Well 24/04/2022
"Não sei mais se pertenço a este mundo"
Nessa delicada história, a autora nos faz refletir não apenas sobre a vida, mas também sobre a morte.
É uma trama comovante e escrita clara e sensível, a questões muito profundas sobre o sentido da vida e existência pessoal. Do tipo porquê existimos? Não a humanidade como um todo, mas qual a importância da vida de cada indivíduo?
O livro continua tão emocionante como foi quando o li primeira vez. Novamente, foi uma leitura, que conquista desde o início.
A narrativa é em primeira pessoa, por Mia, e se alterna entre presente e o passado.
O presente segue linha cronológica organizada, com a duração de exatamente um dia.
O passado, por outro lado, segue uma ordem psicológica, ou seja, cronológicamente caótica.
É uma trama de linguagem simples, mas de uma carga emocional e sensibilidade grande. Mostra que não importa a complexidade do enredo, uma boa história sempre conquista, mesmo com abordagem acessível. E ainda assim, as reflexões podem ser inúmeras e profundas.
Um dos pontos mais interessantes do livro, é que existe inversão do padrão narrativo. O clímax da história já acontece no começo, não no final. Então o leitor mergulha com Mia em seus conflitos e o clímax é pausado, aguardando a solução. É instigante e diferente.
A história é melancólica e doce. A obra traz reflexões sobre amor, família e razão de ser viver.
O conto extra é uma história simples, sobre o passado dos pais da protagonista, ou seja é antes de Se Eu Ficar. Porém é gostosinha de ler.