El Laberinto de los Espíritus

El Laberinto de los Espíritus Zafón




Resenhas - El Laberinto de los Espíritus


10 encontrados | exibindo 1 a 10


Caroline Gurgel 21/12/2016

Não supera A Sombra do Vento, mas ainda é maravilhoso

O Labirinto dos Espíritos é o quarto e último livro de O Cemitério dos Livros Esquecidos, uma das minhas séries favoritas. Os livros podem ser lidos fora de ordem, pois as histórias se sobrepõem e se complementam. Como o autor diz, é uma história com quatro portas de entrada diferentes, e isso é o mais mágico de tudo. Contudo, ainda prefiro a ordem de lançamento: A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo, O Prisioneiro do Céu e O Labirinto dos Espíritos.

A Sombra do Anjo tem seu foco em Daniel Sempere, O Jogo do Anjo em David Martín e Isabella Gispert e O Prisioneiro do Céu conecta os dois primeiros livros e nos dá um pouco mais de Fermín. Então, o que traz o quarto livro? Traz mais uma personagem forte, nos traz Alicia!

O enredo se desenvolve em torno do sequestro de Mauricio Valls, vilão já conhecido do leitor. Alicia e Vargas são contratados para ajudar a desvendar o caso, mas terminam descobrindo muito mais do que deveriam e arriscando suas vidas. Claro, os mistérios estão conectados com os livros anteriores.

É o mais policial dos quatro livros, especialmente a primeira metade - a que mais gostei. Como lhe é peculiar, Zafón recheia suas páginas com intrigas, desaparecimentos, assassinatos, drama, paixão e uma pitada de humor.

A sombria Barcelona de outrora continua a encantar, o cemitério continua mágico e inspirador e a livraria dos Sempere ainda nos deixa com aquele sorriso bobo no rosto.
O que dizer de Alicia? Essa personagem, uma referência a Alice no país das maravilhas, me encantou profundamente. Bem construída, cheia de camadas, dramática, complexa e, ao mesmo tempo, tão transparente. Vargas? Prefiro não entregar o jogo... (Zafónzito, quiero matarte!)

Assim como nos demais volumes, em O Labirinto a metaliteratura está sempre em cena. Zafón nos presenteia com uma literatura que referencia - e reverencia - grandes obras, mas de forma despretensiosa e sutil. É um livro de entretenimento de qualidade, bem escrito, muitíssimo bem construído e com personagens inesquecíveis. INESQUECÍVEIS! Como esquecer Daniel Sempere?! Impossível!

A história é toda redondinha, sem pontas soltas, mas tem algo que pode incomodar aos mais cricris. Ao longo das investigações, repete-se muito as mesmas informações, sempre com algum acréscimo, mas ainda assim são muitas repetições. Elas ajudam, na verdade, o leitor a não se perder em meio a tantas épocas e tantos fatos distintos. Fiquei o tempo todo pondo em ordem os acontecimentos, puxando da memória o que eu já sabia e rabiscando as novas peças do quebra-cabeças. Uma delícia!

É bom? Muito bom! Amei? Sem dúvidas! Porém senti falta de um algo a mais, talvez de um final mais apoteótico e mais surpreendente. Senti vontade de abraçar o livro em diversos momentos, mas, apesar de a história estar completíssima, queria mais. Queria que superasse A Sombra do Vento... e não supera. É o único defeito.

São quase mil páginas e eu leria outras tantas. Zafón consegue prender o leitor do começo ao fim, com um ritmo frenético e uma linguagem elegante e quase poética, com personagens que exalam amor pelos livros e faz derreter o coração daqueles que compartilham dessa paixão.

Assim como um dia encontrarei aquele guarda-roupa que leva a Nárnia e aquela plataforma que leva a Hogwarts... Cemitério dos livros esquecidos, me aguarde, um dia lhe encontrarei.

4.5 / 5 Estrelas
5 / 5 Corações

ig: @historiasdepapel_

site: www.historiasdepapel.com.br
Cris 04/01/2017minha estante
Oi! você leu em espanhol? Onde encontrou?


Caroline Gurgel 22/06/2017minha estante
Oi, Cris. Desculpa só responder agora - o skoob não envia mais notificações de msg em resenha :/ - bem, li em espanhol sim, mas agora em agosto a editora falou que sai em português.




Luh 16/08/2020

Que desfecho meus amigos, que desfecho
Como sempre perfeito!! Um desfecho desse é digno de 10 estrelas e não 5! Zafon conseguiu ligar todas as pontas soltas que poderiam existir, mas que não atrapalha em nada as outras histórias.
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Lohuama 29/12/2016

Uma grande homenagem aos fãs da saga
Encerramento. É assim que se descreve esse último livro que Zafón nos presenteia na saga do Cemitério dos Livros Esquecidos. Por mais que o próprio autor diga que os livros se encerram em si e podem ser lidos em qualquer ordem, não se deixem enganar! Guardem esse para ser o último, a experiência será incrível.
A história continua acompanhando o clã Sempere e suas aventuras e mistérios. Os personagens tão queridos durante a saga retornam para dar continuidade (ou melhor, descontinuidade) a sua história e seus destinos. O estilo de contar história de Zafón continua bem característico, com suas descrições detalhadas e seus mistérios resolvidos com reviravoltas.
Apesar de nos trazer a nostalgia dos personagens antigos e consolidados da saga, foram os novos personagens que roubaram a cena (e meu coração). Alicia Gris era a personagem feminina que o Zafón precisava incluir na saga. Apesar de amar as mulheres que Zafón colocou nesse universo( olá, Isabella), o ápice delas na história é ser o objeto de desejo ou salvar a alma sombria de algum dos personagens masculinos. Alicia é muito maior que tudo isso. Ela tem uma história sombria e tocante, e é uma personagem complexa, que te faz querer decifrá-la até o último momento em que ela aparece. Fernandito, Vargas, Leandro, Hendaya e Rovira também são personagens incríveis que com certeza ficarão marcados ou como favoritos, ou como os maiores cretinos.
Em termos de narrativa, a história flui muito bem. Por mais que dê a impressão que as respostas nunca chegam, dá para entender bem o tamanho do livro. Zafón aprofunda bem o arco investigativo, que prende muito. Cada pista, cada conexão, cada suspeito envolvido te traz uma teoria nova. A evolução dos personagens e dos seus vínculos também é coerente, não dá aquela sensação de barra forçada. A outra metade foi a mais reveladora, que me deixou com o queixo no chão sobre alguns personagens (apesar de suspeitar), e tenho certeza que também vai deixar aqueles que leram os outros livros. Infelizmente Zafón cometeu um pequeno deslize na cronologia da história de um personagem favorito (e acho que poucos vão perceber), mas consegui perdoar pelo conjunto da obra.
Apesar de o desfecho ser previsível nas ultimas 40 páginas, ele não deixa de ser emocionante e marcante, e traz aquela sensação que tudo aquilo é real, e em algum lugar no coração de Barcelona, há um livro que espera que você o escolha no grande Cemitério dos Livros Esquecidos .
Recomendadíssimo!
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Juliana 11/06/2020

Fechamento com chave de ouro!
Fim da saga! Já sentindo saudades de personagens a quem me apeguei muito! Já escrevi e reescrevi o quanto amei a trilogia. O quarto livro foi longo, 925 páginas, uma nova trama, novos mistérios a serem desvendados, que me levaram ao coração do Labirinto, "atando los cables sueltos". Sensacional! Foi uma jornada e tanto! Valeu cada pagina. Eu optei por reler os 3 livros antes de ler este, e foi otimo ter feito isso. Recomendo.
"Uma história não tem princípio nem fim, só portas de entrada.? "Conte ao mundo nossas histórias e jamais esqueça que existimos enquanto alguém lembra de nós."
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Betega 27/08/2021

Ação, suspense, drama e amor pelos livros atingindo o auge
Ao terminar de ler a série do Cemitério dos Livros Esquecidos, aumenta um incômodo que tenho desde a leitura do Jogo do Anjo, o segundo livro da série: Por que apenas A Sombra do Vento é celebrado?
Entendo que Daniel Sempere é um excelente narrador (embora... bom, leia o Labirinto dos Espíritos) e que a qualidade da contação de história do primeiro livro nunca foi superada. Mas o autor Carlos Ruiz Zafón escreve muito bem durante toda a série, independente de quem ele escolhe para narrar. Aliás esse é o maior mérito de seus livros. De modo que, se as sequencias não chegam ao nível único de narração do primeiro, ainda assim são excelentes.
Além disso, os demais livros têm méritos que o primeiro não tem, e são todos espetaculares. Cada um mostrando algo de diferente, não é possível acusá-los de serem repetições do mesmo livro. Realmente acho que os três outros livros são injustiçados.
Falando especificamente deste quarto e último livro, admito que ele começa um poco estranho e o leitor pode ficar um pouco perdido em relação ao rumo da história durante as primeiras páginas. Isso porque há um período de ambientação com o Daniel, depois um pouco com o Fermin, e só então começa a história principal, com personagens até então nunca introduzidos na série aparecendo como protagonistas.
São personagens muito bons, bem construídos como de costume. Aliás, para registrar um pequeno incômodo com a série, que não a desmerece em nada e é algo talvez um tanto pessoal: os personagens são extremamente carismáticos, mas o contexto todo é de um drama. Mais do que uma aventura, os personagens estão vivendo um drama. E são o tipo de personagens que se tornam "amigos" do leitor. Desse modo, a leitura acaba sendo um pouco triste. Reitero que isso não é uma falha do livro, acredito até que seja um pouco do conceito dele, uma vez que, em última instância, ele é sobre as mazelas da guerra civil e do fascismo. Ou talvez, acima de tudo, do abuso de poder. Mas deixo aqui registrado.
O maior mérito deste livro é o suspense. Mais que os anteriores, ele tem cenas que fazem ser quase impossível largá-lo sem ler o capítulo seguinte, e muitas vezes a tensão segue por vários capítulos.
E é um suspense consistente, não é de jeito nenhum aquela coisa de final de capítulo para induzir o leitor a continuar a leitura e achar que gostou da obra mais do que realmente gostou. No caso do Labirinto dos Espíritos, o suspense é real, é inerente à história, consequentemente durando por bastante tempo e fazendo muito sentido.
A história é bem estruturada, não deixa pontas significativas em aberto. Tudo o que acontece é muito bem justificado. Parece que Zafón aprendeu com as críticas que recebeu pelo Deus ex-machina usado no primeiro livro.
E traz revelações muito interessantes sobre diversos personagens já conhecidos. Não chega a alterar nada do que pensamos, mas dá mais brilho às histórias anteriores. O Labirinto dos Espíritos fecha a série com muitos méritos. Excelente tanto como livro para ser lido de modo isolado, quanto como peça de encerramento do Cemitério dos Livros Esquecidos.
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Kel Cesar 07/11/2020

Mais policial e político, mas não menos mágico e poético. Como sempre genial. Assim Zafón encerra a saga do Cemitério dos Livros Esquecidos: atando pontas soltas (mas nem todas), respondendo (algumas) perguntas, nos presenteando com a protagonista feminina que a saga precisava e, principalmente, deixando saudades...

"Para mim, essas páginas enfeitiçadas serão sempre as que encontrei entre os corredores do Cemitério dos Livros Esquecidos."
(Em 'A Sombra do Vento', de Carlos Ruíz Zafón)

Resenha completa em meu Instagram: @kel.cesar
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Ana Claudia Domingues 24/03/2023

Um presente
Eu não consigo não dar 5 estrelas para esse livro.

De volta à Barcelona vista pelos olhos da família Sempere, essa obra conta algumas histórias desconhecidas de Fermím Romero de Torres (quem não ama tá maluco), de uma Isabela forte, corajosa e humana capaz de cometer erros, e de personagens, até então, desconhecidas e extremamente capazes de nos conquistar e nos causar ódio.

Um livro profundamente triste, um tanto chocante e, ao fim, um grande presente para os amantes de A sombra do Vento.

Não é melhor que o primeiro, mas vale a pena a leitura. Senti falta de algumas resoluções, algumas perguntas não foram respondidas, mas, foi uma obra escrita por um Zafón já adoecido. Não sei até que ponto sua doença influenciou nessas pequenas falhas e, apesar de tudo, foi um trabalho primoroso.

Além de ter sido uma conquista pessoal. Aprendendo espanhol por conta própria, ler essa coleção com as palavras ditas pelo próprio autor, foi de uma alegria gigantesca.

E, pra finalizar, nunca un cementerio me ha dejado tan viva como el cementerio de los libros olvidados.
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Faffys 15/01/2024

Que livro!!
Último livro da série, sensacional.
O segundo e o terceiro livro me desanimaram um pouco.
Mas esse amarra toda a história, muito suspense, mistérios a serem desvendados, traições.
Todas as emoções possíveis.
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marcosm 18/09/2017

Que livro... que experiência...
O fato de ter estado recentemente nos lugares onde se passa a história, de ter ganho o livro de uma pessoa super especial pra mim e ter podido compartilhar esta leitura com um amigo pra quem meio q apresentei a série, elevaram a experiência deste livro a outro nível. Zafón concluiu sua memorável série com chave de ouro. Fazendo-nos sorrir, chorar, amar, odiar, perdoar... O cemitério dos livros esquecidos vai deixar saudades...
Emerson 18/09/2017minha estante
?


Emerson 18/09/2017minha estante
Obrigado por essa leitura conjunta. Foi uma experiência e tanto ler o último livro da série com um amigo. Um dia espero visitar os lugares descritos no livro é reler a serie.




Lia 14/05/2020

E eu estou aqui sem saber o que dizer, como expressar as mil e uma maneiras que a leitura me faz sentir. É por esse tipo de livro que vale a pena ler.
Esse último livro me deixou melancólica e triste. Melancólica porque vou sentir falta dos Sempre e triste por saber a conclusão de histórias descritas em outros livros e que tiveram um final tão triste. Carlos Ruiz Zafón não escreve livros, ele produz obras de arte.
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