A Bandeira do Elefante e da Arara (Romance)

A Bandeira do Elefante e da Arara (Romance) Christopher Kastensmidt




Resenhas -


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Matheus.Arend 16/06/2020

Um achado da literatura brasileira
Tinha esse livro há anos e nunca havia lido. Foi uma surpresa, pois fala sobre o folclore brasileiro sobre a perspectiva de um gringo que é apaixonado pelo brasil. A história mistura lendas brasileiras com as aventuras de um bandeirante holandês e seu amigo, um ex-escravo. É uma obra divertida de se ler mas em certos momentos acaba se tornando repetitiva e sem surpresas, já que em momento algum tememos a morte dos protagonistas, o que de certa forma deixa a desejar. Gostei por ser uma leitura fácil e que nos faz pensar sobre outras culturas, crenças e sobre respeitar o próximo. É um livro voltado mais ao público juvenil mas ainda assim vale a leitura.
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Jéssica 23/02/2017

Desconstruiu a imagem infantil do folclore brasileiro
Você consegue imaginar uma saga ambientada no Brasil Colonial com personagens mágicos do folclore brasileiro? Saci-Pererê, Iara, Curupira e Mula sem Cabeça nos são bastante conhecidos e aparecem no livro A Bandeira do Elefante e da Arara, do autor Christopher Kastensmidt. Mas além desses aparecem diversos outros nem tão conhecidos como a Flor-do-Mato e o Pai-do-Mato, e alguns quase desconhecidos (ou desconhecidos em certas regiões do país) como o Capelobo, o Labatut, o Mapinguari e o Corpo-Seco. O maior mérito do autor é inserir todos esses personagens numa história épica, tirando-os da ambientação infantil que é praticamente nossa única referência em folclore (oi, Monteiro Lobato).

Os protagonistas da saga são o holandês Gerard van Oost e o africano Oludara, que chegou ao Brasil num navio negreiro e teve sua liberdade comprada por Gerard para acompanhá-lo em aventuras pelo Brasil. Em seu caminho eles encontram portugueses, franceses, tribos Tupinambás e Goitacás, diversas criaturas mágicas brasileiras e feras legendárias que eles ajudam a combater. Por onde passa, a dupla faz amigos e inúmeros inimigos. O livro A Bandeira do Elefante e da Arara reúne dez histórias da dupla Gerard e Oludara. Algumas delas já haviam sido publicadas separadamente e editadas em quadrinhos.

Fiquei bastante admirada com a construção da história, que me lembrou um pouco da rapsódia de Macunaíma, do Mario de Andrade, tanto pela temática do folclore brasileiro, como pela andança dos personagens pelo país. Outra característica é a tentativa de mostrar a identidade nacional com toda a mistura de cores, culturas e religiões.
É claro que, como em toda saga, não tem só aventuras, mas também um pouco da cultura e da sabedoria de cada povo que se propõe a apresentar, trazendo lições que podem ser úteis para os leitores e até mesmo tocantes. O livro tem passagens engraçadas, mas também mortes tristes, e em muitos momentos fiquei apreensiva pela vida de outros personagens que corriam perigo.

site: https://literatismos.wordpress.com/2017/02/21/resenha-a-bandeira-do-elefante-e-da-arara/
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Guilherme - @literalmente.oficial 03/11/2020

E se nosso folclore fosse desbravado por um estrangeiro? ?A Bandeira do Elefante e da Arara? não só faz isso, como leva o folclore brasileiro para um nível épico! ??

Gerard van Oost, vindo dos Países Baixos em busca de aventuras e reconhecimento, junto com Oludara, ex-escravo, tirado a? forc?a de sua cidade Ketu e liberto por Gerard, cruzam cidades e matas sob a bandeira do elefante e da arara, em busca de monstros para enfrentarem em um Brasil rece?m colo?nia de Portugal. ?

Os personagens passam por cidades como Salvador, Rio de Janeiro, Sa?o Paulo, Olinda, sempre interagindo com o cena?rio poli?tico-cultural de cada uma delas. Cruzam com tribos dos Tupinamba?s, Goitaca?s, Tupiniquins e Tupinae?s. Por todo lugar que passam enfrentam as lendas, como o Capelobo, Curupira, Iara, Labatut e ate? mesmo tendo ajuda do Saci-Perere? e Flor-do-Mato. ????

Ale?m de toda cultura do folclore brasileiro presente, ao decorrer da histo?ria, Oludara conta sobre sua terra, Ketu e sempre tem um ditado vindo da sua cultura para ajudar na reflexa?o de alguma situac?a?o em que se encontram. ?

Cada capítulo comec?a e termina com um animal ti?pico de cada regia?o, apresentando ao leitor a arara, o tatu-bola, a preguic?a, entre outros. ?

O autor, Christopher Kanstenmidt, e? um norte-americano que vive no Brasil ha? quase 20 anos. Levou 10 anos e teve muita colaborac?a?o para terminar esse livro. Em conseque?ncia de todo esse trabalho, o livro foi finalista do pre?mio Nebula. ?
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Taverneiro 18/05/2017

Fantasia brasileira da melhor qualidade. ^^
Esse livro de fantasia e aventura se passa em um Brasil que está começando a ser colonizado. Pessoas de vários lugares estão chegando em um Brasil coberto de densas florestas, povoadas por índios e cercado de lendas e mistérios. Com essa entrada no desconhecido surgiu uma grande demanda de exploradores e aventureiros. Só que nesse mundo os seres místicos existiam de verdade, e o trabalho de exploração de áreas selvagens era muito mais perigoso para quem não conhecesse todas as lendas do povo indígena.

É nesse contexto que conhecemos um de nossos protagonistas: O Gerard Van Oost, um jovem explorador com dificuldades para arrumar trabalho servindo alguma companhia de aventureiros maior ou algum nobre. Embora seja bom com o seu arcabuz e conheça a Europa, ele logo enxerga o fato de que não conhece tão bem assim o lugar onde está tentando se meter, e vai precisar de ajuda para confrontar os perigos da floresta. E é aí que entra nosso segundo protagonista: Oludara, um guerreiro africano que havia sido pego como escravo. Na primeira parte da aventura, O Encontro Fortuito, vemos a história de como essa parceria se forma.

Esse livro se destaca em tantos pontos que é até difícil lista-los XD. Começando pela parte “histórica” do livro. O autor toca em temas como a escravidão, a ganancia dos colonizadores e a exploração da natureza e o abuso ao povo indígena, e faz isso muito bem. Sem excessos e com sobriedade, ele entra nesses temas e toca nessas “feridas históricas” com habilidade. Eu temia que o explorador europeu fosse ser um estereótipo aqui, mas é muito pelo contrário: Acompanhamos um homem “descobrindo” o Brasil nos seus detalhes e aprendendo com isso.

E, é claro, temos a parte fantástica desse mundo! Mitos e lendas da mata são reais. O boitatá, o caipora, o saci… todas essas coisas fantásticas habitam as matas e o autor usa esses elementos com maestria, criando um mundo fantástico com nossa terra do mesmo nível de monstros icônicos com os quais estamos acostumados, como o lobisomem e o dragão, e isso sem alterar em nada (ou pelo menos quase nada) os mitos com os quais trabalha. Ele literalmente mostra que existe mais aventura e coisas iradas aqui do que nós brasileiros costumamos enxergar.

E além dessa construção de mundo show nós também temos dois protagonistas muito carismáticos: Gerard e Oludara!

Gerard Van Oost é um explorador que veio tentar a sorte aqui no Brasil. Ele está procurando alguma companhia de exploração (servir sobre a bandeira de alguém) para não ser deportado para a Europa por causa de uma lei que proíbe que alguém fique na colônia sem fazer nada. O problema é que, mesmo sendo boa gente e muito religioso e bom de mira com seu mosquete, ele logo reconhece ser um ignorante nos perigos da floresta e precisa da ajuda de pessoas mais competentes.

E é aí que entra Oludara, um escravo que foi trazido da África. Gerard acaba descobrindo que Oludara tem muita sabedoria sobre monstros e sobre a selva. Assim, entra em um acordo para liberta-lo em troca da ajuda.

A ideia de aventura e exploração foi muito bem usada aqui. Os dois protagonistas são novos e estão descobrindo um novo mundo. Como derrotar uma criatura, os aspectos curiosos da floresta brasileira, como lidar com seu povo… eles estão em uma busca por mais conhecimento, e isso serve como gancho para nós leitores entrarmos juntos nessa busca.

Acompanhando esses dois somos apresentados aos nossos mitos e lendas de maneira divertida, o que eu imagino deve ser muito legal para quem é de fora e, principalmente, para nós que vivemos com a cabeça muito longe das lendas da nossa própria terra. A jornada desses dois apresenta o Brasil fantástico para os estrangeiros e também nos religa as nossas raízes.

Embora tenham saído como um único volume aqui, o formato dessas histórias é seriado. São novelas curtas que têm uma certa continuidade de uma para a outra, mas também desenvolvem uma trama fechada em cada capítulo. Isso tira o peso de ler algo gigantesco e te dá uma certa satisfação em acompanhar esses personagens. É exatamente essa a linguagem que a maioria das séries de TV usam hoje em dia, e o autor soube utilizar isso perfeitamente no seu livro. Na amazon vocês podem encontrar os capítulos em inglês separados.

A escrita do Christopher é simples e a narrativa é MUITO divertida. A dupla de protagonistas é bem-humorada e tem uma química incrível, sem falar que a ação e a aventura são muito bem utilizadas também. Me lembra muito as histórias de dupla de policiais como Maquina Mortífera 😄 . É uma leitura muito gostosa onde no mesmo capítulo você pode dar risada, se fascinar com as descobertas na mata e sentir a tenção de encarar um monstro que ninguém faz ideia de como matar, e chegar ao final sentindo que passou por essa aventura junto com Gerard e Oludara.

A Bandeira do Elefante e da Arara é um livro muito bom, divertido, empolgante e gostoso de se ler. Além disso, criou um mundo mágico utilizando a nossa mitologia de uma maneira sem igual. Christopher Kastensmidt é um baita autor de aventura e vocês deviam acompanhar o trabalho dele!

E outro ponto de destaque total é que está sendo desenvolvido um RPG da Bandeira do Elefante e da Arara! Fiquem ligados na seção de RPG do site do Autor. ^^

site: https://tavernablog.com/2017/05/17/bandeira-do-elefante-e-da-arara-de-christopher-kastensmidt-resenha/
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Bruno Leandro 18/11/2018

Realmente fortuito.
Terminei agora de ler A Bandeira do Elefante e da Arara, do Christopher Kastensmidt. É um livro muito bom, divertido e que faz jus ao folclore nacional. O autor fez muito por nossas lendas, tirando seu lado infantil e apresentando uma maturidade exemplar. Gostei muito de acompanhar as aventuras de Oludara e Gerard van Oost, cada desafio mais difícil e divertido de acompanhar que o anterior. O final foi bastante satisfatório. Como nada é isento de críticas (construtivas, é claro), eu gostaria de dizer que Arani merecia mais. Desde o início, a personagem foi construída para ser apenas uma coadjuvante e seu final não me agradou. Uma pena, pois ela teria sido um ótimo contraponto indígena ao branco e ao negro que se aventuravam pelo país. Tirando isso, e o fato de que Oludara, mesmo sendo africano, só recorria a um deus, sendo este quase uma versão do nosso Deus cristão, a história ficou excelente. Sei que o foco não era nas religiões africanas, mas teria sido interessante ver menções aos orixás, mesmo que de passagem.
Ah! Destaque para as introduções e términos dos capítulos com animais, achei um show à parte.
De forma geral, gostei bastante e, embora alguns dos contos/capítulos/noveletas tenham alguma barriga, foi um livro muito bom.
Se fosse para dar alguma nota, ficaria algo entre 4 e 4,5, principalmente por conta de Arani.
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Derick.Guerra 18/03/2020

Muita imaginação
O livro é simplesmente fantástico, e se você tem uma imaginação um pouco fertil, vai gostar ainda mais das aventuras dos protagonistas. O local de descrição, os monstros, enfim, tudo é muito fácil de se imaginar naquela época. E o enredo é muito bem descrito e explorado.
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Cintia 26/03/2020

Folclore
Simplesmente lindo! Lindo de vê nossa cultura em um livro
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Daniel.Tschiedel 25/02/2021

Fantasia histórica com folclore brasileiro
Um dos meus livros favoritos. Personagens e história cativantes, além de uma ótima exploração da cultura brasileira, tanto sobre os povos indígenas, quanto sobre as criaturas fantásticas de nosso folclore que eu sequer conhecia.
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Rodolfo 22/06/2021

História simples, mas é legal ver as criaturas do folclore brasileiro numa história de aventura, mesmo que simples. Vale a leitura.
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Calôn 18/01/2022

The witcher que se passa no Brasil e para crianças.
É legal ver o folclore nosso sendo adaptado de uma maneira criativa assim, o livro tem fácil entendimento e é uma ótima leitura.
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@vanessachrisostomo 15/04/2022

Muito bom!!!
As aventuras de Gerard e Oludara pelo Brasil são fantásticas! A forma como é retradado o ambiente, as tribos e animais faz com que as cenas fiquem mais claras durante a leitura.
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