Sexo, amor e outros estragos

Sexo, amor e outros estragos Karina Heid




Resenhas - Sexo, amor e outros estragos


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@esttrelante 04/01/2022

Houve muitos estragos, mas também esperança no amor...
O quanto podemos magoar alguém por questões inteiramente nossas?
O quanto o comportamento alheio é responsável pelas nossas atitudes geralmente impensadas?
Desmembrar a dor e seguir em frente parece impossível de tão difícil, mas é tão impossível quanto perdoar?
O que dói mais, o que é mais complicado: Perdoar uma ofensa ou perder alguém importante para seu coração?

Senti muita dificuldade em escrever sobre esse livro, não sei bem o motivo...
Assim como em "A última peça", esta obra me jogou em um vendaval de emoções. Questões pessoais foram remexidas, gerando uma agridoce identificação. Os livros da Karina costumam despertar os mais diversos efeitos em mim, no entanto, quando se trata de um assunto delicado, ela sabe nos guiar para fora da zona de conforto sem necessariamente nos deixar desconfortáveis. Ela segura nossa mão e nos mostra o quão o 'diferente' é apenas diferente, e não ruim. Causa rebuliço e certa agonia, por outro lado causam reflexão e epifania. É conhecimento sobre uma história de vida, sem realmente precisar dar a cara a tapa. Eu me senti em uma montanha russa. Ora soberba, ora machucada. Ora vibrante, ora fula da vida. Gosto demais dessa habilidade dela.

Quando comecei a ler, achei que se tratava de sapequice e recomeço, mas vai muito além disso. Temos 'segunda chance'. Temos pessoas que sabem amar além do amor e perdoar o que muitos julgam imperdoável. Temos intrigas, salvação, sacrifícios, medos, dor, paixão e muito drama. Isto é, praticamente a vida real.

O foco do livro gira em torno da traição de Ian. Bel flagra seu marido fazendo semvergonhices com a última pessoa que ela esperava uma facada. Um choque. Meu coração ficou pequenininho. Foi uma grande canalhice, sem dúvidas.

Há pessoas que classificam a infidelidade como falta de caráter. Na minha balança há dois tipos de infiéis: aqueles que traem por esporte e aqueles que traem por solidão e abandono conjugal. O primeiro grupo nunca mudará, você pode perdoar mil vezes, e mil e uma vezes essas pessoas irão lhe trair. Já no segundo, há erros humanos, uma busca por esquecer que algo lhe falta por dentro. Não deixa de ser dolorosamente canalha, ainda assim perdoável.
Contudo, cada um com seu cada um.

Após esse flagrante, Bel abandona Ian, a casa, o doguinho e se trancafia em si mesma.
Ela está errada? Não.
Vou passar a mão na cabeça dela? Não.
O motivo está por trás do antes da traição.

Ian e Bel se conheceram em um inusitado jantar, embora parecesse um imbecil, ele se revelou um homem doce, apaixonado e sensível. O casal se encaixou bem, notando que além de química eles tinham a conexão perfeita para uma linda história de amor.
Eu me encantei com o conto de fadas, acreditando que Ian era o único culpado de tudo ter desmantelado e quando cada grama do passado foi revelada, acabei culpando os dois.

Primeiro, não faltou apenas fidelidade nesse casamento, faltou companheirismo e diálogo. Fiquei chocada e indignada que uma psicóloga sensata e bem estruturada chegou ao ponto máximo da indiferença e apatia. Segundo, aplaudi de pé a atitude salvadora de Bel tanto quanto vaiei seu sacrifício. A vida é assim, às vezes, existe espaço para diálogos e, às vezes, para ações. Nós agimos tendo fé de que vai dar tudo certo e olhando para trás podemos ver que certas atitudes impensadas podem causar consequências absurdamente e inesperadamente altruístas e boas. Foi altruísta, muito altruísta, mas a deteriorou e levou seu casamento junto. Ainda que eu entenda mais do que perfeitamente os sentimentos depressivos que a consumiam, sua atitude foi dolorosa e desnecessária. Isso foi o princípio do fim. Fora a deslealdade do silêncio, porque sim, casamento é feito por dois, é feito de cumplicidade.

Pois bem, demora muito até que eles conversem e ponham em pratos limpos tudo o que houve, e isso me agoniou demais, mas entendo que a distância faz parte e quando a mágoa fala mais alto é necessário isso, se recolher para se refazer e depois conversar. Enfim, ficamos em expectativa, afinal pedir perdão não apaga o erro, mas remenda muita coisa, remenda um coração partido, abranda a raiva, desafoga a alma. Queríamos ver isso, queríamos provas de que o amor ainda poderia unir esse casal.

Porém, até que isso aconteça, temos que acompanhar esse projeto curioso de sapequice cardiológica. O que foi um jogo perigoso de manipulação misturado a um grande plano infalível. A razão (além da financeira) que motivou ambos a entrar nesse projeto não me agradou, achei imaturo, mas funcionou para que a trama andasse. Então, começamos a acompanhar o dilema pesado das mentes culpadas, lamentos pelo que não aconteceu e pelo que aconteceu. Dores de corações machucados. Explosões de feridas que ainda sangram, e sabemos que quando estamos feridos, queremos ferir. Escondemos os sentimentos puros para mostrar o amargor, focando apenas na retaliação, conseguindo assim alguma paz de espírito. Contudo, a vingança é satisfatória na mesma proporção que seu gosto amargo.

Acho curioso como o amor e a raiva geralmente causam os mesmo efeitos, eles embaçam o raciocínio e embaraça as emoções. Também acho controverso que o amor traz um sentimento de posse tão grande que você sente vontade de aprisionar, quando na verdade você adora ver solto e vivo.

Acompanhar a noite de Ian usando o relógio foi inquietante, causou desconforto pela agonia que comia nas entranhas dele. No caso de Bel, acompanhar detalhadamente as aventuras românticas dela com outros homens não foi o ponto alto do livro para mim (gosto pessoal), no entanto pude enxergar como isso foi necessário para que ela se descobrisse novamente. Experiências. A vida é o acúmulo de experiências. E ver Bel forte e cheia de vivacidade foi lindo.

Devo confessar que a explosão tardia de Bel me deixou tão em choque quanto todos os espectadores. Chamei de louca, mas separei um paninho para ela, porque só Deus (a autora e nós, leitoras) sabia o quanto ela precisava expurgar. O pós surto é mais complicado. Colocamos culpas nos outros quando a raiva irrompe, mas quando a razão vem, a culpa cai em nós mesmo e em nossas ações descabidas.

Os momentos dos protagonistas juntos eram puro fel, mas quando finalmente cedem à paixão, minha nossa... Sapequice de qualidade e uma troca de olhares envolvente. Eles conseguem enxergar o melhor dentro do outro. Finalmente, entender a falha alheia e conferir na balança da vida o que mais importa: o amor, a cumplicidade e a felicidade.

Entre os personagens secundários adorei Solange (mãe de Ian), ela foi mais que sogra, foi amiga ( e mãe também) para Bel, dando apoio, ajudando com seus planos mirabolantes e deu um leve alívio cômico, extremamente necessário, cai entre nós. Romeu me chamou atenção também, mesmo aparecendo pouco, ele conseguiu fazer a mocinha enxergar uma perspectiva da vida que ela não conseguia (ou não se permitiu, sei lá) antes.

Gostei da obra como um todo e o milagre que aconteceu com Bel foi a coisa mais linda e pura que poderia acontecer a uma mulher. O final não foi surpreendente, mas muito satisfatório.
Recomendo, mas venha de cabeça e peito aberto...
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Alves 04/08/2021

Odeio o casal o principal.
Aqui tem um marido que trai com a melhor amiga.
A mulher vai embora.
Ela volta para casa onde ex tá transando com a ex-amiga.
Resumindo: Esse livro tem tudo que odeio; Um traidor e uma trouxa.
Ele fez isso de propósito para ela notar ele. MDS. hahahahahahahaha
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ThaisaScarpa 20/04/2021

Ainda não sei o que achar.
Gostei dos livros anteriores da autora, porém esse me deixou confusa. Achei o desenrolar da história e das decisões dos personagens bem absurdas, até nas horas de tensão eu só conseguia rir por nada fazer sentido. Certas descobertas trazem o choque esperado, mas infelizmente não fiquei com aquela sensação de:
- Ahhh foi por isso que eles fizeram tanta besteira.
Não, sinceramente, achei as decisões de todos os personagens muito absurdas.
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Cia da Leitura 20/03/2021

Forte e reflexivo
Há quem julgue um livro pela capa, mas também há quem julgue um livro pelo tema abordado, e confesso que sempre fui passando outros livros na frente desse, em função do tema abordado, traição. E qual não foi minha surpresa em fazer essa leitura e ver que nem a capa, nem a sinopse faz jus a essa história. A profundidade e a dimensão dessa trama tão real, vai muito além do ato.

Isabel é uma terapeuta sexual que sofreu muitas perdas, em uma noite nada convencional, conhece Ian, um médico lindo e sarado que a confunde com uma prostituta. Mas como tudo nesse dia estava fora do normal, a atração é inegável e impossível de esquivar, e o que acontece vai fazer você rever as possibilidades de um Ford Ka!

Seis anos de casamento, a depressão e uma traição, Bel põe fim ao casamento. Incapaz de seguir adiante, são meses de isolamento e sofrimento. Quando finalmente Bel decide seguir em frente e dar rumo à sua vida, Ian aparece com a proposta de dar seguimento a um projeto arquitetado por eles no passado, 365 de sexo monitorado para provar que sexo faz bem ao relacionamento. Ian precisa do dinheiro para salvar a clínica e Bel aceita, e é aí que ela se transforma de sofredora à uma mulher forte e determinada a fazer Ian se arrepender de alguns dos termos desse projeto.
ㅤㅤㅤㅤ
Eu sei que sempre falo isso, mas é isso, SURPREENDIDA eu fui, por mais essa história da Karina. Um tema tão polêmico, constante e que muitas vezes, somos os primeiros a julgar os envolvidos. Karina trás nessa trama uma realidade e sentimentos tão reais, crus e comoventes, que nos faz refletir, até onde o amor e o perdão estão atrelados? Será que o amor verdadeiro é capaz de perdoar?

A trama aborda além da traição, depressão, abuso e violência sexual, temas delicados, que foi abordado de forma clara e com muito cuidado e sensibilidade. Por outro lado, há uma linda história de recomeços, descobertas, perdão e superação. E que mostra o quão importante é nos perdoar, nos permitir recomeçar.

Vale destacar a importância dos personagens secundários, que complementam e enriquecem essa história. Nos proporcionando momentos de muita diversão e reflexão, colocando por terra muitas opiniões pré-concebidas. Destaque dos destaques para a mãe de Ian. Sério, ela é icônica, fora de sério de tão imprevisível.

Mesmo você que não goste do tema, dê uma chance à essa leitura, garanto, que assim como eu, você não vai se decepcionar. O livro está disponível na lojinha da autora, link na bio da @karinaheid e e-book disponível na @amazon, no #kindleunlimited
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Karen 02/03/2021

Polêmico, mas...
Primeira observação: Se você esta em busca de um conto de fadas, esse não é livro para você.

Segunda observação: Gatilhos para estupro e violência doméstica.

Karina Heid usa todo seu talento para nos trazer uma história de amor, a meu ver, REAL. Aqui, há erros e acertos. Atitudes que o leitor baterá palmas e outras que com certeza fará com que ele queira matar a Autora. Enfim, a vida. Onde errar é humano e perdoar é facultativo.

O livro retrata a história de Bel e Ian. O que começou com um encontro desastroso termina em um casamento de conto de fadas. O casamento sólido, entretanto, começa a ruir quando Bel se entrega a uma depressão. Sua apatia leva Ian a traí-la. E o casal do comercial de margarina se separa. Quando ela começa a seguir em frente, um projeto a reúne a Ian. Junto com o "projeto" vem as lembranças, o amor, a mágoa, o ódio e a dúvida: Existira para eles uma segunda chance:?!

📌Quote: “Muitos esperam do outro perfeição ou apenas o mínimo, e porque esperam, transformam o perdoar em verbo inconjugável. Já outros perdoam, não apenas sete vezes, mas sete vezes sete. Há coragem nesse perdão, mas também há risco.”

A história é bem escrita. O enredo bem desenvolvido não deixa pontas soltas. Os personagens, em geral, são carismáticos e conquistam os leitores logo nas primeiras páginas. Entretanto, a história é permeada de pontos bem polêmicos. O que a deixa em muitas partes pesada.

No geral, pelo talento da Autora e pela história "diferente" diria que vale a leitura.
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Taynara.Ohana 28/01/2021

Reviravoltas interessantes
A escritora como sempre nós surpreendendo, foi uma estória, capaz de nos fazer questionar as opiniões sobre o tema traição. "E se fosse comigo? O que eu faria?" Foram umas das perguntas que me fiz, para quem gosta de trechos picantes, este é o livro ideal, porém, são muito mais do que o necessário, na minha opinião, não havia tanta necessidade, quando o drama da história já prendia nossa atenção mais do que o suficiente. Super recomendo!
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Luciana.Barbosa 15/01/2021

Perdão e recomeços
Bel e Ian tinham tudo para ser o casal perfeito, e por um tempo até chegaram a ser, mas como a realidade sempre bate à porta de todos, quando chegou a vez do casal o castelo de sonhos deles ruiu; segredos, falta de diálogo, suposições infundadas, falta de companheirismo e muitos outros estragos, tudo contribuiu para o fim do relacionamento, a traição não foi o único motivo, mas com certeza foi o suspiro final do que já não estava funcionando.
Uma história linda de recomeços, auto conhecimento, superação e perdão, foi muito bom acompanhar esse casal nesta jornada, e os personagens secundários também são maravilhosos, como o Romeu e a Solange , super recomendo ???
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Ceci (@umcantinhosomeu) 27/11/2020

De uma chance, vale a pena
Bel e Ian tinham o que podemos chamar de relacionamento perfeito, depois de um encontro não muito bom, mas que de alguma coisa causou um reboliço em cada um, um casamento se concretizou e após seis anos ele termina da pior maneira possível, tudo por causa de uma traição.
Ian é um médico renomado, que nos últimos meses tem visto sua esposa definhar e se afastar dele, sem que saiba o porquê. Bel é psicóloga sexual, e nos últimos meses tem se tornado uma mulher reclusa, fechada bem diferente de quando se casou com Ian.
Nenhum dos dois sabe como resolver essa situação, até que um dia Bel pega Ian no flagra com sua melhor amiga na cozinha de sua casa.
Até que um ano depois, Ian vem com a sugestão de colocarem um antigo projeto em prática, 365 dias de sexo para demonstrar os benefícios que ele causa tanto fisicamente quanto psicologicamente. A princípio Bel acha tudo um absurdo, pois como ela iria realizar esse projeto, com tantas mágoas em relação a Ian, mas ela acaba aceitando, mais como uma maneira de vingança, e é aí que toda a confusão começa na vida desse casal.
?
Estava super curiosa para conhecer o famoso Ian Lombardo pois todas que já leram o livro falavam muito desse personagem, então mais do que depressa fui conferir. Porém ele não teve esse apelo na minha concepção. Ele é sensacional em algumas partes do livros, já em outras pelo amor, queria era matar o safado ?. Bel senhor que tortura ? não consegui me identificar em nada com ela, mesmo ela sendo uma mulher forte para muitas situações pela qual passou, ainda assim não me convenceu, assim como Ian, ela teve bons e maus momentos. Contudo a escrita incrível da Karina, me fez continuar e querer descobrir o que esses dois iam aprontar. A cada página era um eita diferente, principalmente quando a mãe do Ian aparecia, senhor aquela mulher era sensacional, ri demais com ela. Enfim o livro é muito bom, bem escrito, uma história inusitada, mesmo não tendo sido o melhor da Karina pra mim, valeu muito a leitura.
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Tícia 15/09/2020

Que merda de livro difícil de resenhar. Tô garrada num ciclo bosta de escreve-apaga-escreve-apaga que só pode ser castigo.
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Daí, fica resolvido: se vc se interessou e pretende ler AMOR, SEXO E OUTROS ESTRAGOS, para de ler porque hei de golfar SPOILER até a última golfada. E, só pra afrontar, vou contar a história toda, soltando um veneno aqui, uma revolta acolá porque sim.
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Sabe aquele livro cuja sinopse e resenhas te fazem entender uma coisa, mas a história é o extremo oposto do que você esperava?
Que desgraça.
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Expectativa:
marido trai esposa, ela presencia a putaria e compreensivelmente chuta o meliante; meses depois ele a convida pra participar de um projeto em que os DOIS teriam de mandar ver todos os dias, para fins científicos. Eu esperava algo dramático, envolvendo questões como a dificuldade ou impossibilidade de perdão, a luta que teriam de travar pra curar as feridas, o que ele faria pra reparar a patifaria e a confiança perdida, sei lá. Sim, seria clichezão, mas tô cagando pra isso, desde que seja bem escrito.
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Realidade:
esposa chega em casa e surpreende seu marido e sua melhor amiga copulando na cozinha. Como já estava deprimida, tacou pro foda-se e saiu de casa, com (aparente) indiferença.
Não levou o cachorro. Peguei ranço dela aí.
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6 meses se passam e um dia ela resolve que acorda bem. Vai pra casa das amigas, mas o marido (que continuou tendo caso com a vagabunda. Acredita nessa merda?) descobre que ela tá lá e vai azucrinar a criatura propondo o tal projeto. Como precisavam de dinheiro e depois da sogra incentivar, mocinha aceita e volta pra casa do sujeito.
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Lá, o que ela descobre? Que o cara iria fazer o tal projeto com a piranha-amante. Inclusive, os relógios que contariam o ritmo cardíaco dos envolvidos nas travessuras sexuais ficariam com os dois pilantras.
Nesse momento, ela e eu chocamos. Sério isso, véi? Tá de sacanagem, porra?
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Daí, esposa resolve que vai ficar com o outro relógio e que, já que ele tem o direito, ela vai sair dando pra torcida do flamengo e ele que morra.
Marido fica com ciúmes, mas isso não o impede de traçar a outra.
Depois de alguns dias, esposa encontra um cara e é com ele mesmo que ela vai dar (literalmente) prosseguimento ao projeto.
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Aí, faço uma pausa pra expressar minha decepção: pra que a autora descreveu minuciosamente o coito, tanto do marido com a outra quanto da esposa com o carinha? Pra mim, olha bem o que estou falando, PRA MIM, não rolou. Que apenas mencionasse o fato. Pulei as infinitas páginas em ambos os casos porque não deu. Foi... triste. Triste mesmo.
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Daí, fica nessa de um arreganha pra cá, outro arregaça pra lá, até que eles se entendem em uma noite. Aí, sim! Entre o CASAL, pode descrever formicação à vontade. Embora eu tenha pulado porque o negócio durou umas 30 páginas.
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E quando você pensa que tá tudo de boa, a amante chega berrando que tá grávida. Do marido arregaçador. É nessa hora que a mocinha surta e solta toda merda entalada há tempos, mas que, como muito bem disse a autora, embora tenha sido um desabafo válido, foi dispensável em muitas partes e tardiamente fora de hora.
Eu, por exemplo, teria feito um barraco altissonante no dia do flagrante. Depois de ter cortando fora o pinto do cara.
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Aí eles se divorciam. Esposa fica arrasada. Mas o que ela faz? Dá um tempo pra se curar física e emocionalmente? Pensa em seus próprios erros e acertos? Engole o orgulho e procura marido, conta o segredo que esconde e ambos, COMO CASAL QUE SUPOSTAMENTE SE AMA TAAAAAAANTO, possam superar juntos? Ser madura na relação?
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Não, ela tem caso (com cópula também assaz descrita) com um veterinário lá, pouco tempo depois da separação.
Nesse ponto surgiu uma dúvida: o objetivo disso era mostrar que o sexo é a solução pra todos os problemas ou era só pra lacrar ao estilo “posso fazer o que quiser, sou um espírito livre”?
Deve ser a última opção, visto que a maneira levemente displicente como a esposa tratou sua própria gravidez, fazendo contas e pensando em camisinhas pra descobrir quem era o pai foi... triste. Mais uma vez, triste.
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A partir disso, minha boa vontade já tinha ido pra puta que o pariu e continuei apressadamente pra acabar logo: descobrem que o marido queria só fazer ciúme na esposa com o projeto, que a esposa deu pros cara por vingança e que o tal segredo previsível que deprimiu a esposa só demonstrou sua inaptidão psicológica para sua profissão. Não é indiferença ao sofrimento alheio, apenas a óbvia necessidade de se proteger como profissional.
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Fora que senti o tempo TODO na história o mantra “todos erramos e blablá”, então, vamos passar a mão na cabeça. Concordo que errar faz parte, mas persistir errando é burrice. Não aprender com as merdas feitas e mudar pra melhor, é passível a coça de vara verde.
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Aí, o acerto entre o casal que deveria ser lindo, emocionante, maduro, nu, cru, sincero, foi meia boca.
Game over.
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Enfim, embora a autora seja excelente, escreva MUITO bem, não gostei da forma como as coisas foram tratadas.
Pode me chamar de pudica, retrógrada, a merda que for... foda-se. Eu ainda acredito em fidelidade, em sexo com amor, em empatia com o sofrimento do seu par, respeito mútuo apesar dos pesares... a lista é longa.
Certeza que um psicólogo me chamaria de sexualmente reprimida. Já eu, me classifico como alguém cujos valores nadam contra o fluxo.
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É isso. Teria zilhares de coisas pra falar, mas cansei.
Acho que já deixei claro minha opinião.
E acredito sinceramente que muita gente pode passar por cima do que me incomodou e gostar da história.
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;)
Rayane 15/09/2020minha estante
Que resenha! Muito disso aí também me incomodou. Principalmente os detalhes dos coitos traidores (eu senti tanta raiva do Ian!) e depois, fiquei sem entender, como você disse: como alguém que ama tanto o marido, não podia dividir com ele o segredo? Vale mais a confiança da amiga que depois se mostrou traíra?


Tícia 16/09/2020minha estante
Obrigada, Rayane. Muita gentileza sua, visto que essa resenha ficou uma bosta. kkkkkk Escrevi com pressa e agora, quando fui ler, vi erro, vi coisa mal explicada, etc. Enfim...
Pois é. MUITA coisa me incomodou: galera fazendo merda à rodo e não aprendendo nada, pra depois fazer merda de novo. E me deu a impressão que "porque somos falhos", pode cagar com o outro à vontade
E, infelizmente, a msg sobre perdão foi ofuscada pela msg de que o sexo cura tudo.
- marido traiu a esposa pq se sentia sozinho, blablá: sexo foi a solução
- A amiga traíra gostava de outro que lhe deu pé na bunda: sexo com o ex da amiga (de novo) é a solução.
- Esposa: sexo o tempo todo como catarse. Ou seja, algo paliativo que não a fez crescer, amadurecer, etc. Mas foi visto como solução.
- A sogra que teve um marido sério, quando enviuvou, viu no sexo desvairado como solução para a relação ruim anterior.

E fiquei triste com os mocinhos; ele continuar justamente com a vaca com quem traiu a mulher e ela, por ficar com outro cara depois que se divorciou, mesmo sabendo que o marido a amava (pq ficou claro que ela entendeu isso). Isso é falta de empatia com a dor que ela poderia provocar no cara, independentemente do que ele fez.

Sei lá, é muita coisa que discordo.
Porém, é como eu disse: isso foi pra mim. Teve gente que leu minha resenha e disse que gostou do livro. Vai de cada um mesmo. Acho que minha revolta maior é a expectativa pelo que poderia ter sido e não foi.
Mas... Vida que segue.


Rayane 16/09/2020minha estante
Minha maior decepção foram as atitudes do Ian (e os detalhes das cenas dele com a fulana, meu Deus! PRA QUE). Apesar de ter gostado da escrita da autora, também fiquei incomodada demais com as atitudes do casal. Fora que nao consigo entender porque ela nao contou o maldito segredo pro Ian!


Tícia 17/09/2020minha estante
Eu fiquei decepcionada com ele, com ela, com o desenrolar dos conflitos.
Bem, fazer o que, né?
Mas acho que não desisti da autora. Vou procurar pra ver se acho algum que agrade pela sinopse e tentar de novo pq ela é realmente boa.


Taynara.Ohana 28/01/2021minha estante
Eu fiquei p* da vida, me coloquei demais no lugar, não tinha cabimento eles terminarem juntos, sério! Eu amo a escritora, porém, eu fiquei com ranço dos personagens. Talvez seja justamente o fato de não aceitar traição e aquilo tudo não deveria terminar assim, cada devia seguir sua vida. Também achei demasiadas as cenas de sexo, sério!


Tícia 29/01/2021minha estante
Te entendo 100%, Taynara. Eu até leio livro sobre traição numa boa se - somente si - houver um desenvolvimento legal sobre esse tema tão dolorido.
Por exemplo, tem um que todo mundo odeia e eu amo kkkkkkkkkkk Pq consegui entender a traição e houve aprendizado, como a percepção de que orgulho só traz infelicidade e perdoar é difícil, mas possível. O nome do livro é A cama da paixão. Se vc já leu, deve ter odiado. Kkkk mas eu amei.
Se não leu ainda, fica a dica. ?
E vamos que vamos! Kkkk abraço


ThaisaScarpa 20/04/2021minha estante
Não existe nenhum personagem sem sérios transtornos nesse livro. Gosto da autora, mas me incomodei do começo ao fim, o único livre de culpa nesse livro é o cachorro!


Tícia 20/04/2021minha estante
Exatamente, Thaisa. Geral com problema de cabeça sério.
O que é aquilo, véi?!?
O cachorro, com certeza, é o melhor personagem. kkkkkk


Loh 25/05/2021minha estante
Maravilhosa sua resenha nem ligo livro nem quero ler mas compartilho da suas revolta por livros que fazem a gente perder tempo e psicológico efinalmente só nos fazem passar raiva


Tícia 26/05/2021minha estante
Olha, Loh, pode ser que vc até simpatize com a história pq, fora as minha revolta, a autora escreve MUITO bem.A escrita dela é bem madura, literariamente falando. O problema foi a forma como tudo foi conduzido.
Se a história tivesse sido desenvolvida de outra forma, com certeza eu teria dado 5 estrelas.
Tenta! vai que vc gosta. ;)


Loh 26/05/2021minha estante
Sim eu conheço a autora por isso procurei mais livros dela vc já leu a saga Damas de Aço? É maravilhosa...


Tícia 27/05/2021minha estante
Não, só li esse livro dela. Bão saber que é bão.
Valeu a dica. :D


Ester.Santos 16/08/2021minha estante
amg você claramente não entendeu que a personagem tem depressão, ou não entende o que é a depressão. ele não sabia lidar com a "indiferença" dela, ele estava péssimo por não conseguir ajudar ela (claramente não é justificativa pra trair ela, mas da pra entender) e ela mostrou "indiferença" quando saiu pq ela não conseguiu sentir nada, ela não tinha força pra expressar o que estava sentindo(mas a autora deixou claro que ela estava sofrendo) e ela não levar o cachorro tb ficou mt óbvio, qual a parte do >>ela ficou 6 meses sem nem se alimentar direito pq ela não conseguia cuidar de si mesma, imagina do cachorro


Tícia 17/08/2021minha estante
Colega, se a gente organizar direitinho, todo mundo CLARAMENTE pode entender a personagem do jeito que quiser: vc achando que é depressão e eu achando que é só frustração e tristeza.




Rayane 10/09/2020

De tudo um pouco
Pensei que seria um livro leve e super engraçado. Não sei porque pensei isso, deve ser a capa. Mas enfim, não é não. Tem drama, sofrimento, superação, umas partes em que você quer matar o Ian (muitas), cenas hot e uma sogra suuuper maneira! Um livro nada convencional, e que te pega de jeito! É minha primeira leitura da Karina e já amei! Quero ler tudo dela!
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Fran @paginasdafran 19/07/2020

Sexo, amor e outros (muitos) estragos
De todos os que li da Karina, esse foi o que menos gostei. E gostei dele, a história é ótima, e faz a gente se indignar demais, assim como torcer pelo casal. Não é nada clichê, o ponto que me incomodou um pouco foram as cenas extremamente hots e bem detalhadas, prato cheio para quem ama, mas não muito o meu tipo de leitura.
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Talita.Lemos 06/07/2020

Gostei q eles conseguiram superar os problemas,confesso q nem de longe imaginei o q foi o motivo de sua depressão,mais um livro da Karina q é um arraso!
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chris 29/06/2020

Ah, meu coração...
Que livro lindo de ler. Que livro que retrata a história real de um casal, com seus defeitos, suas dificuldades, altos e baixos. A vida é assim e embora muitas vezes a gente queria acreditar que os contos de fadas são reais sobre "Casaram e viveram felizes para sempre", sabemos que essa não é a realidade porque não há como ser feliz o tempo inteiro e, acima de tudo, não somos seres perfeitos. Então, em algum momento ao longo dessa longa e intensa caminhada que se chama casamento, erramos, caímos, levantamos e aprendemos.

Eu sempre acreditei que traição é perdoável dependendo dela e nesse livro vemos isso. Eu achei incrível toda a trajetória do casal, todo o progresso. Eu amei os diálogos, a escrita do livro. Ele me surpreendeu porque fui esperando por algo e foi completamente diferente. Pra melhor.
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jana 23/06/2020

Ótima escrita! Leitura fluida passou longe dos adoráveis clichês rsrsrs...o livro me prendeu do início ao fim. Enfim recomendo!
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