Meia-noite e vinte

Meia-noite e vinte Daniel Galera




Resenhas - Meia noite e vinte


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Élinson 11/11/2020

aquele ardor repentino (...)
Bem, sou contemporâneo do autor e dos personagens. Morei lá e frequentei os mesmos lugares e ruas e sotaque. Moro hoje em dia em São Paulo então me relaciono ainda mais com personagem que é minha vizinha. E sou fã do Galera. Do jeito que ele escreve e por vezes traz poesia às linhas. Como alguns o fazem na mente.
Li várias resenhas de leitores que não gostaram. Total respeito e comprensão. E quem sabe o tempo os faz ler de outra forma. Como li.
Vi comentários de pontas soltas. Acho que o Meia Noite e Vinte, é tipo a vida: Cheia de pontas soltas. Cheias de sensações novas (e estranhas) quando o primeiro do teu grupo de amigos é morto. Ele que era um ídolo entre vocês. E esse tamanho estranhamento, te faz sentir tudo de novo à flor da pele, as memórias, o tempo de vida que te resta, as relações e teu entendimento sobre elas, tuas escolhas, tuas não escolhas...Eu adorei! E ainda por cima cada capítulo é narrado por um dos amigos, intercalando. E é tão bom ir vendo esses pontos de vista diferentes.
Para mim não faltou nada, está tudo ali, com doses cavalares de reflexão.

site: http://o-taberneiro.blogspot.com/
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Poli 19/07/2020

?[resenha 04/2018] Meia-Noite e Vinte? por Poli Lopes https://link.medium.com/b6o9Kxjkg8
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Yasmin Landulpho 16/06/2020

Livro mais sem pé e nem cabeça que eu li esse ano! Capítulos muito longos e cansativos! Não indico essa leitura!
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Fernando.Trindade 29/05/2020

Livro moroso e cansativo (3,0/5,0)
Já havia lido outros livros do autor mas esse, em especial, me deixou decepcionado e quase abandonei a leitura.
Trata-se de um grupo de amigos que deixam de ser tão próximos e se reencontram quando um deles é assassinado.
O livro parece muito com uma crônica do cotidiano muito arrastada e bastante chata - é uma leitura bem regionalista.
Nota: 3/5
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Adonai 25/03/2020

Conexões que não dependem de internet
Um quarteto de artistas e escritores que fez sucesso com uma escrita original e uma expressão artística singular nos anos 90 passa por mudanças quando a internet se torna um fator-chave para os novos formatos de comunicação, consumo e de vida. Além disso, anos mais tarde, um dos integrantes é morto em um assalto. Os outros três vão ao enterro, cada um levando sua vida ao encontro de suas lembranças.

Um livro que aborda as relações escorregadias e complexas, tanto antes quanto pós internet, uma narrativa ao ponto melancólico, traçando os pontinhos de uma ilustração tensa sobre o que fazemos com a nossa vida, se vivemos como queremos e se a busca por algo só não é mais uma ilusão que nos carrega. Finalizei o livro pensando em uma questão: viver é deixar de fazer coisas?
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Gu Vaz 20/02/2020

Caótico
O quê dizer de meia-noite e vinte? Talvez a principal ligação que o livro me permitiu tecer foi através de seus personagens, que são o foco central da trama e orbitam entre o passado nostálgico de uma juventude quase ingênua tão cheia de vontades e um presente melancólico replicado disposto em lembranças, afeições e carências em um grau que acompanha suas idades. Aurora, Emiliano, Antero e Andrei, amigos afastados pelo tempo e pela circunstância do medo, que partilham entre si uma crueza de pensamentos e ações, questionadores de uma época transitória e por si só avassaladora pré e pós internet não no que diz à mítica transformação física apocalíptica do século tecnológico, mas ao caos interno de cada um desses protagonistas; o fantasma que os assola e a intimidade frágil e profunda que compartilham como uma ferida que nunca sara e sempre incomoda. Se pudesse resumir o livro diria que ele é caótico, tumultuoso, melancólico, angustiante e cru da maneira estática que te paralisa entre conflitos, aflições de um passado e presente reais e o penoso palpável de uma sociedade.
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Palma 06/05/2018

Retrato de uma geração que fiz parte. Filhos da internet, na era de informações aceleradas, onde a sensação é de que sabemos tudo e nada ao mesmo tempo.
Aurora, como eu, se vê assombrada por uma angústia recorrente, uma "sensação de fim de mundo" que nos sufoca vagarosamente. Um pessimismo fruto de nossos tempos, onde o egoísmo impera e os relacionamentos são superficiais e descartáveis. O colapso ambiental eminente e a descrença no capitalismo nos levam a esperar o fim inevitável.
Tratando de temas como machismo, aborto, assédio e violência urbana, Galera consegue com sucesso captar esta atmosfera neste romance.
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Paulo Silas 30/04/2018

Em "Meia-noite e Vinte", Daniel Galera narra uma história de histórias. São vidas que outrora viviam em conjunto, mas que com o tempo se separaram. Por ocasião de uma fatalidade, a morte de uma dessas vidas, o reencontro surge, dando início a uma série de lembranças e emoções que mexem com cada uma delas.

Um escritor em ascensão, já conceituado, é morto num assalto. O peculiar Duque deixou de existir de uma forma trágica. Dentre a comoção causada pela sua morte, três amigos em especial são atingidos de forma única. Emiliano, Antero e Aurora eram bastante próximos num passado não tão distante. As circunstâncias da vida afastaram aquele peculiar grupinho de quatro amigos que havia protagonizado no cenário digital com o "Orangotango" - uma fanzine que conquistou um bom público nos primórdios da internet. Aquilo que tinha sido agora retorna com o reencontro por ocasião do velório de Duque. Após a cerimônia fúnebre, a mesa de bar é colocada entre os amigos, iniciando então uma série de lembranças que revive o passado pela nostalgia. Mesmo efêmero, o reencontro traz à luz muitas coisas que afetarão a vida de cada um dos três de maneira diferente.

No final, vejo que o livro acaba sendo sobre vidas não vividas por algum impeditivo qualquer (mas que poderiam ser), dada uma vontade latente existente no íntimo das pessoas. Nesse sentido, no final do romance, há uma frase que faço questão de transcrever: "tem coisas que a gente quer viver e nunca vive. Porque não pode, porque não se permite. Essas coisas são monstrinhos criados no porão. Eles crescem. Murcham. Se deformam. Não se pode saber o que o porão vai fazer com eles. Mas ficam lá. A única coisa que não acontece com o monstrinho é sumir. Enquanto vivemos, ele vive". É isso que vemos nas lembranças das personagens - principalmente após o reencontro.

"Meia-noite e Vinte" é um romance curto de 200 páginas. Um ponto que merece destaque é a construção dos quatro protagonistas do livro. Cada um desses é construído profundamente pelo autor, que dá vida concreta para as personagens - feito notável ao considerar o tamanho do livro. Entretanto, a obra peca pelo excesso de conteúdos abordados em pouco espaço, resultado provavelmente do enfoque nas histórias das personagens, renegando tempo para o melhor desenvolvimento da trama com um foco mais preciso. Muita coisa para o que poderia (ou deveria) ser menos. Com isso, pelo menos em algumas passagens, o desenrolar da trama fica arrastado. De todo modo, é um bom livro. Daniel Galera é um excelente escritor da literatura contemporânea brasileira que merece ser lido.
Recomendo!
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Luiza 21/04/2018

Sou suspeita para falar, pois sou fã de todas as obras do Galera. Porém, dentre todos os livros dele, Meia-noite e Vinte foi o que mais me deixou com a sensação de inacabado, apesar do autor ter utilizado o recurso de "final fora de hora" em outros livros. Os personagens são extremamente bem construídos, cada um com suas particularidades e excentricidades, cada um com uma visão de mundo e as narrativas distintas deixam bem claro cada personalidade.
A obra deixou um triste gosto de quero mais, com muitas pontas soltas e desfechos que poderiam ser muito mais desenvolvidos. Já estou sentindo saudade de Aurora, Antero e, principalmente, Emiliano.
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Pedro 12/04/2018

O assassinato de Duque, jovem promessa da literatura brasileira, provoca uma reunião de amigos, antigos companheiros do Orangotango, um importante zine eletrônico dos anos 1990. Do reencontro entre Antero, Emiliano e Aurora ressurgem afetos e rancores, e a trágica morte de Duque ressuscita lembranças de um tempo em que jovens cheios de criatividade desbravavam o potencial aparentemente ilimitado da Internet, enquanto enfrentavam a iminência de um Apocalipse na virada do milênio. Alternando narradores e com olhar crítico sobre a própria geração, Daniel Galera recapitula as vitórias, derrotas e sonhos de uma juventude que viu surgir novas possibilidades de se viver e que hoje encara, atônita, mas ainda apaixonada, as feridas da vida adulta e de um mundo que parece sempre estar prestes a terminar.
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Jo Netto 09/03/2018

Amargo, ácido e suave
O livro trata basicamente do modo como os personagens lidam com as frustrações e amarguras da vida adulta, desde escolhas feitas na juventude até às consequências de seus atos recentes ou antigos.
O amargor dos personagens e a forma que o autor trata da dicotomia entre as relações de amizade vs a privacidade de cada um torna a leitura um eterno jogo de gato e rato, onde o leitor é surpreendido por saber para onde a história caminha, sem necessariamente saber como ou a motivação real.

Uma obra que retrata muito bem a amargura da geração dos Milleniuns que chegam agora a vida adulta.
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Bruno Cortez 08/03/2018

História rasa, mas a leitura é um deleite
A história do livro é bem rasa e simples, nada misterioso e envolvente como "Barba ensopada de sangue". Os 3 personagens narradores do livro são interessantes e bem desenvolvidos. As tramas paralelas transitam por temas contemporâneos, de forma realista e suave ao mesmo tempo, fazendo com que não desgrudemos do livro. Não é o melhor romance do Galera (na minha opinião), mas o mais saboroso de ler.
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Camila.Dias 24/02/2018

Não leva a lugar nenhum
O livro trata do rencontro de três amigos, após a morte de um outro amigo. Esse reencontro reaviva lembranças de cada um deles e das histórias que viveram juntos na adolescência/juventude.
O livro é narrado em primeira pessoa e cada capítulo é feito sob o olhar de cada um dos personagens vivos, muitas vezes tratando sobre a relação de cada um deles com o amigo morto.
Achei que o livro começa no meio do nada e não leva a lugar nenhum no final, não senti conexão com nenhum dos personagens durante a trama, mas confesso que li até o final pra saber aonde a história ia dar.
É o primeiro livro do autor que leio, e confesso que não foi um bom começo.
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zoni 31/01/2018

Horrível?
Eu comecei a ler esse livro em setembro de 2017, porém, só tive disposição para terminar o mesmo agora esse ano. E que livro chato, hein? Não me lembro de muita coisa quando comecei esse livro, mas tenho certeza que quando o comecei já me bateu a decepção. Galera, nos da uma história tão lenta, chata e sem propósito que fica difícil de entender.

Durante toda a leitura eu senti que não fazia sentido, nada na história me atraiu, a escrita é genérica e não tem nada de novo ou marcante. Os personagens são distantes, vazios e não nos deixam conhecer. A coisa mais chata do livro são as mudanças abruptas de narração e personagens, isso me deixava perdido e confuso.

Já tinha visto outras pessoas falarem mal de outros livros do Daniel Galera, mas ainda assim dei uma chance para esse livro, e bem, não rolou. É um livro péssimo.

site: instagram.com/nomeiodatravessia
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Ivandro Menezes 07/10/2017

UM LIVRO SOBRE OS PRIMEIROS QUINZE ANOS DA INTERNET
Tenho este livro desde dezembro de 2016, porém só agora fiz sua leitura. Aguardado com alguma expectativa pelos fãs do autor, o sucessor de Barba Ensopada de Sangue passa-se em Porto Alegre e narra a história de um grupo de amigos que se reencontram para o enterro de um deles, o Duque, em 2014, em meio ao clima das manifestações do ano anterior, uma greve de ônibus e uma onda de calor que invade a capital gaúcha.

Cada capítulo é narrado por um dos amigos (Aurora, Emiliano, Andrei), trazendo seus dramas e a memória de sua relação (encontros e desencontros). Para mim, a verdadeira história não é a desses amigos, mas da primeira geração da internet. Os amigos que formavam um e-zine no fim dos anos 1990, passaram por todas as redes sociais (desde o antigo chat do UOL, passando por redes de encontros, até chagar ao Skype e WhatsApp). Nesse aspecto, soa ambicioso e torna-o lento em muitas de seus trechos.

Confesso que não conseguia largar o livro em uma boa parte dele. Há momentos em que o autor estica demais os capítulos, mas cria contextos em que as lembranças vão sendo inseridas com bastante sagacidade, ou seja, as lembranças não são lançadas ao nada, como um amontoado de fatos passados.

Os personagens são densos (um jornalista freelancer com problemas para assumir seus afetos e relacionamentos, uma bióloga que perdeu a esperança é busca desesperadamente uma conexão verdadeira com outro ser humano e um publicitário bem sucedido que insiste em não crescer) e mergulham numa gama de situações e memórias de um tempo que foi, mas não continua bom.

A escrita do Galera é impressionante, o domínio da linguagem e técnicas narrativas são impressionantes. O uso do vernáculo é rebuscado, mas sem cair no pedantismo ou artificialidade. O enredo é lento. Fica a sensação de que algo está para acontecer o tempo todo e não acontece. Não existe viradas sensacionais ou coisas do tipo. Para alguns leitores, isso pode incomodar.

Um bom retrato da geração nascida na década de 1980, que não nasceu na internet, mas desbravou-a em seu primórdios.

Um bom livro!
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