Resenhas - E Se Eu Fosse Puta

Lays.Priscila 07/02/2024

A obra oferece um relato franco e emocionante sobre as lutas e triunfos de uma pessoa que enfrenta a marginalização social e busca por dignidade e aceitação

Raoni Pereira 02/11/2020

Entre o desejo e a aversão
A transfobia as exclui, a prostituição as abraça e a putafobia amplifica a exclusão a que estão sujeitas meramente por existir. Mas afinal quem são os clientes? Todos aqueles que nos rodeiam: pais, irmãos, tios, vizinhos, entre outros. O avesso do que permeia o imaginário social, em que perversos e sádicos seriam os principais clientes. Um livro que retrata bem a realidade de uma travesti, que por seu gênero, muitas vezes lhe resta a prostituição como saída para a sobrevivência. A busca por um desejo que (trans)agride em homens tradicionais da família brasileira.

Rhaisa 23/09/2016

Resenha E se eu fosse puta
O que mais me chocou foi a questão dos olhares, como as pessoas olham para ela como algo que não se encaixa. Mas, mulherão como aquele, não se abalar com pequenas aparências. Para todas que sentem essa pressão: levanta a cabeça e desfila, linda.

Continue lendo no blog A Livreira

site: https://alivreirasite.wordpress.com/2016/09/23/3-postagem-resenha-e-se-eu-fosse-puta/

Ana Clara 22/06/2020

Ao longo de “E se eu fosse puta?”, a autora entremeia os “causos” de clientes com breves elucubrações sobre sua condição de putativista, escritora e travesti. Ela nos fala dos clientes “lixo”, de suas próprias preferências, de vários perrengues e aprendizados. Assim, torna-se uma leitura que informa, discute, diverte e surpreende. Livro mais que recomendado.

Le Foltran 06/08/2022

um livro de relatos sinceros, sem medo do que possa ser entendido pelo outro.. a verdade está ali, e você que lide com isso. não tinha expectativas quanto ao livro, nem imaginei que seria nesse estilo. comecei a ler por indicação e achei simplesmente excelente.

Diego.Souza 20/05/2021

Acho que esse é um livro que todos deveriam ler, independente de ser LGBTQIA+ ou não. acho importante a forma que Amara conta as historias dela na noite, que antes dos olhos da sociedade que condena, que julga que só as definem como desviantes, sem moral, vida fácil, ela dá outras narrativas pra tantas travestis, pra tantas que vivenciam a experiências de existir nas margens, e de abitar os próprios corpos, ela explora o seu universo, quanto travesti, e vários acontecimentos e reflexões durante a prostituição.

leitura necessária.

Rodney 08/02/2020

null
Valeu a leitura, Amara dá voz a uma das classes mais silenciadas e mais mal vistas, as prostitutas. Sendo travesti, o silenciamento é ainda maior. Mais do que um livro de relatos sexuais, a autora divide os medos e dificuldades da profissão.

Lucas.Romano 13/07/2022

Um livro de relatos e experiencias sexuais. Esperava um pouco mais sobre as reflexoes a cerca da vida de Amara mas é um livro que te pega pela crueza, pelo tapa na cara do que ela teve que se sujeitar para sobreviver. Mais um livro pra provar como ser travesti nesse pais é uma luta diária.

Vilamarc 27/09/2021

Puta Trans Trans Puta
A transfobia exclui, a prostituição abraça e a putafobia amplifica o preconceito.

Mais uma vez um livro-relato de experiências lgbtquia+ que potencializam as vivências individuais que jamais imaginávamos.
O último que me provocou essas sensações foi Viagem Solitária do João Nery.
Esse é um livro duro, forte, agressivo até porque Amara Moira não perdoa nem seus próprios preconceitos, sua gordofobia afirmada, seu elitismo destoante das companheiras...
Mas é sobretudo um livro em que reflete sobre a identidade trans, em oposição ao mundo Cis, e os limites e situações inclusive ao mundo LGB.
A dualidade inclusive no cliente que evolui numa mesma noite do carente apaixonado com tesão ao que despreza por nojo após programa.
Um livro de quem certamente confessa que pensou que o prazer e o vício em sexo fosse suficiente para viver de prostituição mas compreendeu que o estigma é algo que destrói a autoestima e a humanidade que deve haver em todes.
Muitas chineladas nas militâncias que ainda desconsideram as especificidades das prostitutas trans.
Recomendo com ressalvas.

Pedro Daldegan 26/11/2022

Não só doutora, mas travesti e puta
Em seus pequenos capítulos, esse livro vai tecendo a dura realidade de travestis nas ruas. A autora, doutora em letras e professora, também é puta.

De noite em noite, com relatos picantes, Amara escancara as péssimas condições de trabalho de quem, por escolha ou não, encontrou a prostituição como forma de renda.

Não poupando detalhes de encontros, desnuda também o perfil dos muitos e diferentes homens que a procuram. Homens carentes, homens casados, homens machões que querem experimentar. Vários tipos de homens, que em geral nem os dentes escovam para buscar prazer.

É um livro de desconstrução, de fazer pensar se somos de fato tão descolados e resolvidos. Ou será que ainda somos da geração GLS, e andamos com o slogan "família margarina arco-íris" debaixo braço?

Dielson(autor) 28/01/2019

Vidas trans Importam!!!
Terceira leitura do ano e a primeira LGBTQ+ de 2019. Fico feliz e triste ao mesmo tempo com essa leitura pelo seguintes motivos: Feliz por ver como a Amara conseguiu, como trans, publicar seu livro e trazer tantas verdades sobre sua pessoa, seu mundo e seus clientes. É preciso ter muita coragem para se expor assim. Temos uma transsexual puta, que não mede as palavras e descreve todos os perrengues do dia a dia na rua. Triste por saber o quão ignorante ainda sou sobre as pessoas transsexuais e saber que 90% delas estão na prostituição por não ter oportunidade. É possível sentir em cada palavra o preconceito que elas têm que passar todos os dias. A metralhadora de olhares para mim foi um dos piores momento na leitura, além do nojo de alguns clientes quando acabam o programa. Fico feliz por ver que espaços estão sendo ocupados, principalmente aqueles que a pouco tempo atrás eram impossível encontrar alguém tras/travestir. Que essas pessoas possam se despir cada vez mais dessa capa da invisibilidade que foram impostas e possam serem vista sem nenhum tipo de estranhamento. Que possa ser felizes como qualquer outra pessoa.

Julia4607 13/03/2022

Intensidade do começo ao fim
Esse livro foi muito intenso cada página do começo ao fim, provocante em vários momentos da vivência e experiência de Amara Moira na prostituição e forte pela verdadeira realidade apresentada. Um relato autobiográfico de resistência e sobrevivência.

skuser02844 17/03/2023

Ótimo livro.
?O NÃO É NÃO das feministas precisa urgente ganhar a zona, empoderar prostitutas. Aqui ainda não ouviram nada a respeito.?

Livro perfeito com a escrita crua e direta de Amara Moira, a cada momento era uma pedrada que expunha a hipocrisia da sociedade masculina brasileira. De dia, nojo e a incredulidade, o deboche e a violência. De noite, usadas para satisfazer os desejos de homens (casados, solteiros) que até então as olhava com desprezo.
Mas não só isso o livro se trata, Amara traz reflexões sobre a luta de travestis prostitutas por seus direitos para não serem objetos compráveis, bonecas infláveis, mas também de terem seus direitos.

danilo_barbosa 07/01/2017

Amara é mais que rótulos... É um desconstruir-se constante. Prostituta e Travesti, em uma sociedade machista que julga e aponta, ela é ácida, sarcástica, pontual em mostrar o dia a dia de luta nas ruas... Doutoranda em crítica literária, ela traduz o intraduzível, os sentimentos e desejos que a constroem, que a fazem chorar no cantinho quando tem de ser forte. Ri em muitas cenas, me identifiquei em outras, e torço para que um dia tudo isso mude. Para os recatados e do lar, esta obra está fora de cogitação. "E se eu fosse puta" tem sexo transbordante e esfuziante, cru e real, mas não deixa de ter a sua beleza, como só quem conta histórias com o coração é capaz de fazer.