Carous 30/08/2018Eu gostei bastante do livro e foi bom conhecer a forma de escrever da Meg Cabot sem interferência do tradutor. Só acho que ela poderia ter se esforçado mais na razão que tornou Reed persona non grata na cidade de Bloomville, em sua própria família, e magoou profundamente Becky.
Conhecidos e até estranhos já me magoaram muito mais gravemente do que o Reed fez à Becky e eu superei. Não sei se isso significa que sou uma pessoa que perdoa fácil demais (não sou) ou se Becky é que muito, muito sensível.
Que uma Becky de 18 anos se ressentisse, tudo bem, mas com o passar dos anos, ao tocar no assunto envolvendo a infortunada noite do baile de formatura ela, seus amigos, a família Stewart e a cidade deveriam cair na real. Só a mãe de Becky - ótima, por sinal - conseguia ver a infantilidade nisso tudo; tanto na causa quanto na mágoa de todos.
Acredite, eu gostei de The boy is back. Não conseguia largar o livro, mas querida Meg Cabot, já vimos nos outros livros da série Garoto essa história de 3 irmãos que dois são se dão muito bem e o 3º é nariz em pé, causa dos dois primeiros irmãos + seus cônjuges trocarem e-mails sarcásticos sobre o irmão número 3 e sua vida. Nada de novo aqui e não esperava uma repetição.
É um livro divertido com personagens cativantes e passagens engraçadas, mas não tenho paciência para essa trama de namorados de colégio que nunca superaram um ao outro e sem amam até hoje. Isso sempre me pareceu tão irreal...
Becky tem 28 fucking anos e Reed, com quem ela namorou há 10, DEZ, D E Z anos foi o único homem que ela amou de verdade e lhe proporcionou o melhor sexo de sua vida. Eu só senti pena da falta de sorte na vida amorosa e sexual dela. É... morando numa cidade esquecida por Deus não me parece que Reed seja tudo isso e sim que ela devia ter viajado e experimentado mais.
E, lógico, Reed é aquele homem imperfeito - mas não a ponto de ser embuste ou machista - de coração partido de ter deixado sua namoradinha de adolescência para trás e por isso não consegue se envolver com nenhuma mulher (modelos, belíssimas e maravilhosas) seriamente. *revira os olhos*.
Claro, eu sabia no que estava me metendo quando comecei a ler este livro e até que Meg Cabot não pesou a mão no romance água com açúcar. Espero não ter desanimado ninguém a ler o livro. Só estou apontando que de todos os clichês românticos, esse é o que menos me agrada.
Mas enfim. Quando comecei a rascunhar a resenha, havia lido 60% do livro. Estava entretida, mas tinha ressalvas e achava que daria, no máximo, nota 3 pra ele. Porém os últimos capítulos foram tão bem escritos e imprevisíveis que salvaram o livro de receber uma nota tão baixa. Dou 4 estrelas porque é uma leitura agradável, mas pela falta de originalidade em alguns quesitos (alguns eu citei acima e o outro é o plot twist que a Becky deu a dica e eu desconfiava desde o primeiro e-mail de um dos irmãos Stewart porque, de novo, já vimos tudo isso antes nos demais livros da série) não é perfeito.
Todo Garoto Tem continua sendo o livro mais chuchu da série.