Clarisse 02/10/2017Neil selecionou contos e autores que ele considera ótimos, ou que marcaram sua vida. Na introdução, ele conta que seu lugar favorito em Londres era o Museu de História Natural e o quanto ela gostaria de conhecer um "Museu de História Sobrenatural".
Vou falar rapidamente sobre cada conto, o nome do autor e o ano da primeira publicação:
1. (O título deste conto é uma mancha) (1972)
Neste conto, o cartunista GAHAN WILSON, nos mostra como uma mancha pode ser perturbadora.
2. "As vespas cartógrafas e as abelhas anarquistas", escrito por LILY YU (2011)
É isso mesmo. Esse conto, traz a luta social entre vespas (que foram quase dizimadas pelos humanos quando estes descobriram sua capacidade de criar belos mapas) e abelhas que viram-se obrigadas a repensar sua organizada sociedade devido a chegada das vespas
3. "O grifo e o cônego menor" (1885)
FRANK STOCKTON nos apresenta um grifo que não conhecia sua própria aparência e decide viver na vila onde há uma estátua sua, para terror da população. (Apesar de ter um grifo, é uma das histórias mais fracas, na minha opinião).
4. "Ozioma, a maligna", de NNEDI OKORAFOR (primeira publicação)
Ozioma é uma garota que sabe falar com cobras e por isso é rejeitada por toda a vila onde mora. Porém, na hora do perigo é a ela que eles chamam.
5. "O pássaro do sol" (2005)
Este é de autoria do próprio NEIL GAIMAN, é um dos contos dele de que mais gosto, pela criatividade com qual ele aborda o mito da Fênix.
6. "O sábio de Theare" (1982)
DIANA WYNNE JONES, imaginou o mundo Theare, onde tudo é muito organizado. A eminência da realização de uma profecia faz com que os deuses tomem decisões que influenciem o futuro. Porém, todas as mudanças levam ao mesmo destino. Esta foi uma das histórias de que mais gostei, além de universos paralelos, traz deuses e semi-deuses.
7. "Gabriel Ernest" (1909)
Conto de SAKI (H H MUNRO), apresenta um breve relato sobre lobisomem.
8. "O cacatucano ou a tia-avó wiloughby", de E. NESBIT (1900)
Parece uma história de chapeuzinho vermelho, mas não é. Aqui a moça vai parar em um reino muito estranho. Lá, quando o cacatucano ri, algo extraordinário acontece.
9. "O mal também se levanta", escrito por MARIA DAHVANA HEADLEY (primeira publicação)
Apesar do título espirituoso, é uma história muito curta. Em uma vila há uma fera, há uma virgem e há um caçador. Só que as coisas não terminam como seria de supor.
10. "O voo do cavalo" (1969)
Adorei esta história de LARRY NIVVEN, na qual um viajante do tempo precisa ir ao Passado encontrar um animal extinto: um cavalo. Contudo, o que ele leva para o Futuro não é bem um cavalo.
11. "Prismática, homenagem a James Thurber", de SAMUEL DELANY (1977)
Amos aceita o desafio do "homem cinza" e vai com sua tripulação em busca de três pedaços de espelho, que juntos revelarão ao homem "o momento mais feliz de sua vida". Considerei o desenvolvimento monótono. Os personagens, porém, muito criativos, como o príncipe do arco-íris distante e o "mais próximo e querido amigo" do homem cinza.
12. "A manticora, a sereia e eu" (primeira publicação)
MEGAN KURASHUGE, apresenta um conto que se passa no Museu de História Natural. O taxidermista gostava de criar seus próprios "animais", o problema é quando um menino resolve vestir uma das peles.
13. "O lobisomem cabal" (1942)
Gostei mais deste conto de ANTHONY BOUCHER do que do outro de lobisomem. Neste o professor Lobo acredita que ter se descoberto um lobisomem é a solução para seus problemas e que trará a mulher amada.
14. "O sorriso no rosto" (2004)
NALO HOPKINSON, traz um conto folclórico onde Gilla tem uma estreita ligação com uma árvore. Apesar não aceitar o fato, ela é uma hamadríade.
15. "Ou todos os mares com ostras" (1958)
Este título de AVRAM DAVIDSON não entrega nada sobre seu conto. Nele as bicicletas são as "criaturas" estranhas. Após ler, sai procurando todos os alfinetes e contando todos os cabides.
16 ."Venha dona morte" (1963)
O melhor fica para o final, não é? E muito bem escrito por PETER BEAGLE. Uma senhora da alta sociedade inglesa, cansada da monotonia de seus bailes, resolve convidar a própria morte para a festa.
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