Resenhas - A Divina Comédia

Telma77 09/04/2023

De todos livros que eu li, esse foi o mais complexo e desafiador para entendimento. Você sabe do que se trata, mas sua beleza e deleite depende da compreensão das múltiplas e ricas nuances do repertório de Dante.

Gabriel.Luck 09/04/2023

Um dos maiores livros da historia!!
Realmente deve ser aquele tipo de leitura que os pensadores dizem que deve ser lida pelo menos uma vez na vida,e é verdade.
Dante consegue, por meio da complexidade, que as vezes chega a ser exaustivo( fiquei 20 dias pra ler tudo e 3 eu não li nada), fazem uma obra linda com frases que é necessario para e pensar; como ele formou isso??. Por que e de uma beleza que compensa o tempo, e deve compensar bem mais com o passar do tempo.
A divina comedia e como alguns livros que temos que ler a vida inteira pra tentar entender, e claro pra uma primeira leitura foi otimo, a editora sabe fazer bons livros, e as notas me ajudaram muito, embora algumas me deixaram com duvida do por que elas estarem ali.
Um classico eterno, apenas.

gab 29/03/2023

Segunda vez lendo esse grande clássico, nao tem como não se encantar com a construção de a divina comédia.

Marcos606 22/03/2023

O poema conta a jornada de Dante pelos três reinos dos mortos, desde a noite anterior à Sexta-feira Santa até a quarta-feira após a Páscoa na primavera de 1300. O poeta romano Virgílio o guia pelo Inferno e Purgatório; Beatriz, a mulher ideal de Dante, o guia pelo céu. Beatriz era uma mulher florentina que ele conheceu na infância e admirou de longe no modo da então moda tradição do amor cortês, que é destacado na obra anterior de Dante, La Vita Nuova.

A estrutura dos três reinos segue um padrão numérico comum de 9 mais 1, para um total de 10: 9 círculos do Inferno, seguidos por Lúcifer contido em sua parte inferior; 9 anéis do Monte Purgatório, seguidos pelo Jardim do Éden coroando seu cume; e os 9 corpos celestes do Paraíso, seguidos pelo Empíreo contendo a própria essência de Deus. Dentro de cada grupo de 9, 7 elementos correspondem a um esquema moral específico, subdividido em três subcategorias, enquanto outros 2 de maior particularidade se somam ao total de nove. Por exemplo, os sete pecados capitais da Igreja Católica que são purificados no Purgatório são unidos por reinos especiais para os últimos arrependidos e os excomungados pela igreja. Os sete pecados principais dentro do Purgatório correspondem a um esquema moral de amor pervertido, subdividido em três grupos correspondentes ao amor excessivo (luxúria, gula, ganância), amor deficiente (preguiça) e amor malicioso (ira, inveja, orgulho).

Na luta política da Itália central entre guelfos e gibelinos, Dante fazia parte dos guelfos, que em geral favoreciam o papado em detrimento do Sacro Imperador Romano. Os Guelphs de Florença se dividiram em facções por volta de 1300 – os Guelphs Brancos e os Guelphs Negros. Dante estava entre os Guelphs Brancos que foram exilados em 1302 pelo Prefeito Cante de' Gabrielli di Gubbio, depois que as tropas comandadas por Carlos de Valois entraram na cidade, a pedido do Papa Bonifácio VIII, que apoiou os Guelphs Negros. Este exílio, que durou o resto da vida de Dante, mostra sua influência em muitas partes da Comédia, desde as profecias do exílio de Dante até as opiniões de Dante sobre a política, até a condenação eterna de alguns de seus oponentes.

"A meio caminho da nossa vida". Dante tem trinta e cinco anos, metade da vida bíblica de 70, perdido em uma floresta escura assaltado por bestas das quais ele não pode fugir e incapaz de encontrar o "caminho certo" para a salvação. Consciente de que está se arruinando e caindo em um "lugar baixo" onde o sol se cala, Dante é finalmente resgatado por Virgílio, e os dois iniciam sua jornada para o submundo. A punição de cada pecado no Inferno é um contrapasso, uma instância simbólica da justiça poética.

O inferno representa a alma cristã vendo o pecado como ele realmente é, e as três bestas representam três tipos de pecado: o autoindulgente, o violento e o malicioso. Esses três tipos de pecado também fornecem as três divisões principais do Inferno de Dante: Inferno Superior, fora da cidade de Dis, para os quatro pecados de indulgência (luxúria, gula, avareza, raiva); Círculo 7 para os pecados de violência; e Círculos 8 e 9 para os pecados de fraude e traição. Acrescente-se a elas duas categorias diferentes que são especificamente espirituais: Limbo, no Círculo 1, contém os pagãos virtuosos que não eram pecadores, mas ignoravam Cristo, e o Círculo 6 contém os hereges que contradiziam a doutrina e confundiam o espírito de Cristo.

Tendo sobrevivido às profundezas do Inferno, Dante e Virgílio sobem das trevas para a Montanha do Purgatório no outro lado do mundo. A Montanha está em uma ilha, a única terra no Hemisfério Sul, criada pelo deslocamento de rocha que resultou quando a queda de Satanás criou o Inferno. A montanha tem sete terraços, correspondentes aos sete pecados capitais. A classificação do pecado aqui é mais psicológica do que a do Inferno, sendo baseada em motivos, ao invés de ações. Também é extraído principalmente da teologia cristã, e não de fontes clássicas. No entanto, os exemplos ilustrativos de pecado e virtude de Dante baseiam-se em fontes clássicas, bem como na Bíblia e em eventos contemporâneos.

O amor, tema de toda a Divina Comédia, é particularmente importante para o enquadramento do pecado na Montanha do Purgatório. Embora o amor que flui de Deus seja puro, pode se tornar pecaminoso à medida que flui através da humanidade.

O Purgatório representa a vida cristã.

Beatriz guia Dante pelas nove esferas celestiais. Estes são concêntricos e esféricos, como na cosmologia aristotélica e ptolemaica. Enquanto as estruturas do Inferno e do Purgatório foram baseadas em diferentes classificações de pecado, a estrutura do Paraíso é baseada nas quatro virtudes cardeais e nas três virtudes teologais.

Marcio 18/03/2023

Divina comédia em prosa
Trata-se de uma adaptação da Divina Comédia de Dante Alighieri escrita em prosa. É uma boa opção para um primeiro contato com a obra ou para acompanhar a leitura da versão em versos.

Natália Ranhel 17/03/2023

Acredito que esse foi um dos livros de leitura mais difícil que já li. Apesar de conhecer por cima alguns pontos da história, confesso que conhecia pouco.
Por exemplo, não sabia que era uma poesia separada em cantos. Toda a forma figurativa e metafórica de narrar os fatos exige bastante da atenção e interpretação de texto.
A viagem pelo inferno, purgatório e céu nos faz acompanhar a conversão de um pagão em cristão. E essa pegada religiosa da leitura me lembrou bastante quando inventei de ler a Bíblia.
Um clássico é um clássico, mas não consigo dizer que foi uma leitura prazerosa.

Ge Ribeiro 15/03/2023

Amei muito o inferno
A Divina Comédia é com certeza uma história necessária para quem quer entender um pouco de como nós (ocidentais) nos relacionamos com os ensinamentos cristãos. Dante aqui abordava muito da igreja católica medieval, a visão Aristotélica e suas próprias convicções e críticas sobre a igreja e o sistema da época. É engraçado ver que mesmo há tanto tempo, as coisas não mudaram tanto assim.
Dos três tomos, o meu preferido com certeza foi Inferno, a jornada de Dante com Virgílio por ali foi realmente uma aventura muito boa de se acompanhar.
O final do tomo Paraíso é uma das coisas mais bonitas que já li.
Sobre a edição, gostei bastante, pois, por se tratar de uma epopeia, a métrica não é algo que estou acostumada e as notas de roda pé são ótimas e me ajudaram muito a compreender o texto.

Matheus.Viga 11/03/2023

"Lágrimas, dores e suspiros são os anjos que nos conduzem a Deus"
Deixai toda esperança vós que entrais!
Obra magnífica. É extraordinário a quantidade de personagens reais, bíblicos e mitológicos citados no decorrer do livro. Mostrando até mesmo personagens locais contemporâneos de Dante para assim explicitar um contexto histórico daquela Itália, especialmente Florença. Além de trazer personagens que tiveram uma participação fundamental na história do mundo, incluindo o próprio Virgílio. Muito interessante a exposição de alguns papas no inferno e relacioná-los ao pecado da simonia, pura ousadia da parte de Dante dada a época. Durante a leitura teve momentos que senti um assombro, principalmente com algumas figuras horrendas e as perseguições do Diabo Negro, Minos e Gerião.

Muito bom a interação que o Dante faz com o seu leitor dando uma camada a mais de introspecção na obra, sem falar que ele foi um dos primeiros escritores a fazer isso. Exemplo: "Se tu, caro leitor, demorares para crer naquilo que direi, não me espantarei, porque o que vi ali só a mim mesmo consinto acreditar".

Ricardo de Andrade 10/03/2023

O épico dos três níveis da pós vida
Continuando os estudos em literatura, dessa vez eu me aventurei pela Divina Comédia, de Dante. E que aventura interessante...

Achei o poema de uma métrica muito específica e facilitadora, apesar das palavras precisarem ser lidas com bastante atenção para se ter algum entendimento. Seus cantos curtos também deixam a leitura menos cansativa.

Já no primeiro livro, Inferno, se percebe a grandeza que foi o poema de Dante para a literatura mundial.

Rafael1024 08/03/2023

Nos portões do inferno
Vai-se por mim à cidade dolente,

vai-se por mim à sempiterna dor,

vai-se por mim entre a perdida gente.

Moveu justiça o meu alto feitor,

fez-me a divina potestade, mais

o supremo saber e o primo amor.

Antes de mim não foi criado mais

nada senão eterno, e eterna eu duro.

DEIXAI TODA ESPERANÇA, Ó VÓS QUE ENTRAIS.

Marcio 06/03/2023

Purgatório
Dante está pronto para subir ao Paraíso e terminar a sua jornada de crescimento espiritual.

"Refeito retornei da onda santa, como de novas folhas, ao rompê-las de sua ramagem, se renova a planta: puro e disposto a subir às estrelas."

juuh.carol.3 03/03/2023

Clássico italiano para público juvenil
A divina comédia é um livro que se passa em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso, explicando o que o autor encontrou neles em sua passagem por cada um. Ele é guiado aos dois primeiros por Virgílio, autor de Eneida, e encontra muitas figuras da bíblia e da mitologia.
Dante explica os três da seguinte forma: O purgatório seria o meio do caminho, onde as pessoas esperariam para serem encaminhadas ao Inferno ou ao Paraíso e o retrata como o "reino do perdão". O inferno é o destino dos maiores pecadores, que não possuiam a chance do arrependimento, tamanhos erros haviam cometido. E o paraíso é o local das pessoas boas em vida e, assim como os anteriores, também é dividido em diversas partes.
Não posso explicar muito mais do que isso, pois a adaptação que li é muito fininha e conta rapidamente sobre locais e os motivos pelos quais as pessoas eram levadas para lá. O inferno é onde tem mais ramificação e mesmo o livro sendo pequeno eu tive que ler três vezes essa parte para conseguir prestar atenção.
Eu recomendo que leiam a obra original, pois é mais completa. Não a escolhi pois é narrada em cantos, em forma de poema e eu sempre tive dificuldade para ler esse tipo de livro, pois me perco fácil. O livro que eu li, adaptado por Cecília Casas, é em formato de romance, pois é direcionado ao público juvenil. Mas, se forem como eu, não percam a oportunidade de ler um clássico como esse, mesmo que adaptado.

site: https://www.instagram.com/p/BemCLHpBEEO/

Marcio 24/02/2023

Inferno
Livro que não é só uma historinha inventiva, mas sim um mergulho no abismo da alma humana e no que ela pode se transformar quando se entrega ao mau.

Lucas1894 23/02/2023

As palavras mais lindas que já vi
Uma obra tão complexa, filosófica e acima de tudo: FODA.
Conheci a história do Dante e sua amada Beatriz primeiramente no jogo de Ps3 chamado " Dante's inferno".
Zerei o jogo com o Dante indo para o purgatório e fiquei muito curioso para saber o que viria, procurei vídeos inteiros no YouTube sobre a história da divina comédia até que decidi finalmente ler esse material, estou apaixonado, preciso reler esse troço daqui há 10 anos quando tiver mais bagagem literária ainda para pegar todas as nuances da obra.

Aquele livro que pelo menos uma vez na vida devemos ler.

Ketlin.Chaves 17/02/2023

Rumo ao Paraíso
A divina comédia é a obra-prima do escritor italiano Dante Alighieri. Dante é o protagonista dessa história, ao lado de Virgílio e da idealizada Beatriz. É quando surge diante dele o espírito do poeta Virgílio, disposto a acompanhá-lo em sua viagem ao Inferno e ao Purgatório. Virgílio revela que a alma de Beatriz, a musa inspiradora de Dante, desceu do Paraíso para pedir que o autor da Eneida o guiasse.

Virgílio, representante da Antiguidade, é o símbolo da razão. Assim, ambos os poetas seguem rumo ao Inferno. No segundo círculo do Inferno, estão os luxuriosos, como os amantes Paolo e Francesca, mortos por Rimini, o marido traído. No terceiro, Dante e Virgílio se deparam com aqueles que cometeram o pecado da gula, torturados por Cérbero.

Dante encontra ali seu falecido mestre Brunetto Latini. No oitavo círculo do Inferno, são punidos os fraudulentos. Então Dante chega a ver Lúcifer, antes de ser guiado por Virgílio até o Purgatório. Catão de Útica, guardião do Purgatório, deixa os poetas seguirem.

Elas devem cumprir suas penas para, enfim, poderem entrar no Paraíso. Até que, finalmente, entram no Purgatório. Nesse novo percurso, encontram os orgulhosos, que levam pesadas pedras, e Oderisi prevê o exílio de Dante. Como no Inferno, há avaros e pródigos, deitados de bruços, com mãos e pés atados.

Entre eles, o papa Adriano V. No Purgatório, também há gulosos, como a alma do amigo de Dante, um tal Forese Donati. Por fim, Dante e Virgílio encontram os luxuriosos do Purgatório. Assim, já próximos do Paraíso, Virgílio se afasta, já que ali não lhe é permitido entrar, e Dante segue sozinho. Finalmente, Dante encontra a alma de Beatriz.

Na sequência, Beatriz o leva e o guia pelo Paraíso. A partir daí, ela tira as dúvidas de Dante sobre questões filosóficas e religiosas, assim também fazem outros personagens presentes no percurso. No Paraíso, Dante também encontra seu trisavô Cacciaguida, que lhe faz algumas previsões. O livro termina quando Dante, finalmente, tem a visão de Deus.

Por meio dessa obra clássica, que atravessa os séculos, Dante homenageia e confirma a fé católica mas também faz críticas aos integrantes da Igreja de seu tempo.