Vamos comprar um poeta

Vamos comprar um poeta Afonso Cruz




Resenhas - VAMOS COMPRAR UM POETA


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Thamiris.Treigher 04/12/2022

Qual o verdadeiro valor das coisas?
"Vamos comprar um poeta", do português Afonso Cruz, traz uma realidade distópica, em que tudo é medido por valores, custos e lucros, inclusive pessoas e demonstrações de afeto.

As relações, os diálogos, as roupas, os lugares, os livros, tudo é permeado pela objetividade e pelo materialismo. Nada além disso tem espaço ou visibilidade.

Um dia, a protagonista fala para os pais que quer comprar um poeta (sim, pois é assim que as coisas funcionam), o que na nossa realidade seria algo como comprar ou adotar um pet.

Aos poucos, o poeta vai trazendo uma nova percepção à família, principalmente à protagonista - não sem o total estranhamento por parte dela - , para quem até então tudo precisava ter uma "utilidade".

De forma quase imperceptível as palavras subjetivas, os poemas, a arte, os sentimentos e as metáforas vão ganhando espaço.

Muito mais do que mostrar o valor e a importância da poesia e da arte em nossas vidas, o livro traz um questionamento pertinente sobre uma sociedade em que o que vale é aquilo que produzimos; onde nos assemelhamos à máquinas e onde nossos objetivos e metas giram em torno do lucro e do que - aparentemente - tem alguma função objetiva.

O que realmente importa? Um livro lindo com uma importante reflexão ?

*O apêndice do livro, falando sobre a importância da ficção e da cultura, é sensacional!
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diennifercb 22/02/2023

Qual o valor da arte?
Primeiro que leio do Afonso Cruz e, sinceramente, que gênio! Eu estou encantada pela escrita dele, e principalmente pelo conteúdo que ele trouxe nesse conto. É curtinho, muito envolvente, cheio de frases de efeito (o que eu adoro), e nos faz pensar demais sobre o valor da arte em uma sociedade metódica e calculista, para que serviria essa arte e esse humanismo (trazido pelos poetas) na vida das pessoas. Reflexivo, sensível, traz pontos cruciais a se pensar sobre uma sociedade que não está disposta a enxergar a vida pelos olhos dos poetas, em um mundo (?distópico?) onde o materialismo e o consumismo é tudo o que importa. Uma ficção nem tão ficção assim, se pararmos para analisar a nossa grande necessidade em sermos ?úteis? em todos os momentos do dia, e que piorou muito conforme a popularidade das redes sociais aumentou, juntamente com essa demanda invisível de ?produção de conteúdo?. Penso que deveríamos poder ser ?inúteis? no nosso dia a dia, sem que isso seja um fator ansiogênico na nossa rotina. Não abandone seus poetas no parque, percorra muitas milhas antes de dormir.
Fabio 24/02/2023minha estante
Belíssima resenha




Ana Lu 23/07/2023

Eu li uma resenha que falava esse é o tipo de livro que a gente quer dar de presente para todas as pessoas e sim, esse é o livro que eu recomendaria todo mundo a ler.
Esse livro é uma crítica a maneira que vemos a nossa realidade, o materialismo e utilitarismo.
A sociedade desse livro valoriza os números e os lucros, todas os atos e pensamentos são contabilizados e as pessoas são destacadas pelas contribuições que podem dar ao mercado financeiro. O protagonista compra um poeta e descobre que nem tudo é contabilizado para todos, o poeta ver a beleza e mil coisas em uma janela e em uma paisagem, no início, é difícil para o personagem entender a linguagem do poeta que usa metáforas e sentimentos para se expressar. O poeta na casa da família muda a rotina e fazem todos usarem ambiguidade porque eles pensam além dos numérica e isso cria um conflito com o mundo em que vivem.
O livro é excelente, traz uma reflexão sobre o capitalismo e o utilitarismo, ressalta que a vida é importante quando entendemos o que estamos vivendo e o papel da arte na nossa vida.
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Lud 20/12/2023

A premissa do livro já me pegou demais e achei genial a criatividade do autor, a crítica que ele faz e tudo isso de uma maneira divertida. É uma leitura super rápida, mas muito interessante, no mínimo nos faz questionar o caminho que nossa sociedade está tomando. E pra quem trabalha com arte e valoriza a cultura, mais ainda se enxerga naquelas reflexões que o poeta propõe. Com certeza é uma leitura que vale muito a pena fazer e refazer algumas vezes.
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Marcus 22/06/2021

"Uma janela é uma janela, mas uma janela que é um pássaro a voar
é uma realidade mais profunda, para lá do vidro, algo que está para
além da definição do dicionário, está do outro lado da janela, mas
que faz parte dela e que a descreve, ainda que por um breve
momento."

Nesse livro acompanhamos uma sociedade centrada, vamos dizer assim, no material. Tudo é quantificado e gira em torno da lógica e do ter, uma sociedade que considera poesia e arte como "inutilismos". Nesse mundo as pessoas não adotam bichinhos de estimação, elas adotam escultores, artistas, pintores e poetas. Acompanhamos a personagem principal quando ela convence seus pais a comprarem um poeta o que é o primeiro passo para transformar a vida dessa família e ensiná-los a enxergar a vida com outros olhos.
É uma leitura bem tranquila e que nos faz pensar, o final me deixou meio tocado sabe, de certa forma me fez refletir, um livro curto, mas que marcou.
Para finalizar vou deixar aqui um trecho que falou muito comigo:

"O poeta dizia que os versos libertam as coisas. Que quando
percebemos a poesia de uma pedra, libertamos a pedra da sua
“pedridade”. Salvamos tudo com a beleza. Salvamos tudo com
poemas. Olhamos para um ramo morto e ele floresce. Estava apenas
esquecido de quem era. Temos de libertar as coisas. Isso é um
grande trabalho. Sei que muitas mudanças na minha vida
aconteceram graças a ele."
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Jorge 11/06/2022

A história de um poeta com um pássaro triste no coração.
Já pensou viver em uma sociedade dominada pelo materialismo, onde as pessoas acreditam que acumular cultura é coisa de gente inútil, de gente louca e sem objetivos definidos? É esse o cenário do livro de Vamos comprar um poeta.

A sociedade descrita aqui está num nível tão avançado de empobrecimento intelectual que os escultores, poetas, bailarinos, enfim, todos esses artistas ligados às belas-artes foram rebaixados à categoria de bichos de estimação.

Afonso Cruz, que é um escritor português, e que imaginou toda essa história, além de trabalhar muito bem a questão do empobrecimento intelectual, ele também explora muito bem o conceito de alteridade, mostrando por meio de uma sátira subversiva que só podemos ter uma ideia do que o outro vive ou sente quando nos colocamos no lugar do outro. Ou seja, você só sente a dor do outro se você viver a dor dele também. No caso, não temos aqui cães ou vacas leiteiras sendo domesticados. Temos seres humanos sendo domesticados.

Fica aqui então uma dica de leitura que causa certo desconforto, mas que vale muito a pena.
Daniel 11/06/2022minha estante
Assunto polêmico! Imagino o nível da discussão sobre?


Jorge 11/06/2022minha estante
Foi bem enriquecedora.


Juliane Raquel 16/08/2022minha estante
Nossa, me interessei




Juliana Ribeiro 06/07/2021

Vamos comprar um poeta
Um livro delicioso. Bem curtinho, li em um dia. A história se passa em um momento no qual o utilitarismo é o mais importante.
A narradora pede que o pai compre um poeta, que apesar de ser menosprezado pela família em geral, presenteia todos com poemas, metáforas e comparações.
A história é linda.
?Tenho milhas a percorrer antes de dormir.?
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Lucas Lima 30/05/2021

tenho milhas a percorrer antes de dormir
aquele livro que você vai lendo com um sorriso no rosto e no último capítulo você continua com um sorriso mas agora você também está com lágrimas nos olhos.

em um mundo onde as pessoas contam e medem tudo (inclusive os afetos) e só visam o lucro, a poesia (e a cultura) vem como uma válvula de escape, e além, uma real ferramenta de transformação de nossa realidade. não abandonem seus poetas.

o texto de apêndice é ótimo e contribui muito com a obra. começa assim: Goring disse: "Quando oiço a palavra 'cultura', saco do revólver".
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Joel.Martins 14/09/2022

Nunca devemos abandonar um poeta
Preciso assimilar tudo o que esse livro e a poesia representam para mim e para o mundo.

Poesia/liberdade/educação/amor... Estou extasiado.

Leiam meus amigos, LEIAM!!!!

Vamos comprar um poeta 5??+
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maju.Munimu 22/02/2024

Sensível e direto o tempo todo
Um livro muito delicado e sucinto que conta sobre o despertar de uma família sobre coisas pra além do pragmatismo que se encontra nessa sociedade ficcional, mas que como em qualquer boa distopia, se encontram várias semelhanças com a sociedade real. Gostei bastante do livro, achei que ele essencialmente não poderia ser melhor, e o autor fez um trabalho incrível em tão pouca página, e que mesmo sendo pequeno, sempre captou essa aura quase maquinista, quase vivendo como uma caculadora em que os personagens se encontram.
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Juan199 09/03/2024

“As rugas são as cicatrizes das emoções que vamos tendo na vida”
Autor(a): Afonso Cruz
Faixa etária: +12
Idioma: Português (de Portugal)
Música: Money (Pink Floyd)

Em um mundo distópico materialista em que tudo é contabilizado e sistematizado, uma garota pede de presente para seu pai um poeta.

Fiz essa leitura por conta de um projeto de literatura na minha escola, mas já conhecia o livro através de um vídeo antigo do Paulo Ratz.
O livro é bem curto. Não chega a ter 100 páginas (contando com as páginas em branco). Terminei no mesmo dia que comecei, em duas viagens de ônibus (+-45min cada).
Apesar do tamanho, no entanto, a obra é bastante complexa. Há uma crítica visível e irônica sobre a sociedade, bem como à desvalorização cada vez maior da arte, que passa a ser tratada como mais um produto. O livro aborda, ainda, temas delicados tais quais a violência doméstica e o bullying, mesmo que em segundo plano.
Há uma cena que me chamou muito a atenção, em que, quando a protagonista declara para seus colegas na escola que adquiriu um “poeta de estimação”, ela é xingada de “inutilista”. Isso me fez refletir muito sobre o papel da literatura e da arte no geral no nosso cotidiano. Afinal, qual a utilidade da arte? Se eu compro um quadro, ele tem realmente uma função além de adornar uma parede? O que eu estou fazendo quando gasto horas e horas do meu dia consumindo filmes, livros e músicas? Apenas apreciando arte alheiamente?

Mudando um pouco de assunto, devido ao número reduzido de páginas, há pouco desenvolvimento dos personagens. O autor, contudo, consegue superar esse obstáculo com maestria ao dar maior ênfase na realidade descrita que nos protagonistas em si. Sobre a escrita, a princípio senti certa estranheza (justamente por não se tratar do português brasileiro), mas logo me adaptei.
Enfim, é uma leitura bastante tranquila e que vai te fazer pensar horrores no banho ksksks.

OBS: Se você tiver ficado interessado, procure não usar meios piratas (eu sei que às vezes é difícil) para comprar o livro. Afinal, a literatura em língua portuguesa continua bastante rara, e é preciso incentivar os escritores menores quando encontramos obras assim :)
Cecília_bisborria 10/03/2024minha estante
Esse livro é sobre Pink Floyd ou o livro só te lembra??


Cecília_bisborria 10/03/2024minha estante
Tem uma casa perto da minha q tá escrito The Wall na parede


Juan199 10/03/2024minha estante
@Cecília_bisborria não não ksksksk. É que eu tenho o hábito de selecionar uma música para cada livro que eu leio :)


Cecília_bisborria 10/03/2024minha estante
Att ksksksk




João Paulo 28/11/2021

poético
Uma leitura breve, fácil, bela e regada da mais bela arte que é a poesia. Os personagens bem construídos, diálogos inteligentes e o desenvolvimento da história apesar de curto foi bem interessante.
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Beatriz Calixto 29/05/2022

Que livro lindo, em todos os sentidos, a capa é linda(!!!), terminei encantada pela escrita, o conteúdo...É pequeno, leve e certeiro. Daqueles que a gente lê e leva um soco no estômago ou uma flechada no peito rs. Fala, de uma maneira bem bonita, o quanto a valorização da arte é importante e nos liberta. Eu amei??
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Gabriel1994 20/09/2023

"Francamente", Diz a Menina ao Poeta
Imagina encontrar ouro chutando pedras... foi mais ou menos assim minha relação com essa história!

Meu primeiro livro do escritor português, Afonso Cruz e gostei bastante da maneira inteligente como ele apresentou essa crítica ao materialismo e a desvalorização e esquecimento do que é realmente necessário para a humanidade... A valorização do afeto, das coisas simples e da cultura!


Numa madrugada sem sono, vasculhando o app BibliON, me deparo com essa novela dando sopa. Por ser curto e ter um nome no mínimo cômico, porém interessante, decidi ler...

E que decisão bem tomada! Esse livro conversa com o leitor de uma maneira muito inteligente e bem trabalhada! A maneira perspicaz em que o autor construiu a personagem principal e utilizou-a como mecanismo de passar a mensagem necessária, foi brilhante e digna de aplausos!

O autor faz o leitor mergulhar em um universo distópico, onde as pessoas tem nomes estranhos como "BB9,2", e nos coloca dentro de um cenário familiar curioso. Uma família vidrada em contas, dinheiro, investimentos, aplicações, números, números e números. Algo que é tido com a maior naturalidade. Até que certo dia a filha dessa família pede ao pai provedor para comprar um poeta e é a partir daí que a genialidade de Afonso Cruz entra em cena!

A maneira como o poeta adentra essa família, colocando um pouco de sí com afeto naqueles que emanam uma pequena fagulha ou nada dela, faz com que o lucro investido em afeto seja lucrativo, gerando dividendos. Cada pequena chama dentro desses dividendos que enxergam a poesia com certa aversão, se transforma no espelho que reflete a ausência desse elemento lucrativo que quando reaplicado, amplia e retorna em abundância.

É sobre carinho, afeto, empatia, cultura e tudo aquilo que se pode oferecer sem a ambição de ter algo monetário em troca. É sobre aquilo que educa e faz nascer e crescer cidadãos que irão agregar a sociedade e se tornar boas pessoas.

A abordagem bizarra, cômica e curiosa que o autor faz é um gancho para captar o imaginário do leitor e tentar colocar, nem que seja só um pouquinho, uma mensagem que pode fazer a diferença. Que possa servir de exercício para continuar as milhas antes de deitar através de um olhar mais verdadeiramente altruísta do que automáticamente individual.


Muito boa essa novela, recomendo!!!
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Norberto 13/02/2021

Divertido (ou nem tanto) com uma crítica social forte à comercialização das relações, à publicidade e ao consumo desenfreado da sociedade em que vivemos onde tudo é comercializável incluindo os sentimentos. Onde tá o valor da arte e das coisas que são tomadas como inúteis? Teria a poesia seu valor e seu lugar em uma sociedade onde números e assuntos práticos são a prioridade? Muito bom!
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