A arte do romance

A arte do romance Milan Kundera




Resenhas - A Arte do Romance


9 encontrados | exibindo 1 a 9


13marcioricardo 29/03/2023

A incomensurável importância do romance
Ensaio onde Milan Kundera expressa sua erudição, percorrendo os caminhos do romance.

Centrado na Europa, o autor dá relevância a alguns escritores, desde logo Cervantes. Depois, entre outros, dá especial destaque a Hermann Broch, Robert Musil e Franz Kafka.

Uma prazer ler as palavras de alguém com formação superior e, se já tinha curiosidade em me aprofundar nesses autores, esse sentimento só aumentou.

Interessantes, também, algumas perspectivas do escritor sobre jornalismo, entrevistas, tradutores e rascunhos, coisas nem sempre fáceis de encontrar.

Com certeza quem quer conselhos sobre ser escritor vai encontrar alguns aqui, assim como também se encantará por vezes com a sua escrita e a sua profundidade, ou não fosse ele o autor de A insustentável leveza do ser.
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Disotelo 04/08/2021

Não é Ruim.
Li a Insustentável Leveza do Ser quando tinha 21 anos e fiquei muito encantado com o livro, acho que hoje eu ainda gostaria dele, mas eu me tornei mais exigente no que tange a sinceridade do autor... Aqui temos ensaios do Kundera, ele coloca suas palavras de uma forma bonita, mas comecei a sentir que ele é um pouco falastrão, que em alguns momentos ele quer ser categórico demais e perde a precisão na exposição do pensamento, isso me deixou um pouco desencantado e larguei quando cheguei aos 20%, não é um livro ruim mas pra quem tem interesse por essa proposta eu recomendo um pequeno livro com palestras do Orhan Pamuk chamado "O Romancista Ingênuo e o Sentimental".
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Coruja 28/08/2018

Kundera já está no meu radar faz algum tempo. Tenho uma amiga que vive me indicando a leitura de A Insustentável Leveza do Ser, e ele tá lá na lista de futuras aquisições, mas não entrava nas prioridades. Não conhecia nada do autor, nunca tinha pesquisado nada sobre ele e os títulos com os quais cruzava me davam a impressão de estar diante de uma prateleira de autoajuda. Não sei explicar o porquê desse preconceito, mas fato é que fiquei enrolando levar a sério a indicação (desculpa, Vivi!).

Aí vi umas referências a Kundera no epílogo de Censores em Ação, e isso pescou meu interesse. Decidi dar uma olhada no que o autor escrevera de não-ficção; achei A Arte do Romance e Os Testamentos Traídos e coloquei ambos na lista, esperando uma oportunidade ou promoção para comprar. Finalmente, achei o primeiro título com um excelente preço, e na edição capa dura ainda por cima! Não tinha como adiar mais: pouco depois dele ter chegado, já comecei a ler.

O livro é dividido em sete partes, entre ensaios, entrevistas e discursos, e até mesmo um pequeno dicionário de citações. Kundera começa fazendo uma defesa do romance como gênero e aventura, frente às experiências modernas com a forma da escrita e estudo psicológico, trazendo Dom Quixote como expoente; questiona a eterna necessidade de esmiuçar a biografia do escritor para explicar a obra; faz uma das melhores análises de Kafka que já tive o prazer de ler; fala de tradução, do processo de escrita dele mesmo (e dei risadas com a história da busca inconsciente do número sete em seus livros); a importância de ritmo, compasso numa comparação entre literatura e música, e apresenta ainda outros tantos títulos que eu não conhecia mas sobre os quais fiquei curiosa.

Talvez o mais interessante seja a verdadeira aula da história do romance que Kundera apresenta nessas páginas, um panorama que vale a reflexão. Discordo em alguns pontos dele, especialmente na forma como ele desconta a questão do contexto biográfico do autor como ferramenta de interpretação, mas há muito aqui por ser aproveitado. Em seus melhores momentos, a A Arte do Romance me lembrou muito os livros sobre literatura de Eco, com suas análises detalhadas e seu autêntico entusiasmo pelas obras que comenta. Curioso é que, embora Eco fosse um professor de semiótica e Kundera seja o romancista de profissão, ainda acho que numa comparação entre os dois, Eco sai ganhando pelo humor com que injeta sua crítica.

Ao final, gostei o suficiente do livro para decidir que quero ler mais do Kundera. Vejamos qual será o próximo da lista.

site: http://owlsroof.blogspot.com/2018/08/a-arte-do-romance-dois-livros-um-so.html
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lepetitpevensie 11/11/2022

Pontos interessantes
Acho que em algumas pontos ele força um pouquinho kk mas algumas reflexões são bem interessantes e podem expandir seu horizonte.
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Jonathas25 17/01/2020

A ARTE DO ROMANCE
Milan Kundera é um dos maiores escritores do século XX. Autor de "a insustentável leveza do ser", o escritor tcheco foi uma das principais vozes na luta contra o totalitarismo soviético que acabou provocando o seu exílio na França, a partir de 1975.

Em "a arte do romance", Kundera reflete sobre o seu ofício, lançando luz sobre o seu processo criativo e a forma como ele enxerga os seus romances.

Dividido em sete partes, esse livro é a junção de vários textos sobre a arte do romance (ensaios, diálogos, um discurso e até um dicionário de palavras usadas pelo autor). O que une todas as sete partes é o seu eixo temático: uma reflexão sobre o romance europeu.

Kundera defende que ao romance cabe se ocupar daquilo que a ciência e a filosofia se esqueceram: a exploração das múltiplas possibilidades da existência humana; o enigma do eu; os grandes temas da existência.

Embora faça uma análise exclusivamente europeia da história do romance (em certos pontos até eurocêntrica), Milan Kundera nos alerta para a importância do romance enquanto forma de nos revelar aquilo que apenas o romance é capaz de dizer.
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Rute31 19/02/2022

A Arte do Romance
A Arte do Romance é uma coletânea de ensaios, entrevistas e discursos no qual o autor de A Insustentável Leveza do Ser discute o que constitui o romance, tanto através de romances de outros como de seus próprios.

Para uma leitora brasileira, como eu, muita coisa acabou ficando cansativa, sobretudo as reflexões sobre a arte do romance restrita às condições européias. Mas esse recorte também foi legal pelas análises que o autor fez sobre Cervantes e Kafka.

O livro é dividido em ? claro ? sete partes (ele até fala sobre a razão de sempre dividir seus livros em sete partes).

Na primeira, Kundera traz um ensaio sobre Cervantes e o romance europeu. A segunda e quarta partes são trechos de conversas. A terceira parte são anotações de outros romances.
A quinta parte é outra análise sobre a obra de Kafka e outras. A sexta parte é um glossário com comentários sobre as 63 palavras mais usadas por Kundera em sua obra e a sétima e última parte é a reprodução de seu discurso na ocasião do prêmio Jerusalém.
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Marcelo.Pedroni 19/09/2023

Um estudo/reflexão sobre a arte do romance
Uma das melhores, quiçá a melhor introdução ao pensamento e escrita de um romancista. Confesso que careço bastante de intelecto para compreender todas as características e nuances que Milan Kundera explica e exemplifica.
Entender o romance extrapola qualquer tentativa que eu já tenha feito ao ler um romance de fato. Entender os elementos que constituíram os primeiros romances e notar como cada romancista carregou em suas obras diversas características, tantas vezes contraditórias, é um deleite inesperado.
Por fim, este livro é perfeito para quem almeja passar de um mero entusiasta de romances, para um pequeno, ínfimo, minúsculo explorador da arte do romance.
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Gabriel.Tesser 05/07/2019

Arte pura
Kundera, 1986: “a tolice não se apaga diante da ciência, da técnica, do progresso, da modernidade, ao contrário, com o progresso, ela também progride.” Also 1986: “Sai-se da infância sem saber o que é a juventude, casa-se sem saber o que é ser casado, e mesmo, quando entramos na velhice, não sabemos para onde vamos: os velhos são crianças inocentes de sua velhice. Neste sentido, a terra do homem é o planeta da inexperiência.” Não preciso dizer nada sobre esse livro, só sentir. Kundera é incrível. Primoroso. O livro é uma fantástica experiência além do tempo, sobre a arte, sobre a vida. Ele fala sobre tudo em tão poucas linhas, uma expansão de experiências em movimento; movimento do verbo, da expressão da alma. O autor de A insustentável leveza do ser traz à luz uma sensibilidade sem igual que nos faz apaixonar pela vida e tentar abstraí-la da ficção, tão fácil de ser confundida com a realidade.
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