Resenhas - A Guerra dos Mundos

Raissa 18/09/2023

Muito bom!
Era só pra eu ter lido um pouco antes de dormir e acabei lendo durante a madrugada toda kkkkkkkkk. Curti muito a história e achei tudo bastante envolvente, porém, com a gama de informações que a gente tem hoje, o final acaba sendo bastante previsível. Acho que se eu tivesse lido na época de lançamento, teria dado 5 estrelas ?

Sidney.Santana 17/09/2023

"As formigas constroem cidades, vivem suas vidas, passam por guerras, revoluções, até que os homens decidem que elas tem de sair do caminho, e elas saem. É isso que somos agora. Formigas."

Anita 07/09/2023

" - Por que essas coisas acontecem? Que pecados cometemos? A missa da manhã tinha terminado, eu caminhava pela rua para clarear a mente para a tarde, e então...fogo, terremoto, morte! Cimovse fosse Sodoma e Gomorra! Todo o nosso trabalho destruído, todo o trabalho... O que são esses marcianos?
- O que somos nós? - perguntei-lhe, limpando a garganta."

Por gostar de ficção científica fiquei animada para ler, mas não consegui me conectar muito com o livro.
A história é muito boa, amei a forma que os aliens atuam, e por mais rápido corrido que seja, gostei do final que tiveram também. Também gostei sobre como falam sobre a insignificância do ser humano e suas rotinas monótonas.
Contudo, não consegui me conectar muito com nenhum dos personagens, o que tornou a história um pouco lenta.

Marcos606 03/09/2023

Questões de ordem e hierarquia estão no centro da Guerra dos Mundos. Quando os marcianos pousam pela primeira vez na Inglaterra, não são vistos como uma ameaça. A maioria dos homens e mulheres, nos subúrbios de Londres e na cidade, continua a cuidar dos seus negócios. Mesmo depois de os marcianos matarem várias pessoas, a vida quotidiana não é significativamente perturbada. Confrontado com um ataque iminente, o povo inglês apega-se aos regimes estabelecidos e às estruturas sociais existentes. O narrador fica particularmente impressionado com isso:

"A coisa mais extraordinária, para mim, de todas as coisas estranhas e maravilhosas que aconteceram naquela sexta-feira, foi a articulação dos hábitos comuns da nossa ordem social com o início da série de eventos que iria derrubar de cabeça essa ordem social."

Como observa o narrador, a resistência inglesa não dura. O ataque marciano eventualmente forçará o colapso da ordem social. Com efeito, nivela todas as hierarquias sociais, colocando pessoas de todas as posições e classes no mesmo plano. O caos se instala. As pessoas rapidamente se voltam umas contra as outras, usando a perda da ordem como desculpa para serem destrutivas e violentas. O narrador e seu irmão observam uma série de cenas estranhas: pessoas saqueando lojas, homens atacando mulheres, servos abandonando seus senhores, trens atravessando multidões e assim por diante. A descrição de Wells do caos na ausência de estruturas sociais artificiais demonstra poderosamente quão importantes são essas estruturas para o sentido humano de ordem. Mais importante ainda, sublinha a precariedade do sentido humano de ordem.

A invasão marciana também provoca o colapso das hierarquias naturais. No romance de Wells, os humanos tornam-se uma espécie subordinada. Essa mudança de posição dá ao narrador uma nova perspectiva sobre o mundo natural. Ele começa a traçar paralelos entre a relação marciana com os humanos e a relação humana com os animais. Pela primeira vez em sua vida, ele se pergunta “como um couraçado ou uma máquina a vapor pareceria para um animal inferior inteligente”. Ele faz analogia semelhante ao emergir das ruínas da casa que o abrigava:

"Senti-me como um coelho se sentiria ao voltar para sua toca e de repente ser confrontado pelo trabalho de uma dúzia de operários ocupados cavando os alicerces de uma casa. Senti o primeiro indício de algo que logo ficou bastante claro em minha mente, que me oprimiu por muitos dias, uma sensação de destronamento, uma persuasão de que eu não era mais um mestre, mas um animal entre os animais, sob o calcanhar marciano."

O número de comparações entre humanos e animais aumenta à medida que o romance avança. Perto do final, o narrador encontra um artilheiro que tem certeza de que os marcianos irão domesticar os humanos. Ele prevê que as pessoas que não são “feitas para animais selvagens” acabarão em “gaiolas bonitas e espaçosas”, sujeitas a “criação cuidadosa” e “alimentos que engordam”. Este não é o resultado final, mas Wells não nega que possa ser. Em vez disso, ele adverte as pessoas contra tomarem como certa a sua posição na ordem natural. Ele pede a seus leitores que reconsiderem sua relação com o mundo animal. No final, a principal lição – para o narrador e para o leitor – é a compaixão pelos animais.

Isadora243 30/08/2023

Interessantíssimo
Uma leitura interessantíssima, rica em detalhes e curiosidades. Amei a forma como tudo possui uma explicação plausível à ciencia da época e o modo como o escritor conseguiu exprimir as persepções e impressões do protagonista sobre os acontecimentos extraordinários / quase sobrenaturais que se sucederam. De modo a soar, não como se vissemos o mundo do ponto de vista do protagonista, mas como se o livro tivesse sido escrito por ele próprio.
Adoro ficção científica e acredito fielmente que tudo é possível, mas nunca lera um livro em que acontecimentos tão absurdos soassem tão absoluta e inegavelmente plausíveis. Além de que as experiências vividas pelo eloquente escritor de filosofia que as relata valem a pena ser vividas, nos coloca na pele de presas, de vítimas de catastrofes naturais, das criaturas finitas e animalescas que somos. Nos faz encarar como situações extremas afetam a mente das pessoas e o que é necessário em termos físicos e de tenacidade e resiliência mental para a sobrevivência.
Eu adorei esta leitura, achei empolgante, surpreendente, um pouco filosófica e exitante do início ao fim. E a simplicidade como tudo terminou... a simplicidade absolutamente óbvia... "Pelo preço de um bilhão de mortes, o homem comprou seu direito hinato à terra [...]. Pois os homens não vivemnem morrem em vão." É uma lição de humildade à humanidade.

Jellinek 27/08/2023

#recomendo #ficçãocientífica #horror #aventura #emocionante
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Patricia 20/08/2023

Quando assisti o filme Guerra dos Mundos, pensei que o filme devia ter alterado muitas coisas, para fazer ele mais complexo do que o livro. Mas fiquei surpreendente feliz ao descobrir que, embora o filme tenha sim alterado algumas coisas, a essência do livro estava toda ali. A complexidade da história veio do livro. E essa descoberta foi maravilhosa, pq sinceramente estava esperando uma história mais bobinha e bem menos sangrenta. O livro é maravilhoso, as melhores partes do filme existem no livro, e o melhor de tudo é que não tem nenhuma garota histérica gritando o tempo todo. O livro é simplesmente perfeito.

Taíse Cost 16/08/2023

Se não fosse um clássico, seria uma leitura mediana
Bom, eu, particularmente, não gostei do livro. Isso deve-se, também, ao fato de que eu não curto ficção científica. Comecei o livro, pois soube que na época que a obra foi adaptada para o rádio, na década de 1930, as pessoas realmente achavam que a história era real e entraram em pânico. Como eu gostei da curiosidade, comecei a ler o livro. A leitura em si, foi bem arrastada. O narrador se concentrou muito em descrever as situações que ele passava e eu acabei ficando perdida, o livro se resume a isso, basicamente. Porém, eu entendo e aceito o porquê do livro ser tão famoso e considerado no meio literário, o livro é um clássico e para época em que ele foi escrito, realmente, é uma história interessante que abriu as portas para os escritos sobre ficção científica ou temáticas do gênero. 

No fim, eu achei um pouco sem graça os marcianos terem morridos por causa das bactérias do nosso planeta nos quais eles não tinham nenhuma imunidade (Spoiler), mas é sobre isso...


Faixa etária: +12

N.I.X. 15/08/2023

Uma obra-prima acessível a todos os públicos
Primeiro, uma curiosidade...
Um radialista estadunidense fez a leitura de A Guerra dos Mundos durante o Halloween e causou um surto coletivo, várias pessoas acreditaram ser verdade (mesmo que ele repetisse várias vezes que era fictício). Parte dessa histeria se deu pela linguagem de cunho informativa que o livro traz, muito parecida com um jornal.

Sinopse: este não foi o primeiro livro sobre marcianos, mas foi o primeiro em que marcianos não vieram em missão de paz ou como grandes salvadores. Além dessa premissa inovadora na ficção científica, toda a motivação dos alienígenas é posta em paralelo com a humana, não como forma de humanizá-los, mas como forma de nos demonizar.

Não dei 5 estrelas porque a diagramação foi horrível, parece que quem desenhou nem sequer leu. Marcianos devorando a cabeça de um humano? Nunca fizeram isso no livro inteiro. Fora que os desenhos por vezes aparecem antes mesmo do assunto ser abordado, dando spoilers irreais ou até verdadeiros. Mas, como não costumo baixar apenas por diagramação, não acho que essa seja a melhor obra de Wells pela alta carga descritiva, o que na verdade era uma característica importante considerando que se tratava de algo irreal.

Sobre as críticas que o livro recebem sobre atacarem apenas Inglaterra, sobre os marcianos serem burros para perderem para o ser mais insignificante etc., são minúcias importantes. Os marcianos eram tão prepotentes quanto a humanidade quando entra em um habitat novo e se acha imbatível. Fora que a Inglaterra era a maior potência bélica mundial. Por onde começar senão destruindo o maior perigo para eles?

Todas as nuances de Wells para a época, 1898, são perfeitas. Se esse livro fosse adaptado para a época de hoje, precisaria de grandes modificações para convencer.
Um dos pontos que mais gosto é a biologia empregada na obra, sendo os marcianos uma especie evolutiva derivada da espécie humana mas completamente diferente da nossa. E além disso, predadores naturais dos nossos parentes mais próximos em Marte.

Victorwyk 07/08/2023

A história é bem escrita e por saber que se trata de uma das primeiras envolvendo invasão alienígena fica ainda melhor, além disso o autor consegue manter a história tensa mesmo quando não há nada acontecendo, o início é um pouco lento, mas importante para uma ambientação dos fenômenos que virão a acontecer, além do mais, saber sobre os aliens costuma ser deixado de lado, anatomia, alimentação, costumes mas é tratado um pouco no livro, os ets sobreviverem ingerindo sangue direto em suas veias faz uma alusão a parasitas realmente, mas toda a história os mostra como um possível "ápice da evolução" já que são seres que são descritos como não tendo necessidade de dormir e podendo literalmente vestir um corpo novo, ex: o tripé q utilizam na invasão, fora que o protagonista os descreve como cérebros que podem fazer essa mudança a Bel prazer. Não ter uma noção da situação de marte nos leva a entender que talvez tenha ocorrido possível escassez de recursos, já que não consigo ver outro motivo para saírem de uma localidade que já estavam habituados.
O fim deles é bem +-, morrer de doença parece uma forma ruim de por fim a história, porém faz total sentido, não havia como eles estarem habituados aos microorganismos da Terra, assim como as plantas que trouxeram, ao que parece não havia formas de vida assim em Marte, ou não eram relevantes para os marcianos (como algumas doenças não são para nós).
No fim a história é boa e intrigante, me deixou reflexivo quanto ao futuro da humanidade.

Metalfj 29/07/2023

Diferentes ataques
Bom... o que dizer? Há duas adaptações cinematográficas do livro: uma dos anos 50 e uma mais atual dos anos 2000.
O que acontece é a adaptação atual é beeeem diferente do livro - pois se passa em uma época diferente da relatada no livro - o que deixa com um ar menos contrastante (o livro se passa no começo do século XX e o filme se passa no século XXI) - confesso que não assisti a adaptação dos anos 50 ainda.

Apesar da adaptação ser diferente o plot básico é o mesmo, no entanto prefiro muito mais o livro, ele é mais sólido, interessante e muitas vezes angustiante de se ler pois a impressão que dá é que a sociedade de fato tomou na tarraqueta...

Vale a pena muito ler!!!

AnnaBer 21/07/2023

Diferente do esperado
Como um livro tão comentado, fiquei curiosa. Acredito que, para realmente aproveitar a leitura, é necessário ter em mente sempre que foi um livro escrito em 1898.
O livro apresenta uma boa premissa, bons momentos e teorias interessantes para a época.
Não gostei muito da leitura, pois a achei arrastada e lenta. Não me identifiquei com o estilo, ainda que tenha achado que valeu a pena ler.
Não leria novamente, tampouco indicaria para todos.

Junior Rodrigues 20/07/2023

"O que somos nós?"
Outro grande clássico sci-fi do inicio do século XX mostra a genialidade e criatividade de H.G Wells, já que traz outro tema que permeia nosso imaginário: existe vida fora do Planeta Terra?
A trama é densa e obscura mostrando uma invasão extraterrestre e tudo o que isso ocasiona para os humanos e é interessante ver que uma obra de mais de um século ainda reverbera e tem sua importância, seja pelo gênero ficção ou pela história que traz, já que fala sobre como as pessoas lidam com algo estranho e a maneira que reagem ao desconhecido.
H.G. Wells é um escritor que gosta de ação e isso é visto desde o inicio com uma sucinta introdução e após vem todos os acontecimentos, como li recentemente Sob a Redoma tive uma percepção de que King usou algumas coisas desse livro e aprimorou ainda mais colocando sua assinatura.
Falsa sensação de segurança, mesmo com a iminente ameaça chegando mostra que os humanos não mudaram muito nesse mais de um século entre a publicação dessa obra e 2023. Além disso fala muito sobre como a mídia (nesse caso em particular, os jornais) tem influência direta nas consequências para quem a tem como única fonte de informação.
Interessante que ele traz aqui pensamentos que compartilhou também no livro A Máquina do Tempo e para quem conhece a obra vai perceber que existe uma preocupação dele com a humanidade e suas nuances.
Ao finalizar esse clássico percebo o quanto o trabalho de Wells ainda ecoa nos dias de hoje com uma visão aprofundada sobre o ser humano, mesmo falando sobre ficção cientifica.
Recomendo!

Donizeti 17/07/2023

Um livro a frente do seu tempo
Pensar que esse livro foi escrito em 1898 é um absurdo. H.G. Wells apresenta uma visão totalmente peculiar sobre os marcianos, a forma como eles são retratados frente aos humanos, suas tecnologias avançadas e sua forma de adaptação foram muito bem trabalhadas na história. Eu achei muito engraçado ver os humanos esperançosos acreditando em seus armamentos sendo sequenciado por uma total frustração e desespero, outro ponto forte é que nessa época a informação circulava muito lentamente, os marcianos chegavam para tocar o terror antes dos alertas enviados por telegramas kkkkk.
O desfecho da história foi muito prazeroso, eu mesmo não esperava os acontecimentos finais, posso dizer que fui surpreendido.

A única coisa que incomoda é a forma como o autor fala da localização das cidades, para quem não conhece a região é bem confuso, porém não é algo que torne impossível o entendimento, mas concordo que dificulta um pouco.

A edição que li foi a da editora Suma e por ser ilustrada passa uma ambientação incrível da história, não conheço as outras edições, mas com certeza indicaria essa pois vale muito a pena.

gabspittol 12/07/2023

Após longos dias consegui concluir minha leitura. Por se tratar de uma ficção científica, estilo que não estou habituada a ler, senti dificuldade em visualizar todas as descrições feitas ao longo do livro, principalmente sem associar a imagens já usadas em filmes e séries. Guerra dos mundos, inclusive, inspirou vários filmes! E eu tenho um interesse meio temeroso sobre o assunto alienígena, mas a grande curiosidade em ler o livro foi mais por causa do pânico que ele causou em 1938, se não me engano, quando uma “encenação” do relato foi ao ar em um programa de rádio e causou pânico e histeria em Nova Iorque. Como boa jornalista que sou, a história me causou curiosidade e veio a vontade de ler.
O livro foi publicado em 1898, se não me engano, mas durante a leitura isso não faz tanta diferença e eu confesso que fiquei surpresa ao perceber a qualidade da ficção científica escrita naquela época. Não sou especialista no gênero, mas o livro é bem descritivo, bem escrito e tem razão de ter se tornado um clássico. Recomendo muito a leitura, até para quem busca sair da zona de conforto, como eu.


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