Nazistas entre nós

Nazistas entre nós Marcos Guterman




Resenhas - Nazistas entre nós


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Nayara387 14/09/2023

Eu sei que existem muitos neonazistas no mundo vivendo tranquilamente (escórias humanas, enfim), mas não tinha ideia de que gente que trabalhou diretamente com o dito cujo foram abraçados e sustentados por governos até o final das suas tranquilas vidas, sim, tranquilas vidas.

Vale a pena ler esse livro, pra ter uma ideia dos bastidores nojentos da política maleficente.
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Fernando 15/02/2023

Uma triste mancha da história do mundo
Não apenas da Alemanha, mas a impunidade e tranquilidade que os criminosos do nazismo gozaram, depois da guerra, mostra - além de muitas outras coisas - a nossa fragilidade enquanto humanidade.
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Nunih 24/12/2022

Mais ou menos
Achei o livro bastante repetitivo, porém dá pra tirar bastante conhecimento, especialmente se você não sabe muito sobre os rumos que seguiram alguns dos nazistas depois do fim da segunda Guerra, você pode se surpreender com o quão perto e no meio de nós eles estavam/estão
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Lobbo 30/01/2022

Malditos nazistas!
Para amantes da história: este livro acrescenta a trajetória e fuga de algumas personalidades, responsáveis pela morte de milhares, sem piedade. Podemos ver como foram recebidos de bom grado em locais como os Estados Unidos (onde entraram para o FBI, contra comunistas), Argentina, e até mesmo aqui no Brasil.
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Rigamont 22/04/2021

Excelente pra quem gosta de histórias de guerra
O livro é muito bom para conhecer um pouquinho mais sobre os oficiais alemães após a guerra. Porém como tem por trás um viés mais acadêmico senti que se torna um pouco repetitivo em alguns momentos (característico de trabalhos acadêmicos) mas isso não atrapalha a leitura como um todo.
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Jez 22/04/2021

Um ótimo livro
O livro nazistas entre nós, traz a história pós terceiro reich de seis alemães de alta patente envolvidas diretamente com o genocídio calamitoso de judeus europeus.

É impressionante a relação direta destes sujeitos com os governos totalitaristas da América do sul na época. Na maioria dos casos os países recebiam e os abrigavam com uma total indiferença aos crimes cometidos no período do governo nazista, em geral porque os governos da época se alinhavam aos ideais de combate ao comunismo.

Uma ótima leitura principalmente pra quem gosta de história.
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Heidi Gisele Borges 12/03/2021

Em seu livro, o Doutor em História Marcos Guterman analisa alguns dos grandes nomes do nazismo (1939-45). Em sua fuga, alguns vieram parar aqui na América do Sul. Eles tiveram o merecido julgamento por todas as mortes e sofrimentos causados? Alguns, com a ajuda de outros países, puderam levar uma boa e confortável vida que tinham na época do Holocausto.

Já na apresentação Nazista entre nós (Editora Contexto, 192 páginas, 2016), Guterman questiona, "como explicar que muitos desses vilões tenham conseguido, depois da guerra, encontrar um lugar entre nós, isto é, desfrutar da vida em liberdade como se nada tivessem feito, como se fossem parte da mesma sociedade civilizada que eles tanto se esforçaram em destruir?"

"Nos três primeiros anos depois da guerra, enquanto 7 milhões de pessoas lutavam para conseguir retomar suas vidas em algum país que as acolhesse, os Estados Unidos emitiram 40 mil vistos, mas negaram sistematicamente a entrada para judeus que haviam escapado do Holocausto, enquanto ao menos 10 mil nazistas receberam status de refugiados de guerra e puderam entrar."

Klaus Barbie (1913-91), depois da guerra, ficou conhecido como "O açougueiro de Lyon". "O carrasco desenvolveu e aperfeiçoou técnicas terríveis de tortura e de sevícias contra aqueles que tiveram o azar de cruzar seu caminho quando ele desempenhava suas funções era Gestapo."

Barbie foi para a Bolívia, onde conseguiu se estabilizar como um grande empresário. Mas teve alguns problemas com "caçadores de nazista", o que, inicialmente, acabou não dando em nada, pois a Bolívia passava por uma ditadura e ninguém estava interessado em cumprir a lei. Lá encontrou emprego e viveu bem durante muito tempo. Fundou um partido para simpatizantes do nazismo. E dizia ter a consciência tranquila.

"A prisão de Montluc, em Lyon, ainda ecoava os gritos de suas vítimas quando Barbie lá entrou, para enfrentar um julgamento que, em tudo e por tudo, deveria servir de exemplo de que a Justiça, em casos de crimes contra a humanidade, deve ser implacável, mesmo que seja tardia."

Josef Mengele (1911-79), ou Anjo da Morte, é um dos nazistas mais conhecidos, ele era responsável pela seleção de quem morreria e que seria enviado para o trabalho forçado.

Na Alemanha, Mengele fez as mais bizarras experiências com pessoas. Com muitos contatos, ele conseguiu fugir e veio para a América do Sul, e não houve de fato muito esforço para capturá-lo. Ele morreu em Bertioga, SP.

O arquiteto Albert Speer (1905-81) foi tido como "o bom nazista", era o responsável pela criação de Germânia, que seria a capital do mundo. Uma estrutura surreal. Speer era o ministro favorito de Hitler. Joachim Fest, um dos maiores biógrafos do ditador, escreveu o livro Conversas com Albert Speer (Editora Nova Fronteira, 216 páginas, 2012), onde fala sobre seus planos, diz que "ninguém tinha acesso a Hitler como ele". "Sentenciado a 20 anos de prisão após a guerra, hoje se sabe que Speer omitiu diversos fatos sobre seu papel no regime em suas memórias." (DW Brasil, Melinda Reitz e Julia Hitz.)

Interessante ver em Nazistas entre nós, como Fest pode ter escondido certas informações sobre Speer e como muitos ajudaram a limpar sua ficha.

Speer assumiu o Ministério de Armamentos. As fábricas usavam "mãos de obra escrava em condições desumanas". Speer, assim como todos, disse que apenas seguia ordens e sugeriu "fazer um alerta ao mundo a respeito dos perigos da tecnocracia". Segundo ele, "80 milhões de pessoas foram privadas de sua capacidade de pensar", através do rádio, "tornando-as sujeitas 'aos desejos de um só homem'". A tecnologia evoluiu e esse uso errado acompanhou o crescimento.

Adolf Eichmann (1906-62) viveu na Argentina por muitos anos, com ajuda de muitos, e em 1960 foi levado para Jerusalém e julgado. Pode ser lido mais em Eichmann em Jerusalém, livro de Hannah Arendt.

Percebemos como os nazistas no pós-guerra tinham bastante "sorte" e também contavam com ajuda de muitos lados, de muitos que apoiavam o nazismo, fizeram parte dele, para fugir e se esconder ou levar a vida de forma normal, com todos os benefícios de uma boa pessoa. Fica o questionamento sobre a confiança, sobre as monstruosidades cometidas naquele tempo e que encontraram apoiadores em diversos lugares.


Lido em outubro/2017

Beco do Nunca
http://www.becodonunca.com.br/
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Junior.Silva 10/03/2018

Resenha postada no site Leitor Compulsivo
Klaus Barbie, Josef Mengele, Albert Speer, Franz Stangl, Gustav Wagner e Adolf Eichmann. Você deve estar se perguntando o que esses nomes tem em comum, certo? Todos são criminosos de guerra, responsáveis por participarem de um dos períodos mais sombrios da história da humanidade, quando mais de 5 milhões de pessoas foram assassinadas das mais diversas e cruéis formas durante a Segunda Guerra Mundial. Todos eles seguiram suas vidas praticamente sem qualquer tipo de punição por terem feito parte da crença nazista que eliminava minorias que não eram consideradas puras pelos seguidores de Hitler.

Quem me acompanha aqui no Leitor sabe que eu sou um grande curioso sobre as histórias da Segunda Guerra e sempre busco consumir livros, filmes e séries que tragam à luz tudo o que de fato aconteceu durante os seis anos em que a humanidade esqueceu completamente o que fato significava a palavra humanidade. Em diversos documentários, via relatos de nazistas famosos por suas atrocidades e não compreendia como poderiam estar em entrevistas e relatando toda a sequencia de fatos sem qualquer tipo de remorso ou sinais de punição por parte da justiça internacional. Na obra Nazistas entre nós, do autor Jornalista e Historiador, Marcos Guterman, publicado pela Editora Contexto, conhecemos os detalhes de como criminosos de guerra reconstruíram suas vidas em vários países, inclusive no Brasil, como cidadãos de bem.

O livro é uma obra prima histórica, que deveria ser apresentado em todas as salas de aula do país. Guterman consegue aliar o tom acadêmico a sua escrita jornalística, tornando toda a leitura muito interessante. De forma muito didática apresenta o perfil de cada personagem escolhido e despeja como fogo no leitor a indignação de como foi possível a sociedade fechar os olhos e aceitar, passivelmente, que nada fosse feito para corrigir os danos causados a milhões de judeus que passariam os anos seguintes à guerra sofrendo e tentando se reintegrar a uma sociedade que, por muitas vezes, parecia preferir que todos tivessem de fato sido exterminados durante os anos de campos de concentração.

Os relatos e levantamentos históricos desse livro foram escritos para causar choque e, lamentavelmente, a dor da indignação por tudo o que a nossa sociedade não foi capaz de fazer. Um dos relatos que mais me chocou, confesso que ainda não tinha me aprofundado nesse ponto anteriormente, foi o fato de que após a guerra milhares de judeus buscaram refúgios em diversos países, uma vez que, ao voltarem para suas casas essas estavam ocupadas por outros cidadãos. Durante esse período, os Estados Unidos sistematicamente negou visto para qualquer pessoa de origem judaica, mas concederam visto a mais de 10 mil nazistas, que passaram a habitar no país como refugiados de guerra.

A Segunda Guerra Mundial deve ser lembrada a cada momento. O motivo é simples: jamais devemos esquecer do que fomos capazes no passado, para não repetirmos os mesmos erros no futuro. No momento em que nos damos conta de que não houve qualquer tipo de punição para o responsável por praticar atrocidades, conhecido como Anjo da Morte; o outro que simplesmente implementou as mais cruéis práticas de tortura ou o homem que estava construindo a Germânia, cujo objetivo seria tornar-se a capital do “novo mundo limpo”, devemos fazer uma reflexão profunda sobre a sociedade que fomos, a que somos hoje e que desejamos para o nosso futuro. Nazista entre nós, mostra o quanto somos omissos e preferimos seguir o caminho mais fácil quando se trata em punir quem realmente nos agride.

Dica de Série Documentário: Em Auschwitz: The Nazis and The Final Solution, disponível na Netflix, em 06 episódios de 50 minutos, você acompanha relatos e depoimentos de vários personagens que causaram e sofreram a crueldade da política de extermínio alemã.

site: http://leitorcompulsivo.com.br
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SMiletic 25/02/2017

Indispensável aos apaixonados pelo tema
Marcos Guterman, além de contar como seis dos principais envolvidos no terror do holocausto conseguiram escapar após a queda da Alemanha na Segunda Guerra, dá um panorama sobre como algumas redes de apoio se formaram após o final da guerra e como alguns governos colocaram seus interesses acima da busca por justiça realizada principalmente pelos judeus que sobreviveram e por Israel.

Argentina, Paraguai e Brasil foram alguns dos destinos destes homens, alguns dos quais nunca se sentiram culpados pelas mortes que causaram, na verdade alguns deles morreram com a certeza de que não cometeram nenhum crime.

Ainda que por vezes a escrita seja repetitiva - talvez a opção pelo panorama geral das redes de ajuda e do julgamento de Nuremberg em um capítulo antes da história de cada um dos fugitivos tivesse funcionado melhor, evitando isso -, o livro consegue apresentar de forma adequada seu assunto mesmo para quem não tenha lido outras obras sobre o tema.

Mas sua principal qualidade é trazer nova luz sobre alguns detalhes, algo raro quando existem tantos livros, filmes e séries tratando de um mesmo tema.

Leitura indispensável para os apaixonados pela história da 2ª Grande Guerra.

#livros #livros2017
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Marcos Pinto 12/12/2016

Essencial
Quando se trata de um livro acadêmico ou com viés histórico, vale sempre a pena começar ressaltando a experiência de quem o escreveu. Marcos Guterman, brasileiro, é formado em história pela PUC e é doutor em história pela USP, além de especialista em nazismo e antissemitismo. Ademais, é jornalista profissional, com passagens longas no O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo. Um currículo de peso que gera também um livro de peso.

Também devido à formação tão boa do autor, Nazistas entre nós se mostrou um livro rico, inteligente, bem escrito, que prende quem lê. É um trabalho que pega o melhor da academia, que é o conteúdo de qualidade, e o melhor do jornalismo: a escrita mais leve e informativa. O autor sabe ser objetivo, sem perder o ritmo e o foco: trazer o máximo de conhecimento para o leitor. A obra se torna uma aula de história e sociedade, mas sem ser enfadonho, o que é um grande atrativo para leitores que não estão acostumados com a leitura de livros acadêmicos.

Contudo, apesar do bom trabalho, Nazistas entre nós é uma obra que dói. Não por falta de qualidade, é claro, mas pela realidade dolorosa que transmite. É chocante e beira ao trágico como pessoas que mataram centenas, milhares, continuaram impunes, soltas, sem terem enfrentado a justiça. Choca ainda mais terem sido recebidas por países desenvolvidas e abrigadas como “heróis”. Sim, nessa obra estamos falando dos nazistas, os de Hitler. Eles mesmos, assassinos, genocidas, ficaram livres, inclusive no nosso país.

“Assim como Soobzokov, milharesde cúmplices de Hitler puderam se instalar nos Estados Unidos depois da guerra e quase todos eles escaparam de prestar contas à Justiça – e ainda trabalharam não apenas para o serviço de inteligência, mas também para para o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, então empenhados em caçar comunistas país afora, sob a chefia de J. Edgar Hoover” (p. 18).

Guterman nos apresenta trajetórias que de tão surreais parecem fantasia. Tivemos importantes nazistas do regime alemão que trabalharam, posteriormente, para o sistema de inteligência norte-americano. Pior, teve quem trabalhasse em importantes cargos da ONU. A experiência com tortura dos oficiais também foram aproveitas, seja pelos americanos que queriam caçar comunistas, seja pelas ditaduras na América no Sul. Ou seja, fica claro que, na concepção de alguns, matar é errado, a não ser que seja ao seu favor.

O autor também apresenta casos como o de Stangl, comandante assumido e confesso de dois campos de extermínio nazistas, os de Sobibor e Treblinka. Ele, apesar de assumir participação no regime alemão, se considerava inocente. Paul Stangl chega a dizer que, mesmo sendo comandante do campo de extermínio, nada teve a ver com o que acontecia lá.

Outro caso que chama a atenção na obra é o de Klaus Barbie, também conhecido como “o Açougueiro de Lyon”. Sua fama era de arrancar informações com facilidade, usar todo seu sadismo para criar novas técnicas de tortura e de interrogatório. Com o fim do regime nazista, Barbie ficou desempregado e livre no mercado. Em abril de 1947, acabou contratado pelos serviços de inteligência americanos. Um feliz fim para quem tanto matou inocentes.

“Para os americanos, blindar criminosos nazistas valia a pena, se isso representasse vantagem contra os comunistas” (p. 20).

Além do bom conteúdo histórico e fatos que nos fazem duvidar da tal racionalidade dos seres humanos, a obra também chama a atenção pela parte física. A capa é misteriosa e faz sentido dentro do conjunto da obra. A diagramação é simples, típica de livro acadêmico, mas extremamente confortável – algo raro em livros assim. A revisão está perfeita e a obra conta ainda com uma boa bibliografia, ajudando quem quer se aprofundar ainda mais no assunto.

Em suma, Nazistas entre nós é um livro que apesar de chocar, merece ser conferido. Se ignorar o passado não faz com que ele suma, devemos conhecê-lo para evitar que se repita. Marcos Guterman faz exatamente isso: nos faz refletir sobre o que passou, nos faz abrir os olhos, o que, sem dúvidas, é essencial para uma sociedade que quer se tornar melhor.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/12/resenha-nazistas-entre-nos.html
ANA 15/02/2017minha estante
Excelente resenha. Parabens!




Lina DC 23/10/2016

Conforme a sinopse explica, o livro apresenta a história de alguns carrascos responsáveis por ações desprezíveis durante o Holocausto. Após a apresentação e um capítulo com fotos que fala desse período negro da história da humanidade, cada capítulo foca em um indivíduo.
* Klaus Barbie - Klaus Barbie, alcunhado "O açougueiro de Lyon" passou mais de quatro décadas vivendo sob o sobrenome de um rabino que conhecera em sua terra natal, uma escolha de nome cruel dada a natureza de seus crimes;
* Josef Mengele - Mengele é um dos nomes mais conhecidos dos monstros que atuaram durante o nazismo. Suas "experiências" eram em nome do aperfeiçoamento da raça ariana.

"Mengele ... até o último dia de sua vida acreditou que estivesse fazendo o que devia ser feito. Não há, em nada do que deixou escrito, nenhuma declaração que pudesse trair algum arrependimento". (p. 79)

Além desses dois indivíduos, o livro aborda as histórias de Albert Speer, Franz Stangl, Gustav Wagner e Adolf Eichmann. "Nazistas entre nós" é uma obra rica em detalhes e muito bem escrita. Um livro que deveria ser leitura obrigatória para todos.
Uma obra de reflexão sobre a impunidade e sobre a crueldade humana. A escrita é direta e simples e os capítulos são bem organizados, dando ao leitor a sensação de fluidez que o texto possui.
Como historiador, Marcos Guterman incluiu diversas notas no livro e também trouxe inúmeras bibliografias que os leitores podem pesquisar.
A Editora Contexto está de parabéns pelo trabalho editorial realizado no livro. A diagramação é simples, mas bem feita; a fonte tem um ótimo tamanho e apesar das imagens serem reproduções em preto e branco, os detalhes são claros.
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