mouemily 20/08/2017
Eu até queria dar três estrelas pra esse livro porque me sinto meio sacana por dar só duas estrelinhas mas está DIFÍCIL então fica aqui registrado que eu TENTEI mas não rolou.
Sob O Mesmo Teto é um livro de romance adolescente - e dá pra ver muito bem isso ao longo da leitura. A história é narrada pela própria Calíope, com alguns poucos capítulos narrados pelo Guto, e ela tem todos os maneirismos e desespero de adolescentes no ensino médio - o que me cansou um pouco. Seu amor pelo filho do novo padrasto era desesperado, avassalador e narrado de um jeito que me deixou meio desconfortável porque, né, são duas crianças de 16 e 17 anos se matando por um romance e beijos bem quentes. Não tinha como não lembrar dos livros que eu li da Carolina Munhóz, principalmente O Inverno das Fadas, e digo isso pelo desconforto que me bateu risos
A narrativa e seus protagonistas me lembraram também Rani e o Sino da Divisão. A história era legal, tinham elementos interessantes, mas a forma como ela se desenrolou, pra mim, deixou a desejar. Apesar de ter mais de 300 páginas, muita coisa importante e muitas cenas foram pouco desenvolvidas ou simplesmente puladas ou esquecidas - como as amizades da Calíope, a festa de aniversário das gêmeas, etc. A narrativa dava a entender que tudo isso era importante, mas daí o próximo capítulo simplesmente PULAVA ISSO e eu ficava com a sensação de que a autora esqueceu o plot no churrasco pra poder falar mais do amor da Calíope e do Guto e descrever longamente os beijos e abraços que eles dividiam escondidos no quarto dela.
Em certos momentos parecia até que a autora esquecia OS PRÓPRIOS PERSONAGENS. Tá certo que a ideia do livro era unir um homem com seis filhos com uma mulher com cinco filhos, sem contar os amigos desse povo todo, mas apesar de alguns deles terem mais foco (eu amei demais a Stella, a gêmea má, o Apolo e o Hélio, os irmãos gêmeos da Calíope, e a Clara, a mãe que achou que seria uma boa ideia botar onze filhos sob um mesmo teto) a maioria era meio esquecido e lembrado só quando era importante pro plot (aliás tinha vários que eu nem sabia direito quem era porque eram TANTOS NOMES). Eu curti bem essa ideia de uma família enorme e gostei demais de ver eles se adaptando a tudo isso (em uma casa riquíssima porque muito conveniente o padastro novo ser dono de metade da cidade kk mas confesso que isso sou eu meio invejando a sorte desse povo), mas achei que podia ser mais desenvolvido, sabe? Eu seeeeeeei que esse é um livro de romance e o foco é o romance MAS E A FAMÍLIAAAAAAAAAAAA
Por fim, apesar de tudo, eu provavelmente vou acabar lendo os continhos e o próximo livro da série quando tiver a oportunidade porque, como eu disse, eu curti bem a dinâmica dos Medina-Becker e a cidadezinha de Assunção e também super apoio a editora que publica esses livros e é super fofa. E GENTE, JURO, SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI E NÃO ME ODEIA POR TER SIDO TÃO BITTER NESSA RESENHA - OBRIGADA TE AMO NÃO DESISTE DE MIM