Resenhas - The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society

Isa Frasinelli 30/10/2023

Estava procurando um livro mais leve para ouvir como audiobook e lembrei dessa história que tinha assistido em um filme da Netflix há anos e curtido. Já tinha esquecido detalhes do filme, então o livro veio como uma surpresa para mim em alguns detalhes, mas conseguiu reproduzir aquela sensação gostosa da trama. Apesar de abordar o pós segunda guerra mundial e trazer algumas questões mais sérias, o livro em si é bem leve e os personagens são muito cativantes - o grupo principal me lembrou muito a vibe de Anne de Green Gables. Reassisti ao filme depois da leitura e achei que conseguiram fazer uma adaptação bem bacana, apesar de fazerem algumas mudanças na história para caber em um filme de 2 horas.

IuriManzini 10/08/2023

Livro fácil, porém calma
Leitura fluida tranquila, sem muita intensidade nos acontecimentos e na maneira em que tudo é contado já que são apenas cartas, logo mesmo quando algo intenso acontece, só descobrimos depois quando alguém está escrevendo sobre.
Dito isso, há momentos em que ouvimos histórias sobre a Segunda Guerra Mundial em que o clima é completamente diferente e, dependendo do leitor, pode ser uma passagem difícil de acabar.
Tenho alguns problemas com o livro, mas no geral é uma história simples e efetiva que não vai explodir sua mente, mas não vai falhar em agradar seu coração.

Ps do fim, mas sem spoiler de história: eu achei o final um pouco corrido, poderia ter sido mais bem explicado e dissolvido em algumas páginas a mais.

Amanda 05/03/2022

essa foi uma das leituras mais delicadas que já vivi. chorei, ri (muito), fiz anotações e planejo guardar esse livro como um tesourinho particular.

Thaysa.Salles 01/07/2021

A perfeição existe
Meu livrinho do coração, que li rápido demais e depois fiquei desejando que fosse maior! Kkk quem sempre, né? "Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata" é uma história delicada, leve e te transporta pra a pequena ilha de Guersney num piscar de olhos. É todo narrado em cartas e é por causa de uma carta que ele começa: a escritora Juliet, passando por um bloqueio criativo terrível (quem é fanfiqueira sabe né meninas??), recebe uma carta de um total estranho que fala sobre uma tal sociedade literária e isso basta pra que Juliet se encante com sua história e queira conhecer os integrantes do grupo e a própria ilha. Acontece que na época da ocupação londrina (de volta a II guerra), os livros eram uma das poucas diversões permitidas ao pessoal da ilha, mas o mais engraçado é que não foi por causa deles (dos livros) que a sociedade literária começou não, viu? ? Inspirada, a nossa protagonista decide escrever sobre A Sociedade e, no processo, conhece histórias, faz amigos e.... Se apaixona. Fala sério, vcs tem que ler! Fica aí a intimação. P.s.: o filme na Netflix tb é lindo! ?

Eduarda Graciano do Nascimento 15/05/2018

Melhor que torta!
Juliet Ashton é uma londrina de 32 anos que escreve artigos para o jornal The Times. No ano de 1946, após o fim da guerra, com uma coletânea de artigos publicada e buscando um tema para seu próximo livro, a moça recebe uma carta de Dawsey Adams, um morador da ilha britânica de Guernsey que tem em mãos um livro de Charles Lamb que já pertenceu a Juliet. O rapaz escreve com a intenção de pedir informações sobre o livro e conversa vai, conversa vem, Juliet descobre que Dawsey faz parte de um clube do livro formado durante a ocupação alemã na ilha. Ela fica cada vez mais fascinada pelo local e seus moradores (outros membros do clube com quem passa a se corresponder), sobretudo com a história da fundadora Elizabeth McKenna, que foi levada para um campo de concentração e deixou sua filha de quatro anos sob os cuidados dos amigos. Assim, com uma fascinante história para seu próximo livro em mãos, Juliet viaja para Guernsey, sem saber que sua vida estaria prestes a mudar.

Já duvido que esse livro não vá figurar nas minhas melhores leituras do ano. Li sobre ele num grupo do facebook que participo e apesar do nome comprido e inusitado, minhas colegas garantiram que era muito bom. Ainda assim, estava enrolando um pouco para ler, porque se trata de um romance epistolar e não, não tenho nada contra, mas não é meu estilo de livro favorito. Em abril o filme adaptado do livro foi lançado no Reino Unido e quando vi o trailer não pude deixar a curiosidade de lado. Que decisão acertada!
Qualquer livro que tenha como pano de fundo uma guerra emociona. “A Sociedade Literária...” não só nos emociona, mas nos enche de esperança ao contar a história dos moradores da ilha de Guernsey e como eles estão no pós-guerra, tentando se recuperar das atrocidades que aconteceram ali. Esse livro vem com esse gostinho a mais de fé, união e amizade. É linda a relação dos membros da sociedade entre si e mais ainda quando se trata do elo que os une: Kit McKenna, uma garotinha de quatro anos que é o xodó de todos ali. Ela foi o resultado do amor proibido entre Elizabeth, a fundadora do clube literário – sabe aquelas personagens inspiradoras? Não é só a Juliet que ela instiga – e Christian Hellman, um soldado alemão. Elizabeth, que segue sem dar notícias, presa em um campo de concentração, não pode deixar de ser citada como uma das protagonistas dessa história. Eu diria até mesmo que ela é a base de tudo.

No prefácio e no posfácio do livro conhecemos um pouco da história da autora, Mary Ann Shaffer, que infelizmente faleceu antes da publicação e teve a ajuda da sobrinha Annie Barrows para finalizá-lo. Não sei quais foram os retoques que Barrows fez, mas não dá nem para perceber que foi escrito por duas pessoas. A narrativa e a vivacidade dos personagens me lembraram bastante a série Anne de Green Gables, inclusive sua estrutura epistolar, presente no quarto volume, Anne of Windy Poplars. A história é fluida, leve, emocionante e repleta de personalidades carismáticas. Não vou nem começar a falar do Dawsey, que ganhou o selo Gabriel Oak de mocinho e também o meu coração!
Recomendo que não se deixem levar pelo estranhamento causado pelo título (no Brasil, o livro foi publicado pela Rocco em 2009 e se chama A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata) e leiam mais do que depressa esse sensível e emocionante retrato do pós-guerra contado pelo tipo de pessoas que mais amamos e nos identificamos: os amantes de livros!

site: https://www.cafeidilico.com/2018/05/the-guernsey-literary-and-potato-peel.html

Mari 18/11/2014

Esse livro conta a história de uma escritora, que passa a se corresponder com os membros de uma Sociedade Literária de Guernesy fundada durante a guerra e a opressão nazista.

A forma da escrita, em estilo de cartas do início ao fim foi extremamente cativante a primeira vista, diferente dos outros livros que eu já havia lido, e me fez gostar dele de cara em um primeiro momento.Pela sinopse comecei a lê-lo acreditando que ele falaria sobre livros e a importância deles em trazer de volta esperança, alegria e sonhos para as pessoas. Ele até fala isso... mas é tão en passant que é praticamente como se não tivesse falado e isso muito me decepcionou.

Depois de um tempo você não tem mais ideia do porquê exatamente você está lendo aquele livro. A ideia é falar sobre livros? Não deve ser, porque fica páginas e páginas sem falar sobre nenhum... É um romance? Definitivamente não, já que romance no livro aparece tão esparsamente que as vezes você até esquece que leu algo a respeito anteriormente. A ideia é ser um livro sobre a guerra? Bem, nisso ele sucedeu, mais ou menos (afinal, não é um livro de fatos reais e sim ficção apesar de ter suas ideias baseadas num fato real).

A linguagem é simples, o que é ótimo, e apesar de as passagens da guerra serem pesadas e todas escritas em primeira pessoa, ainda sim é apresentado de forma a permitir um distanciamento do leitor, tornando a leitura menos sofrida. É inevitável não pensar sofrimento das pessoas que passaram por aquilo, claro, mas não cheguei sofrer realmente lendo, o livro não conseguiu me envolver a esse ponto (livros de história me envolveram mais q ele).

Como eu sempre digo, por menos que se goste de um livro, sempre (ou quase sempre) é possível tirar alguma boa lição dele. Basta olharmos com boa vontade.rs. E esse livro não é exceção a essa regra! Além das já informadas acima tem também como um vínculo forte de amizade pode ser formado nos ambientes e momentos mais inusitados e como as pré-concepções que fazemos sobre o outro podem nos levar a deixarmos de conhecer e usufruir de companhias maravilhosas.

Fernanda :) 23/03/2010

Heart-warming and simply fantastic
Triste a autora não ter vivido o suficiente para saborear a estréia literária, e uma pena (pelo menos para nós) não ter começado a escrever antes.

O livro, que já chama a atenção pelo título, tem uma estrutura diferente, as cartas trocadas entre os personagens são bem escritas, envolventes, de um humor delicado. Os personagens são atraentes, carismáticos, transbordam sentimento e permanecem na memória muito tempo depois do livro terminar. Uma história de amizade e solidariedade em tempos de guerra, e sobre como os livros conectam as pessoas. Adorei a estória dos porcos. Impossível colocar em palavras todas as qualidades dessa obra. Fiquei com vontade de fazer as malas e acompanhar Juliet Ashton até Guernsey para participar de uma das reuniões da sociedade. 5 estrelas, merecidas.

sonia 05/12/2009

humanidade alem das diferenças
é um delicado livro sobre diferenças - culturais, socioeconomicas, politicas - alem de qualquer barreira, o coração reconhece o respeito, a dignidade, a bondade.

adorei a descrição dos soldados alemães, aparentemente indeferentes aos famintos meninos de rua, que seguiam sem olhar para trás enquanto atiravam batatas por sobre os ombros, batatas que eram avidamente colhidas pelas crianças famintas - e agradecidas.