A Riqueza das Nações

A Riqueza das Nações Adam Smith




Resenhas -


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Pedro Guimarães 25/05/2021

Livro excepcional ,um pouco técnico mas nada que o torne impossivel.
Alguns tópicos após 2 meses de leitura.

Livro excepcional ,um pouco técnico mas nada que o torne impossível.

Adam Smith nos mostra que o trabalho pode ser diverso em relação a experiência,troca de ferramentas e decorrente desinteresse do trabalhador e o maquinário empregado.Além de explanar minuciosamente a questão da importância do Trigo como preço natural,a contribuição do clima bem como o favorecimento maritimo e natural como contribuição direta,indireta e não contribuição em alguns casos.Smith investiga questões mais aprofundadas da companhia das Indias Orientais como beneficio ou não para a Inglaterra.

O autor disserta sobre o uso da barra de ouro em sua época como moeda de troca assim como o sal,conchas, pedras etc. O seu peso extra dificultava o transporte e somado ao aumento da fraude e prejuízo aos credores que costumeiramente eram vitimas de balanças duvidosas fazendo aos poucos tornar necessário algum meio oficial de controle e por esse motivo a criação da casa da moeda culminou como resultado esperado.

Desse modo,Smith descreve sobre a primeira moeda inglesa : o Farthing que equivalia a 1/4 do Penny,a onça de prata que equivalia em certa época 5 shilings e 2 pences e o preço do ouro cotado como 3 libras e 17 shilings.Assim, o ouro chegou valer menos que a prata. E por fim Guilherme I foi o responsável em introduzir o costume em pagar em dinheiro e não em espécie.
O autor,também, nos descreve os prós e contras relativo aos monopólios e lucros extraordinários.

''O valor do salário e emprego serve pra explicar mais ou menos a estabilidade do valor salarial do que o preço das provisões''.

O projeto Mississipi e a multiplicação do papel moeda proporcionalmente ao valor total de terras, tal como a Revolução Gloriosa de 1689 com os soberanos Guilherme III e Maria I marcando o fim da era Stuart com a promulgação da declaração de direitos.Também são temas de discussão e investigação econômica.

''A falência talvez seja a maior e mais humilhante calamidade que pode atingir um homem inocente''
''A frugalidade e boa administração são suficientes para evitar não somente a prodigalidade e má administração de certos indivíduos como também a extravagância pública do governo''.

Por outro lado,a heptarquia saxônica e a conquista da Normanda em 1066 foram importantíssimos eventos na história.O primeiro chamado de união dos setes reinos( Kent,Northuberland,East Anglia,Mercia,Essex,Sussex e Wessex) do século VII ao IX findando na centralização governamental por parte de Egbert.Já o segundo evento demonstra a legitimidade de todos reis Ingleses a favor de
Guilherme I. Subjugando os anglo-saxões, antigos habitantes da Grã Bretanha e posteriormente sendo alvo de reclamações por parte dos Whigs que chegaram a questionar a conquista como parcial.Pois a lei comum já existia antes da conquista de Guilherme e sua vontade não equivalia a lei do reino.Por isso que todas as vezes que seus sucessores fossem criar novos impostos ou majorá-los eram obrigados ,por sua vez, a consultar os verdadeiros proprietários dessas terras.

Assim,as perpetuities,os Quacres,arrendatários e carta foral de modo igual são relevantes citar aqui.
O primeiro, denominado direito inglês abomina as cláusulas pétreas,porque não consistia num corpo sistemático das leis, não era codificado ou tinha suas regras inteiramente classificadas. A common law se valia da posição e prestigio do juiz ou jurista além da importância particular a pareceres e consultas e juízes individuais e tribunais superiores.
Os Quacres,no que lhe concerne, cujo líder George Fox esteve em grande atividade politica em 1650 acreditavam que a bíblia não era a palavra de Deus,todos homens guardam no seu interior o espirito de Jesus Cristo e não há inferno,pecado e ressurreição,além de admitirem mulheres como sacerdotes.A seita acabou virando pacifista em 1660 e após diversas perseguições muitos mudaram-se para os Estados Unidos.
Em relação aos arrendatários Steel Bow - denominado na Escócia e Chaptel de Fer -denominado na França.Era basicamente um contrato firmado que previa ao arrendatário se responsabilizar pelo gado vivo concedido pelo proprietário para restituí-lo na mesma quantidade ao término do prazo estipulado.
Por fim,a carta foral concedia o direito a algumas cidades instituir seus próprios magistrados e criar seus regulamentos.Como se sabe o Rei vigente possuía certa rivalidade com os nobres e sua aliança com os burgos fortalecia ambos os lados. Embora em outro momento os mesmos burgos seriam vitimas do monarca opressor por outros motivos pessoais.

''O que vem fácil também vai fácil,gastar dinheiro é mais fácil do que ganhar dinheiro para gastar''

''Não há nenhuma arte que um governo não aprenda de outro com tamanha rapidez do que tirar dinheiro do bolso das pessoas.''

Trazendo a baila a liga Hanseática,os benefícios consistoriais e Eduardo VI.
O primeiro exemplo, trata-se de duas propostas basicamente trazidas pelos Bispos.A primeira assentava uma nova ordem de juristas estabelecimentos de Juízes bem como um conselho municipal.Já a segunda,determinava a criação de uma nova milicia para convencimento de munícipes marcharem a favor do rei.
Os benefícios consistoriais estabelecia a ideia do desvio primário do Papa para si.Sobre a colação de todos bispados,abadias e após maquinações e pretextos,os benefícios inferiores que seriam no âmbito de cada diocese.
Já a respeito da politica eclesiástica de Eduardo VI - 1547-1553 é bom lembrar que sua influência foi marcada fortemente pelos presbiterianos,sobretudo,os escoceses.Após sua morte sobe ao trono Maria, a Católica que reverteu todas idealizações de seu irmão iniciando uma perseguição contra todos protestantes.Os presbiterianos chegaram ao poder na Escócia após deporem Maria de Guise em 1567.

Adam Smith ,da mesma forma, descreve as sanções das mais diversas e agravantes a respeito da Lã e sua exportação, sua restrição a países específicos e estrangeiros assim como seus motivos .Lembrando que a proibição total da importação estimula o contrabando e desestimula a arrecadação alfandegária

''O interesse do proprietário de ações nos fundos das companhias das Índias Orientais, não é de modo algum idêntico ao país, cujo governo seu voto pode exercer influência''.

''Nada há de absurdo que algum dos antigos filósofos não tenha defendido,
Cícero''.

O livro conserva no seu término um índice remissivo por assunto e um apêndice com uma tabela de cálculos relativo a pesca e arenque,na Escócia.
Daniel Silva 31/08/2022minha estante
Obrigado pela resenha!




Alemão 29/09/2022

A riqueza das nações vol 1
Este clássico, escrito pelo brilhante Adam Smith, durante o século XVII, com certeza não é uma leitura fácil, porém seus conceitos até hoje ainda se fazem atuais!! Indico a leitura a todos!!!
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Conrado Lourenço 18/02/2024

Os Fundamentos do Pensamento Econômico Moderno
"A Riqueza das Nações", de Adam Smith, é uma obra clássica que ainda ressoa nos debates econômicos e políticos contemporâneos. Neste primeiro volume, Smith explora os fundamentos da economia política, oferecendo uma análise profunda dos princípios que regem a riqueza das nações. Com uma abordagem sistemática e perspicaz, o autor examina questões como a divisão do trabalho, a formação de preços, o papel do mercado e a natureza da riqueza nacional. Smith argumenta que o auto-interesse individual, quando deixado operar livremente no contexto de um mercado competitivo, resulta em benefícios coletivos para a sociedade como um todo - uma ideia fundamental que moldou o pensamento econômico moderno.

Além disso, Smith oferece insights sobre questões sociais e políticas, como o papel do governo na economia, os efeitos do colonialismo e a importância da educação pública. Sua defesa eloquente do liberalismo econômico e da liberdade individual continua a influenciar os debates sobre políticas públicas e o funcionamento dos mercados em todo o mundo.

Embora tenha sido escrito no século XVIII, "A Riqueza das Nações" permanece uma leitura indispensável para qualquer pessoa interessada em compreender as bases do pensamento econômico moderno e as dinâmicas subjacentes ao funcionamento das economias de mercado. Com sua clareza de raciocínio e amplitude de visão, esta obra continua a ser uma fonte de inspiração e reflexão para estudiosos, políticos e empresários em todo o mundo.
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