Gabriel1994 27/09/2023
A Guerra dos Mundos de H.G. Wells.
Mais uma obra escrita por H.G. Wells concluída.
A Guerra dos Mundos é um clássico da literatura e um clássico definitivo no gênero da Ficção Científica. É incontestável a inventividade e criatividade da mente de H.G. Wells nessa obra.
A maneira como ele furou a bolha, imaginou e criou a devastação e o caos por meio de uma invasão marciana foi uma ideia "loucamente sensacional", valorizo esse aspecto da genialidade do autor!
Os Marcianos de H.G. Wells são seres bem mirabolantes, ao mesmo tempo que, estranhos e bizarros. As descrições feitas desses seres esforça bastante o imaginário do leitor, pois é bem fora da casinha.
Talvez, para mim, o mais interessante da obra tenha sido o sentimento de tensão e "desconhecimento" que o começo do livro desperta no leitor. O início da narrativa é um convite agradável, porém enfraquece no desenrolar da história. Quando Wells descrevia os Marcianos, eu tentava imagina-los antes da ilustração chegar. Isso foi um divertimento.
Mas devo confessar que tiveram pontos de descontentamento durante a leitura, ou boa parte dela. A narrativa é cansativa, demorada, parada e isso a torna exaustiva na maior parte das vezes. A falta de diálogos colabora para esse chateamento durante a leitura.
Sobre a edição. Essa aba de "Introdução à obra" é uma verdadeira porcaria. Só serve para dar spoiler sobre a história, arrancar do leitor o brilhantismo do descobrimento e da surpresa pelo "novo". Poderia ser substituído por "Comentário sobre à obra" e colocado no final!
Mais um detalhe sobre essa introdução... é que ela revela a hipocrisia do Americano que a fez, quando este contesta o fato de Wells colocar como "o fim do mundo" o evento deste livro, sendo que ele se resume a Inglaterra (Wells faz um Google maps da Inglaterra nesse livro). O que é bem hipócrita (sendo repetitivo), dado o fato de que vem de um Americano. Afinal de contas, nos filmes hollywoodianos o epicentro da humanidade, no que diz respeito a "salvar o mundo", se resume a Nova York ou Washington D.C.
Mais uma pequena amostra da perca de tempo dessas introduções no início da obra (veja bem. Estou enfatizando a crítica desse tópico no INÍCIO de um livro. Não estou invalidando a utilidade de uma análise comentada sobre obras clássicas. Acho bem útil, mas não no começo de um livro).
No livro A Máquina do Tempo, sobrevivi mais tempo sem a leitura pesar na mente. Aqui, comecei a desconectar e me desinteressar cedo demais. O que me trouxe uma volatilidade na imersão da história, que me afastou de uma avaliação melhor no final da leitura.
Uma obra importante do gênero de ficção cientifica. Muito mencionada em outras obras e que valeu conhecer para ampliar o campo de livros lidos nesse gênero literário que venho gostando bastante.
Recomendo para quem gosta de clássicos e Sci-Fi.
Nota 3.0!