Mark 19/02/2024
Todo cachorro existe por uma razão!
Quero comentar com vocês um pouco da minha experiência de leitura deste livro tão lindo, tão doce e tão emocionante.
Lembro que o ganhei em meados de 2017 ou 2018, um presente de aniversário, creio eu, de uma amiga do colégio. O tempo foi passando e fui pondo outros livros na frente e infelizmente este livro caiu na prateleira do esquecimento.
Agora em 2024, algo por volta de 6 a 7 anos depois, decidi iniciar sua leitura e lhes digo sem medo de errar: foi uma de minhas melhores decisões do mês de fevereiro.
O livro retrata um cachorro que, como o próprio título já nos deixa claro, retorna à vida por quatro vezes, vivendo experiências muito diferentes, mas sempre consciente de quem ele é e de todas as suas vidas passadas.
A escrita se desenrola de forma que todas as histórias, a medida que acontecem, se encaixam e vemos que todas vão apontando para construção de hábitos, conhecimentos e habilidades do cachorro que se fazem necessárias a cada novo capítulo. Em síntese, as experiências da vida anterior são extremamente importantes para o desenvolvimento e cumprimento do propósito do cachorro naquela vida em questão.
Para mim, o livro me trouxe a sensação de ser algo como um "três em um", no qual três histórias diferentes se complementam e em muitos momentos me pareciam como um trilogia. No entanto, senti que o eixo central da história está atrelado à segunda e quarta vida do cachorro, pois vemos que o "começo" de fato do seu propósito e o "fechamento" dele é atrelado à vida do seu primeiro dono (não vou comentar detalhes para não estragar a experiência dos demais leitores)
O livro me evocou sorrisos, lágrimas, momentos de descontração e também momentos de raiva, especialmente quando o pobre cachorro era maltratado ou quando topava em sua trajetória com pessoas perversas, como no segundo e quarto capítulo.
A leitura é suave, divertida e senti que me envolvia com muita leveza. Inclusive gostaria de novamente aqui pontuar o quão engraçado achava a narrativa do cachorro - em primeira pessoa - usando de um vocabulário em muitos momentos salpicado com expressões um tanto mais "cultas", assim digamos, o que por sua vez me evocava sorrisos, pois automaticamente se formava em minha mente a imagem do animal com uma boina entre as orelhas e cachimbo na ponta do focinho. Hahahaha.
Eu recomendo demais essa leitura, mas deixem uma caixinha com muitos lenços por perto, pois inevitavelmente as lágrimas lhe virão.
Forte abraço e boa leitura.
site: https://umlinsqualquer.blogspot.com/2024/02/quatro-vidas-de-um-cachorro-w-bruce.html