Leitora Viciada 16/02/2013A capa não agrada aos olhos e à primeira vista parece confusa, com simbolismos desconhecidos para o leitor comum, que não está familiarizado com o tema. O excesso de cor preta utilizada deixa a capa menos convidativa, visto que não há um destaque visualmente interessante.
Apesar da capa não ser comercial, o trabalho interno de diagramação está mediano, com poucos erros de revisão e fonte de tamanho agradável.
Uma das orelhas do livro está vazia (?), ficou faltando as informações do autor e sua foto, como costuma ser padrão. A sinopse na parte de trás é superficial e não explica exatamente o que o livro é, para um leitor que o segura numa livraria. Somente na orelha do livro (a que não está vazia) encontramos a sinopse.
Um livro que possui uma boa premissa e ousadia no desenvolvimento do tema.
Mostra um lado oculto, paralelo ao nosso, no entanto tão real quanto. A magia, energias, forças desconhecidas, tudo está diretamente ligado às pessoas, ambientes e acontecimentos.
Um mundo obscuro e misterioso conhecido por poucos, decifrado por uma minoria. Sociedades, seitas e grupos secretos que buscam um poder maior, o controle de energias potentes.
Uma linha muito tênue separa a magia do mundo comum e um rapaz possui o incrível dom de distinguir um mundo do outro; ele consegue visualizar energias.
Ariel, esse protagonista com poderes distintos, procura se encaixar nesse perigoso mundo sobrenatural; mesmo tentando se ocultar e estar à margem dos mistérios e energias, ele não consegue; impossível fingir que não vê e não sente a força presente em tantos locais e pessoas.
Numa realidade onde essas energias podem ser acumuladas e apossadas por pessoas, Ariel é uma peça fundamental nessa busca complexa e se envolve numa aventura frenética.
Não compreendo muito essas teorias de ocultismo existentes; posso então estar sendo ignorante nesta resenha, pois nunca me interessei por tal assunto, apesar de gostar de histórias com toques sobrenaturais e mágicos. Prefiro leituras que apenas focam a invenção e a criatividade dos temas fantásticos.
Pois a impressão que tive do livro é que, embora seja todo fantasia e ficção, o autor tentou dar um certo ar de realidade ao livro, mas não conseguiu; acho que ele procurou utilizar de teorias existentes e referências concretas do assunto para utilizar como base para o enredo por ele criado. Antes ele tivesse apenas utilizado a criatividade.
Fato que com certeza interessará leitores que gostam dessa combinação: ler ficção que finja ser realidade, mesmo possuindo as características mais aparentemente impossíveis aos nossos olhos. Mas repito: A tentativa do autor não convence
O autor descreve bem ambientes e compõem bem as cenas, que possuem relativo ritmo de ação. Porém não foi uma leitura que me empolgou, embora tenha me deixado curiosa.
As personagens em minha opinião não são marcantes e nenhum me chamou a atenção. Não é um livro que lerei novamente.
Claro, isso é questão de gosto. Friso bem que o livro não é ruim, que é diferente, exótico e que o autor escreve bem. Só não ocorreu simpatia de minha parte em relação às personagens e ao tema abordado.
O início do livro é bom e instigante. O meio é melhor e mais intenso, mas a partir de um certo ponto, a leitura me desinteressou, tornou-se repetitiva. O final me desagradou, e foi essencial para eu desgostar do livro.
Recomendo este livro para pessoas que gostam de temas de ficção envolvendo ocultismo, magia e esoterismo e suas sociedades e grupos secretos. Agora se o leitor gosta de outro tipo de histórias mágicas, como de magos e feiticeiras padronizados, não recomendo.
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