Led Zeppelin

Led Zeppelin Mick Wall




Resenhas - Led Zeppelin


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Alexandre Kovacs / Mundo de K 23/06/2010

Led Zeppelin - Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra - Mick Wall
Editora Larousse - 527 páginas - tradução de Elvira Serapicos

Primeiramente, tenho de confessar que estou incluído na relação de dez entre dez adolescentes que, no final dos anos setenta, aprenderam ou imaginaram ter aprendido, violão e guitarra reproduzindo à exaustão a sequência instrumental de Stairway to Heaven do Led Zeppelin. Dito isto, fica logo claro que esta resenha não será objetiva e imparcial. Não que a biografia não tenha os seus méritos e certamente os tem, mas o tema está de tal forma associado com as imagens e sensações da minha juventude que não consigo e também não quero, diga-se de passagem, escrever apenas uma avaliação crítica do livro ou da técnica de composição de Jimmy Page e Robert Plant. As músicas do Zeppelin me lembram de noites de chuva e do cheiro de pinho do meu violão folk, de amigos e de sonhos, de saber tudo e não temer nada.

Um fato que não se discute é a influência do Zeppelin na maioria das bandas de Hard Rock do final dos anos sessenta e início dos setenta como Deep Purple e Black Sabbath, originando um movimento que viria a se transformar futuramente no heavy metal de hoje. A banda, formada pelo guitarrista Jimmy Page, deveria se chamar "The New Yardbirds", mas com a admissão do vocalista Robert Plant, do baterista John Bonham e do baixista John Paul Jones, também músico de estúdio como Page, ficou logo claro que não se limitaria a ser uma continuidade ou cópia de qualquer grupo inglês da época.

O autor da biografia, o jornalista Mick Wall, alterna dados biográficos reais com flashbacks imaginários em itálico, tentando descobrir quais seriam as reações dos integrantes da banda ao longo da trajetória do Zeppelin, como no trecho a seguir que representa o que seria uma reflexão de Jimmy Page sobre as possibilidades do seu início de carreira em relação a outros guitarristas da época como Jeff Beck e Eric Clapton:

"Você é Jimmy Page. Estamos no verão de 1968 e você é um dos mais conhecidos guitarristas de Londres – e um dos menos famosos. Mesmo os dois últimos anos com os Yardbirds não lhe trouxeram o reconhecimento que você sabe que merece. As pessoas falam dos Yardbirds como se Jeff Beck ainda fosse o guitarrista, e não você, apesar de tudo o que fez por eles (...). Jeff Beck? Jeff é um velho camarada, mas quem foi que o recomendou? Quem lhe fez o favor quando ele estava lá em cima? Você – Jimmy Page. Aquele que rejeitou os Yardbirds depois que Clapton saiu, não porque tivesse medo, como Eric, de que o desejo de alcançar o estrelato arruinasse sua imagem de “purista do blues” – você nunca foi um desses, seu amor pelo folk, rock’n’roll, jazz, música clássica, indiana, irlandesa, qualquer coisa e tudo, significava que você sempre sentiu pena daqueles pobres coitados que só conseguiam gostar de uma forma de música (...)".

Mick Wall não consegue, no entanto, resistir à tentação de ceder muito espaço do livro aos assuntos mais controvertidos e sensacionalistas da história da banda, como o interesse de Jimmy Page pelo ocultismo e sua adoração por Aleister Crowley (1875 - 1947), famoso mago britânico, líder da Ordo Templi Orientis (O.T.O.), as relações com as drogas durante as turnês americanas e todo o tipo de excesso que passou a caracterizar a vida na estrada das estrelas do Rock e que acabou levando à morte de John Bonham em 1980. Adicionalmente falta ao autor a habilidade de um Ruy Castro para manter o interesse do leitor, acho que o trabalho do Led Zeppelin ainda aguarda um livro que consiga fazer justiça ao legado musical da banda.


Adriano Lobão 22/01/2010

Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra
Led Zeppelin - Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra
[por Adriano Lobão Aragão]


Em entrevista concedida em 1973, Robert Plant, vocalista do Led Zeppelin, declarava que: “estava na hora de as pessoas ouvirem outras coisas a nosso respeito, e que não comíamos as mulheres e atirávamos os ossos pelas janelas”. (p. 330) Em suas 527 páginas, a biografia Led Zeppelin – Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra (Larousse, 2009, tradução de Elvira Serapicos), escrita por Mick Wall, pretendeu trazer à tona muitas “outras coisas” a respeito da banda; mas em se tratando do Led Zeppelin, seria impossível não permear o extremo hedonismo em que viviam fora dos palcos, a despeito do comentário de Plant. Mas para quem imaginar que o livro de Wall limita-se a uma série de episódios insólitos vividos por uma banda de rock que chegou ao limite de fama e dinheiro, é preciso acrescentar que o autor conseguiu ir além, compondo um retrato bastante franco de seus protagonistas, sua contribuição para a história do rock and roll e da cultura de massa do século XX, seu profundo impacto e influência na indústria do entretenimento, e as costumeiras polêmicas de plágio e ocultismo que acompanharam a trajetória da banda do guitarrista Jimmy Page.

As estripulias do Led Zeppelin nas turnês revelam-se as mesmas que diversas outras bandas promoveram, ainda que permeadas pelo exagero que sempre os caracterizou, como o grotesco episódio ocorrido na terceira turnê americana, em 1969, no hotel Edgewater Inn, em Seattle, quando uma groupie de 17 anos disse que gostava de ser amarrada e terminou com o nariz comprido de um peixe vermelho introduzido na vagina e a cabeça de um mud shark em seu ânus. O episódio transformou-se na canção “The Mud Shark”, que Frank Zappa lançou em seu álbum ao vivo de 1971, Fillmore East. Como diria o baixista John Paul Jones, “a turnê transforma você em uma pessoa diferente. Percebo isso quando volto para casa. Levo semanas para me recuperar depois de passar tanto tempo vivendo como um animal.” (p. 170) É conveniente lembrar que Jones é, incontestavelmente, o mais tranquilo e discreto membro do Led, e no auge da popularidade e hedonismo do Zeppelin, cogitou seriamente a possibilidade de deixar a banda, incomodado com o exagerado ritmo de trabalho e confusões. Curiosamente, parece que o baixista foi o único a escapar da série de tragédias que acompanhou a banda em seus últimos momentos, como se estivessem vivenciando uma maldição, o outro lado de sua meteórica ascensão.

O perfil pessoal da banda já poderia ser visto em seus primeiros dias, quando a jornalista Ellen Sander, da revista Life, acompanhou parte da segunda turnê americana, ainda em 1969 (embora preferisse estar com o The Who, banda bem mais famosa na época, também em turnê nos Estados Unidos naquele mesmo momento). “Page era ‘etéreo, efeminado, pálido e frágil’. Plant era ‘bonito de uma forma agressivamente obscena’. Bonzo ‘tocava bateria com fúria, quase sempre sem camisa e suado, como um gorila enfurecido’. Jones era o que ‘unia as coisas e ficava nas sombras’.”(p. 174) Ao final da turnê, vítima de uma agressão que poderia ter ser transformado em estupro, promovida pelo baterista John ‘Bonzo’ Bonham e alguns roadies, a jornalista foi salva pelo empresário Peter Grant e a matéria para a revista Life jamais seria publicada. No início de carreira, seria essa mais uma das diversas oportunidades de publicidade em larga escala perdida pela banda. Posteriormente, Ellen Sander escreveria sobre o incidente em seu livro, Trips: “Se você entra nas jaulas do zoológico, consegue ver os animais bem de perto, passar a mão no pelo e sentir a energia por trás da mística. Também sente o cheiro de merda bem de perto”. (p.175) Era 1969 e, ao longo da década seguinte, com o crescente sucesso e fortuna do Led Zeppelin, os excessos apenas aumentariam. E em relação a John, acrescente-se que “o baterista parecia ter dois lados: Bonham, o homem de família amoroso, generoso, que detestava estar longe de casa; e Bonzo, o bêbado, maluco e drogado que descarregava suas frustrações em quem estivesse na sua frente no momento. Uma espécie de Jekyll e Hyde, cuja personalidade se dividia mais depressa quando ele bebia.”(p. 340)

Entretanto, a relevância, tanto do livro quanto da banda, pode ser compreendida a partir de um depoimento de Mick Wall: “o Zeppelin ajudou a escrever o livro de regras do rock – o que você pode fazer: ser sempre colorido e inventivo, sempre ousando e usando seu talento elevado à máxima potência; e o que você não pode: as drogas não são uma ferramenta criativa, mas são uma força negativa de auto-destruição, por isso não se deve esperar até que seja tarde demais para perceber isso”.

O interesse de Jimmy pelo ocultismo revela-se um ingrediente essencial para a alquimia musical do Led Zeppelin. E neste ponto, o mergulho em forças ocultas do Led é muito mais orgânico e visceral que o trabalho de bandas como Black Sabbath e Iron Maiden, que vendiam uma imagem abertamente macabra, enquanto Jimmy imergia sua banda em elementos simbólicos da magia e do ocultismo, universos que, ao que parece, encara com ainda mais seriedade que sua própria música. Talvez, para ele, sejam até a mesma coisa; embora, no início dos anos 80, Jimmy estivesse mergulhado em heroína e consumido pela sua própria criação. O fato é que o misticismo do Led Zeppelin nunca foi teatral, mercadológico, mas ritualístico, e isso custou a eles diversas acusações de satanismo, incluindo a famosa controvérsia sobre tocar “Stairway to Heaven” ao contrário. Segundo Robert Plant, “você não encontra nada se tocar a música de trás para a frente. Eu sei, porque tentei. Não há nada lá... É tudo bobagem, essa coisa demônio, mas, quanto menos você dizia para as pessoas, mais elas especulavam”. (p.315) E segundo Page, “existe muita coisa subliminar ali. [Todos os álbuns] foram reunidos, há muita coisa deles – coisas pequenas que você não pega de primeira, às vezes até por muito tempo. Mas, quanto mais você presta atenção, mais você pega. E a ideia era mesmo essa, e isso é bom”. (p.313)

O voo do Led Zeppelin também se tornou essencial para diversas transformações nas relações empresariais do showbusiness, empreendidas sobretudo pelo seu obstinado e violento empresário, Peter Grant. Assim como o talento excepcional de Jimmy como músico e produtor, o carisma de Robert Plant, a agressividade de John Bonham e a eficiência discreta e exata de John Paul Jones, a presença de Grant garantiu ao Zeppelin as condições necessárias para que a ideia de Page em continuar um trabalho iniciado com os Yardbirds, então em processo de dissolução, pudesse ir muito além dos horizontes almejados.

Segundo Jimmy Page, cada álbum do Led Zeppelin deveria expressar o ponto em que estavam naquele momento. Assim, da urgência do primeiro disco e da ambientação folk de Led Zeppelin III ao depressivo Presence e o inconsistente In Through the out door, o livro de Mick Wall desvenda justamente as circunstâncias que definiram a musicalidade de cada faceta da banda, e torna-se mais interessante se a leitura for acompanhada pela audição dos respectivos discos.

Os plágios, releituras e apropriações indébitas, sua difícil relação com críticos e jornalistas (“Nada do que fazíamos agradava”, desabafa Page. p. 298), polêmicas que sempre acompanharam o Led Zeppelin também foram abordados por Wall, elucidando as fontes, honestas ou não, de diversos trabalhos, e como Jimmy Page recriava qualquer sonoridade que lhe consumisse a atenção, da canção de Jake Holmes, “Dazed and Confused”, que até hoje é indevidamente creditada a Page (e tida como um de seus principais hinos), a “When the Levee Breaks” (que embora fosse creditada originalmente como uma música de autoria do Led Zeppelin, tratava-se de uma releitura de uma antiga canção de ‘Memphis’ Minie e ‘Kansas’ Joe McCoy), com sua monumental bateria, um dos momentos mais grandiosos de John Bohnam, muito mais influente que em seu tradicional solo, “Moby Dick”. Definitivamente, a originalidade do Led não estava em suas composições, mas na intensidade com que as executavam; e justamente por isso, é este o seu principal legado.
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Dennis 04/04/2023

Achei uma biografia muito interessante.Abrange várias epocas da banda. Infelizmente se estende um pouco no final.
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fabioabu 09/01/2010

Mais do que necessário
Pra quem ama a banda como eu (e a música), livro indispensável. Maravilhoso, como se fosse um vôo sobre a vida da banda e dos 4. Pelamordedeus, leiam!!!!!
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Griffin 14/06/2013

"Sexo, drogas e Rock n' Roll", vemos aí uma banda percursora no ditado...
Mas pode se ver mais do que isso nesse livro...
Do interesse de Page pelo Ocultismo, passando por Jones e sua dificuldade de se impressionar com as coisas, chegando a trágica morte do familiar e também inconveniente (geralmente a bebida falando mais alto), baterista Bonzo, e terminando com o "brilhantismo" de Plant muitos anos após o fim da banda, Mick Wall faz uma bela narrativa com insights fictícios...
Discussões a parte, o Led Zeppelin copiou, sim, muitos trabalhos, mas deixou sua marca indiscutível em cada um deles. Transformando músicas muito pouco conhecidas em clássicos dos anos 1970. E ainda provando que era capaz de fazer suas próprias, pois seus quatro membros eram geniais.
Também dá para se conhecer um pouco do outro gênio por trás das cortinas, o empresário Peter Grant e seu pulso firme em relação aos negócios da banda...
Decadência por maldição ou não, Page mostrou como ser multifunções em quase todos os álbuns, provando ser um mago da guitarra, além de fundador da banda, que a teve como um filho, que nunca quis deixar morrer, mesmo com a morte do filho de Plant, mas não tendo o que fazer com a morte de Bonham (e parece sentir a perda do "filho" até hoje)..
Mesmo alguém que não gosta do ritmo da banda, ao ler suas histórias, vai ficar entusiasmado com as peripécias da banda com groupies e drogas. E ainda de quebra, no fim, pode até não concordar que foi a maior banda do mundo, mas vai ter que admitir que o Led foi um gigante indomável pelo tempo que existiu, fascinando e inspirando muitos gênios da música atual...
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Gabi Teixeira 08/01/2015

A sensacional biografia do Led Zeppelin!
Hoje é Dia do Rock e para comemorar o dia vou dar uma dica de ouro para os fãs de rock n’ roll. Tudo bem que os grandes fãs com certeza já devem ter lido a obra de Mick Wall, que conta a história do Led Zeppelin, uma das maiores bandas de rock da história. Mick Wall é um dos jornalistas de rock mais conhecidos do Reino Unido. Em 1986 iniciou uma carreira bem sucedida como escritor e retratou história de grandes nomes como Ozzy Osbourne, Guns N’ Roses, Metallica e Iron Maiden.

Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra é um deleite para quem curte Led Zeppelin e um ótimo livro para quem quer conhecer melhor a história cheia de lendas e mistérios da banda formada por Jimmy Page, Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham, além do empresário Peter Grant e seu assistente e leão de chácara Richard Cole. A história é montada a partir de flashbacks que foram escritos com uma enorme pesquisa, entrevistas e depoimentos, além da vivência de Mick com a banda.

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Quando Jimmy Page se viu sozinho nos Yardbirds e saiu em busca de músicos para montar a banda dos sonhos, a história do Led começa a se formar com grande riqueza de detalhes. Além dos trunfos e sucessos em pouco mais de uma década de vida, são também expostos o lado negro do quarteto, com as bizarras experiências com groupies, consumo excessivo de álcool e drogas, violência de Grant e Cole com quem quer que cruzasse seu caminho e os boatos de magia negra que envolvem a banda, especialmente com Page. Aliás, um dos pontos fortes do livro, na minha opinião, é exatamente as mais de 50 páginas que retratam a relação de Jimmy com o ocultismo de Aleister Crowley, tão bem detalhado que chega a assustar.

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Ao ler Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra, você consegue ter uma visão profunda dos integrantes e envolvidos, dos anos de sucesso e da “decadência” do Led Zeppelin – entre aspas, porque mais de 40 anos depois de sua formação a banda continua tendo seu brilho para fãs de todas as idades. Uma banda que acreditou e que investiu, que superou gigantes na época – como Rolling Stones – mas que se descontrolou (hey, drogas!) até que a morte de Bonham marcasse o fim da maior banda de rock de todos os tempos. Ainda são descritas a vida pós-Led dos integrantes, como a carreira solo de Plant, o trabalho de produtor de John Paul Jones e as tentativas de voltar a tocar juntos de Jimmy. Ao final da leitura, é possível entender os motivos para Plant não voltar a tocar com a banda e simpatizar um pouco mais com a loucura de Page. É uma biografia mais do que completa, rica em detalhes e referências e um prato cheio para o rock n’ roll.

Recomendo de olhos fechados para quem gosta de música, literatura, biografias ou até mesmo para aqueles que querem mergulhar em uma história inacreditavelmente surpreendente. Thanks, Mick!

site: http://sistematicas.com.br/2013/07/13/livro-led-zeppelin/
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Morais20 13/11/2022

Gigantes
O Led Zeppelin sempre fará parte da vida dos apreciadores do bom e velho rock. Mick Wall, como sempre, resgata de forma clara e detalhada a história de uma das maiores bandas de todos os tempos.
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Douglas 19/05/2020

A começar pelo título, muito bem escolhido. Essa foi a melhor biografia de uma banda que já li.

Ao interligar recortes de "diários" com os fatos pelo autor estudados, é composta uma obra que traz pra muito mais perto de nós esses que são considerados alguns dos maiores expoentes do rock mundial.

Sua carreira brilhante e meteórica - e tudo o que vem com ela, pro bem ou pro mal - é retratada aqui de forma magistral.

E o mais interessante de tudo é que, depois de ler sobre a história da banda e de diversas de suas músicas, você passa a enxergar seu som de maneira completamente diferente. E isso pra mim, como fã que já era desses caras, foi estupendo.

Recomendo! Inclusive para aqueles que têm como objetivo começar a ler biografias mas não sabem como começar, taí um prato cheio pra vocês!
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Rafael 10/07/2012

Através de entrevistas e da convivência com os membros do grupo, Mick Wall escreveu uma das melhores biografias de artistas que eu já tive oportunidade de ler.

O livro é literalmente uma viagem aos melhores (e piores) momentos da maior banda de rock de todos os tempos. O egocentrismo de Plant, a genialidade de Page, a brutalidade e inconsequência de Bonham, e a "timidez" de John Paul Jones são retratadas de forma espetacular, onde as páginas vão passando e você nem percebe.

Histórias e fatos extraordinários que eu não sabia sobre a banda. Todo o misticismo por trás das letras e canções. Todo o sofrimento de Plant ao perder seu filho pequeno e sua forma de transformar isso em música. A "construção" dos maiores clássicos da banda, e o quanto cada letra significava para os integrantes. Enfim, uma leitura obrigatória para todos os apaixonados pelo bom e velho Led, paixão essa que passa de geração em geração e nunca morre.
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Jean 14/01/2013

Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra
Led Zeppelin - Quando os Gigantes Caminhavam sobre a Terra, é uma biografia extraordinária da que foi, em minha opinião, a maior banda de rock'n'roll de todos os tempos. Escrito por Mick Wall, que é autor de outras obras biográficas de grandes bandas como Iron Maiden e Ozzy Osbourne, descreve de maneira aconchegante e divertida a história do Led Zeppelin, desde o embrião da ideia atrás da formação da banda, passando por todos o fatos que fizeram desta um monstro incontrolável, sua queda, até sua triste "morte". A biografia é contada com a descrição de momentos passados pela banda, shows, diversão com
tietes, a velha relação "sexo, drogas e rock'n roll", com partes onde são descritas em primeira pessoa na visão dos quatro integrantes da banda mais o quinto e não menos importante elemento, Peter Grant, empresário e produtor executivo do Led Zeppelin.
Com 520 páginas de biografia, mais algumas imagens marcantes da história do Led, essa foi a primeira biográfia que li e confesso que fiquei totalmente surpreendido ao ler. Os fatos que fizeram o Led ser o que foi, como eles são descritos, a descrição de cada integrante, suas personalidades, suas aventuras... dando aqui um foco no que mais me chamou a atenção, o envolvimento de Jimmy Page com o ocultismo de Aleister Crowley (o qual tem um capitulo inteiro dedicado para escrever sobre). E o que mais me surpreendeu foi que, chegando ao final, foi batendo aquela tristeza que culminou nas últimas páginas
antes do prólogo, mesmo sabendo do final daquela história.
Enfim, esta obra de arte conseguiu passar uma pequena porcentagem da energia vital daquilo que agora considero praticamente um ser vivo, um gigante, um dinossauro, um monstro incontrolável que foi o Led Zeppelin. Recomendo imensamente a todos, até àqueles que conhecem pouco as músicas do Led, pois é um livro totalmente excelente e muito bom de ser lido.
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Juliano 09/01/2021

Martelo dos Deuses
Eu li várias vezes que esta é a melhor biografia do Led Zeppelin. Não posso opinar sobre isso, pois não li as outras, mas com certeza ela é muito boa!

A mim parece que o autor, o jornalista de rock Mick Wall (que escreveu outras biografias do gênero), consegue superar suas preferências, que ficam claras, para tentar expor uma visão mais imparcial possível. Todos nós sabemos o quanto isso é difícil quando lidamos com o que é afetivamente importante para nós. Tudo é muito bem e ricamente descrito (com trechos de encontros com os membros da banda e documentos): o planejamento do que seria o Led Zeppelin por Jimmy Page e Peter Grant (o empresário da banda), a incrível ascensão da banda a um estrelato espetacular (muito por causa do manejo de seus contratos e da manutenção da personalidade da banda), os excessos com drogas e mulheres, a decadência (em muito por causa de tais excessos que levaram a um tipo de descolamento da realidade) e o fim um tanto deprimente. Juntamente a isso, podemos ter uma bela noção da personalidade de cada integrante da banda, o que nos permite criar nossas próprias teorias sobre os motivos do Led Zeppelin ser tão maravilhoso e de como não conseguiu se sustentar em seu reinado. Também gostei muito do "pós-banda", pois podemos ver os motivos pelos quais uma reunião do Led Zeppelin é algo tão complicado, e como cada um dos envolvidos participa (ou não) disso. Para um verdadeiro fã, como eu, é um deleite: li o livro em alguns dias, é para ser devorado. Ainda que eu pense que para quem gosta de biografias, mesmo de quem não se conhece tanto, é uma leitura que vale muito a pena.

Há duas coisas no livro que me incomodaram. A primeira: o livro inicia com um tipo de devaneio, escrito em itálico, no qual o autor imagina a reação de determinado membro da banda frente à certo contexto. É legal, achei ok iniciar o livro dessa maneira. O problema, para mim, é que isso se repete incessantemente durante todo o livro e, sinceramente, achei isso muito chato, dá vontade pular essas partes, pois elas parecem travar a leitura tão gostosa, mais do que acrescentar. Não fazem falta. a segunda questão é o tratamento dado a John Bonham, o lendário baterista. Todo o seu talento e sua personalidade é muito bem colocado, mas me pareceu que o autor "passou pano" em algo muito importante de Bonzo: seu flagrante alcoolismo. São mostradas todas as bebedeiras alucinantes até a que lhe custou a vida (e, a partir disso, o fim da banda), mas isso sempre é justificado por ele ser um homem apaixonado pela família, que sentia muita falta de casa, e encontrava saída na bebida. O que me incomodou foi a justificativa: todos os outros tinham família e sentiam falta de casa. O problema com Bonzo é que ele era um alcoólatra, e achei uma falha isso não ter sido posto claramente e discutido, pois é algo importante para qual todos os envolvidos fecharam os olhos, caminho que o autor parece ter seguido também.

Apesar disso, eu acho o livro ótimo! Vejam bem: os "problemas" que coloquei são bem particulares (resultados, talvez, do envolvimento afetivo com a história), então qualquer pessoa pode ter alguma sensação diferente. É um prato cheio de ricas informações sobre essa banda espetacular.
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Sergio21 09/01/2018

Melhor Biografia de uma Banda ou artista de Rock
Está tudo aí. Mick tem conhecimento de causa e soube mergulhar no mundo do Led Zeppelin e registrar as emoções, os fatos ,as consequências ... de quebra escancarada as personalidades dos integrantes e a influência deles na cultura ocidental. Não preciso escrever mais, imperdoável não ler!
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Lucas Furlan | @valeugutenberg 05/06/2017

Gigantes
O escritor Mick Wall não poderia ter escolhido um título melhor: "Led Zeppelin - Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra" descreve o som da banda e também o tamanho do sucesso que o Zep fez nos anos 70!

Trata-se de uma biografia não autorizada, mas isso não deve assustar nenhum leitor. Wall se baseou em inúmeras entrevistas feitas durante sua carreira de jornalista com os integrantes do Led Zeppelin e não deixou nenhum assunto de fora: a formação da banda, o sucesso nos Estados Unidos, as inovações sonoras, a produção dos discos, os excessos, o ocultismo de Jimmy Page... Além disso, o autor escreveu alguns trechos imaginando o que estava passando pela cabeça dos músicos, e algumas passagens ficaram muito interessantes.

Jimmy Page, John Bonham, John Paul Jones e o empresário Peter Grant são descritos com muita exatidão, mas a figura que mais me surpreendeu foi Robert Plant. Segundo Mick Wall, o vocalista do Zeppelin é uma figura complexa e centrada, indo muito além da imagem do dândi hiper-sexualizado.

Para os fãs do Led Zeppelin ou não, trata-se de uma leitura obrigatória, que ganhou nova edição da Globo Livros.

(leia a resenha completa no blog)


site: www.valeugutenberg.wordpress.com
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