Nati 29/08/2019"For Balanquans, Ariniel's star is the wayfarers' star- the star that always brings you home, no matter how lost you are. The only thing a wanderer can count on."De várias formas muito melhor e mais satisfatório que o primeiro. Apesar de ter gostado da história da Adelaide, sempre fiquei curiosa pra saber o que a Mira esteve aprontando no período que ela saia escondida de madrugada, como ela chegou naquela cena final - assim como o que realmente aconteceu com a Tamsin após o naufrágio. E nesse segundo livro, acompanhando a Mira, já posso dizer que eu a adoro como protagonista - ela é forte, tem um senso de justiça e aventura, é inteligente e perspicaz e não abaixa a cabeça para os outros.
Adorei acompanhar suas aventuras como espiã e vigilante, como ela enfrenta os preconceitos por ser mulher e por ser 'refugiada' de um país em guerra e por isso ser encarada como 'menos' para a sociedade. Gosto da amizade dela com a Adelaide e a Tamsin, mas não senti muita falta das interações delas, talvez por que elas são pouquissimas ao longo do livro - a Corte de Luz é um plano de fundo apenas para todas as outras coisas que ocorrem aqui e nas quais a Mira se mete. Grant é um personagem bem enigmático, e inicialmente parece um pouco frio, mas é inegável desde as primeiras interações a química que ele e a Mira tem e isso só foi aumentando à medida que a história progredia, então o romance foi uma parte bem gostosa de acompanhar, até por que esse é um daqueles casais bem gato-e-rato, o que eu amo e só dá aquele tempero a mais. Apesar disso, o romance não domina a trama, que é algo que invariavelmente me incomoda.
Apesar de ser uma outra versão de uma história que o leitor (em sua maioria) já viu - e portanto já sabe aonde vai dar), a autora consegue fazer parecer algo novo, por que a perspectiva muda completamente e às vezes eu me esquecia que estava seguindo algo que já tinha lido antes. Sim, o final em si é o mesmo, porém com elementos novos e alguns plot twists próprios da trama que esse livro segue (que se conecta ao que era a trama principal do primeiro livro e com certeza vai se conectar ao terceiro), que me pegaram de surpresa e me fizeram apreciar esse livro ainda mais. Esse volume ainda consegue expandir um pouco o mundo que a Richelle apresentou no seu antecessor, não só por que a Mira tem uma nacionalidade diferente, mas por que o Grant também traz um povo novo e uma parte desconhecida de Adoria e isso enriquece o universo dessa série.
Depois de me surpreender muito positivamente aqui, estou mais curiosa ainda para pegar a versão da Tamsin e fechar esse ciclo.