Vozes Anoitecidas

Vozes Anoitecidas Mia Couto




Resenhas - Vozes Anoitecidas


46 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Maria4556 26/12/2020

Primeiro contato com Mia Couto
Gostei bastante. Achei a escrita muito poética e reflexiva.
Hibrael.Araujo 26/12/2020minha estante
Terra Sonâmbula é maravilhoso também


Maria4556 27/12/2020minha estante
Ta na minha lista já! Valeu pela indicação




isalvetti 02/01/2022

Como é bom sair do eixo EUA-Europa
Eu tava com saudade de ler algo diferente, admito. Foi um livro que uma amiga me emprestou e disse que eu ia gostar. Adorei!! É muito bom pra sair do eixo EUA-Europa e ver a coisas por uma ótica diferente.

Tem várias palavras diferentes mas tem um mini glossário no final (que eu devia ter visto antes rs).

Fica aqui meu top 3 contos desse livro:

1- O dia em que explodiu o Mabata-bata
2- O último aviso do corvo falador
3- As baleias de Quissico
comentários(0)comente



Fer Paimel 01/08/2021

Vozes adormecidas
Curti o livro. Amei a ideia de vozes "anoitecidas" como descrição de esquecimento, marginalização, inadequação, não pertencimento...
Mia Couto tem um jeito bem poético de escrever, sendo alguns trechos de encher os olhos de lágrimas.
Livro curto, de 12 contos, sendo meus preferidos: "A fogueira", "O último aviso do corvo falador" e "Afinal, Carlota Gentina não chegou de voar?".
Li por indicação da minha antiga professora de literatura, para debatermos em uma mesa redonda com alunos de ensino médio, junto de outras obras (Quarto de Despejo e a peça de teatro "Eles não usam black tie").
Gostando cada vez mais de Mia Couto, quero ler muitas outras obras do autor!
comentários(0)comente



Renata CCS 27/07/2016

Um escritor com vários universos dentro de si.
.
“A minha consciência tem milhares de vozes, e cada voz traz-me milhares de histórias.” (William Shakespeare)


Mia Couto é um poeta, antes de qualquer coisa. E mais uma vez fiquei fascinada com a forma poética com que Mia maneja a prosa em VOZES ANOITECIDAS, seu livro de estreia na prosa.

É uma coletânea de breves histórias com personagens improváveis e, ao mesmo tempo, palpáveis, de tão reais. Os relatos são, de fato, vozes que vão anoitecendo, narrativas de um país devastado no pós-guerra, um povo aflito, que sofre por medo da pobreza, dos campos minados e, em alguns pontos, por medo de suas próprias origens e tradições.

Juntamente com tudo temos, naturalmente, as fortes impressões deixadas pela língua falada, em pleno ofício de auto-criação: concebendo novas palavras e usando as já existentes em contextos novos e inesperados. Em todas as narrativas, o que mais emociona é a língua, o brincar com as palavras. A escrita de Mia não é apenas bela, mas dá a impressão de ter sido encaixada, palavra por palavra, cada fragmento em seu devido lugar.

Ao ler Mia Couto, o leitor percebe a beleza nos detalhes, saindo da leitura com um novo olhar sobre o uso das palavras, sobre o quanto elas podem voar mais alto. E não há lugar melhor para ir que não seja através dos olhos de um escritor como Mia.

Um livro onde as emoções humanas são pintadas de uma beleza profunda, onde saímos de nós e nos encontramos nas dores e alegrias de outros.

Mia escreve em estado de glória.
comentários(0)comente



Felipe 29/12/2020

Felizmente conheci a escrita do Mia Couto em 2020, e posso afirmar que é uma das que mais gosto.
Lendo ele, eu tenho uma sensação parecida com estar lendo Jorge Amado, já que eu consigo sentir a energia, os cheiros, os gostos, ver os horizontes e dias quentes, outros chuvosos de Moçambique.
Tudo muito vívido, mas de maneira suave, e que representa muito o regionalismo daquele país, com expressões próprias, animais que têm sua importância em cada texto, ao mesmo tempo em que o fantástico nos mostra um realismo de um cotidiano de lutas, crenças e identidades de um povo marcado pelos anos do colonialismo europeu.
comentários(0)comente



Nayobe 06/03/2022

esse livro me lembra porque amo livros
Mia é um autor sensacional. sua escrita é rica em criatividade, cada verbo analiticamente pensado antes de empregado, assim cada parágrafo se torna uma obra de arte. amei dar uma olhadela na cultura de Moçambique e sentir o choque cultural. e aceitá-lo como quem aceita que não entendeu aquele conteúdo do fundamental. acho uma leitura fundamental pra quem às vezes se vai nas recomendações e não se encontra nos livros por um tempo, uma cura para a ressaca literária também.
comentários(0)comente



Sabryelle Torres 01/03/2022

Vozes Anoitecidas é um livro de histórias do Mia Couto com personagens intrigantes, situações que nos inquietam e pousam em nós.

É interessante observar como, ao ler autores que valorizam sua cultura e utilizam os elementos dela para ilustrar as narrativas, somos contemplados com esses ensinamentos. Além disso, há também as frases reflexivas que o autor vai deixando pelo caminho. [...] Ele respirava como se alimentasse muitas almas... O que isso significa?

As histórias de Mia Couto não são acabadas, elas continuam vivas em nós.
comentários(0)comente



Tinho Silva (@cafecomlivrossp) 09/04/2020

Vozes anoitecidas – Mia Couto
...esperar não é a mesma coisa que ficar à espera. (Conto “A menina do futuro torcido”, p. 130.).

Sou muito suspeito para falar das obras do Mia Couto. Sou fã da maneira como ele escreve, da leveza, da criatividade, pra mim, é um dos melhores escritores da atualidade. No livro “Vozes anoitecidas”, nada é diferente do que foi citado, o autor imprimi a sua personalidade em cada conto escrito. É difícil fazer resenhas sobre coletâneas de contos, poemas e etc., pelo simples fato de não apresentarmos aqui uma análise conto a conto e sim uma percepção nossa após a leitura do livro. Então vamos lá.

“Vozes anoitecidas” é uma obra muito agradável. Dividida em doze contos, nos quais, Mia Couto consegue misturar poesia e prosa e nos apresenta textos muito bem elaborados. Outra coisa marcante, é a mistura de realidade e ficção, registros orais e escritos, abordando também um pouco da cultura moçambicana, principalmente os seus mitos, isso torna a obra incrível. Dito isso, reitero, que poucos autores conseguem juntar tais coisas de maneira tão singular.

Minha vida não é um caminho. É uma pedra fechada à espera de ser areia. Vou entrando nos grãos do chão, devagarinho. Quando me quiserem enterrar já eu serei terra. Já que não tive vantagem na vida, esse será o privilégio da minha morte. (Conto “Afinal, Carlota Gentina não chegou a voar?”, p. 84.).

Merece também destaque nessa nossa pequena análise, a sutileza do autor ao trabalhar questões mórbidas, como a morte e a solidão humana. Todos os personagens mostrados sempre querem alcançar algo ou resolver algum problema.

...Neste deserto solitário, a morte é um simples deslizar, um recolher de asas. Não é um rasgão violento como nos lugares onde a vida brilha. (Conto “A Fogueira”, p. 24.).

Por fim, é um livro legal, muito fácil de ser lido, os contos são envolventes e traz a genialidade do Mia Couto à tona mais uma vez. Preciso salientar que esse, na minha opinião, não é a melhor obra do autor, mas, mesmo assim vale a pena passar a tarde em sua companhia.

site: https://www.instagram.com/cafecomlivrossp/
comentários(0)comente



Bruno 24/03/2020

Primeiro livros de Lit. Africana que li.
Um livro simplesmente sensacional. A riqueza de detalhes e estórias africanas são sensacionais.Mia Couto fez um excelente trabalho em mostrar a realidade africana, focada em Moçambique,indo desde estórias narradas pelo povo, até os sofrimento dos moçambicanos durante e após a colonização, tudo vosto através das interpretações do povo e seu folclore e lendas regionais. Vale a pena dizer que o melhor conto de todos é "O dia em que Mabatabata explodiu".
comentários(0)comente



Viviane 25/12/2009

Desanoitecendo sentimentos
Este foi meu primeiro contato com Mia Couto e me descobri atingida por seu estilo e escolhas. A vida de cada personagem se apresenta envolvida pela cultura moçambicana com uma consciência muito particular, às vezes movida por objetivos irreais, às vezes por uma resignação comovente.
Minha impressão foi a de que as palavras eram, ao mesmo tempo, muito cruas e poéticas e, por conta disso, os sentimentos suscitados também se apresentavam assim. Bom modo de ter acesso a um mundo tão distante da maioria de nós.
comentários(0)comente



Cacá 25/04/2022

Excelente livro de Contos onde a fantasia de Mia Couto ganha asas para retratar histórias narradas com muita personalidade.
comentários(0)comente



Giovanna Capeli 26/10/2020

Li e esqueci
Infelizmente foi um desses livros que li e não me deixou nenhuma marca, o que me entristece visto que é um autor de grande prestígio
comentários(0)comente



Alexandre Kovacs / Mundo de K 15/06/2016

Mia Couto - Vozes Anoitecidas
Editora Companhia das Letras - 152 páginas - Lançamento 17/10/2013.

Publicado originalmente em 1987, "Vozes Anoitecidas", foi a primeira coletânea de contos de Mia Couto. Na época, já conhecido como jornalista e poeta, ele surpreendeu público e crítica com as doze narrativas deste livro, onde já estavam presentes todos os elementos que marcaram o estilo único do escritor moçambicano ao longo de sua carreira que culminou com o recebimento do prêmio Camões em 2013. Aqui encontramos o exercício de recriação da linguagem e a invenção de palavras que lembra muito o nosso Guimarães Rosa, utilizando uma mistura de poesia e sonoridade do português coloquial da África, sempre norteado pela preocupação com os problemas sociais que ficam evidentes quando se faz a ligação entre a rica tradição do folclore e a dura realidade atual das ex-colônias. Como bem definiu o poeta conterrâneo José Craveirinha no prefácio à edição portuguesa, "Mia Couto maneja a linguagem das suas figuras legitimando a transgressão lexical de uma fala estrangeira com o direito que lhe permite o seu papel de parente vivo de Vozes anoitecidas". No entanto, é o próprio autor que melhor resume a importância da sua arte como um marco na resistência à exploração de Moçambique, assim como de outros países do terceiro mundo, através da bela introdução abaixo:

"O que mais dói na miséria é a ignorância que ela tem de si mesma. Confrontados com a ausência de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando-se do desejo de serem outros. Existe no nada essa ilusão de plenitude que faz parar a vida e anoitecer as vozes. (...) Estas estórias desadormeceram em mim sempre a partir de qualquer coisa acontecida de verdade mas que me foi contada como se tivesse ocorrido na outra margem do mundo. Na travessia dessa fronteira de sombra escutei vozes que vazaram o sol. Outras foram asas no meu voo de escrever. A umas e outras dedico este desejo de contar e de inventar." (Texto de Abertura - pág. 17)

E assim, constatamos que através das múltiplas vozes "que vazaram o sol" encontramos a mais pura literatura e ainda muito mais, a persistência do desejo e da necessidade ancestral do homem de sonhar, mesmo diante da adversidade e da incompreensão da sua vida em um meio hostil. No conto "A fogueira", os protagonistas se resumem a uma velha e um velho presos a uma solidão que só a morte poderá libertar. É o conto de abertura desta coletânea que decidi apresentar completo, presente para os leitores que se beneficiam da minha impossibilidade de resumir e explicar tamanha força de contar e inventar. Não há resenha que dê jeito. Só lendo para sentir e entender a prosa mágica de Mia Couto.

A fogueira
(Mia Couto)

A velha estava sentada na esteira, parada na espera do homem saído no mato. As pernas sofriam o cansaço de duas vezes: dos caminhos idosos e dos tempos caminhados.
A fortuna dela estava espalhada pelo chão: tigelas, cestas, pilão. Em volta era o nada, mesmo o vento estava sozinho.
O velho foi chegando, vagaroso como era seu costume. Pastoreava suas tristezas desde que os filhos mais novos foram na estrada sem regresso.
“Meu marido está diminuir”, pensou ela. “É uma sombra.”
Sombra, sim. Mas só da alma porque o corpo quase que não tinha. O velho chegou mais perto e arrumou a sua magreza na esteira vizinha. Levantou o rosto e, sem olhar a mulher, disse:
— Estou a pensar.
— É o quê, marido?
— Se tu morres como é que eu, sozinho, doente e sem as forças, como é que eu vou‑lhe enterrar?
Passou os dedos magros pela palha do assento e continuou:
— Somos pobres, só temos nadas. Nem ninguém não temos. É melhor começar já a abrir a tua cova, mulher.
A mulher, comovida, sorriu:
— Como és bom marido! Tive sorte no homem da minha vida. O velho ficou calado, pensativo. Só mais tarde a sua boca teve ocasião:
— Vou ver se encontro uma pá.
— Onde podes levar uma pá?
— Vou ver na cantina.
— Vais daqui até na cantina? É uma distância.
— Hei de vir da parte da noite.
Todo o silêncio ficou calado para ela escutar o regresso do marido. Farrapos de poeira demoravam o último sol, quando ele voltou.
— Então, marido?
— Foi muito caríssima — e levantou a pá para melhor a acusar.
— Amanhã de manhã começo o serviço de covar.
E deitaram‑se, afastados. Ela, com suavidade, interrompeu‑lhe o adormecer:
— Mas, marido...
— Diz lá.
— Eu nem estou doente.
— Deve ser que estás. Você és muito velha.
— Pode ser — concordou ela. E adormeceram.
Ao outro dia, de manhã, ele olhava‑a intensamente.
— Estou a medir o seu tamanho. Afinal, você é maior que eu pensava.
— Nada, sou pequena.
Ela foi à lenha e arrancou alguns toros.
— A lenha está para acabar, marido. Vou no mato levar mais.
— Vai mulher. Eu vou ficar covar seu cemitério.
Ela já se afastava quando um gesto a prendeu à capulana e, assim como estava, de costas para ele, disse:
— Olha, velho. Estou pedir uma coisa...
— Queres o quê?
— Cova pouco fundo. Quero ficar em cima, perto do chão, tocar a vida quase um bocadinho.
— Está certo. Não lhe vou pisar com muita terra.
Durante duas semanas o velho dedicou‑se ao buraco. Quanto mais perto do fim mais se demorava. Foi de repente, vieram as chuvas. A campa ficou cheia de água, parecia um charco sem respeito. O velho amaldiçoou as nuvens e os céus que as trouxeram.
— Não fala asneiras, vai ser dado o castigo — aconselhou ela. Choveram mais dias e as paredes da cova ruíram. O velho atravessou o seu chão e olhou o estrago. Ali mesmo decidiu continuar. Molhado, sob o rio da chuva, o velho descia e subia, levantando cada vez mais gemidos e menos terra.
— Sai da chuva, marido. Você não aguenta, assim.
— Não barulha, mulher — ordenou o velho. De quando em quando parava para olhar o cinzento do céu. Queria saber quem teria mais serviço, se ele se a chuva.
No dia seguinte o velho foi acordado pelos seus ossos que o puxavam para dentro do corpo dorido.
— Estou a doer‑me, mulher. Já não aguento levantar.
A mulher virou‑se para ele e limpou‑lhe o suor do rosto.
— Você está cheio com a febre. Foi a chuva que apanhaste.
— Não é, mulher. Foi que dormi perto da fogueira.
— Qual fogueira?
Ele respondeu um gemido. A velha assustou‑se: qual o fogo que o homem vira? Se nenhum não haviam acendido?
Levantou‑se para lhe chegar a tigela com a papa de milho. Quando se virou já ele estava de pé, procurando a pá. Pegou nela e arrastou‑se para fora de casa. De dois em dois passos parava para se apoiar.
— Marido, não vai assim. Come primeiro.
Ele acenou um gesto bêbado. A velha insistiu:
— Você está esquerdear, direitar. Descansa lá um bocado.
Ele estava já dentro do buraco e preparava‑se para retomar a obra. A febre castigava‑lhe a teimosia, as tonturas dançando com os lados do mundo. De repente, gritou‑se num desespero:
— Mulher, ajuda‑me.
Caiu como um ramo cortado, uma nuvem rasgada. A velha acorreu para o socorrer.
— Estás muito doente.
Puxando‑o pelos braços ela trouxe‑o para a esteira. Ele ficou deitado a respirar. A vida dele estava toda ali, repartida nas costelas que subiam e desciam. Neste deserto solitário, a morte é um simples deslizar, um recolher de asas. Não é um rasgão violento como nos lugares onde a vida brilha.
— Mulher — disse ele com voz desaparecida. — Não lhe posso deixar assim.
— Estás a pensar o quê?
— Não posso deixar aquela campa sem proveito. Tenho que matar‑te.
— É verdade, marido. Você teve tanto trabalho para fazer aquele buraco. É uma pena ficar assim.
— Sim, hei de matar você; hoje não, falta‑me o corpo.
Ela ajudou‑o a erguer‑se e serviu‑lhe uma chávena de chá.
— Bebe, homem. Bebe para ficar bom, amanhã precisas da força.
O velho adormeceu, a mulher sentou‑se à porta. Na sombra do seu descanso viu o sol vazar, lento rei das luzes. Pensou no dia e riu‑se dos contrários: ela, cujo nascimento faltara nas datas, tinha já o seu fim marcado. Quando a lua começou a acender as árvores do mato ela inclinou‑se e adormeceu. Sonhou dali para muito longe: vieram os filhos, os mortos e os vivos, a machamba encheu‑se de produtos, os olhos a escorregarem no verde. O velho estava no centro, gravatado, contando as histórias, mentira quase todas. Estavam ali os todos, os filhos e os netos. Estava ali a vida a continuar‑se, grávida de promessas. Naquela roda feliz, todos acreditavam na verdade dos velhos, todos tinham sempre razão, nenhuma mãe abria a sua carne para a morte. Os ruídos da manhã foram‑na chamando para fora de si, ela negando abandonar aquele sonho, pediu com tanta devoção como pedira à vida que não lhe roubasse os filhos.
Procurou na penumbra o braço do marido para acrescentar força naquela tremura que sentia. Quando a sua mão encontrou o corpo do companheiro viu que estava frio, tão frio que parecia que, desta vez, ele adormecera longe dessa fogueira que ninguém nunca acendera.
comentários(0)comente



Tuyl 14/08/2023

Mia Couto é um gênio. Sua escrita é envolvente e fantástica! Cada história, uma descoberta cultural.
comentários(0)comente



Yato.MArio 17/07/2023

Simplesmente Incrível, Escrita Poética, Reflexiva e Linda
"O que mais dói na miséria é a ignorância que ela tem de si mesma. Confrontados com a ausência de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando-se do desejo de serem outros. Existe no nada essa ilusão de plenitude que faz parar a vida e anoitecer as vozes."
comentários(0)comente



46 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR