@OLucasConrado 27/11/2012
Acabei de ler Não Foi Nada. Li de uma vez em aproximadamente duas horas.
Peguei o livro imaginando ser uma versão chilena de "Meninos Sem Pátria", clássico da coleção Vaga-Lume. Garoto sul-americano, exilado na Europa em plena ditadura Pinochet, lidando com a saudade de casa, uma paixão no velho continente e fechando com uma volta para casa feliz e triste ao mesmo tempo.
LEDO ENGANO!
O livro se foca em uma questão mais pontual na vida de Lucho, o personagem-narrador da história. Em uma história não-linear, o chileno conta um pouco de sua rotina em Berlim. O convívio com os pais e o irmão mais novo, a amizade com garotos gregos também fugidos de uma ditadura, a paixão por uma garota de seu colégio. A história vai sendo construída até seu clímax, uma confusão com um valentão provocada por um mal entendido em um encontro.
A história é bem divertida, contada em um ritmo frenético. A linguagem usada por Skármeta é bem parecida com a de um garoto hiperativo de 14 anos, cheia de vírgulas, frases que vão se seguindo, ideias que parecem ser montadas na hora. Aqui e ali, uma piadinha sutil, uma risadinha que é arrancada.
Gostei bastante da história, mas sou suspeito pra julgar. Gosto de (quase) qualquer coisa que tenha o Chile no meio. Sei é que quero ler mais coisas do Skármeta, o próximo livro da lista é seu clássico "O Carteiro e o Poeta".