Doadores de Sono

Doadores de Sono Karen Russell




Resenhas - Doadores de Sono


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@retratodaleitora 16/10/2016

Desde a morte da irmã, Trish Edgewater trabalha para a organização Corpo do Sono, que recruta pessoas saudáveis para doarem um pouco de seu sono para pessoas que já não conseguem dormir, e essas são muitas.

Ninguém sabe muito bem quando isso começou, e muito menos a causa, mas de uma hora para outra algumas pessoas pararam de dormir, completamente. Depois disso, muitas mortes por insônia foram registradas. Apenas os Estados Unidos foi atingido, e logo começam a ser criados métodos e equipamentos para tentar reverter essa situação.

No Corpo do Sono, Trish trabalha como recrutadora de possíveis doadores, e é bem sucedida no que faz, já que usa a triste história de sua irmã, Dori, para convencer as pessoas da gravidade da situação. Essa sua "tática" funciona também para convencer os pais da Bebê A, a única doadora universal; um pouco de seu precioso sono é capaz de reverter a insônia de muitas pessoas em estágio terminal. Uma esperança no meio do caos.

E o caos se intensifica quando surge o temível Doador Q, cujo sonho doado está infectado com um pesadelo tão abominante que as pessoas que o recebem já não querem mais dormir, fazendo de tudo para voltarem a ser insones; arrancam os cílios, puxam as pálpebras, ingerem drogas e, nos casos mais extremos, escolhem a morte.

"O que me destaca como recrutadora, dizem os irmãos Storch, é o fato de que a more da minha irmã está eternamente fresca na minha memória; um choque, um ultraje. Não preciso procurar o pulso; essa veia continua aberta e à mostra."

Agora tanto os doadores como os insones estão com medo do sono do Doador Q, de acabarem sendo infectados por ele de alguma forma. O Corpo do Sono precisa, agora mais que nunca, de todo o sono saudável que conseguir. Mas todos os eventos recentes fazem com que Trish questione suas açõoes relacionadas à organização e, principalmente, à Bebê A.

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Doadores de Sono é um livro de ficção cientifica com um "quê" de distopia e drama. Uma trama original e instigante de leitura fácil e muito rápida. Com um comentário de Stephen King na capa e o mesmo tendo assinado o texto de orelha do livro, foi impossível resistir a essa leitura.

Esse é um livro que tinha tudo para ser incrível. Uma premissa curiosa, um título instigante, uma autora indicada ao prêmio Pulitzer... Mas, infelizmente, apesar de ser uma leitura agradável, o livro não superou as expectativas geradas. Começando pela narrativa, em primeira pessoa. Essa é a forma que mais gosto, porém tenho que admitir que não funciona com alguns livros, especialmente os de distopia com uma ampla ambientação e muitos personagens. Senti que não funcionou com Doadores de Sono. O livro pede por mais pontos de vista, por uma exploração mais ampla da narrativa, da ambientação, e infelizmente não nos dá isso.

"Morreu acordada depois de vinte dias, onze horas e quatorze minutos sem dormir. Trancada dentro do próprio crânio, sem conseguir alçar voo."

Leia a resenha completa no blog:

site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/2016/10/doadores-de-sono-de-karen-russell.html#more
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Daniely.Chernioglo 02/03/2020

O livro conta sobre uma epidemia que ocorre e muitas pessoas não conseguem mais dormir, mesmo estando extremamente cansadas.
Com isso, é criada a Corpo do Sono, uma organização sem fins lucrativos que coleta o sono de pessoas saudáveis para os que estão sofrendo de insônia.

Não consegui gostar nem um pouco desse livro.
Não tem nenhuma grande reviravolta e o fim é sem grandes revelações.
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Michele 03/03/2018

Cansativo
Sabe quando o livro chama a atenção pela sinopse, mas quando você começa a ler vê que não tem nada a ver com o que falaram? Pois é este livro, com 168 página e demorei 2 semanas para ler... a escrita tediosa, uma história enrolada e cansativa, sem final. Foi uma decepção, pois esperava mais dele. Não recomendo a ninguém
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bloodymary 03/07/2019

Quando pesadelos são reais
Após sofrendo com insônia por algum tempo, me deparo com esse livro em um bazar com outras diversas obras, imaginei que era o destino e o levei para casa.
É um livro pequeno com uma leitura muito rápida, pelo menos até você perceber que a autora conseguiu fazer uma barriga em uma estória de apenas 166 páginas!
E COM CAPÍTULOS DE APENAS DUAS LINHAS!!
"- Oi - diz Jim.
- Oi - respondo. "

Temos a narradora nos explicando o que aconteceu com o mundo (EUA), seu trauma e como ela usa disso para manipular as pessoas, temos a apresentação sem desenvolvimento de personagens secundarios, ha toda uma descrição interessante e inicialmente parece que vai ter uma trama legal, mas de repente metade das coisas são deixadas de lado e o final é sofrível.
Admito que ter um Stephen King falando na capa pesou um pouquinho quando peguei esse livro nas mãos, por outro lado, todo mundo sabe como os finais de muitas estórias do King são bem meia boca (o que me fez pensar em como fui feita de trouxa, por minha própria pessoa).
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Raquel.Euphrasio 20/05/2018

Não consegui me conectar.
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Kamylla Cristina 14/06/2017

Doadores de Sono, de Karen Russel
Doadores de sono é uma breve ficção que nos conta sobre uma epidemia que assola os Estados Unidos, a insônia. De uma hora para outra as pessoas simplesmente pararam de dormir.
O Corpo do Sono é uma empresa privada que recruta doadores de sono, através de pequenas doações de sonhos vidas são salvas. A recrutadora com os melhores números é Trish Edgwater, que perdeu a irmã para a epidemia.

“O que me destaca como recrutadora, dizem os irmãos Storch, é o fato de que a morte de minha irmã está eternamente fresca na minha memória; um choque, um ultraje. Não preciso procurar o pulso: essa veia continua aberta e à mostra. “

Para ser um doador, a pessoa passa por um teste e responde um questionário para saber se seus sonhos são aptos a serem doados. O questionário é basicamente sobre os possíveis pesadelos que possam assombrar seus sonhos. Dependendo de suas respostas seus sonhos são coletados e encaminhados para uma central de tratamento de sonhos, onde os sonhos serão tratados, purificados, refinados e distribuídos para os insones compatíveis.
Como a quantidade de insones é crescente a cada dia, mais e mais doadores são necessários. A suprema corte acaba liberando a extração de sonos de bebês, que são mais puros que os sonhos dos adultos. Trish é a sortuda que encontra a Bebê A. A primeira doadora universal, que tem um sonho tão puro que pode doar para qualquer insone. O maior problema do corpo do sono será convencer o Sr. Felix Harkonnen, o pai da Bebê A, que não aguenta mais ver a filha doar seus sonhos.
“O último dia da minha irmã se desenrolou sem levar em conta lua ou sol. Morreu acordada depois de vinte e um dias, onze horas e quatorze minutos sem dormir. Trancada dentro do próprio crânio, sem conseguir alçar voo. “

Outro problema paira sobre o Corpo do Sono. Um doador infectou várias pessoas com seu pesadelo indetectável. Sem saber a identidade do doador ele passou a ser chamado de doador Q. Seu pesadelo é tão real, que as pessoas que antes sofriam de insônia e queriam dormir, agora querem ficar acordadas. O pesadelo tem se espalhado como um vírus letal, tão forte que leva algumas pessoas a cometerem suicídio. Até conseguirem a cura para esse pesadelo, uma enorme turbulência afetará o Corpo do Sono.

Doadores do sono é um livro curtinho e com uma história bastante interessante. Epidemia de insônia, doação de sonhos, pesadelo viral, são itens bastante curiosos e me deixaram bastante curiosa para ler a obra. Infelizmente acabei me decepcionando um pouco com o livro. A escrita da autora é em primeira pessoa, o que gosto bastante, mas não funcionou muito bem nesse livro. Tornou a narrativa um tanto enfadonha. A personagem principal, a Trish, passa uma imagem de fraca e apagada numa história em que ela narra.
Apesar de não ter gostado da forma escrita da história, o contexto que ela traz foi muito interessante e gostei bastante da experiência de leitura.
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Maria1691 28/12/2016

Doadores de Sono, por Karen Russell
Uma epidemia de insonia esta assolando a humanidade. As pessoas não conseguem dormir e vão definhando lentamente, até que, por fim, morrem.

É a partir dessa premissa que somos apresentados a Trish Edgewater. Ela é voluntária da Corpo do Sono, uma organização que busca doações de sono para adiar a morte dos insones. Trish faz esse trabalho por um único motivo: sua irmã, Dori, foi uma das primeiras vítimas dessa devastadora epidemia, e por isso ela quer evitar que as pessoas venham a ter o mesmo fim.

Tudo estava indo bem na organização, uma doadora universal, a “Bebê A” como os membros da organização escolheram denominá-la para que sua verdadeira identidade, foi encontrada; a bebe tem o sono mais limpo e tranquilo que já se teve noticia, e por isso a procura por suas doações só aumenta a cada dia. Mas, como em todo o lugar onde esta havendo sucesso, aparecem pessoas para lucrar com a situação.

site: http://palavrasradioativas.com/resenha-doadores-de-sono-por-karen-russell/
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Caverna 18/12/2016

Uma epidemia assombra os Estados Unidos. Primeiro, milhares de pessoas começaram a dormir somente de 3 a 4 horas por dia. Depois, se pregavam os olhos por uma hora era muito. E então, a insônia os dominava por completo, os levando a uma morte iminente.

Devido ao alto número de pessoas sofrendo da condição, os irmãos Storch criaram uma organização sem fins lucrativos chamada Corpo do Sono, que visa transfundir o sono de pessoas saudáveis aos insones.

Por anos, Trish Edgewater trabalhou na equipe, usando a história trágica de sua irmã Dori para recrutar voluntários. Dori faleceu jovem pela falta de sono que acabou por destruir seu corpo. O sono é vital para o funcionamento e manutenção dos órgãos e do corpo, e sua falta por longo tempo é fatal. Ninguém sabia o motivo da epidemia e ainda não haviam chegado a uma cura. Enquanto isso, Trish convencia as pessoas com a triste história de sua irmã a doar seus sonos por um bem maior, já que a porcentagens de insones crescia, e já era comprovado que em determinados casos, apenas uma hora de noite bem dormida era o suficiente para que essas pessoas não falecessem. Em outros casos, doses de sono proviam a habilidade do insone voltar a dormir naturalmente, e sua vida voltava ao normal, sem a necessidade de mais doações.

A lista de insones precisando de transfusões de sono era grande, até que a milagrosa Bebê A apareceu. A bebê tinha 6 meses e, após certa relutância dos pais, passou pelo processo de transfusão. Ao centrifugarem sua amostra, os pesquisadores descobriram que seus sonhos eram perfeitamente puros, livres de qualquer maldade e pesadelos, além de ser uma doadora universal, compatível com todos. Essa foi a maior notícia dentro de muitos anos, e trouxe esperança a milhares de insones. Por outro lado, até quando a bebê A teria que ser submetida a tais procedimentos de transfusão? Quando enfim encontrariam outra solução? Quais seriam as conseqüências para esse bebê?

A situação só piorou com a explosão do doador Q, um doador que afirmou não ter nenhum dos pesadelos citados na ficha de triagem, e por fim contaminou mais de 100 insones. Insones esses que, agora transfundidos com os sonhos do doador Q, lutavam para ficar acordados. Qualquer coisa era melhor do que os pesadelos do doador. E o que teria acontecido, afinal? Como não detectaram os príons de pesadelos antes de realizarem a transfusão? Seria o doador Q uma pessoa honesta, ou vingativa, que desejava disseminar seus pesadelos para não sofrer sozinho?

As pessoas começaram a temer o Corpo do Sono. Se recusavam a doar, com receio de serem infectados. Se recusavam a receber, preferindo a realidade dolorosa aos pesadelos sem fim. E o Corpo do Sono precisava tanto dos doadores quanto dos receptores.

Ao meio de toda a confusão, Trish descobre coisas que a faz duvidar das intenções da organização e seu trabalho. Ela se dedicou por anos àquilo, alimentando a existência da irmã toda vez que discursava sobre ela, mas será que estava fazendo o certo em expô-la assim? Dori não voltaria mais, afinal. Seria mesmo aquela a melhor abordagem? E a bebê A, qual seria o futuro daquela criança, se a lista de insones só crescia? Ela teria um futuro?

Doadores de sono é um livro que me despertou muito a atenção com a sinopse. Quando Stephen King elogia a mistura de ficção científica com fantasia, não tem erro, né. É uma obra inteligente e original, daquelas que eu não lia há um bom tempo. O grupo da Trish usava vans para buscar o doador e realizar a transfusão, e por isso a capa. Existe toda uma política e normas a serem respeitadas com a doação. O doador tem que preencher um formulário e então é classificado se pode ou não doar. E ainda assim, o sono não é compatível com todos, exatamente como uma transfusão de sangue.

A insônia é uma doença que afeta um grande número de pessoas e, por conta disso, é possível se sentir próximo da realidade do livro. Além disso, a obra explica detalhadamente como funciona o Corpo do Sono e mostra ambos os lados da história, dos insones desesperados por uma doação que provavelmente não virá, e os doadores amedrontados de um dia virem a desenvolver o mesmo problema.

Gostei bastante da proposta, mas tive duas ressalvas. A primeira é que a Trish é uma boa personagem, mas meio distante. Ela narra todo o histórico da epidemia e o que ocorre ao redor dela, mas os momentos em que expõe seus sentimentos são poucos. Os personagens secundários também não foram aprofundados e senti falta disso. Os únicos que realmente tiveram atitudes humanas e comoventes foram os pais da bebê A, principalmente o pai, aflito com a saúde da bebê e cheio de dúvidas. Embora os personagens sejam superficiais, a epidemia é mostrada de forma clara e direta, sem interrupções, inclusive deixando o livro com uma quantidade pequena de páginas.

Em segundo, eu odiei o final. Uma boa definição para esse livro seria: nadei para morrer na praia. Depois do caminho percorrido, nós esperamos por revelações, por algo significante, e eu acabei com a sensação de “e aí?” Cadê o resto? Se fosse uma série, eu estaria tranquila, sabendo que ainda tem muito para ser concluído, mas não! É um volume único, e parece que a autora só quis apresentar o desafio vivido nos Estados Unidos e fim. Como se fosse uma reportagem passando no jornal da TV. Não tiro o mérito da história, mas o final (que nem é um final) foi péssimo.


site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2016/12/doadores-de-sono.html
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Marcos Pinto 31/10/2016

Diferente
Uma nova doença assola a humanidade. Porém, essa epidemia não é como as outras; ela é pior, mata aos poucos, lentamente. As pessoas não conseguem dormir. Sem conseguir descansar, vão definhando lentamente. Cada vez menos vão parecendo seres humanos, até que, finalmente, morrem. Essa doença começou nos Estados Unidos da América, mas já ameaça se espalhar. Todos estão com medo. Quando os pesadelos são reais, dormir é um privilégio.

Nessa situação, conhecemos Trish Edgewater. Ela é uma voluntária da Corpo do Sono, organização que busca captar doações de sono. Em alguns casos, apenas algumas horas de sono podem postergar a morte do doente. Ela faz um trabalho bonito, voluntário. O motivo: sua irmã, Dori, foi uma das primeiras vítimas da insônia letal. Ela quer evitar que as pessoas sofram o que a sua irmã sofreu.

Entretanto, como quase tudo na humanidade, onde há problemas, aparecem pessoas para se aproveitar deles e lucrar. Com um surgimento de uma possível doadora universal, a Bebê A, os olhares gananciosos se amontoam. A pergunta que fica é: até que ponto a humanidade pode chegar por pura ganância?

“Centenas dos nossos antigos vizinhos, amigos, colegas de trabalho e professores são novos insones. Decretam falência de sonhos, pedem auxílio ao Corpo do Sono, esperam até serem aprovados para uma doação. São como um novo tipo de sem-teto, diz o nosso prefeito, despejados dos próprios sonhos” (p. 7).

Partindo dessa premissa, Karen Russel cria um enredo rápido, envolvente e altamente crítico. Como quase toda ficção científica, ela traz diversos questionamentos e reflexões sobre a nossa sociedade, o que torna a obra interessantíssima. Por outro lado, algumas estratégias narrativas utilizadas pela autora não foram tão bem aproveitadas.

O livro foi narrado em primeira pessoa, pela própria Trish. Então, além de acompanhar a situação política e social, também compreendemos melhor seus medos, anseios e sua consciência, muitas vezes pesada. A abordagem desse lado psicológico foi sensacional, fazendo com que a autora mereça muitas palmas. Por outro lado, por focar mais na protagonista, algumas questões gerais ficaram abertas e sem o devido aprofundamento, o que pode causar certa frustração no leitor.

O foco principal, na obra, além da consciência de Trish, é o funcionamento da Corpo do Sono. Então, compreendemos um pouco melhor o seu funcionamento e descobrimos mais sobre seus esquisitos e enigmáticos donos, que parecem esconder muitas coisas por traz de suas boas intenções. Esse enfoque foi perfeito, criando um clima de suspense interessante e também de apreensão. Por outro lado, ficou a pergunta: e todo o resto? Não era um problema apenas local, mas, no mínimo, nacional. O demais praticamente foi esquecido.

“O pavor, nós descobrimos, é um poderoso estimulante de doações” (p. 19).

Outro aspecto que merece observação é a inserção do vilão, o “Doador Q”. Ele é visto sempre pelos olhos de Trish, o que dá certa aura de mistério, mas também de humanização ao personagem. A protagonista deseja com todas as suas forças que seja ruim e ordinário, contudo, sabe que há grandes chances de ele ser apenas mais um que tentou fazer algo de bom e errou. Assim, vemos uma construção mais realista e menos maniqueísta.

Em relação à parte física, por sua vez, não há o que reclamar; a Record entregou um livro de alta qualidade. A capa é belíssima e exprime muito bem o enredo da obra. A diagramação está muito boa, proporcionando uma leitura agradável. A revisão e tradução também estão ótimas.

Em suma, Doadores de Sono é um livro com uma temática original, bom aprofundamento psicológico, mas que peca em alguns aspectos, como desenvolvimento do enredo que vai além da protagonista. De toda forma, vale a leitura.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/10/resenha-doadores-de-sono.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 28/10/2016

"A deficiência foi associada à narcolepsia em seres humanos, mas esta disfunção causa o efeito oposto: um estado insustentável de hiperexcitação. O sono se torna impossível." (página 17)

A história é narrada por Trish, uma jovem mulher que perdeu sua irmã mais velha alguns anos antes, morta por um novo tipo de insônia, que não podia ser controlada com remédios; sem dormir, o corpo não conseguia descansar e, com o tempo, parava de funcionar.

Após perder a irmã, Trish começou a trabalhar para o Corpo do Sono, uma empresa que recolhe doações para tratar esse novo tipo de insônia que vem vitimando pessoas em todo o continente americano. Mas não são doações comuns, são doações de sono! O trabalho de Trish é convencer possíveis doadores, para isso, ela lhes conta a história da falecida irmã e de como, se na época de sua morte já existisse o Corpo do Sono, uma pequena doação poderia ter salvado a vida de Dori (nome da irmã).

Quem se torna doador, vai até centros de doações ou recebe uma van de coleta em casa, onde tem seu sono induzido e, através de um capacete especial, tem seu sono recolhido e transportado para estações de tratamento onde esse sono é tratado e distribuído para os insones.

Trish começa a repensar seu trabalho quando conhece uma família cuja filha, uma bebê, é doadora, e o pai da menina tem medo que as doações possam afetar a saúde da garotinha. Surge um Doador Q, que doa seu sono contaminado e provoca transtornos para quem recebe o seu sono, colocando a credibilidade do Corpo do Sono em risco. E Trish não sabe mais se a sua forma de trabalhar é certa ou errada.

"Certo, então foram infectados por um pesadelo, mas, pelo amor de Deus, o que pode ser tão assustador a ponto de a morte parecer melhor do que dormir?" (página 62)

Eu li "Doadores de Sono" em um dia, pois é um livro pequeno, com capítulos curtos e diagramação que ajuda, além da escrita super fluida da autora. Talvez, o que tenha me motivado a ler o livro, tenha sido o comentário do Stephen King na capa, ele diz que é ficção científica, mas para mim tem um toque de distopia.

Eu gostei do livro, mas o desfecho não foi totalmente satisfatório, me pareceu que nada foi realmente resolvido, não se descobriu a cura nem a causa da doença, não ficou definida a situação da Tris e do Corpo do Sono. Muitas perguntas foram lançadas mas as páginas acabaram antes de todas serem respondidas satisfatoriamente, e olha que eu criei um monte de hipóteses que, se se confirmassem, poderiam ter deixado a trama bem mais interessante. Além disso, eu entendi como a captação do sono dos doadores era feita, mas não ficou claro para mim como esse sono era passado para os doentes. Ainda assim, foi uma boa leitura, que mereceu quatro estrelas no Skoob pela sua premissa interessante. Se tivesse o dobro de páginas e cada personagem e situação fosse melhor explorada, certamente se tornaria meu favorito.

Sobre a diagramação: achei a capa muito bonita, a escolha das cores e o jogo de sombra e luz foi ótima. As páginas são amareladas, há alguns erros de revisão (como a falta de traços na separação de sílabas) e a diagramação traz letras, margens e espaçamento grandes.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/10/resenha-livro-doadores-de-sono-karen.html
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Mari 20/10/2016

Eu fiquei super animada com esse livro. Pra ser bem sincera, foi o único pedido do mês que eu fiz pensando que não ia me arrepender nadinha e que devia ser uma baita de um livro bacana. Afinal, eu nunca havia lido nada que fosse parecido. Então, que mal poderia ter em um livro assim, certo?

Ainda mais depois que eu li na capa que ele havia sido finalista do prêmio Pulitzer. Nossa, quase chorei de alegria e de vontade de ler haha Sério, eu sou exagerada desse jeito mesmo, não é só pra fazer graça aqui não hahaha Só que como nem tudo são rosas... Bom, eu vou explicar melhor para que vocês entendam.

A personagem central do livro é a Trish Edgewater. Ela trabalha para a Corpo do Sono, uma organização que coleta sono das pessoas que ainda não foram contaminadas pela terrível epidemia que fez com que as pessoas parassem de dormir. Simples assim. Só que para conseguir mais doadores, ela usa da história de sua irmã, Dori, que foi uma das primeiras pessoas a morrer por conta dessa doença. Ela faz de tudo para que seu sofrimento passe para as pessoas que a estão ouvindo e que elas se sintam tocadas pela tragédia e pelas lágrimas que rolam conforme ela vai contando detalhe por detalhe. É um horror usar da morte de sua irmã para conseguir doadores? Sim. Porém, algumas horas de sono doadas, podem prolongar a vida de várias pessoas que não dormem há semanas.

Só que a vida de Trish começa a se complicar quando cientistas descobrem que bebês também podem ser doadores e que o sono deles é um dos mais puros. Ou seja, é mil vezes melhor para quem receber essas doações. Já que eles não precisam passar por todo aquele tratamento para retirar qualquer tipo de vestígio de pesadelo deles. E é ai que ela conhece a Bebê A. Uma garotinha de poucos meses que começa a fazer doações.

Aos poucos, descobrem que além de seu sono ser puro, ela também é doadora universal. O que faz com que ela tenha que doar o máximo de horas estipulado para sua idade. Isso começa a gerar um certo conflito entre Trish e a família da Bebê, já que seu pai é totalmente contra esse abuso que estão fazendo com sua filha.

Além de ter que convencer o pai da menina todos os dias, uma bomba ainda maior cai em seu colo: um dos doadores, o Doador Q, fez uma doação de um sono infectado de pesadelos que não foi detectado na hora do tratamento. Isso está fazendo com que todos os que receberam esse sono, tenham esse mesmo pesadelo noite após noite. Só que as imagens que eles veem são tão horrendas, que nenhum deles quer dormir novamente. Até houveram casos de pessoas que se mataram enquanto tinham os pesadelos. Uma loucura.

Agora, Trish tem que entender como lidar com essa notícia que está fazendo com que ela perca vários doadores e, mais do que nunca, precisa que os pais da Bebê A deixem que as doações continuem. Afinal, o sono da menina pode neutralizar os pesadelos deixados pelo Doador Q...

Ficou confuso? É, então eu consegui passar bem o que é ler esse livro.

Para ser bem sincera, eu ainda estou tentando entender como ele chegou a ser finalista de um prêmio. Não que eu tenha odiado, entendam, mas ele só não é bom. Existem muitos buracos que ficam em aberto, alguns acontecimentos são totalmente sem explicação e que nem deveriam ter sido mostrados na estória, a personagem é uma chata e o final... Nossa, o final. Quis morrer. Juro.

Foi a coisa mais sem pé nem cabeça que eu li nesses últimos tempos. Tanto que, apesar de ser um livro pequeno, eu demorei séculos para ler, pois não conseguia terminar a página sem que outra coisa me chamasse atenção. Foi uma tristeza.

O pior é que a diagramação é legal, a capa é bonita, a premissa é show, tinha tudo pra dar certo... Fiquei bem chateada! Ainda mais com um final nada a ver igual ao que colocaram nesse livro. Dá até vontade de jogar fora depois da última página haha

Enfim, depois de toda essa confusão, eu quero ouvir a opinião de vocês, então deixem seus comentários aqui, beleza? Beijinhos

site: http://galaxiadosdesejos.blogspot.com.br/2016/10/doadores-de-sonhos-karen-russell.html
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