Vamos comprar um poeta

Vamos comprar um poeta Afonso Cruz




Resenhas - VAMOS COMPRAR UM POETA


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Nathalia 24/03/2024

Um livro curto mais que contem poesia e crítica ao utilitarismo. O autor usa analogias muito bacanas para criticar uma sociedade em q vale mais ter do que ser e como a poesia cria uma rachadura num mundo frio de ideias racionais e ?úteis?
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Carla513 18/03/2024

Vamos comprar um poeta
Apesar de um pouco complexo nos traz reflexões acerca do que realmente importa na vida, nos fazendo entender o contraste entre a valorização de bens materiais e os bens que não são valorados em cifras.
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Souza353 15/03/2024

Um livro curto que aborda um tema muito importante: a maneira que os artistas e até a própria arte são vistas pelos olhos da sociedade.

O livro se passa em um realidade fictícia onde existe uma sociedade em que tudo é extremamente contabilizado e que dessa forma quaisquer outros assuntos que não sejam matemáticos ou científicos como arte, literatura e até mesmo os sentimentos são tidos como inutilidades ou futilidade.

Apesar do peso da narrativa o livro carrega muito humor e
fortes mensagens de afeto, o medo que a protagonista tem das suas mudanças de pensamentos e de sua maneira de agir.

Eu poderia escrever mil páginas sobre este livro mas não conseguiria expressar todos os sentimentos que este livro me trouxe ou até todas as minhas reflexões mas fica aqui um pouco do que achei dessa leitura.
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Pearl 12/03/2024

Nem tudo tem preço....
Muito interessante essa distopia e muito atual nessa sociedade que busca transformar tudo em likes e grana.
Viver num mundo concreto onde tudo se precifica faz com que as pessoas percam sua criatividade e a espontaneidade.
A compra do poeta traz questões e soluções para a família, mas será que darão conta da ousadia?
Interessante também de nos depararmos com o palavras do português de Portugal que não é habitual no BR.
Sútil mas passa o recado da crítica da sociedade atual.
Vale a leitura!
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C4nteiros 11/03/2024

A literatura me comove
Uma delicadeza de literatura ??

"Nunca li um bom verso que não voasse da página em que foi escrito. A poesia é um dedo espetado na realidade.".
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Nazha 09/03/2024

Metáforas ou mentiras?
Um livro curtinho, que nos convida a refletir sobre as áreas onde mais depositamos nossos esforços e importâncias, na vida.

?Vamos comprar um poeta? conta a história rápida de uma família que, a pedido da filha, decidiu comprar um poeta e fazê-lo morar num quartinho debaixo da escada e, mesmo lá, ele foi capaz de escrever uma janela.

No cenário onde tudo é milimetricamente contado (as bebidas, a comida, as lágrimas, a posição da cabeça) o poeta traz para a casa da família um pouco de metáforas (ou seriam mentiras?).

Ao fim do livro, o outro adicionou algumas reflexões sobre como a cultura é essencial na nossa sociedade, e como tudo gira em torno da ficção.

É uma leitura rápida que vale a pena!
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Juan199 09/03/2024

“As rugas são as cicatrizes das emoções que vamos tendo na vida”
Autor(a): Afonso Cruz
Faixa etária: +12
Idioma: Português (de Portugal)
Música: Money (Pink Floyd)

Em um mundo distópico materialista em que tudo é contabilizado e sistematizado, uma garota pede de presente para seu pai um poeta.

Fiz essa leitura por conta de um projeto de literatura na minha escola, mas já conhecia o livro através de um vídeo antigo do Paulo Ratz.
O livro é bem curto. Não chega a ter 100 páginas (contando com as páginas em branco). Terminei no mesmo dia que comecei, em duas viagens de ônibus (+-45min cada).
Apesar do tamanho, no entanto, a obra é bastante complexa. Há uma crítica visível e irônica sobre a sociedade, bem como à desvalorização cada vez maior da arte, que passa a ser tratada como mais um produto. O livro aborda, ainda, temas delicados tais quais a violência doméstica e o bullying, mesmo que em segundo plano.
Há uma cena que me chamou muito a atenção, em que, quando a protagonista declara para seus colegas na escola que adquiriu um “poeta de estimação”, ela é xingada de “inutilista”. Isso me fez refletir muito sobre o papel da literatura e da arte no geral no nosso cotidiano. Afinal, qual a utilidade da arte? Se eu compro um quadro, ele tem realmente uma função além de adornar uma parede? O que eu estou fazendo quando gasto horas e horas do meu dia consumindo filmes, livros e músicas? Apenas apreciando arte alheiamente?

Mudando um pouco de assunto, devido ao número reduzido de páginas, há pouco desenvolvimento dos personagens. O autor, contudo, consegue superar esse obstáculo com maestria ao dar maior ênfase na realidade descrita que nos protagonistas em si. Sobre a escrita, a princípio senti certa estranheza (justamente por não se tratar do português brasileiro), mas logo me adaptei.
Enfim, é uma leitura bastante tranquila e que vai te fazer pensar horrores no banho ksksks.

OBS: Se você tiver ficado interessado, procure não usar meios piratas (eu sei que às vezes é difícil) para comprar o livro. Afinal, a literatura em língua portuguesa continua bastante rara, e é preciso incentivar os escritores menores quando encontramos obras assim :)
Cecília_bisborria 10/03/2024minha estante
Esse livro é sobre Pink Floyd ou o livro só te lembra??


Cecília_bisborria 10/03/2024minha estante
Tem uma casa perto da minha q tá escrito The Wall na parede


Juan199 10/03/2024minha estante
@Cecília_bisborria não não ksksksk. É que eu tenho o hábito de selecionar uma música para cada livro que eu leio :)


Cecília_bisborria 10/03/2024minha estante
Att ksksksk




Marrie 07/03/2024

Um dos livros mais importantes, pra todos, que amam (ou não) a arte. ele me trouxe a sensação de um abraço quentinho, fiquei muito mexida e emocionada. indico muito a todos.
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Dulcinea2 06/03/2024

Tenho milhas a percorrer antes de dormir
Numa sociedade distópica que tem na sua essência e estrutura o utilitarismo, uma pré adolescente resolve pedir o pai para comprar um poeta, vendido nas lojas como um pet.

É a partir dessa premissa que o português Alfonso Cruz desenvolve esse livro bem pequeno em conteúdo, inovador na construção e que fica na sua cabeça por mais tempo do que a leitura.

De que serve a poesia na nossa vida? Será que devemos viver exclusivamente para sermos úteis? São tantas indagações que esse romance reverbera por semanas na nossa cabeça.

Ele é curtinho, dá pra ler rapinho e a prosa é tão gostoso que super indico.
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mvix 05/03/2024

Relativamente curto, mas que aborda uma problemática importante e passível de reflexão sobre a sociedade na qual vivemos.
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sophia1711 03/03/2024

Vamos comprar um poeta
Livro curto porém muito interessante. li por conta da escola, mas achei bom e com uma grande crítica social.
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rossi 03/03/2024

Pane no sistema, alguém me desconfigurou.
| Sexto livro do ano! ?

Reflexivo, crítico e MUITO bom. Pega na parte mais ferida e profunda da sociedade e abre os nossos olhos perante ela.

Curto e objetivo. Com certeza recomendo para todos que realmente querem ter a visão da realidade em que vivemos.
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@prazerliterariooficial 03/03/2024

Uma crítica sutil a tentativa, desenfreada, da militância esquizofrênica do extremismo, em tentar acabar ou modificar a cultura ocidental.
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Andreia Santana 26/02/2024

Quando a vida, em vez de imitar, despreza a arte
Vamos comprar um poeta, do português Afonso Cruz, conta a história de uma família cartesiana e pragmática que decide comprar um poeta de estimação. No mundo distópico onde a história acontece, o utilitarismo é a nova ordem e somente as profissões e atividades relacionadas ao bom desempenho, que geram lucro e favorecem a excelência, a razão e a precisão matemática é que são valorizadas. As ciências humanas, as subjetividades de todo tipo e a individualidade, por sua vez, são desprezadas. Poetas e artistas em geral são como pets exóticos para as bem sucedidas famílias de cidadãos modelo e que geram dividendos, inclusive afetivos, já que até os interesses amorosos são mensurados em percentuais e estatísticas.

A crítica ao universo dos coaches, ao mundo corporativo e à mecanização da vida e das relações são autoexplicativas. O autor se inspirou na crise financeira vivida por Portugal, em 2016, para compor sua história. Durante a crise, o Ministério da Cultura do país foi extinto e o autor concebeu uma realidade paralela onde a arte é vista como futilidade e desnecessária. No Brasil, em 2019, o Minc foi rebaixado para uma Secretaria de Cultura, recuperando o status de ministério só quatro anos depois, em 2023. Para os brasileiros, que assistem há décadas sucessivos governos desvalorizarem ou literalmente tentarem extinguir projetos culturais, a distopia de Afonso Cruz deixa aquele travo na garganta.

Nenhum dos personagens do livro tem nome, já que nessa sociedade altamente eficiente, as pessoas recebem códigos, como os números em série das máquinas, em vez de nomes 'inúteis'. A história é narrada pela Filha pré-adolescente, que é quem pede ao Pai para comprar um poeta de estimação. Os poetas, junto com outros nefelibatas profissionais, são vendidos em lojas que anunciam artistas com as mesmas estratégias das pet shops para divulgarem filhotes de cães e gatos, inclusive com dados sobre a docilidade e o nível de bagunça de cada tipo. Assim, enquanto os pintores e escultores costumam fazer uma grande confusão de tintas, telas e argila, sujando a casa toda, poetas e demais escritores são silenciosos e meio avoados.

Além da menina e desse pai que funciona como o capitalista-chefe do núcleo familiar que, por sua vez, funciona nos moldes de uma eficiente fábrica, há ainda um Irmão meio encostado e que só pensa em marcar pontos positivos com as garotas; e a Mãe, dona de casa exemplar do tipo submissa, que aceita seu lugar de provedora das necessidades básicas de alimentação e higiene do capitalista-chefe e dos filhos.

A chegada de uma criatura totalmente imersa no mundo dos sonhos, das palavras e das abstrações causa uma reviravolta na família. Em paralelo, os negócios do pai perdem eficiência e liquidez, levando o núcleo familiar a pedir concordata e se equilibrar na beira de uma recuperação judicial ou abrir falência de vez.

Dos móveis às roupas dos membros da família, tudo é patrocinado por marcas, uma alusão certeira ao mundo dos influenciadores digitais e aos conteúdos monetizados. Aquele poeta quase maltrapilho, como um Carlitos recém-saído de um filme dos anos 1930, com as roupas surradas e sem patrocínio, representa a colisão de dois mundos.

O poeta embaralha as percepções de realidade da menina narradora, fazendo-a enxergar metáforas e belezas sutis onde antes ela só via rigidez, números e gráficos. É muito engraçado testemunhar a desconstrução do pensamento utilitarista e a conversão da menina em uma 'inutilista', nome dado na história às pessoas que preferem as atividades simbólicas ao utilitarismo.

A menina, pouco a pouco, percebe um mundo de possibilidades, o que de certa forma é uma declaração de amor do autor às artes em geral e à literatura, em particular, principalmente à poesia. Com a convivência, ela entende que versos são mais revolucionários e perigosos que a certeza fria dos números, justamente porque é nas figuras de linguagem que nossa existência se desenha com mais nitidez.

Com seus versos, o poeta desperta os sentimentos da menina, que de autômato se converte, finalmente, em criatura humana. Lançando versos aqui e ali - e ao pé do ouvido da mãe - ele provoca uma insurreição. Essa dona de casa cansada de ser explorada pelos demais integrantes da família, se rebela, se liberta, e encontra seu caminho na imperfeição e imprecisão das palavras e dos sentimentos.

Interessante é ver a reação do pai, que se mantém um empedernido utilitarista, desprezando tanto as lições do poeta quanto a insurreição da mãe e da filha. O filho, por sua vez, vê no poeta apenas um meio de alcançar o coração de uma garota, mas sem de fato absorver a poesia enquanto estado de espírito e enlevo.

Com sua novela de pouco menos de 100 páginas, Afonso Cruz nos lembra, nesse mundo cada vez mais tecnológico e automatizado, que a poesia é como a vida, cheia de incertezas, tentativas, erros e belezas para quem tem interesse em desvendar e não apenas em ver. É na fluidez que existimos mais felizes...

Ficha Técnica:
Vamos comprar um poeta
Autor: Afonso Cruz
Editora: Dublinense, 2020
96 páginas
R$ 44,04 (livro físico, Amazon) ou no Skeelo, para assinantes

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*Livro lido para o desafio #50livrosate50anos, uma brincadeira que criei para comemorar meu aniversário. Em abril de 2024 eu faço 50 anos. A ideia é ler 50 livros até lá e, se possível, resenhar ou fazer algum breve comentário aqui no Skoob e no Instagram, sobre cada um deles. Vamos comprar um poeta é o livro 16 do desafio.


site: https://mardehistorias.wordpress.com/
Ju 01/03/2024minha estante
Eu amei a sua resenha sobre o livro. Parabéns pela capacidade tão boa de síntese!


Andreia Santana 01/03/2024minha estante
Obrigada ?




Fabiana 26/02/2024

Uma leitura rapidinha, mas cheia de significados. A maneira que o autor simboliza a importância da cultura e o seu significado na vida é de uma delicadeza ímpar. Vale a leitura do apêndice também, complementa perfeitamente bem a narrativa.
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