O Voyeur

O Voyeur Gay Talese




Resenhas - O Voyeur


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Kim 28/01/2022

O que preciso falar sobre esse livro? Bom, em primeiro lugar, é importante destacar, sobre a escrita de Gay Talese: ela é maravilhosa! Ele escreve como propriedade e leveza; e demonstra um grande esforço para reconstruir uma representação da vida das pessoas mais próxima da realidade. Eis a importância de Talese para o campo da impressa nos Estados Unidos. Ele desenvolveu uma nova forma de fazer notícias, com sua experiência na escrita e seu olhar objetivo, aproximando jornalismo e literatura.

Outro de seus inúmeros atributos profissionais foi dar espaço ao indivíduo comum. Talese deu voz às pessoas simples, àquelas que estão nos bastidores, atrás dos holofotes. Quando escreveu sobre Sinatra, ele o fez a partir do ponto de vista das pessoas que trabalhavam com a grande voz do jazz. Foi a visão deles sobre Sinatra que fundou as bases e ergueus os alicerces do texto "Frank Sinatra está gripado".

Antes de iniciar a leitura do livro, folheei algumas notícias de jornais e revistas, buscando informações sobre Talese. Isso já garantiu uma boa dose de uma imagem idealizada sobre ele. Eu cheguei a pensar: "nossa, esse cara é realmente foda!". Mas, na verdade, Talese é ousado, e toda ousadia é retribuída com muitas críticas pelo seus pares no campo de trabalho. Assim, Talese foi constantemente questionado sobre a veracidade de algumas informações postas nao apenas n'O vouyer, mas também em outros de seus textos e livros.

Outro detalhe que me instigou foi meu recente interesse pelo vouyerismo. O que é então o vouyerismo? Ora, o vouyerismo é uma prática que busca o prazer sexual por meio da observação de outrem que sabe ou não que está sob observação. O vouyer é aquele que vê. Apesar de ser tabu para muitos, essa prática tem se disseminado em diferentes grupos da nossa sociedade, e com as redes sociais, espaço em que não há limites entre o público e o privado, o vouyer agora pode estar em qualquer lugar, em qualquer lugar mesmo. Quanto do seu tempo você fica no Instagram observando a vida dos outros? Então...

Eu indico esses livro para quem deseja pensar um pouco mais sobre a vida moderna, sobre nossas vidas expostas nas redes sociais... É óbvio q hojeue sse livro é muito indicado para quem quer entender mais sobre sexo, e
também sobre os procedimentos necessários para construir um bom texto jornalístico.
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OssosDePapel - Instagram 12/10/2022

A proposta é interessantíssima, mas mal explorada. O conteúdo é muito diluído, dá a impressão de que o autor teve dificuldade para completar o livro, mesmo com décadas de informações acumuladas pelo voyeur.

No entanto, o sentido filosófico do texto foi bem trabalhado: o vazio dos seres humanos, seus pudores artificiais e suas vidas de aparência. Tudo faz parte do contrato social que regulamenta e valoriza a hipocrisia.
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Tiago 13/08/2018

Verdadeiro ou falso
Resolvi antes de escrever a resenha assistir ao documentário produzido pela Netflix, para poder chegar a uma resolução. Mas "O Voyeur" é desses casos onde é difícil obter uma opinião definitiva.

O objeto central é inegavelmente intrigante. E a leitura flui de forma agradável e se lê as observações do voyeur com bastante interesse. Mas chega um determinado ponto da leitura onde fica claro que:
- Gay Talese apenas compilou os diários do voyeur, pouco ou nada acrescentando em relação ao que este escreveu. Em determinados pontos do diário se apresentam estatísticas interessantes a respeito dos hábitos sexuais dos americanos, e Talese não refuta ou compara tais números com outros estudos, o que poderia dar maior credibilidade a sua fonte;
- Em determinado ponto fica nítido que há problemas sérios em relação a confiabilidade daquilo que é descrito, mas Talese não se aprofunda muito nesses pontos. O documentário faz uma revelação que não consta no livro que torna tudo ainda menos confiável;
- Tanto o livro como o documentário demonstram que Talese e Foos são duas pessoas sedentas por atenção midiática, o que também gera dúvidas e questionamentos se a vaidade de ambos não tornaram ficção o que deveria ser jornalismo literário de não ficção.

Polêmico e inegavelmente interessante por seu conteúdo e agradavelmente bem escrito, "O Voyeur" é claramente um projeto de vaidade que não tem comprometimento com a credibilidade. Gerald Foos não era uma fonte confiável e Gay Talese foi um jornalista irresponsável e um escritor preguiçoso.
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Rittes 23/01/2017

O sexo e a ética
Não há muito o que discutir sobre os métodos e a seriedade de Gay Talese, mas este "O voyeur" é um livro que pode colocar em xeque toda a sua reputação. Primeiro, por se tratar de um assunto ainda tabu nos EUA e, em segundo lugar, pelo histórico de ódio e acusações de fraude envolvendo Talese à época do lançamento de sua outra obra que aborda o sexo (A mulher do próximo). Como jornalista, admiro Talese e sei o quanto é difícil o seu método. Mas, também, acho arriscado ter uma obra inteira baseada em grande parte no diário e nas palavras de seu confessor. Gerald Foos, o voyeur, pode ser uma pessoa honesta em seus registros, como também um grande impostor. Mais um trabalho polêmico de Talese que merece ser conhecido e, como de praxe em seu tipo de construção narrativa, caberá a cada leitor tirar suas próprias conclusões. Uma aula de jornalismo num tempo em que a profissão agoniza sob avalanchas de boatos e bobagens...
meriam lazaro 23/04/2017minha estante
Gostei. Vou ver que outros livros dele possuem resenha para escolher uma próxima leitura.




Elvis 12/03/2023

Obra prima da não-ficção
Outro autor que espero ler tudo que ja escreveu, pois a escrita é uma das melhores coisas que ja li. Me senti totalmente prendido, e só tive que dar algumas pausas por conta do assunto meio espinhoso.

Além disso, outro aspecto que me surpreendeu bastante foi descobrir que um diário de um Voyeur pode se tornar um estudo social e antropológico sobre determinada sociedade. Foi muito interessante descobrir esse tipo de estilo fe vida, contudo descordo de você Gerald, nem todo homem tem interesse em olhar a vida íntima dos casais.
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vi.bmartins 08/01/2023

Uma livro simplesmente brilhante, a partir do momento que estamos lidando com história real, precisamos ficar atentos aos gatilhos que esta história pode nos trazer. Mas a forma com que Talese conta suas percepções e acompanha elas com as cartas que eram enviadas por Gerald Foos é indescritível. Só estou ainda mais curiosa para ler os demais títulos dele.
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Matheus 20/02/2022

Inacreditável
Apesar de ser baseado em uma história real, muitas vezes ficamos na dúvida se realmente não são delírios de uma pessoa ou a pura realidade.
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Ildrimarck 24/01/2018

Empolga, mas desliza por falta de credibilidade
A fama precede o jornalista no caso de Gay Talese. Ainda que tente, como um bom repórter, esconder-se por trás dos personagens sobre quem escreve, ele não é capaz de omitir sua parcela de responsabilidade nas histórias que conta. Entrevistadores, mesmo os que preferem acreditar o contrário, interferem nos rumos de uma reportagem e Talese não só enxerga isso, como aceita esse papel, em um esforço para transmitir o mais fidedígno dos relatos possível ao leitor.

Dessa maneira, o próprio repórter passou a ser figura recorrente nas obras de Gay Talese, que com seu estilo de escrita também foi nomeado um dos pais do New Journalism (ou Jornalismo Literário, se preferir). Esse gênero jornalístico se destaca por sua oposição ao imediatismo das notícias e se aproxima dos textos literários como conto, crônica e romance, apesar de permanecerem produtos de não-ficção.

Seguindo essa fórmula, Talese entregou ao público clássicos como "Fama e Anonimato" (conjunto de reportagens, perfis e crônicas que escrevera para New Yorker, Esquire, The New York Times, entre outros), "Os Honrados Mafiosos" (em que conviveu de perto com membros da máfia italiana nos EUA) e "A Mulher do Próximo" (onde investigou os hábitos sexuais dos participantes de casas de swing — chegando até mesmo a gerenciar um desses estabelecimentos).

Por essa breve introdução, mesmo se você jamais tenha pego nas mãos algum livro ou matéria desse gênio do jornalismo americano, já deve ter concluído que "O Voyeur", assim como seus antecessores, também é uma obra indispensável, correto? Bem, de certa forma, ler essa grande reportagem nos revela algo importante, que por si só é um motivo bastante razoável para tirá-la da estante e folhear algumas de suas páginas: os gênios também podem errar.

Apesar da sinopse promissora (o dono de um motel de estrada, nas proximidades de Denver, que instalou uma plataforma de observação entre o teto e o assoalho para espionar seus hóspedes sem nunca ter sido apanhado), a obra desliza no quesito mais básico do jornalismo: a apuração dos fatos.

Continue lendo:

site: https://revistaesquina.com.br/raz%C3%B5es-pra-ler-o-voyeur-de-gay-talese-e3325d84be01
leticia cordis 14/10/2021minha estante
poxa amigo, que pena, o link está quebrado...




Larissa 13/12/2021

Interessante
Um voyeur compra um motel pra satisfazer esses seus desejos, mas de uma forma muito mais inesperada, e errada, já que criou todo um mecanismo para observar os hóspedes de alguns quartos sem que eles saibam. Ao longo de 15 anos espiando seus clientes ele foi também escrevendo um diário, relatando o que via nos quartos.
Quando eu fiquei sabendo desse livro fiquei muito curiosa pra ler! Mas acabou que a expectativa foi melhor que a realidade hahah
Achei muito interessante que os relatos são mais de uma perspectiva social do que propriamente sexual.
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Sofia 27/07/2019

Um Breve Comentário
(Blog Sophie Samie Sarfati): Eu entrei na faculdade Jornalismo lá em 2016 e algo que eu me lembro que era muito frequente no primeiro semestre nas aulas de Introdução ao Jornalismo (não me lembro se era exatamente este o nome da matéria, mas era para isso que ela servia) era as discussões sobre ética. Um ano depois, em 2017, já na PUC, eu tive uma aula só para isso. Eu achava as aulas de Ética muito chatas e frequentemente ficava distraída durante as aulas, mas em uma das aulas em que eu estava prestando atenção, o professor falou sobre o Gay Talese. Eu sabia quem ele era porque havia assistido a uma entrevista dele no Roda Viva muitos anos antes, mas meu conhecimento se limitava a isso. Então foi quando meu professor começou a falar sobre as obras de um dos grandes nomes (se não o maior nome) do New Journalism (ou Jornalismo Literário) até chegar a sua obra mais recente: O Voyeur.
Gerald Foos, personagem central do livro, o voyeur, é uma figura quase que excêntrico e no documentário é possível visualizar isso com bastante clareza. Desde o início Talese deixa bem claro que ele não é o personagem mais confiável de todos. A dúvida que foi levantada por várias pessoas, inclusive eu, é porque alguém com a credibilidade do Gay Talese faria um livro todo sobre a história de uma pessoa a qual ele não poderia confiar no que estava sendo dito? Todo o livro é feito em cima de anotações meticulosas que Foos fazia sobre o que via nos quartos do seu motel e, em alguns momentos, as anotações deixam de ser apenas sobre sexo e passam a ser sobre comportamentos e hábitos. É praticamente um livro de relatos e me decepcionou muito, além de a sinopse vender uma história que não existe. Eu cheguei a ver o termo "confissões de um bisbilhoteiro" para se referir ao livro e achei que este seria o subtítulo mais adequado possível. É muito difícil separar o livro do Gay Talese e a entrevista que ele deu para a Paris Review é um show a parte, ele parece ser uma pessoa formidável e eu me identifico com ele em tantos aspectos que por menos que eu tenha gostado do livro, é impossível dizer que eu odiei. Em vários momentos a vida e a história de Talese se misturam com o Jornalismo e dão ao leitor uma perspectiva totalmente única.
Apesar da prática voyerística ser algo totalmente sexual, O Voyeur é um livro que não tem a sexualidade dos observados como assunto principal, é muito mais voltado para as práticas sociais que acabam refletindo no sexo do que o contrário. É quase irônico ler um livro sobre um voyeur em uma sociedade em que somos observados por voyeres o tempo todo com câmeras olhando cada passo que damos, onde todo nosso trafego online também é totalmente registrado, onde os reality shows bombar porque as pessoas gostam de observarem as outras. Nossa sociedade é voyeristíca.

site: https://sophiesamiesarfati.blogspot.com/
Tiago 06/01/2021minha estante
Você assistiu o documentário na Netflix? Acho que ele torna o livro ainda mais decepcionante e com certeza deixam uma dúvida a respeito da confiabilidade de Guy Talese enquanto jornalista compromissado com a ética.




spoiler visualizar
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gustavo244 06/01/2023

O ser humano é bizarro
Achei esse livro bizarro e inquietante. Imaginar alguém me observando em um momento que seria só meu e sem o meu consentimento é extremamente perturbador. Acredito 100% no que o voyeur disse? Obviamente não. Mas que ele era um cara bem estranho ele era.


Achei bem interessante a entrevista com o autor no final do livro, me fez ver com outros olhos como as reportagens são escritas.
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Lara Moreira 27/06/2021

Limite entre curiosidade e transtorno parafílico voyer
Comecei a leitura após uma citação sobre esse livro na aula de psicopatologia fenomenológica (tema era transtornos parafílicos); A leitura caracteriza muito bem o comportamento de uma pessoa com o voyeurismo , que pode atingir o grau de parafilia, por vezes considerado um distúrbio. Talvez se realizasse essa leitura antes dos estudos de psicopatologia, alguns trechos seriam bem difíceis de correlacionar. Ainda assim a leitura é pesada, é estranho para nós que não vivemos esse comportamento, muitas vezes chega a ser sofrimento para quem o tem. Foos apresenta as anotações de seus registros como voyeur, de maneira breve e precisa sobre suas inquietações e adaptações do ambiente para sua observação. Alguns trechos são bem interessantes, sua organização em especificar as características de cada pessoa, suas preferências e a incidência que ocorrem. Lembrar de perguntar ao professor sobre questão da esposa dele ser totalmente tranquila quanto as observações, inclusive ajudando-o. Fiquei reflexiva sobre quando ele descreve as expressões, mostra bastante sensibilidade e empatia, será isso na realidade ou um erro do livro? No livro não mostra o grau de parafilia dele, aparentemente não é acentuada, apesar da frequência da masturbação e excitação ao observar os hospedes do motel, ele segue uma rotina de vida relativamente normal e possui vida sexual além da observação.
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acidrock 16/12/2020

O que você faz quando ninguém te vê fazendo?
Certa vez, quando trabalhava em redação, meu chefe me recomendou um texto, Frank Sinatra está gripado, um perfil publicado décadas antes. Gay Talese, que assina o artigo, não conseguia conversar com o cantor de olhos azuis. Decidiu-se por mostrar quem ele era pela a visão dos que o conheciam. A matéria tornou-se um clássico. "Estreei" com o autor nesse "O voyeur". A sinopse: homem absolutamente comum adquire motel e abre buracos no teto de alguns quartos com o objetivo de observar os hóspedes sem ser visto por nenhum deles. Ao mesmo tempo em que traçava um perfil da sexualidade dos norte-americanos nas décadas de 1960 e 1970, ele satisfazia sua tara. Tudo fica mais sério quando acaba presenciando um crime.

As histórias de voyeur e de Gay Talese se cruzaram quando o primeiro, chamado Gerald Foos, enviou uma carta ao jornalista contando por alto suas proezas. Por causa do trabalho que se propunha a fazer, reportagens robustas envernizadas com o charme da ficção, o escritor estabeleceu uma regra: só contaria a seus leitores sobre o dono do Manor House Motel, em Aurora, Colorado, quando este o autorizasse a usar seu nome verdadeiro. Amedrontado pela repercussão e possíveis implicações criminais, Foos se recusou. Entretanto, começou a enviar para o Talese durante os anos seguintes seus minuciosos relatórios do que se passava na intimidade das pessoas hospedadas no local.

Mais do que um bisbilhoteiro, ele se considerava um estudioso da sexualidade. Com o diferencial de, ao contrário de pioneiros, tais como Kinsey e Masters & Johnson, baseados em observações consensuais, poder assistir de camarote o que realmente acontecia quando uma, duas ou mais pessoas estavam no mesmo ambiente com o propósito de fazer (todos os tipos de) atividades. Indo além, Foos acreditava tecer um panorama sobre a natureza humana, por vezes fazendo até testes com os hóspedes, como persuadi-los a encontrar uma maleta onde supostamente estaria escondido dinheiro – do duto de ventilação, ele via quem a devolvia, quem não.

Em uma de suas cartas periódicas, o empresário diz ter presenciado um assassinato. Tal confissão é apenas um dos questionamentos que o livro traz à tona. Seria verdade? Gay Talese, tendo ciência disso, deveria ter tomado alguma atitude? Ou isso estaria protegido pelo segredo da fonte, algo tão sagrado para os americanos como a Primeira Emenda, e semelhante, por exemplo, à confissão na Igreja Católica ou ao sigilo advogado-cliente? Não obstante, o jornalista, ao início das comunicações com Foos, voou até o Colorado e atestou a veracidade do que ele dizia ao comprovar in loco a existência das “plataformas de observação” no Manor House Motel.

A discussão se aprofunda mais ainda em "Voyeur", documentário da Netflix dirigida por Myles Kane e Josh Koury. A produção mostra a interação entre personagem e repórter às vésperas da publicação de artigo na revista The New Yorker e da subsequente chegada da obra completa às livrarias. Podemos ver um pouco do processo criativo de Talese, um acumulador de informações, notas e escritos, bem como uma espécie de reality show sobre a vida de Gerald Foos na terceira idade. É interessante conferir, principalmente para quem leu O voyeur (finalizado na edição brasileira, da Companhia das Letras, por uma ótima entrevista do jornalista a Katie Roiphe, da Paris Review), já que o filme mostra as repercussões da divulgação desta história, suas controvérsias e até, pasmem, um e outro barraco.

Em resumo, tanto o livro quanto o documentário, mesmo muito bem contados, parecem suscitar mais perguntas do que respostas sobre a vida deste homem do Colorado, que comprou um motel para observar seus hóspedes. Não é disso que se trata o jornalismo?

site: lozengelis.wordpress.com
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marcosm 16/01/2019

Somos todos voyeurs?
Estava pensando em classificar com 4 estrelas, por conta de alguns erros da edição (principalmente de pontuação) e por ser um tema bem controverso. Mas depois de ler a entrevista do Talese no final, em que ele fala sobre sua carreira e o seu próximo projeto, um livro sobre o seu casamento, não tem como não dar a nota máxima para esse livro.
O Voyeur conta a história de um maluco que comprou um hotel para observar secretamente a vida de seus clientes. Fez isso por 15 anos sem ser descoberto, com direito a documentação detalhada do que presenciara e julgamentos morais. Até que resolveu contar sua história para Talese, talvez por conta do trabalho dele em A mulher do próximo. Em boa parte do livro, Talese apresenta trechos selecionados do "diário do Voyeur" e mais pro final conta um pouco mais sobre o homem por trás do Voyeur. O que mais me impressiona nas obras dele é, primeiro, a profundidade com que ele mergulha nas vidas das pessoas cuja história ele quer contar e, segundo, como ele consegue manter um certo distanciamento e apresentar a humanidade de cada situação, por mais absurda que pareça.
A entrevista no final, pra mim, foi a cereja do bolo. Um belo insight do homem e o que o motiva a buscar as histórias que persegue!
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