Aninha 10/10/2016Um passeio entre as palavras quase real...Ode de Sangue é uma novela/conto que nos proporciona uma visão sobre o mundo religioso que a maioria das pessoas ignora, na verdade, quado falamos de homens que servem a igreja como Padres, Bispos, Pastores, Freiras, seja de qual religião for, o povo tem uma "mania" de engrandecer aqueles que em verdade são apenas homens, assim como todos nós. Quando falo homem, refiro-me a humanos em geral, essas criaturas que podem ser boas e também tão cruéis como a Nana nos apresenta na história.
Um conto que aborda religião mas que não é nada religioso. Uma história que lhe transporta ao século passado até os dias mais atuais, Uma história que mexe com seus sentimentos, tanto os bons quanto os ruins. Que eleva seu nível de raiva, que te faz sentir nojo e ao mesmo tempo orgulho. Sim, orgulho da forma com que a protagonista, Madalena, encara a vida a partir do momento mais crucial da vida dela. Orgulho até mesmo do monstro que ela tornou-se.
Ode de Sangue é uma fantasia urbana, uma história fictícia que tem um que de real que vai deixar muitos leitores reflexivos e até mesmo terão certa dificuldade de digerir algumas informações.
Um livro que lhe tira da zona de conforto. Vampiros sob uma perspectiva bem diferente do que estamos acostumados a ler por aí. Segredos, crueldade, dor, medo, muito sofrimento, superação e perigo são alguns dos ingredientes utilizados pela autora e que deram muito certo proporcionando ao leitor uma viagem quase real e que talvez ainda aconteça nos dias de hoje, aliás, acontece, porém de forma diferente e talvez ainda mais cruel. Temos visto muitas denuncias atualmente por aí e que podem comprovar essa minha opinião.
Um relato cheio de emoção e dor, segredos que ainda não foram revelados. Madalena e sua turma me conquistou de primeira, estou ansiosa pela continuação e para conhecer um pouco mais de Giovanni, o criador de Madalena. Ah, temos um caçador que possuí uma fé real, será ele um monstro ou é bondoso? As vezes matar monstros pode ser uma forma de esconder seu lado obscuro, afinal, de monstros, ninguém deveria sentir falta... Contamos coma presença de personagens que nos deixam curiosos, o Giovanni e o Padre caçador, aguardo ansiosa por um livro só deles, será? Só a autora poderá nos contar.
Com uma escrita deliciosa, fluída e inteligente a autora nos conduz por entre as palavras com sabedoria. Uma ambientação perfeita, informações sobre a época na qual parte da história se passa são concedidas ao leitor na medida certa, nem mais nem menos, apenas o essencial de acordo com a personalidade da nossa contadora de histórias, a Mada. A revisão está boa, a capa é PERFEITA e condiz com o enredo do início ao fim.
Bom, se indico? Sem sombras de dúvidas, indico para todos aqueles que não esperam nos vampiros criaturas perfeitas e sedutoras, mas que tentem enxergar a maldição que pode ser o fato de ser um monstro: humano ou vampiro...
[QUOTES]
“— Pare com essa farsa, irmã Madalena… Em todos os lugares do mundo, eu jamais imaginei que encontraria uma vampira vivendo em um monastério.”
"De forma alguma eu menti sobre buscar o perdão e a salvação, mas tenho uma criança brincalhona dentro de mim. Um monstro aproveitador e egoísta que quer manter a imortalidade. Eu me dou muito bem com ela."
"Não há prazer em ser vampiro, somos amaldiçoados. Sem sol, sem prazer, dependendo dos humanos, o nosso único amor é o sangue. Viver da morte não é simples."
"Ela é humana demais para uma vampira. Boa demais até mesmo para uma humana.
Até mais ver!
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