Stolen

Stolen Lucy Christopher




Resenhas - Stolen


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ka mcd 09/10/2012

Stolen
Maggie Stiefvater disse que esse livro é belo e complicado. E eu não poderia ter escolhido duas palavras que combinassem mais com Stolen. Belo por que tudo nele exala beleza - o deserto, Ty, como a estória dos dois se entrelaça, a avalanche de sentimentos e até mesmo a fragilidade daquele momento. Complicado por um simples motivo: o seqüestrador de Gemma, Ty, não age realmente como um vilão. Ele é, de certa forma, bom, mas seqüestrou Gemma e não há como mudar esse fato.

Mas não é só isso.

Ty, claro, não é o tipo de personagem que te faz amá-lo logo de cara - leva um tempo. Só quando você o conhece de verdade é que começa a gostar dele. E é impossível não sentir o mínimo de carinho por ele. Mesmo sabendo que o que fez é errado, você quer que ele tenha um final feliz e não acabe na cadeia. É impossível não ver o lado bom dele. Ele tem seus ataques de raiva, seus traumas do passado e ainda assim te conquista com seu jeito meigo. As coisas pelas quais passou, tudo que faz por Gemma, o modo como trata os animais e as plantas, como odeia a cidade, como ama a vida selvagem, a sua criatividade, ingenuidade e o enorme amor que tem por Gemma são... ah, são cativantes!


“- Assim está bom? – Perguntei inocentemente.
- Você quer que eu fique sem pele? – Você rolou seus olhos. – Pensando bem, não responda essa. ”


E até Gemma acaba percebendo isso depois de um tempo – que é onde entra a estória da Síndrome de Estocolmo (acho que cada pessoa precisa tirar sua própria conclusão sobre isso e sem a influência de outros). Gemma foi uma boa personagem. Eu gostei de como ela não desistiu, foi forte, aprendeu a ver o mundo com outros olhos e manteve os pés no chão.

Outra coisa que realmente amei no livro foi ver o modo como a autora falou da natureza – protegendo-a. Mostrando que deveríamos estar mais preocupados com o lugar em que vivemos, do que com nós mesmos. Como cada ser vivo é essencial para o funcionamento da vida. Como a vida é feita de saber como lidar com o ambiente em que você vive.

E há descrições tão belas. Belas ao ponto de te fazerem querer chorar. Por que elas não são apenas imagens, elas são sentimentos também. Tudo nesse livro tem um toque de sentimento, tudo. Cada gesto, cada palavra, cada ação, cada paisagem, cada diálogo... tudo está ligado à alguma emoção profunda. Acho que isso se dá principalmente por ser escrito em forma de uma carta de Gemma para Ty – uma carta que só descobrimos sob quais circunstâncias está sendo escrita lá no final do livro.

Eu fiquei tão conectada à estória que, quando eu saí daquele universo do livro, daquele deserto, e comecei a ouvir os sons ao meu redor, me senti sufocada. Eu queria a calma do deserto. Eu queria aquele silêncio que o livro proporcionava. Eu queria estar cercada pela natureza em sua mais pura forma.

Falar desse livro me faz sentir tantas coisas diferentes. Me faz sentir novamente tudo aquilo que senti ao lê-lo. Toda a raiva, insatisfação, confusão, pena, tristeza, carinho, incredulidade... e minha lista poderia se estender infinitamente. Por que é principalmente isso que esse livro faz: ele te arrasta para dentro dele, provoca mil emoções diferentes e te faz pensar sobre o porquê você as está sentindo. Stolen não é só uma estória bela e complicada, é muito mais. É um livro que te deixa confuso com suas próprias emoções. Confuso sobre o que é certo e o que é errado. Sobre a linha que separa amor de obsessão. Sobre como desespero e carinho podem virar a mesma coisa. E sobre o que realmente faz uma pessoa ser culpada.


“E você falou. Sussurrou histórias sobre como o deserto foi criado, trazido à vida pelo canto dos espíritos da terra. Você me contou sobre como tudo estava entrelaçado, o mundo todo ao meu redor trêmulo como as asas de uma mariposa. Eu fechei meus olhos e deixei sua voz me embalar. Seu tom como o som de um rio fluindo.”


(Ps: Ainda não acredito que o Skoob tirou o livro da minha estante. Perdi todo o meu histórico de leitura que estava lindo e os 3 likes da minha resenha ):
Monique 25/12/2012minha estante
Sua resenha está magnífica!




Blog MVL - Nina 18/03/2011

Minha Vida por um Livro | minhavidaporumlivro.blogspot.com
Ela conheceu um rapaz no aeroporto.

Ele tinha os olhos azuis hipnotizantes.

Ele pagou uma bebida para ela.

Ele colocou uma subtância na bebida.

Ele a levou embora.

Para longe de seus pais e amigos.

Ele lhe mostrou o verdadeiro Outback da Austrália.

Ele a amava e no fim,ela também o amou.


Stolen é a história de uma adolescente de dezessete anos que é sequestrada em um aeroporto. Ela não conhece seu algoz,mas ele afirma conhecê-la desde a infância. Ele diz tê-la amado desde então.

Não há palavras suficientes para descrever o turbilhão de emoções que Stolen causa em seu leitor. Eu iniciei a leitura já um pouco revoltada com Ty,o sequestrador. Gemma,a protagonista,possui a natural inocência da juventude,ela não desconfia de Ty,porque Ty tem olhos azuis e os malvados sempre tem olhos negros. Como disse,inocente ao extremo.

O livro inteiro é narrado da perspectiva de Gemma,porém é como se fosse uma carta que ela escreve para Ty. O leitor só vem entenderá as circunstâncias em que a carta foi escrita no final do livro.

A narrativa de Lucy Christopher é fascinante. E a autora nos atrai e prende na teia tecida pelo personagem Ty. Como não odiá-lo? Como não amá-lo?
A autora entra no mérito de questões como a síndrome de Estocolmo. Quando a vítima de sequestro busca se identificar com seu algoz e acaba criando uma conexção com ele.

A história da vida de Ty,o carinho e paciência demonstrado em relação a Gemma,despertam no leitor uma incrível empatia pelo personagem. E junto á Gemma,você começa a ser envolvido pelo encantamento de Ty. Afinal,ele a ama,não?

Gemma é uma garota que passou a maior parte de sua vida sendo ignorada pelos pais. E ela sabe que eles não o fazem de propósito,é o jeito deles. Isso acaba por causar uma certa deficiência emocional na menina,que é definitivamente uma pessoa carente. Pode ser que eu esteja equivocada,mas essa é a minha conclusão sobre a personagem. Você se pega perguntando a si mesmo "Será que algum dia alguém me amará tanto assim?",e então o bom senso lhe diz. Ele a sequestrou. Ele é o vilão da história e não o moçinho. Mas aí já é tarde. Você leitor,está tão envolvido quanto Gemma.

Stolen é um drama psicológico admirável. Indefectível em sua proposta.


Marina Moura

Blog: Minha vida por um Livro
http://minha-vida-por-um-livro.blogspot.com/
lys 13/11/2019minha estante
Eu não ia comprar esse livro.
Eu não tinha me interessado pela história.
Eu li as oito primeiras frases da sua resenha.
Tudo mudou...


Agora eu vou ler o resto. kkk




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gleicepcouto 14/08/2012

(Bom) Romance jovem que faz o leitor questionar a tênue linha entre o certo e o errado
http://murmuriospessoais.com/?p=3685

***

Stolen (iD) é o primeiro livro da autora austríaca Lucy Christopher. A obra ganhou o prêmio Branford Boase na Inglaterra e o Gold Inky na Austrália - ambos em 2010. O segundo livro da autora, Flyaway ainda não foi lançado no Brasil e Lucy já está escrevendo o seu terceiro.

Na sua estreia literária a autora trata de um tema interessante nas entrelinhas, a Síndrome de Estocolmo. Para tanto, nos apresenta Gemma, uma jovem comum que está prestes a viajar com os pais quando ao conversar com um homem atraente e desconhecido em um café do aeroporto, é sedada por ele e levada dali.

Quando acorda, Gemma está em uma casa simples no meio do deserto australiano; e Ty, seu sequestrador está ao seu lado, dizendo que não quer machucá-la. Gemma, desesperada para entender o que está acontecendo e, principalmente, para voltar para a sua vida que lhe fora tirada à força é capaz de tudo para conseguir sair dali. Até mesmo se conformar com a situação... Até mesmo se afeiçoar a Ty... Amá-lo, talvez? Ou seria apenas um dos sintomas de Síndrome?

Conseguir segurar uma história com apenas dois personagens em meio a um deserto sem nada ao redor não é tarefa fácil. O risco da história se tornar um emaranhado monótono e enfadonho é grande, e, sinceramente, era isso o que esperava do livro. Mas Lucy me surpreendeu ao conseguir fazer uma história forte e nem um pouco cansativa.

Não leia Stolen procurando por muitas ações e aventuras vertiginosas. O livro não é sobre isso. Tem mais uma pegada psicológica e eu adoro isso. Podemos perceber por todas as fases que Gemma passou: desde ódio, passando pela resignação, até chegando à simpatia pelo sequestrador.

E o "pior": acreditamos em Ty. Realmente acreditamos que ele não quer o mal de Gemma, que ele a ama. E, no final, acabamos torcendo pelos dois. Céus, isso beira o doentio, afinal ele a seqüestrou, mas a narrativa vigorosa da escritora nos guia por esse caminho. É involuntário. Me senti uma refém dela, quase.

O uso do "você" mexe com o leitor, quando o coloca na posição do sequestrador. De alguma forma que não sei explicar, me sentia responsável pelo o que acontecia com Gemma. E aqui vai a única ressalva ao livro: há uma informação na capa que considerei um spoiler. Desnecessário. Em livros desse tipo, menos é mais.

Os dois personagens se destacam de igual forma. Você não consegue entrar na mente de Ty nem por um decreto. Ele só te dá pequenos indícios da pessoa que é: um paradoxo ambulante. Gemma segura bem a narrativa em primeira pessoa se mostrando uma jovem valente, sem ser irritante. Se um dos dois protagonistas não funcionasse, já era o livro, teria se perdido completamente. Por isso disse que a possibilidade de insucesso no livro de Lucy me faz quase desistir dele.

Ainda bem que não desisti. Stolen é uma história jovem, mas madura o suficiente para fazer com que o leitor se envolva nela e questione a tênue linha entre o certo e o errado.

Autor(a): Lucy Christopher
Editora: iD
Ano: 2012
Páginas: 368
Valor: $40 a $50
Extra: Ty ou não Ty? Eis a questão.
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Mar 04/12/2012

Um dos Melhores Livros que eu já li
" Você me viu antes que eu visse você. " essa é a frase que inicia o livro "Stolen" . Uma jovem de dezesseis anos é raptada no aeroporto, arrancada do seio familiar e dos costumes da cidade. É Levada para o deserto. No meio da areia. E uma única companhia : seu sequestrador. E ele ainda esperava que ela se apaixonasse por ele.

Pergunto-me se alguém que tenha lido "Stolen" tenha criticado negativamente o livro. Pois , ao meu ver, não há como. A estória de uma adolescente de 16 raptada por um homem de 29 anos é simplesmente interessante. E esse interesse se intensifica quando esse mesmo homem cuida da menina com ternura e deseja que ela o ame. Pode acreditar, até eu queria um sequestrador desses!!!
Durante um bom tempo o leitor não identifica o nome do sequestrador . Isso acontece porque o livro , assim como seu slogan explicita, é uma carta ao sequestrador . Ou seja, o narrador dirige seus relatos ao sequestrador. Logo , durante a narração , o pronome usado é "você" . Como consequência , o leitor entra na pele do sequestrador e quase que dialoga com o narrador-personagem. É incrível essa sensação. Você pode provar a prévia desse sentimento no pequeno trecho que se segue...




"Para onde quer que eu fosse, você me pegaria. Eu não tinha como fugir [...] Não havia nada que eu pudesse fazer ... Apenas esperar pelos sonhos.
Mas você não estava deixando eu sonhar. "




O envolvimento do leitor com a estória não é apenas reforçado pela intensidade da narrativa ou pelo pronome usado durante os relatos , mas, também, pela paixão que o livro desperta no leitor por Ty , o sequestrador.
Quando finalizei a leitura do livro e fui durmir , os olhos azuis de Ty percorreram minha mente da mesma forma que a da Gemma , pelo menos da mesma forma que eu imaginava que percorria na dela. Mas , como não se apaixonar por um homem que cuida atenciosamente e ama loucamente?
Mas o problema é que , apesar de todo o cuidado e delicadeza de Ty , ele não deixa de ser um sequestrador, de manipular os pensamentos de Gemma e articular maneiras de conseguir o que deseja. Posso caracterizar Ty como um homem com distúrbio , que odeia cidades e vê na terra , e em Gemma, sua única escapatória.
Foi estranho notar que eu tinha me apaixonado pelo vilão da estória. Perdidamente. Mas , isso já tinha sido me avisado na capa do livro .




"_ O que há do outro lado?
_ Mais da mesma coisa. [...]
_ Onde nós estamos?
_ Por toda a parte e em lugar nenhum [...]
_ Quanto tempo você vai me manter aqui? - perguntei.
Você deu de ombros.
_ Para sempre , é claro. "




Lucy Christopher , a autora, consegue criar um cenário incrível ! E coloque incrível nisso ! As informações sobre o deserto, fauna e flora do mesmo , aproxima a narração da realidade. E você quase chega a acreditar que a estória é verídica. Suas descrições são quase que realistas. Aliás, todas foram embasadas em pesquisas.
Além disso , Lucy controi Ty de uma maneira espetacular e apaixonante. Isso porque a autora fez questão de mostrar o lado do vilão e os motivos de sua insanidade. Como? A narradora-personagem relata a história de Ty como pessoa e explica, mesmo que , vezes , superficialmente , as razões de Ty ser como é.
Como consequência , o leitor enxerga Ty como alguém além de um vilão e se aproxima do sequestrador. Aliás... Ele é a vítima das casualidades da vida.



"É difícil odiar uma pessoa depois que você a compreende."




"Stolen" possui uma narração de ritmo lento, logo, não é apropriado para quem gosta de ações rápidas e um livro com ritmo acelerado. Ele é acelerado mas de um jeito diferente, singular. Contudo, a leveza e a lentidão da narração propicia ao leitor um maior aproveitamento da estória e transmite, também, o passar do tempo lento no deserto. Ou seja, a linguagem tem uma relação direta com o tema do livro e a estória. Essa mesma linguagem lenta transmite ao leitor a mesma sensação de Gemma , quando a menina enfrentava a falta de atividades comuns no seu dia-a-dia e a calmaria e o silêncio de um local afastado dos centros urbanos.



" _ Você ouviu eles chegarem... Para isso você teria que ter uma audição de super-homem.
_ Quem disse que não sou o super-homem?
Você estava olhando para mim com um olho fechado, para protegê-lo do sol. Dei de ombros
_ Você me resgataria agora se fosse o super-homem _ eu disse em voz baixa.
_ Quem disse que eu não fiz isso?
_ Qualquer um saberia que não fez.
_ Então esse qualquer um está olhando as coisas de forma errada. "



Apesar da edição da editora ID pecar em vários tópicos, vários erros de digitação, pleonasmo , entre outros , o livro foi muito bem feito. Todo item ilustrativo do livro , a cobra , a borboleta e as rachaduras , tem relação com a estória.



"De qualquer forma , é fácil ser o que as pessoas querem: basta dar a elas alguma coisa para olhar, sorrir e dizer que elas são maravilhosas."



Durante a leitura do título, tive a sensação de estar em um filme de aventura daqueles que passam na Tela Quente trilhões de vezes . Pensando bem, seria uma ótima ideia adaptar "Stolen" para o cinema. Hey Hollywood , olhe "Stolen" aqui!


" Então , concluí que a caminhonete devia ter enguiçado, ou morrido, e você estava voltando pra casa.
_ Pra casa?
_ Sim _ Sua boca se retorceu. _ De volta pra mim."


Durante a narração , a protagonista recorda acontecimentos e os relata mantendo uma certa relação entre seu passado , na cidade de Londres, e seu presente, no deserto austríaco. Mas, a autora mantém uma linha de raciocínio tão clara que , mesmo com a apresentação de fatos passados no meio da narração, o leitor não se confunde.
Era como se eu tivesse morrido e entrado no céu. Só que não havia anjos.




CONFIRA A RESENHA NA ÍNTEGRA:
http://www.imaginayre.com.br/2012/11/resenha-do-livro-stolen.html


ACESSE NOSSO BLOG
www.Imaginayre.com.br
Deboráh 16/02/2014minha estante
Em que parte fala sobre a borboleta ?


Mar 16/02/2014minha estante
Deboráh, assista a este vídeo e você irá entender:
www.lagarota.com.br/2012/12/explicapa-o9-stolen-gravado.html


Deboráh 17/02/2014minha estante
Nossa eu amei o seu Blog,e principalmente o tópico que você criou para falar sobre as capas,eu já li o livro mais não tinha pensado sobre a borboleta dessa forma,acho que ela poderia ter sido representada por um pássaro também ........
Obg !!!!!!!

^.^


Mar 17/02/2014minha estante
Ooi Déborah,
fico meeeeega feliz que tenha curtido.
Faço esses vídeos com uma certa frequência... É a série Explicapa.
Há vídeos explicando o sentido de outras capas de livros... Basta clicar no menu lateral no blog em "Explicapa" :D Você vai entender muitas coisinhas...

Bjokas. Mar Paschoal
www.LaGarota.com.br




Ju 01/06/2012

Stolen-Lucy Christopher
É meio difícil escrever a resenha desse livro, porque eu gostei tanto dele que tudo se resume a UAU, amei esse livro! Mas também porque esse livro é difícil de ser explicado. Ele é pesado, tem uma carga emocional muito grande e ao mesmo tempo é tão cheio de teias lindas e delicadas que foi me prendendo cada vez mais que eu me aproximava do fim e começava a entender tudo aquilo.
Todos os profissionais e autoridades vão afirmar com toda a convicção que ela teve uma Síndrome de Estocolmo, mas eu acho que o que a Lucy quis mostrar foi que a relação entre a vítima e o sequestrador, entre Gemma e Ty era muito mais profunda que isso. Não era uma doença, de jeito nenhum. Gemma sabia que o que ele havia feito tinha sido errado, horrível e injusto, mas quando ela começa a entender o porquê e como aquilo aconteceu, ela começa a sentir não pena, mas um sentimento mais forte, genuíno e sincero. Ela foi uma personagem forte e decidida, mas ao mesmo tempo tão frágil quanto uma pétala de rosa.
Com o passar do tempo consegui entender Ty junto com Gem. Ty não era uma pessoa má, mas uma pessoa sozinha e desesperada para sair do seu próprio labirinto de sofrimento, que o atormenta insistentemente com lembranças, tentando encontrar uma válvula de escape em meio a tanta dor. Então veio Gemma. Com ela, ele começou a sentir novamente e realmente começar a amar, começar a amá-la. E então com medo de perder tudo e ficar sozinho novamente ele fez o que fez. Mostrou que o amor não deixa de ser obsessão em casos extremos. Ele é um personagem belo, complicado que se torna impossível não se apaixonar. Com a sua paixão pela arte e coisas simples, o modo como vento toca a areia quente do deserto e as plantas crescem fortes e verdes apesar de todos os infortúnios.
A escrita também foi emocionante. Muitas vezes todas as vezes que pegava o livro, eu tinha a sensação da angústia apertando o meu peito, quase me fazendo chorar e não sei como não chorei. O jeito como ela descrevia a areia caindo no chão e o toque da mão de Ty sobre a de Gemma com todas aquelas emoções a flor da pele completamente palpáveis no ar foi simplesmente magnífico e emocionante. Tudo isso, o deserto, os personagens, desperta em você emoções únicas, que talvez nunca sintam com outro livro. Raiva, frustração, afeto, até um estranho instinto de proteção. Stolen, a letter to my captor é muito mais que uma estória. Você pensa sobre você e a sua própria vida, sobre seus amigos e principalmente sobre o amor. Sobre como amamos, até onde somos capazes de ir e o que fazemos, as medidas desesperadas, para sermos felizes.
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Carla1177 15/11/2014

Me marcou como poucos outros...
Sabe aquele livro que te marca de uma forma que você sabe que jamais esquecerá? Bom, assim foi para mim quando li Stolen. Não sei dizer se foi pela autora ou se foi pelo enredo. O que eu sei é que até então eu nunca havia saído da minha zona de conforto e quando eu finalmente saí, dei de cara com um livro maravilhoso.

Essa história me desafiou de tal forma, que conforme ia lendo, a minha cabeça ia girando e dando vários nós. Eu cheguei ao final com o coração na mão e me questionando se eu havia perdido todo o senso do certo e errado.

Ela conta uma história de amor? Sim, mas não diria que é exatamente um romance. Como ela aborda a Sindrome de Estocolmo - quando a vítima se apaixona pelo o seu sequestrador ,- eu diria que ele está bem longe de ser aquela coisa fofa e romântica. Ele é puro drama e conflito pessoal.

"Eu fui raptada em um aeroporto. E ele ainda esperava que eu pudesse ama-lo..."

Acredito que a concepção inicial de todo mundo seja o choque - pelo menos foi a minha. Afinal de contas, o que faz uma pessoa se apaixonar por uma pessoa que te priva da sua própria liberdade!? Isso parecia um conceito impossível na minha cabeça. Mas a medida que você entra na história, você vai vendo que as coisas não são tão preto e branco, mesmo quando se trata de um assunto como esse.

Você me viu antes que eu visse você. No aeroporto, naquele dia de agosto, você tinha aquela expressão em seus olhos, como se quisesse alguma coisa de mim, como se a quisesse há muito tempo. Ninguém nunca tinha me olhado assim, com tanta intensidade. Isso me perturbou, me surpreendeu, eu acho. Aqueles olhos azuis, bem azuis, um azul gelado, olhando para mim como se eu pudesse aquecê-los. Eles são muito poderosos, seus olhos, você sabe disso, e muito lindos também."

Depois desse livro eu já li vários outros que abordam o mesmo assunto (como por exemplo: Held, Sempre, The Breakaway) mas acho que nenhum deles soube abordar tão bem os conflitos que passam pela a cabeça de uma pessoa que acaba passando por essa síndrome. Aliás, pra ser bem sincera, eu diria que nesse caso específico, a protagonista não era a única a se envolver com o seu sequestrador. A escritora propositalmente faz com que o leitor também se sintam assim. Todo mundo que eu vi falando sobre Stolen, acabou de alguma forma envolvido na situação de tal forma que passou a torcer pelo o romance. Confesso que fiquei super confusa em relação aos meus sentimentos e sobre o aceitável e o condenável... Realmente a autora desenvolve o enredo de uma forma que deixa a gente completamente perdido em relação ao que sentir e pensar.

"E é difícil odiar alguém uma vez que você passa a entende-lo."

O livro te prende do inicio ao fim. E ele também é contado em forma de uma carta - da vítima para o sequestrador, o que acaba dando ao livro um tom diferente. O interessante é que a história por abordar esse assunto se torna um tanto única, mas acho que justamente pelo o fato de os personagens serem jovens e da autora também querer atingir esse público, ela acabou pegando um pouco mais leve nas cenas de violência. No fim, isso foi bom, porque o livro te tira da zona de conforto, lhe proporciona um algo novo, mais também não te choca por completo. Acho que pra quem está querendo navegar por águas literárias um pouco mais "sombrias", esse livro seria um bom começo.
[...]

Confira a resenha completa no site e aproveite e deixe o seu comentário. ;)

site: https://www.carlabookblog.com/post/resenha-stolen-raptada-uma-carta-ao-meu-sequestrador-lucy-christopher
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Vitoria 24/07/2022

!!
li esse livro a uns bons anos atrás, naquela época foi uma leitura chocante porém muito boa. agora em 2022 reli novamente e continuo achando esse livro fantástico.
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Letícia Casoni 05/11/2012

Stolen - Raptada
Gemma é uma adolescente de 16 anos esperando para pegar um vôo no aeroporto de Bangkok com seus pais. Após uma discussão com os pais ela se afasta deles e conhece o charmoso e envolvente Ty. O que Gemma não sabia era que ela não conheceu Ty por acaso ele tinha um plano; sequestrá-la. E assim ela e Ty vão parar no deserto australiano e lá Ty espera que Gemma o aceite e ame.

O livro Stolen da autora Lucy Christopher é muito envolvente, eu simplesmente não conseguia parar de ler, Ty sem dúvida é meu personagem preferido, um cara misterioso e muito sexy com um passado muito tumultuado, você passa o livro todo querendo conhecê-lo melhor e saber qual foi sua motivação para sequestrar Gemma e porque levá-la para o meio do nada. A descrição que a autora faz do deserto, seus animais e plantas, faz com que a gente viaje para lá e sinta-se como se já conhecesse o lugar e nos aproxima dos personagens.
Uma ótima leitura, tenho certeza que irá agradar bastante e com um final emocionante.
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Andie 29/10/2012

(Essa é a primeira resenha que eu faço, nem sei bem como deveria ser ou se é que tem um modo certo, mas mesmo assim resolvi postar :])

Stolen conta a história de Gemma, uma menina que é sequestrada no aeroporto de Bangkok por Ty.

Ty a tem seguido desde quando ela era pequena, ele arquiteta todo um plano e acredita que precisa leva-la para o deserto para que os dois vivam "felizes para sempre", acreditando que ela corresponderá o seu amor.

Entretanto, no começo ela o odeia com todas as suas forças e fica muito assustada, acreditando que ele irá mata-la, mas ao contrário, ele se mostra muito prestativo e calmo. Com algumas mudanças de humor e meio transtornado às vezes, mas ainda assim calmo.

Com o tempo ele a ensina coisas sobre o deserto e afirma a estar salvando da prisão que é a cidade. Só que Gemma não pensa o do mesmo modo, ela se sente roubada, tirada do seu mundo e jogada em algum lugar completamente estranho e sem ninguém até que, com o passar do tempo, ela começa a ver bondade em Ty e a sentir pena dele pelo seu passado trágico. As barreiras entre os dois começam a cair e o que ela sente por ele muda.

Como o livro é como uma carta direcionada ao Ty eu achei incrível a intensidade com que Gemma consegue explicar seus sentimentos, a forma como eles mudam depois de algum tempo e a confusão em sua cabeça.

O livro descreve muito bem o deserto em que Gemma é forçada a permanecer e essa ideia de imensidão que a escritora consegue transmitir me agradou muito. Todo o amor do Ty pela terra e a natureza do deserto deu um ar completamente diferente ao livro.

A velocidade em que a narrativa corre é bem agradável e fácil de acompanhar. Exceto no fim, onde os fatos correm um pouco (e eu confesso que queria que a Gemma ficasse mais tempo no deserto com Ty).

O fim não me agradou muito, mas eu no lugar da escritora não saberia como terminar essa historia e no lugar da personagem não conseguiria decidir, sendo assim, não consigo pensar em nada diferente.
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Gabrielle 07/01/2024

Entendi o que a autora quis fazer mas não gostei do jeito que ela fez, levantou muitas problemáticas pra no final não desenvolveu nenhuma direito e acredito que a falta de uma parte de um livro dedicada aos esclarecimentos fez com que a crítica se perdesse ali no meio. Ler em inglês foi bem desafiador mas aprendi muitas palavras para descrever coisas.
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Rafaela Rezende 17/09/2015

Abalada psicologicamente.
Esse livro me deixou dividida. Eu torcia por Ty ou odiava pelo que ele fez? E quando pensava no primeiro sentimento, seria possível alguém torcer por ele? Um sequestrador? E se fosse comigo? Viu? É pra deixar qualquer um abalado. De primeira, eu torci para que Gemma fugisse dele, pois acreditei que mais cedo ou mais tarde ele iria mostrar a verdadeira face de um monstro. Mas caramba, ele não era assim, nada previsível e eu estava tão desacostumada com os livros previsíveis (exceto As Crônicas de Gelo e Fogo) e esse livro me deixou sem ação. E no decorrer da história eu só pensava "O que vai acontecer com ele?" repetidamente, me esquecendo de tudo, principalmente da Gemma. E foi com esse pensamento que fui prosseguindo até chegar no final, que, por favor, fez com que eu desejasse uma continuação, desejasse ir atrás de Lucy, como a Hazel fez exigindo saber o final do livro preferido dela. Não que o livro ficou sem explicação, só merecia mais, ou talvez eu queria mais ou sei lá, só queria que ela continuasse com a carta até que eu estivesse pronta pra que acabasse e estou sendo egoísta sim e não ligo. Maldito livro.
Camila 17/05/2016minha estante
Senti a mesma coisa!




LT 09/06/2015

Antes de mais nada, você precisa saber o que é a Síndrome de Estocolmo: "(Stockholmssyndromet em sueco) é um estado psicológico particularmente desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com o seu raptor, ou de conquistar a simpatia do sequestrador. Pode ser também chamado assim uma série de doenças psicológicas aleatórias. "

Dito isso, eu posso sentar no divã de um psicólogo para comentar sobre esse livro. Como não tenho um, vocês serão os meus ouvintes sobre esse livro que me deu uma ressaca literária de meses e, até hoje, eu não sei responder se gostei ou não, e se é bom ou não!



Da autora Lucy Christopher, Stolen começa de forma previsível se você ler a sinopse. A gente já sabe que a mocinha, Gemma, será sequestrada por Ty, esse que já vinha observando a mocinha durante anos até o momento do crime se concretizar. Mas por qual motivo ele escolhe Gemma? Gemma está viajando com os pais e durante uma escala para Bangkok, a mocinha se afasta deles para comprar um café. Sabe aquela primícia que nossos pais nos ensinavam quando éramos pequenos? De não falar com estranhos? Nossa mocinha não prestou muito atenção nessa pequena dica! Ela permite que os olhos azuis encantadores de Ty a hipnotizem e ela resolve deixar o belo moço lhe pagar o café. E pronto! Ty a arrasta, drogada e sem ajuda nenhuma, do aeroporto para algum ponto da Austrália. E nesse cenário, ele lhe proporciona tudo que é possível, com a única exceção de que ela não sairá mais dali. Que louco!

Nesse ponto da história, Gemma e Ty estão no meio do nada e a gente no qual será o próximo passo de ambos e o limite deles também! Assim como a mocinha, percebemos que o vilão (ou mocinho, não sei) sabe muito de sua vida ao longo dos anos. Ele descreve cenas e situações em que ela viveu, assim como se mostra muito íntimo do relacionamento dela com os pais. Porém, Ty não é nenhum mocinho, vamos deixar isso bem claro. Eu sei disso! Mas os atos dele, os momentos de extremo cuidado com Gemma, me deixaram a beira de um colapso nervoso. Lucy escreve com tanta maestria que é impossível não criar um vínculo por ele.

A forma adotada na escrita também ajuda. O livro é uma carta pessoal de Gemma para Ty, logo após o fim do sequestro da mocinha. A gente vai vendo os momentos em que ele começa a quebrar emocionalmente a Gemma e o momento em que a mesma começa a amar (?) o seu algoz! É surreal! A autora nos coloca em uma montanha russa de emoções. Você pega o livro e não consegue mais largar.

Confesso que o final deixou a desejar. Uma pena, mesmo! Foi tudo muito corrido e eu fiquei procurando por páginas escondidas, ou por páginas perdidas pela internet. Ainda mexe com a minha mente e eu ainda não aceito a forma como foi conduzido!

A autora vai, ao mesmo tempo em que desenvolve a síndrome na Gemma, ela o faz com o próprio leitor. Cheio de mistérios e sem mais personagens para nos apegarmos, não sabemos se amamos ou odiamos o Ty! Eu passei por momentos de pura afeição por ele, cheguei a torcer para que o romance finalmente acontecesse... e me senti doente por isso!

Então, levante já daí e pegue Stolen para ler. Eu não te garanto que você vá amar, mas garanto que 'odiei' não vai ser o sentimento final. A leitura dessa 'carta' é mais que recomendada, mas os sentimentos finais... serão extremamente conflitantes!

Resenhista: Bianca Senna.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Lud 29/09/2012

Recomendo muito esse livro,lindo,emocionante,chorei,chorei muito . No começo eu não estava com saco pra ele,eu achei que seria cansativo e repetitivo,mais você entra na história junto com a protagonista,você sente na pele,tudo o que ela passa e tudo que ele passa,é perfeito.
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