A Redenção do Anjo Caído

A Redenção do Anjo Caído Fabio Baptista




Resenhas - A Redenção do Anjo Caído


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NaCarol 06/03/2023

Seria incrível se fosse melhor distribuído
Livro muito interessante, cheio de discussões fascinantes sobre livre arbítrio, destino, corrupção, entre outros mil temas. Trama muito bem carregada por um protagonista super intrigante, carismático, frágil, cruel e às vezes generoso, tudo de uma vez só.
Única coisa que impede o livro de ser cinco estrelas é um problema na distribuição do conteúdo. Pelo menos a primeira metade é bem lenta e constrói seus personagens com calma, enquanto a segunda se apressa e coloca mil acontecimentos em poucas páginas. É raro ver um livro que se beneficiaria de mais páginas, mas é o caso deste aqui.
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Paulo 03/08/2021

A história começa bem, mas depois deixa a desejar
A história começa muito bem, nos deixa curiosos e com vontade de continuar lendo. No entanto, ao meu ver, no final, a história perde o rumo e vai ficando mais previsível e desinteressante. Vale a pena a leitura, mas poderia ter um final melhor. E os demônios que não são destruídos por bombas atômicas, mas caem com uma pedrada, não faz muito sentido.
Fabio Baptista 07/08/2021minha estante
Oi, Paulo! Obrigado pela avaliação. Pena que tenha achado o final previsível e desinteressante (#xatiado), mas fico feliz que tenha considerado uma boa leitura no geral.

Sobre a pedrada x bomba atômica, a "explicação" é que as bombas foram lançadas pelos humanos e a pedrada foi dada por um demônio (se é uma parte que estou me lembrando, mais próxima do final). Aos ataques humanos eles eram imunes, mas entre eles não havia redução de dano (usando um termo do RPG kkkkk).

Abração!


Paulo 06/10/2021minha estante
Olha, por essa eu realmente não esperava: o autor do livro comentar na minha resenha?! Nossa! Bom, espero que não tenha parecido que eu quis desdenhar do livro. Eu gosto de dar a minha opinião sincera sobre os livros que eu leio. No geral, eu achei o livro muito bom. Valeu a pena lê-lo. Alguns momentos realmente me tocaram. O diálogo inicial entre Deus e Lúcifer ficou ótimo! Mas, como eu falei, não gostei muito das páginas finais, talvez porque eu esperasse um final diferente. E a parte da "pedra e da bomba atômica", sim, é a parte perto do final mesmo.




hermes.willyan 17/06/2020

E se..
E se o diabo resolvesse desistir de ser o rei do inferno, e fosse buscar sua redenção junto ao seu criador? Não, não é da série de TV Lúcifer. Rs A história conseguiu me prender no enredo que me surpreendeu. Toda a busca do diabo por redenção chega a ter momentos cómicos, e tristes. Você fica com certa pena dele em alguns momentos. O final foi surpreendente. Recomendo!
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Fabio Baptista 14/05/2020minha estante
Olá, Fernando. Agradeço pelo comentário e fico feliz que no geral tenha gostado.
Sobre Silvana, essa foi uma dúvida que eu quis deixar no ar... mas ela não foi vista no inferno depois daquele evento.
Bilderberg era tipo um dos donos do mundo (o mais poderoso dos donos do mundo). Alguém com muito dinheiro, muito poder, mas só um humano de carne e osso. Ele recebeu uma inspiração divina (literalmente) para dar ignição aos eventos do apocalipse.
Ivan era só uma ponte para a ascensão de "Lucien Arcanjo" ao poder, uma marionete do Bilderberg. Pode ser que tenha morrido na epidemia, ou só caído em ruína e depressão e se arrastado numa vida miserável até o começo da guerra, quando tudo piorou ainda mais (é, eu não gostava muito dele kkkkk).

Abraço!




Davenir - Diário de Anarres 17/09/2019

Fantasia brasileira sem medo de abordar da mitologia cristã
"A Redenção do Anjo Caído" do Fábio Baptista foi lançado em e-book na Amazon em 2017 e em papel em no mesmo ano pela editora Cáligo. Li a versão em papel pois ainda sou o chato do livro de papel (e do blog escrito também) ainda mais com a capa para a edição de papel que é muito bonita, assim como toda a edição. O livro é uma fantasia que não tem medo de abordar a mitologia cristã, que para boa parte dos brasileiros não é mitologia mas sim a verdade absoluta, o que potencializa muitos atritos por manipular a fé de forma artística. Não satisfeito, Fábio também mexe com outro tema que desperta muitas paixões: a política, com muitas referências sutis como passos de elefante. Fábio se mostra destemido ao colocar a mão na merda e tirar ouro em forma de literatura.

Lúcifer, na história, também conhecido como a Estrela da Manhã, após milênios ocupando o trono das trevas concluí que nada pode fazer para vencer a guerra que declarou a Deus, pois este é onipotente, onipresente e onisciente. Baseado na premissa de que sua derrota é inevitável e decretada antes de começar, Lúcifer resolve entregar os pontos, literalmente desistir. Contudo, Deus não pretende entregar a redenção sem que Lúcifer tenha um arrependimento genuíno e condiciona a redenção a tarefa de que Lúcifer passe um tempo no mundo dos homens e faça o bem para os outros. Como seria de se esperar Lúcifer passa por "dificuldades", para ficar na superfície.

Avançar mais na história seria entregar parte da graça do livro, pois existe a mitologia que é de conhecimento relativamente comum e existem os momentos criados pelo autor e é justamente a expectativa de ver onde Fábio inventa e onde é mitologia. Temos vários momentos de ambos e a forma como o autor amarra e dá sentido a tudo a medida que a história muda radicalmente em várias partes.

A leitura é muito fluída, devido a habilidade do autor, e alterna momentos divertidos, principalmente se você rir com os deboches de Lúcifer. Alias, o carisma do personagem e um dos maiores atrativos do livro e é muito difícil não torcer por ele e por outros personagens. Os personagens secundários são muito críveis, desde a senhora que vende cachorro-quente que situa bem nossos pés no chão até os estoicos anjos e os cruéis demônios. No mais, a obra é um entretenimento de primeira qualidade, principalmente por não ser um entretenimento vazio, mas bem construído, amarrado e concluído com um final muito bom! Recomendado com urgência pois precisamos ler mais obras boas escritas no Brasil em Fantasia e Ficção Científica!

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2019/08/resenha-101-redencao-do-anjo-caido.html
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AndyinhA 20/01/2018

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Quando o autor Fabio Baptista falou de seu livro e disse que chegou até o blog devido a resenha de ‘A Batalha do Apocalipse’ (uma resenha de 2010), fiquei curiosa com o assunto de seu livro, mas ao mesmo tempo imaginei que ele seria tão denso e até confuso como foi o livro do Spohr.

Mas, o livro trata de algo diferente, de uma redenção de Lúcifer, que após eras governando o Inferno compreende que qualquer plano que tenha ou possa vir a ter contra Deus jamais dará certo, pois se ele é onipresente, criou o mundo, como ele não saberia o que estar por vir? E com esse pensamento, Lúcifer percebe que jamais conseguirá qualquer coisa, sendo assim ele tenta uma redenção junto ao criador.

O resumo geral da história é esse, mas após aceitar o trato de Deus e vir para Terra e viver como os humanos – sem usar seus poderes e de quebra fazer uma boa ação para humanidade, a história perdeu um pouco do brilho que poderia ter.

No prólogo, temos a cena da batalha e queda do Anjo, seus generais, a fúria e todas as situações que já conhecemos, apresentadas em séries, na Bíblia ou em livros envolvendo o tema e após sua queda, temos alguns momentos passados no Inferno com seus soldados.

Para saber mais, acesse:

site: http://www.monpetitpoison.com/2016/11/RedencaoAnjoPoison.html
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Nivaldo.Costa 27/12/2017

Excelente
Sabe aquele livro que causa uma sensação ambígua? Você fica louco para saber o fim mas, ao mesmo tempo fica triste porque vai acaba? Maravilhoso.
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Michel Chagas Aragão 29/10/2017

Resenha - A Redenção do Anjo Caído, Fabio Baptista
"As pessoas não mudam. Por mais que os outros tentem acreditar nisso e trabalhem e se empenhem com esse propósito, infelizmente foi a conclusão que cheguei, depois de muito observar o mundo dos homens... As pessoas não mudam."
Pessoal acabei de ler o livro A redenção do Anjo Caído do escritor Fabio Baptista. Conheci o livro do Fabio pela resenha da booktuber Tatiane e me interessei desde já pelo enredo. A sinopse já é bem atrativa.
O Maior Inimigo de Deus, a Estrela da Manhã, O Portador da Luz, Lúcifer está cansado de ser o filho rejeitado, aquele que sempre tem mania de armar planos de destruição, mas que no final acaba sendo vencido pelo seu Pai. Ele está disposto a fazer o que for para conseguir a Redenção. O fato de trocar todo enredo para que o maior vilão do mundo seja o protagonista da história já mostra a habilidade do escritor Fabio de descaracterizar um monstro e até humanizá-lo de certa forma. É uma aposta arriscada. Lúcifer é canastrão, um malandro, carismático, brincalhão em certos momentos chega a sentir afeição principalmente por uma menina de rua e ao mesmo tempo ele consegue ser sanguinário, vingativo, ameaçador e brutal. É como se vários personagens estivessem dentro de um só. Mérito da construção e de todo arco que Fabio consegue criar.
Em redenção do Anjo Caído Fabio traz um arsenal de diálogos robustos com um vocabulário que deixaria qualquer escritor orgulhoso.
Os capítulos são curtos deixando a leitura dinâmica terminando com um "gancho" ou uma frase que nos deixa empolgado para ver o final dessa história.
Duas cenas ficaram marcadas em minha lembrança mostrando a capacidade do escritor de transmitir sentimentos diferentes em um curto espaço de tempo. Lúcifer fingindo de débil mental para conseguir esmola foi a cena mais engraçada que fez rir. Tirar uma risada do leitor é algo completamente dificil que exige muita experiência de vida e de escrita. Aliás o toque de humor do escritor mostra que ele tem uma veia humorística e que até podia fazer um livro de comédia ou quem sabe Stand-Up.
Outra cena que ficou marcada foi quando Lúcifer pega um violão e toca uma música. Aquela cena mostra que existia um fio de esperança e compaixão no monstro Lúcifer. A simplicidade e execução da cena é perfeitamente inspiradora. Fabio faz sorrir e depois emociona. O cara é fera.
De tantas apostas ousadas Fabio dá um introdução porradeira de fantasia, abre mão do fantástico e investe na construção dos personagens na Terra. Ele se arrisca e abre mão da fantasia para construir seus personagens com um humano vivendo uma vida de mendingo.
Eu sou cristão, acredito em Deus e nem por isso sou hipócrita de dizer que esse livro é ruim. Pelo contrário. A ficção meus caros é o local mais perfeito e belo que existe. O mundo real é onde ocorre os verdadeiros crimes. Fabio seu livro é espetacular.
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Alessandra 20/08/2017

Maravilhoso!
Às vezes não temos empatia e julgamos muito sem nos colocarmos no lugar do próximo. Mas imagine se o próximo é o Diabo? Já pensou nisso? Nessa obra eu vi um diabo tão convincente, divertido, cheio de fraquezas, desejos e dores tão humanas que fiquei pensando se o próprio autor é real. Eu amei essa história do início ao fim. Se liga no movimento, ti@: esse livro vale cada temer investido.
Fabio Baptista 22/08/2017minha estante
Sou real, sim! hauahau

E fiquei muito feliz com a sua resenha :D

Abração!




Marco Aurélio 01/06/2017

Uma excelente leitura!
Ler Fabio Baptista sempre se traduz em uma boa experiência. Cada conto escrito por ele é diferente de alguma forma, de tal maneira que não há aquele sentimento de que "todas as obras deste autor são iguais", como acontece com alguns autores.

A Redenção do Anjo Caído é um livro cheio de nuances, críticas sociais e metáforas inteligentes, ladeadas por batalhas épicas, mitologia e personagens carismáticos. É um livro que vai te fazer pensar de forma filosófica, sentir medo, chorar e gargalhar. A trama é muito boa, e brilha com a técnica única do Fábio, que se destaca pelo humor afiado, sempre bem colocado, e pela honestidade em cada palavra, tornando todo o texto mais puro, como se ouvíssemos o próprio autor contando a história para nós, bem aqui do nosso lado.

A carga emocional do livro é pesadíssima. Fábio não economiza palavras para descrever o que cada personagem sente e pensa, e acho que isso é o que mais se destaca na leitura. Afinal, não é toda hora que temos a oportunidade de entrar nos pensamentos do próprio diabo.

Eu recomendo a leitura para qualquer um, desde que tenha a mente aberta e não seja dogmático com o que diz respeito a bíblia e suas crenças. Fábio faz o leitor pensar, refletir sobre uma série de questionamentos e, como um bom autor, deixa que nós mesmos busquemos as respostas.

site: http://www.marcosaraiva.com.br/single-post/2017/06/01/Review-A-Reden%C3%A7%C3%A3o-do-Anjo-Ca%C3%ADdo-por-Fabio-Baptista
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Karina 18/01/2017

A REDENÇÃO DO ANJO CAÍDO - Fabio Baptista
Fabio Baptista é um dos mais novos parceiros do Casa de Livro.
Autor talentoso que nos apresentou palavras que formaram sentimentos muitíssimo especiais.
De forma simples e única, Fabio pegou uma história já conhecida pela humanidade e transformou em uma obra repleta de emoção, bom humor e ensinamentos.
"A Redenção do Anjo Caído" nos leva para um cenário inóspito. O céu e o inferno. Mas tudo ganha vida quando, também, a Terra entra em cena.
Lúcifer foi o primeiro anjo a ser criado por Deus. Emanava uma luz, e sua beleza era estonteante, foi chamado "Estrela da Manhã. O pai amava-o de forma absurda.
Aquele inteligente anjo era a alegria de seus dias.
Mas Deus não poderia parar com suas criações. Mesmo sabendo todas as desgraças que enfrentaria, criou Anjos Querubins, Serafins, Arcanjos, uma infinidade de seres celestiais.
Deus tinha um propósito.
A vaidade de Lúcifer falou mais alto. O ciúme que passou a sentir ao dividir o amor do pai, lhe esmagou a sanidade.
Rebelou-se contra o criador.
Contra seu pai.
Formou um exército e acreditou que poderia vencer Deus.
Lúcifer e aqueles que o seguiam, foram banidos para as trevas.
Demônios pestilentos que só queriam morte.
Se alimentavam da podridão, das torturas e da ruína humana.
Mas Lúcifer estava entediado com aquela vida. Sentia em seu coração que queria e podia mudar.
Teve a certeza que jamais destruiria o criador.
Era uma luta perdida, totalmente sem fundamento.
Porém Deus não queria uma redenção tão fácil.
Lúcifer iria sentir e presenciar de perto, tudo o que seu mal causou ao mundo.
Passaria um período na Terra e deveria fazer escolhas diferentes.
Deveria ajudar, fazer algo bom para a humanidade.
Lúcifer veio a Terra como um morador de rua.
Ninguém o ajudava nem o respeitava. Era tratado como lixo.
Foi na rua que conheceu Gisele. Uma criança de aproximadamente dez anos, que após perder tudo passou a viver na rua. Sentiu e viver coisas que nenhuma criança deveria sentir e nem vivenciar.
A amizade entre os dois foi instantânea.
Giza, como era conhecida, foi a única a ajudar o Diabo, que se apresentou a ela como Lucien.
O anjo caído sentiu novamente o amor em sua vida.
Queria proteger aquela criança como uma filha.
Arrumaria um emprego e daria uma vida digna à ela.
Mas o mundo era impregnado de maldade.
Ninguém daria emprego a um maltrapilho como ele.
Não conseguia ajudar uma garota, como ajudaria o mundo?
Mas Lucien foi conduzido pelas suas escolhas.
Novamente a vaidade e a ganância falaram mais alto.
Ele falhou com Gisele.
E estava prestes a novamente falhar com o pai.
Tudo dependeria de suas escolhas.
Do caminho que escolherá percorrer.
Uma guerra lhe espera.
Lúcifer deverá escolher um dos lados.
Lutará pela luz ou pelas trevas?
Uma forma magnífica de nos mostrar uma história importante, cheia de bom humor e sentimentos.
Casa de Livro Recomenda.

QUEM SALVA UMA VIDA,
SALVA O MUNDO INTEIRO!

Titulo: A Redenção do Anjo Caído
Autor: Fabio Baptista
Ano: 2016
Páginas: 311
Editora: FSB Books

Boa Leitura
Casa de Livro.
Karina Belo

— O senhor sabe dizer como o fogo começou?
O Primeiro entre os Anjos olhou para o prédio em chamas, para o rapaz chamado André que suava em bicas e tremia para segurar a câmera naquele inferno, fitou os carros dos bombeiros, da polícia, os pontos luminosos das outras câmeras e a multidão de curiosos que já se espremia para acompanhar de perto o desastre. Olhou para o chão e para o céu de estrelas
encobertas pela nuvem escura do incêndio. Depois olhou para a repórter, de um jeito que a fez recuar. E falou:
— O fogo começou quando Eva mordeu a fruta do conhecimento. Começou quando Caim esmagou a cabeça de Abel com uma pedra, quando ninguém acreditou em Noé, quando Moisés atravessou o mar fugindo da escravidão e quando Davi mandou contar suas posses por pura vaidade. Começou quando vocês pediram para soltar Barrabás... – nesse momento, a decepção transpareceu no semblante da repórter, pois ela achou que estava entrevistando apenas mais um desses malucos que decoram a bíblia. Mas então Lúcifer continuou: – O fogo começou, minha cara mocinha-bonita-que-quer-fazer-sucesso-na-televisão-e-agora-começa-a-ficar-entediada-por-não-escutar-o-que-queria-ouvir, quando vocês se tornaram idiotas demais para não perceber a realidade ao redor, quando se tornaram preguiçosos demais para lutar contra os que estão no poder e roubam e matam e instigam vocês uns contra os outros, todo santo dia. Quando vocês se tornaram gananciosos demais, buscando sempre mais e mais sem se importar com quantas cabeças precisariam pisar para chegar no alto, mocinha bonita da televisão – a repórter engoliu seco e desviou o olhar –, começou quando vocês ficaram mesquinhos demais, covardes demais, como pombos se agarrando às migalhas que as águias deixam cair de propósito, sem notar a legião de pardais famintos que se forma à volta. Quando vocês ficaram com a visão estreita demais de tanto olhar o próprio umbigo e mesmo percebendo que há algo completamente errado com o mundo, insistem em querer apenas tirar o seu, em conseguir um lugar na área vip, no camarote, e ver o resto se danar; assistir, debruçados ao parapeito do navio resgate, aos náufragos morrendo no mar distante. Mas deixa eu te dizer uma coisa, moça bonita da televisão... vocês estão todos no mesmo barco. E o fogo começou quando vocês se esqueceram disso.

site: www.casadelivro.com.br
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Alysson.Fernandes 23/11/2016

Um livro divertido
"A redenção do anjo caído" nos traz a trajetória de Lúcifer em busca de uma reconciliação com o Pai. Durante a leitura nos sentimos familiarizados com a linguagem, os assuntos do cotidiano, as gírias do subúrbio e um ambiente que só um escritor brasileiro pode proporcionar.A narrativa é envolvente e a vontade de retornar ao livro após uma pausa é quase sempre presente.

Uma história para ler em poucos dias e se divertir. Porém senti (em alguns momentos) um pouco de incômodo com a construção da Personagem Lúcifer. Pareceu-me um tanto quanto jovial e imaturo demais para alguém que viveu milênios e provocou tantas maldades e sofrimentos. Ficaria mais conformado com um retrato mais "sábio". O Diabo, por ter visto tanto da humanidade, poderia ter sido descrito de forma mais intelectual e não apenas sarcástica e irônica. A inteligência de Lúcifer em muitos momentos não passava de uma predisposição à desconfiança.

Em todo caso, não deixo de recomendaro trabalho do autor.
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Bia 13/11/2016

Preciso contar, antes de qualquer coisa que, desde a pré-adolescência gosto de ler e assistir ficções que abordam o tema “anjo caído”.

Sou católica, do tipo que questiona e que frequenta a Igreja todos os domingos, mas tenho a mente bem aberta para ler versões de temas bíblicos. Se você é religioso e segue a finco os desígnios de sua Igreja, não sei se sentirá confortável em ler o livro. Ressalto que não achei nada desrespeitoso. Fiquei bem com a leitura.

“A Redenção do Anjo Caído” como o nome sugere, nos traz Lúcifer como protagonista. O enredo começa do começo mesmo, antes da criação da humanidade; quando Lúcifer era apenas um bom anjo. Aliás, o único bom anjo, o primeiro criado por Deus.

Lúcifer tinha a total confiança de Deus, mas ficou um pouco enciumado quando Ele contou que criaria outros anjos. Mesmo tendo a missão de liderá-los, Lúcifer queria mais.

O anjo queria tomar o lugar do próprio Deus. As coisas ficaram piores com a criação da raça humana, Lúcifer achou tudo muito injusto; em sua concepção, Deus estava substituindo-o de Sua preferência.

Com seu próprio exército, Lúcifer decide guerrilhar a fim de ocupar o lugar de Deus. Claro que tudo isso não deu certo, dessa forma fora expulso do Paraíso, e jogado para um abismo.

Lá, ele passou a reinar as trevas.
Anos se passaram, até que certo dia, Lúcifer percebe que desde sempre Deus sabia dos seus planos. Ele chegou à conclusão, que desde o momento em que foi criado, Deus já tinha ciência de tudo, sabia exatamente que o anjo seria ganancioso e tentaria ocupar seu lugar.

Ele me criou assim, com um coração repleto de ambição e me colocou ao lado do que eu mais poderia desejar: o poder!
Talvez movido pelo arrependimento, ou pelo tédio (vocês chegarão às próprias conclusões lendo o livro) Lúcifer deixa o reino das trevas e vai até o Paraíso pedir redenção.

E Deus, sempre onisciente, o envia para a Terra. Se Lúcifer conseguisse fazer algo bom pela humanidade, seu pedido de redenção seria ponderado.
Assim sendo, o demônio vem à Terra sob a forma de um mendigo. Será que a necessidade o faria mudar? Ou será que a nossa humanidade, tão monstruosa na maioria das vezes, despertaria ainda o pior no anjo caído?

Esse livro me partiu em duas, pois tem um lado que me agradou e outro lado que me decepcionou.

Vendo pelo lado da decepção, comecei a leitura com poucas expectativas, pois as resenhas que li sobre o livro me mostraram um quê de frustração. Eu não fiquei frustrada com o rumo das coisas, como senti que a maioria dos leitores ficou. Sabia exatamente o que estava reservado para o personagem. A minha decepção foi com a desenvoltura dos fatos.

Pois bem, como disse logo no início da resenha, sou quase mestre em versões para Lúcifer. Já o vi em forma de vampiro, de criança, de velho, de homem lindo e apaixonado, de sofredor. As bases de todas essas versões que li e assisti eram as mesmas abordadas pelo autor, porém, sempre traziam alguma originalidade ou, mesmo que não fossem originais, tinham alguma “causa” que me deixava presa ao enredo.

"A Redenção do Anjo Caído" não traz essa originalidade que tanto aprecio. Conseguia facilmente prever o que iria acontecer, tendo como resultado uma leitura monótona na maioria do tempo. E não fiquei presa aos personagens tão pouco torcendo pela redenção de Lúcifer.

Apesar de não ter iniciado com expectativas, lá no fundo eu ansiava por algum elemento surpresa.

O que deixa a leitura agradável é o modo que o autor escreve. Vejam bem, eu posso contar uma estória a vocês e soar completamente chata, fazendo com que todos fiquem desinteressados. A Marissa poderá contar a mesma coisa e fazer com que todos fiquem vidrados.

E foi isso que aconteceu com o livro. A história é praticamente a mesma que já vi várias vezes, mas a narrativa foi tão gostosa a ponto de me proporcionar prazer durante a leitura. Mesmo com elementos já conhecidos por mim, o modo que o autor contou sua versão, me agradou. Ele utilizou de uma linguagem acessível a um amplo público de leitores; os diálogos recheados de gírias, acompanhando a realidade atual, deixaram ainda um quê de verdade no enredo. Sem contar que ele foi completamente audacioso fazendo com que o próprio leitor se identificasse com o problema de Lúcifer: como conseguir ser bom nesse mundo monstro em que vivemos?
Essa parte reflexiva sim foi muito original e palpável, agradando-me completamente. O autor trouxe, em meio a todo caos do enredo, uma abordagem universal sobre perdão e arrependimento, cabível para qualquer pessoa, independente da religião.
Arrependimento é diferente de deixar de fazer algo por perceber que não vai dar certo.
Por isso, eu dei 4 estrelas ao livro. Acredito que para o grupo de leitores que não estão tão habituados ao tema, será uma leitura perfeita digna de 5 estrelas.


site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2016/11/resenha-redencao-do-anjo-caido-de-fabio.html
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Taíla 08/11/2016

Mais sobre um universo excelente
Então, o Fábio Baptista lançou um livro que me chamou muito a atenção pela temática: anjos x demônios, céu x inferno e personagens cheios dos conflitos internos tipo euzinha aqui que estão quase dizendo: "Deus cancela o meu livre-arbítrio que eu só tô fazendo cagada" ou "Eu não sei o que eu tô fazendo da minha vida" ou, ainda, o famos: "Jesus toma conta". Enfim, num primeiro momento achei que o livro teria um pouco a ver com os meus queridos A Batalha do Apocalipse e Filhos do Éden do Eduardo Spohr e logo eu fiquei pensando na coragem do Fábio de encarar essa temática, porque né, tem muito fã por aí. E justamente por isso, eu fico imaginando o quão difícil é se desvincular de um pré-conceito que os leitores possam ter ao conhecer obras que tem o mesmo universo. Mas e não é que o autor conseguiu? Após contextualizar a gente de tudo o que estava para acontecer, veio a reviravolta que segue um caminho bem interessante e que nos leva a boas reflexões, muitas das coisas que ficamos nos perguntando quando bate aquela bad, sabe?

A descrição dos personagens é diferente do que eu já tinha lido do Spohr. Então, apaga tudo o que tu já leu sobre Deus e os demônios que a leitura vai ficar bem mais interessante. E não só de pensamentos e reflexões vive o homem, tem também ação em cenas dignas de efeitos especiais. Prepara a imaginação aí que vai valer a pena. É feio dizer que em alguns momentos eu super me apeguei no Lúcifer? O.0 Mas não foi todo tempo assim, viu. A nossa relação oscilou bastante. :p

Para mim o livro passou a ideia de não ter uma continuação, mas ia achar bem massa se rolasse mas uma reviravolta ali, hein. Quem sabe? ;)

site: http://www.prateleirasemfim.com.br/posts/livros/a-redencao-do-anjo-caido-resenha
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