Luciano Luíz 01/12/2016
Sabe as tais comédias românticas?! São bacaninhas no cinema, quadrinhos e livros. Mas enjoam pelo fato de pouco ou nada inovarem. Um ótimo exemplo é o filme Mensagem para Você de 1998. Uma obra-prima baseada numa peça de teatro de 1920. Mas obviamente atualizad para fins da década de 1990. Ao invés de cartas, os personagens trocam e-mail e até batem um papo instantâneo com o que tinha de mais modernoso no final do século 20... mas, enfim...
LOVE HINA é a típica estorinha japa onde o rapaz está querendo entrar na faculdade, encontrar a menininha que conheceu na infância, casar e blá, blá, blá. Então ele acaba indo cuidar de um dormitório feminino e com todas aquelas garotas ele passa a maior parte do tempo em situações nada agradáveis, como ver as mocinhas nuas e por aí vai. Bem, nada agradável no sentido de que ele sempre leva porrada de uma delas, que o faz ser atirado pelo teto, parede, porta, etc. e tal. A menina bate tão forte que destrói tudo e claro, o rapaz não morre. No máximo fica tonto e com alguns esparadrapos. Tanto que as demais meninas acreditam que ele é imortal.
O humor é de alto nível. As cenas de nudez são impecavelmente divertidas e sem contar outras mais mesmo em conversas onde é impossível segurar o riso que pode se transformar em gargalhada. Porém...
Isso acaba enjoando depois de ler pelo menos a metade da coleção. Pois as piadas vão se repetindo e mais vezes levando porrada (só que isso é sempre legal) e cenas de garotas tomando banho e blá, blá, blá...
Tem também aqueles momentos emocionais que à princípio você aguenta, mas depois é chato demais. LOVE HINA já foi publicado duas vezes aqui no Brasil. Na primeira, em versão de meio volume com média de 80 a 100 páginas e papel jornal. Na segunda, volumes integrais em papel off set. Também teve uma edição especial com algumas páginas coloridas e o restante do miolo em jornal, intitulado LOVE HINA INFINITY, que na verdade é um guia monstruoso que contém todas as informações possíveis e impossíveis acerca da série.
O autor lançou novos trabalhos depois de LOVE HINA, mas na minha humilde e sincera opinião, são exatamente a mesma coisa. Sempre tem as meninas peladas e situações que remetem a sexualidade, o humor presente também continua exatamente o mesmo. Só o que muda são os cenários e o enredo que é explorado de outras formas. Mas no geral, é como se fossem versões alternativas de HINA...
Apesar de todas as repetições, o mangá compensa. E principalmente pelas pancadas que o protagonista leva a maior parte do tempo... e sem culpa... pois geralmente ele vê as partes íntimas das meninas por acidente...
Nota: 8/10
L. L. Santos
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