




Cheiro de Livro 10/10/2016

Doadores de Sono
Uma nova epidemia assola os EUA, as pessoas simplesmente não conseguem mais dormir, sem as horas de sono elas morrem depois de dias de agonia em claro. Uma nova tecnologia permite que se doe sono. Essa é a ótima premissa de Karen Russell em “Doadores de Sono”, um livro curto demais.

Trish é uma recrutadora de doadores de sono, uma das melhores. Seu destaque no trabalho se deve a morte da irmã, Dori, uma das primeiras pessoas a morrer com a insônia que assola os EUA. Todo o livro é contado em primeira pessoa por Trish e isso limita a visão do leitor de uma forma que, em alguns, momento prejudica o andamento da narrativa. O universo criado por Russel é rico e a opção por prender o leitor a apenas um olhar empobrece um pouco o que é contado.

Trish tem a clássica culpa de sobrevivente, ela dorme muito bem e explora a memória da morta da irmã. É o que a faz ser boa no que faz e o que a motiva, é o que a leva a descobrir o bebê A, a primeira doadora universal de sono, uma criança que é explorada pelo Banco de Sono. Russell objetifica o bebe e aí está uma das qualidades do livro, a bebe nada mais é que uma doadora, um objeto de onde se tira algo, em nenhum momento a criança é descrita como criança, é apenas um banco de onde se tirar algo.

No contraponto a criança salvadora temos o Doador Q, um homem que ao doar seu sono infecta milhares de pessoas com um pesadelo que faz com que elas não queiram mais dormir. O desfecho dessa trama – não se preocupem, nada de spoiler – me agrada bastante mesmo achando que era uma trama que merecia ser melhor explorada.

Russell é uma ótima escritora o que faz “Doadores de Sono” ser desses livros que se devora em uma sentada. O problema é que o livro termina muito cedo, quando a tudo começa a girar para um novo rumo, um que daria um novo livro, ele acaba.

site: http://cheirodelivro.com/doadores-de-sono/
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