Paulo 28/03/2017
Muito se falou em 2016 do quadrinista Peter Kuper e de duas obras do autor que vieram para o Brasil neste ano: Ruínas e Pau e Pedra. Esta última, que é o objeto desta análise, é uma narrativa gráfica sem o uso de uma única palavra.
Fui com muita expectativa para este material, pois ele é muito bem criticado na internet. Porém, Pau e Pedra não me pegou como eu esperava. A arte de Kuper é fantástica: expressiva, cheia de simbologia e de traço único. A história em si é boa e de uma mensagem poderosa; uma alegoria para a própria história da humanidade, e de como nós vivemos de sucessivas ascensções e quedas de grandes impérios. Porém, em termos de história, não é nada que eu nunca tenha visto ser abordado e discutido em várias outras obras, talvez por isso não tenha me envolvido tanto na leitura.
Recomendaria este quadrinho para quem tem alguma criança na família (criança/ adolescente, para entender um pouco das minúcias da histórias) ou para quem é professor levar para discutir a obra em aulas de história. É um material de fácil leitura mas que ao mesmo tempo possui muitas camadas, e que pode ser usado como fonte de discussão com os “pequenos”, principalmente como uma forma lúdica de discutir história antiga e moderna nas aulas de História do colégio.