A filha perdida

A filha perdida Elena Ferrante




Resenhas - A Filha Perdida


1999 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


DIRCE 09/12/2016

Mais um caso de amor efêmero.
Não intencionava tecer comentários sobre este livro, entretanto, me senti impelida a justificar a minha avaliação, tendo em vista as avaliações positivas constantes neste site, avaliações estas que somadas a temática abordada ( relações familiares) me levaram a “atropelar” os demais livros que pretendia ler e comprar e, tão logo o meu exemplar chegou, me atirei à leitura com voracidade.
Logo no início, a lembrança da narradora, na verdade do alerta que sua mãe lhe fez acerca do perigo do mar: “Leda, você nunca deve entrar no mar se vir a bandeira vermelha (...), me provocou verdadeiro júbilo, pois pensei: nossaaaa!!!!! eu e a Leda temos uma afinidade impar, seremos amigas íntimas, com toda certeza. Assim como Leda , eu também fui advertida pela minha mãe sobre o perigo do mar quando , ainda adolescente , fui conhecer o mar. Disse a minha mãe: “ Dirce, cuidado com o mar, ele é traiçoeiro”. Décadas e décadas se passaram e , até hoje, o mar além de encantamento me causa pânico. Minha afinidade com a narradora se resumiu no nosso temor pelo mar, pois nem a coragem que ela teve de enfrentá-lo eu tive, e quanto ao resto...Do resto só frustração.
Sinceramente, sob meu olhar, a autora foi muito infeliz em seu intento – o de desmitificar a maternidade- , visto que, as atitudes e comportamentos da Leda se parecem mais com algum tipo de transtorno do que com algum conflito familiar, dentre eles, a maternidade. Sei que estou sendo rigorosa no meu julgamento, mas não deu para ser complacente com essa mãe, e acrescento: com essa filha e neta.
Durante a leitura, o meu descontentamento me levou a recordar dos inúmeros livros que li com a temática família. Alguns descompromissados como Na palma da minha mão - foi meu livro de autoajuda. Outros, densos como o As Onda - este , li recentemente- , e nele, a magistral V. Woolf comove ao registrar o quão conflitante é a maternidade: o anseio de ser mãe dá lugar a fadiga dos laços familiares. Existem ainda os perturbadores como o “Precisamos falar sobro Kevin” – pobre Eva! Abriu mão de sua vida descompromissada, da sua vida de “mochileira” para satisfazer o desejo do marido e fez jus ao tão falado “ ser mãe é padecer no paraíso”. Ops! Padecer no paraíso ??? Isso só pode ter ocorrido com a outra Eva - sim, essa mesma: a mulher do Adão- porque a Eva da Lionel Shriver ( BRI-LHAN-TE) foi lançada ao Inferno de Dante. E o que dizer das frases da , não menos BRI-LHAN-TE, Clarice Lispector: “ Filhos dão alegrias. Mas também tenho dores de parto todos os dias“. Essas frases , eu, despudoradamente, digo: essas frases " são minhas” .
Então, foi por essas e muitas outras leituras que fiz , e também pela leitura de “ A filha perdida”, que o meu amor pela Leda , que prometia ser um amor até a eternidade , foi tão efêmero quanto o amor dos amantes de Verona ( Romeu e Julieta).
E por falar em amantes , os amantes deste livro devem estar pensando: explica mas não justifica, mas...
09/12/2016minha estante
Interessante sua resenha. Tinha curiosidade em ler Elena Ferrante mas agora não será por esse que começarei.


DIRCE 11/12/2016minha estante
Então, fui dar uma olhada na sua Estante, e por ela concluí que é pouco provável que você "morra" de amores por esse livro, Zé. Mas confesso que fiquei curiosa para saber o que você acharia dele.


André Foltran 12/12/2016minha estante
undefined


Natalie Lagedo 12/12/2016minha estante
Resenha simplesmente MARAVILHOSA! Enquanto estava lendo pensei inúmeras vezes "meu Deus, se ser mãe é tão complicado como essa mulher diz, talvez eu tenha que rever minha vocação." Achei sua opinião muito sensata (o contrário de Leda). Obrigada pelo incentivo pra vida. Abraço.


DIRCE 12/12/2016minha estante
Obrigada, Natalie. E sim. Ser mãe é complicado mesmo, mas nada justifica a atitude da Leda. Ela demonstra ser muito egocêntrica. A atitude em relação à mudança da cadeira de sol, por exemplo - ela serve de mediadora com os holandeses, mas se nega a mudar a sua... Sem noção. E o lance da boneca...Céus!!!


Ana Karina 16/12/2016minha estante
Foi no ponto, Dirce: "Sinceramente, sob meu olhar, a autora foi muito infeliz em seu intento o de desmitificar a maternidade- , visto que, as atitudes e comportamentos da Leda se parecem mais com algum tipo de transtorno do que com algum conflito familiar, dentre eles, a maternidade. "
Estou terminando a leitura com a mesma sensação, com intuito de "desromantizar" a maternidade, a autora errou a mão e exagerou, achei parecido com a intolerância que vemos hoje sobre temas polêmicos nas redes sociais, só o extremismo vale. Se fosse um bolo, eu diria que solou.


DIRCE 16/12/2016minha estante
Essa Leda não nos representa ( a nós mães), Ana Karina.bjs


Fantine 27/12/2016minha estante
Concordo plenamente, esse livro foi uma decepção. Estou até desanimada para ler os demais livros da aurora.


DIRCE 28/12/2016minha estante
Oi Mah,
Obrigada por compartilhar sua opinião acerca do livro.


Bruh 03/01/2017minha estante
E em meio a tantos elogios encontro 'abrigo' na sua resenha! Muito Obrigada Dirce. Eram tantos comentários bons sobre a história que assim que meu exemplar chegou eu comecei a leitura e me decepcionei MUITO. Li "Precisamos falar sobre Kevin" esse ano e, não pude deixar de comparar a tentativa de Ferrante de desmitificar a maternidade ao trabalho excelente da Shriver na sua obra. Embora eu não seja mãe, consegui sentir empatia por Eva, porém por Leda eu só lia e pensava "pouco importa". Suas ações e justificativas não convencem...
E o término da história? Terminou mesmo? Pq eu fiquei olhando o livro e pensando: Acabou?


DIRCE 06/01/2017minha estante
Oi Bruh !
Terminou sim, no meu entendimento, com um final feliz para surtadinha.


Paula 15/02/2017minha estante
Por várias vezes pensei que Leda tinha algum transtorno. Desde então, fiquei mais atenta em descobrir qual é do que com o enredo em si.


DIRCE 15/02/2017minha estante
Oi Paula,
Obrigada por deixar sua impressão. Essa protagonista está mais para uma antagonista.


Flavio 04/06/2018minha estante
Olha eu concordo plenamente que as atitudes dela parecem algum tipo de transtorno. Penso que é justamente a qualidade do livro: não só desrromantizar ( nem sei se essa palavra existe hehe ) a maternidade mas caracterizar, sem um narrador julgando, uma relação doentia com as filhas, fruto de uma mãe desajustada. Inveja da ''amiga'' do casal que agia como uma mãe mais carinhosa que ela, explosões de raiva, desprezo pelas filhas, egocentrismo e mesquinharia... Eu não sei se eu romantizo muito a família e a maternidade mas achei ela bem horrrível hehe... enfim foi isso que eu gostei apesar de minha raiva e e indignação é uma personagem bem construída...


Claire 12/08/2019minha estante
Dirce, eu gostei muito do livro. A autora conseguiu mostrar o peso da maternidade, o cansaço, a anulação das muitas potências que trazemos, os conflitos entre o que desejamos e o que temos como responsabilidade. A personagem foi mãe muito jovem, há uma imaturidade na sua relação com as filhas e um desejo de autorealização do seu ego, pela própria imaturidade em lidar com tantos sentimentos talvez ela tenha tomado uma atitude tão drástica. A questão da boneca é bastante curiosa e foi uma incógnita para mim durante toda a leitura. Somente nas últimas páginas compreendi o simbolismo da boneca e o que moveu uma atitude tão pueril da protagonista. ? um livro que mostra a maternidade no seu limite, beirando a tênue linha entre o sano e o insano.




Paula 20/10/2016

Para quem anda tão encantada pela Ferrante como eu, é complicado dizer isso, já que gostei muito de tudo o que li até agora, mas A filha perdida é um dos melhores dela (junto com dias de abandono) e um ótimo começo para quem nunca leu nada da autora. Muito desse livro ecoa em todos os outros. A questão principal, e que sempre é retomada nos livros da autora, é a maternidade, a relação entre as mulheres (e também a condição das mulheres). Cheio de simbolismos, livro riquíssimo, que desconstrói vários mitos sobre a maternidade, e dá pano para muitas discussões (mas muitas mesmo!). Mais do que recomendado!!!
Luís Henrique 20/10/2016minha estante
Seguindo a sua linha de pensamento (do outro comentário seu), ao falar desses livros você demonstra paixão. E isso nos estimula. Massa!


Paula 20/10/2016minha estante
Ando apaixonada pela Ferrante mesmo, Luís! E esse livro é maravilhoso, vale a pena ler!


Dana 21/10/2016minha estante
Paula, tem uma ordem os livros da tetralogia? Esse seria qual, por favor? Quero começar e ler todos. Me perdi na sequência, rs


Paula 21/10/2016minha estante
Esse não faz parte da tetralogia, nem o Dias de abandono, são leituras independentes. A tetralogia só tem três publicados no Brasil até agora: 1 A amiga genial, 2 História do novo sobrenome 3 História de quem foge e de quem fica. =)


Mariana 12/02/2017minha estante
Legal sua paixão. Vou começa a lê agora, esperou sentir o mesmo entusiamos que o seu.


Allyne 07/12/2020minha estante
Não entendi o final. =X


Andrea 25/04/2021minha estante
Achei o livro apenas ok. Esperava muito mais da autora depois de ler tantos elogios sobre ela. A personagem principal tem um forte desvio de caráter e parece beirar à loucura com toda a adoração dela pela boneca. Achei uma história sem pé nem cabeça. A leitura incomoda e não cativa o leitor.


Rosa Santana 01/07/2022minha estante
O ?ser mãe é padecer no paraíso? cai por terra com esse livro da Ferrante. Traz à baila nossos medos mais fundos, o de não sermos aceitos por não desempenhar o papel que nos impingiram: o do anulamento do nossa condição de sujeito!
Vi o filme e gostei demais; daí estou lendo o livro: gostando mais ainda!


Karla 05/09/2022minha estante
sinceramente, não gostei muito e quando menos esperava,acabou kkkkkk




Heloisa 27/12/2016

Me decepcionei com a opinião dos leitores
Caraca, primeira vez que isso acontece com a galera daqui.
O livro é mto ruim, a história é fraca, sem graça, sem emoção. Um horror. Personage fraca, no fim a gente sabe mais das filhas dela do que da própria. 4,2 pra um livro chato desses? Putz...
Carol 29/12/2016minha estante
Amiga, não te conheço mas "tamo junto"... Acabei de terminar o livro é tô tentando entender o porquê do frisson todo acerca dele...


Carol 29/12/2016minha estante
e tô**


Henrique Sobral 08/01/2017minha estante
Será que a expectativa de todos estarem falando do livro não tenha, de alguma forma, influenciado na percepção da leitura? É o livro simples. O enredo de fato não me atraiu muito, mas gostei da forma como ela escreve. Como entretenimento, gostei.


Paula 15/02/2017minha estante
Realmente, não é tuuuuudo aquilo que falam. Não sei se lerei mais alguma coisa de Elena Ferrante.


Heloisa 20/02/2017minha estante
Infelizmente eu continuo acreditando nas notas do pessoal aqui.. rsrs


Dorothii 07/04/2017minha estante
Concordo, odiei o livro, realmente o pior livro q ja li


Paula 10/04/2017minha estante
Pois é.... Fiquei até com receio de ler a série napolitana que tanto queria. Mas quem sabe dou uma chance mais para frente.


Juliana 21/06/2022minha estante
Queria ter achado seu comentário antes de ler o livro.. Estou me sentindo uma estranha, pois não gostei nenhum pouco desse livro. Achei monótono, fala, fala.. mas não aprofunda em nada, nada acontece de fato. Agora estou aqui, sem conseguir ler mais nada porque tudo me parece ruim.




spoiler visualizar
Odyle 04/04/2017minha estante
Também ainda tentando entender


sara oliveira 05/04/2017minha estante
fiquei tão frustrada tentando entender, que acabei concluindo que não passou de um final bobo com cara de profundo :(


Odyle 07/04/2017minha estante
Pode ser. Mas de todo modo a questão é se ela sobrevive ao ataque, né? No final das contas acho q a ideia do livro é boa e não é mal escrito, mas a história poderia sedesenvolver melhor


sara oliveira 31/07/2017minha estante
Poderia mesmo! Vou reler depois pra ver se tiro uma nova conclusão


anarontani 30/06/2018minha estante
fiquei muito incomodada com o final tb ... e procurando aqui nos comentários, vc foi a primeira q comentou
fiquei inventando teorias e tal e talvez o golpe q ela recebeu fosse a reação q ela gostaria de ter recebido das filhas ??? pq ela diz q as filhas nunca falaram sobre a fuga dela ...
e nina é ela mais jovem, não só na aparência como as filhas. é ela na atitude, nas vontades, e nas reações talvez.
sei lá, desculpa o ?desabafo? hahahahahah


sara oliveira 11/07/2018minha estante
pode ter sido isso mesmo!
inclusive,
fico mais tranquila sabendo q não fui a única a não entender haha
ainda assisti a uns vídeos de booktubers (é isso?! rs) mas não vi ninguém comentando o final. daí concluí que tb não sacaram a ideia ?


anarontani 11/07/2018minha estante
talvez ...
esses finais com mil possibilidades ?????




Flavia_Lo 07/12/2023

Minha primeira experiência lendo Elena Ferrante e que misto de sentimentos que essa leitura me gerou.
Leda é uma personagem que facilmente gera opiniões diversas, muitos amam, muitos odeiam, mas independente da sua opinião, é difícil você não acha-la uma personagem fascinante, há momentos de acolhimento e de julgamento.

Ao observar de longe uma família que também estava de férias e frequentava a mesma praia, ela se vê espelhando ações dos membros em sua própria história, flashes de memórias dolorosas moldam a maior parte do livro.

Além das desmistificação do “Ser Mãe”, os momentos gloriosos, maravilhosos, de reconhecimento que rondam essa idealização, porém como existem diferentes tipos de mulheres, também existem diferentes tipos de mãe, que rompem essa estigmatização. O processo da maternidade não é incrível para todas.

Uma personagem mesquinha e machucada, que gera muita identificação e muita culpa consequentemente, assim como a própria Leda que em muitos momentos não entende as próprias ações.

Provavelmente um dos maiores motivos para me fazer gostar dessa leitura e da escrita da Elena, foi as personagens femininas extremamente reais, cheias de defeitos, com ambições, sonhos e primor. Sem dúvida, é muito mais confortável ler sobre “uma mulher escrita por uma mulher”.

Enfim, não é um livro para todo mundo, é provocativo, é repulsivo, é acolhedor. Você não está sozinha por se sentir assim.
Fabio 07/12/2023minha estante
Mais uma pintura de resenha, Flavinha, querida!?
Parabéns!!!???


Flavia_Lo 07/12/2023minha estante
Aí Fa, nunca tinha lido nada da Elena, mas que experiência avassaladora ??


Fabio 07/12/2023minha estante
Eu me lembro de cada detalhe desse livro, e olha que eu já li faz um bom tempo. A Ferrante tem esse poder de ecoar o texto em nós durante muito tempo. Impressionante, você vai ver


Fabio 07/12/2023minha estante
Bom demais né, Flavinha? ??


Flavia_Lo 07/12/2023minha estante
Você vai julgar, mas logo você se identifica, que fascinante


Fabio 08/12/2023minha estante
Demais, Flavinha!
Espero poder ler mais coisas dela em breve!?


Flavia_Lo 08/12/2023minha estante
Eu também, já comprei o primeiro livro da tetralogia napolitana kkkkkk




Natalie Lagedo 15/11/2016

A Filha Perdida é uma história forte, de como a mulher se insere na família e no trabalho. Não é um discurso feminista e/ou vitimista. É feminino. É doce e decidido. É o 'eu' de Leda e o 'nós' de todas as personagens. É sobre aquilo que abrimos mão quando resolvemos ter filhos. É também sobre aquilo que ganhamos quando resolvemos ter filhos. Doação, cansaço, falta de reconhecimento. Coisas recorrentes. É disso que fala o livro.

As descrições da Itália napolitana são lindas. Imagino as pessoas falando alto e andando em grupos, típico deles. A praia, o sol, a cidade. Tudo explicado. O texto flui bem e os capítulos são curtos. Merece uma releitura de minha parte se eu chegar a pôr algum filho no mundo. Talvez eu ganhe mais empatia pela narradora, pois não consegui avaliar algumas situações, já que não vivenciei nada parecido e ainda me encontro na situação de filha. Quem sabe se uma base empírica não melhora minha opinião?
Pipo 16/11/2016minha estante
Lelivros.com ? rs


Natalie Lagedo 16/11/2016minha estante
Então :)


Pipo 16/11/2016minha estante
Somos dois. rs


Geórgea 20/12/2016minha estante
Acho que li no momento certo, pois me tornei mãe este ano! :) Foi muito impactante para mim.


Geórgea 20/12/2016minha estante
A doação e o cansaço são totalmente verídicos! Para mim, o cansaço é de uma intensidade que nunca senti antes! Só o amor para dar forças, mas quem não admite o nível do cansaço está mentindo.


Kelly Oliveira Barbosa 17/02/2017minha estante
Vou ler ^^




Jackie! 21/12/2022

A saga da boneca!
Eu vi metade do trailer do filme e criei uma fic totalmente diferente do que o livro ia ser... Parabéns pra mim!

O livro começou bem, me deixou bem intrigada e eu refleti horrores durante as primeiras páginas, até uns 40% da história. Depois disso achei que a narrativa se tornou um pouco repetitiva e monótona.

A personagem principal não está bem e isso vai ficando nítido a cada virada de página, só que por mais que se crie uma certa empatia com ela, tem certas atitudes e decisões que ela toma, que tu fica "???". As férias dela eram a chance que ela tinha para focar em si mesma e relaxar, mas a bonita resolve bisbilhotar a vida dos outros e dá no que deu!

PS: Se eu encontro aquela boneca eu devolvo na mesma hora ou eu taco ela no fogo, tá pior que a Anabelle.
laura 22/12/2022minha estante
esse livro é muito estranho


Jackie! 22/12/2022minha estante
simm, a ponto de causar um desconforto.


May | @vidadaleitora 27/12/2022minha estante
Vc ja viu o livro "Uma noite na praia"? É a fic do ponto de vista da boneca e eh meio creepy


laura 28/12/2022minha estante
nossa que massa, por onde você leu?


May | @vidadaleitora 29/12/2022minha estante
Eu li on-line pelo Le Livros




Renata CCS 19/04/2018

Um retrato intenso e quase insuportável do que é ser mãe.
.
“Seja uma pessoa completa. A maternidade é uma dádiva maravilhosa, mas não seja definida apenas pela maternidade. Seja uma pessoa completa.”
- Chimamanda Ngozi Adichie


A FILHA PERDIDA foi meu primeiro contato com a escritora Elena Ferrante, pseudônimo da aclamada romancista italiana que tem tido grande – e merecida – repercussão internacional.

A breve narrativa de 176 páginas é feita em primeira pessoa pela protagonista Leda, uma acadêmica de 47 anos que resolve tirar um período de férias na costa jônica, litoral sul da Itália, pouco depois de suas duas filhas, já adultas, irem morar com o pai em Toronto, no Canadá. O livro é, essencialmente, a narrativa das férias de Leda, mas com progressivas revelações sobre sua história de vida.

Com a mudança das filhas para outro país, Leda defronta-se com um sentimento totalmente diferente daquele que esperava ter. Ao invés de sentir-se sozinha por deixar de ser mãe em tempo integral, sente-se aliviada. Um alívio que chegava a ser constrangedor. Em suas próprias palavras, “(...) estava como alguém que conquista a própria existência e sente um monte de coisas ao mesmo tempo, entre elas uma ausência insuportável”. A casa, como num passe de mágica, passou a se manter sempre em ordem e, sem a preocupação com horários para colocar comida na mesa, passou a fazer as refeições em uma trattoria próxima. A leveza que o rumo de sua vida tomou refletia até em sua aparência. Olhando-se no espelho, constatou que parecia mais jovem.

Rejuvenescida e revigorada, tirou férias sozinha. Viajou contando apenas com sua própria companhia, rumo a um encontro consigo mesma. Alugou um pequeno apartamento no litoral e seguia, todos os dias, com seu carro, para a praia. Sua atenção se alternava entre a paisagem praiana, suas leituras e os banhistas, e em especial, a uma família ruidosa de napolitanos que frequenta o local. Seus olhares prendem-se mais em Nina, uma jovem mãe que sempre brinca dedicadamente com a filha pequena, Elena, parecendo indiferente ao restante da numerosa família. Nina faz Leda lembrar-se da própria juventude e de seu relacionamento com as duas filhas. Ela vai, aos poucos, relacionando aquela família às pessoas que fizeram parte de sua vida, de seu passado, e confessando ao leitor suas memórias mais desconcertantes e obscuras. A partir daí, a narrativa vai se alternando entre seu passado - por meio de fluxo de consciência de Leda - e a ilusória harmonia da vida de Nina. O conflito traça ao leitor um retrato fiel e, por vezes, nada glamouroso, do que é ser mãe.

A FILHA PERDIDA fala, principalmente, dos inconvenientes da maternidade, um lado que a sociedade não gosta de ver e até finge não existir. Enfim, é ainda um tema tabu nos dias de hoje. As personagens femininas mostram-se, ao mesmo tempo, apaixonadas e submissas à demanda de sua prole, realizadas por serem mães, mas anuladas em suas identidades. Todas têm ânsia de liberdade que, quando conquistada, parece-lhes indigna.

As mulheres escritas por Elena Ferrante são assustadoramente verossímeis em seus dramas e conflitos internos. São tão humanas e emanam tanta empatia que é impossível ao leitor condenar seus atos.

A FILHA PERDIDA é um romance magnífico! A partir de cenas simples e acontecimentos banais, Ferrante desenvolve magistralmente uma narrativa sublime: poesia e dramaticidade na medida correta. Sua linguagem traduz o que há de mais íntimo no ser humano. É profunda, pesada, arrasadora, viva.

O livro me balançou de uma forma que poucas obras foram capazes. Em um mundo que ainda idealiza a figura da mãe como um ser celestial, a obra abre caminho para discussões e quebra estereótipos de tantas representações idealizadas da maternidade.

Uma obra imperdível. Impossível manter-se indiferente depois dessa leitura.
Daniel 19/04/2018minha estante
Se vc gostou deste nao deixe de ler de jeito nenhum a tetralogia napolitana, que começa com A Amiga Genial. Bem vinda à Ferrante Fever!


Renata CCS 19/04/2018minha estante
Já encomendei todos os outros!


Carla Rúbia 21/04/2018minha estante
Eu tive o primeiro contato com a escritório através de Amiga Genial que acabei abandonando e ficando resistente. Mas voltei para esta autora por conta deste livro e foi devastador! Mexeu mto comigo e confesso que foi uma grata surpresa. Uma verdade sem romance e mais perto de quem vive a maternidade. Bjo


Renata CCS 26/04/2018minha estante
Carla, "devastador" define bem o caráter desse livro, como você mencionou. A linguagem de Ferrante traduz o que há de mais íntimo na natureza feminina. Um livro imperdível.


Helder 16/12/2021minha estante
Que bom encontrar sua resenha por aqui. Devorei este livro e agora entendo o fã clube da autora.




Marcella.Martha 02/08/2018

Ma che cazzo!
Meus sentimentos depois de muita expectativa para esse primeiro encontro com a bombadíssima Elena Ferrante:
:(

Leda, nossa protagonista, é uma mulher de 48 anos, divorciada, com duas filhas adultas, que decide dar umas férias a si mesma e vai passar umas semanas numa praia na Itália. Lá, ela encontra uma grande família barulhenta napolitana que chama sua atenção, se mete mais do que devia com eles sem ser chamada, cria tretas desncessárias e revela que tem vários probleminhas.

Esse é meu resumo de A Filha Perdida. Mas não se deixem levar pela minha opinião porque esse é realmente um caso de o problema sou eu, não o livro. 90% da população humana ama a Ferrante, e eles têm bons motivos. Só realmente não caiu nada no meu gosto, então vou ficar aqui sozinha no meu cantinho dos excluídos.

A escrita da ragazza é bem boa e muito forte. Não deixa sombra de dúvidas sobre a atmosfera da história ou os sentimentos (muitas vezes conflitantes) da protagonista. A Ferrante dá na cabeça do prego o tempo inteiro. Eu consegui apreciar a construção de uma personagem "real" e totalmente imperfeita, consegui apreciar a honestidade dela sobre a maternidade (uma coisa que eu, particularmente, não vejo com nenhum sentimentalismo ou ilusão, então pude até concordar com muitas das conclusões da Leda, ainda que eu não seja mãe). MAS.

Apesar do livro ser muito curto, eu achei arrastado. Fiquei mais interessada no conflito do presente, com a família napolitana, do que nas digressões da Leda tentando o tempo inteiro justificar para o leitor a sua falta de habilidade maternal (amiga, não rolou, você é apenas uma mãe muito ruim, aceita que dói menos). E acaba que as digressões tomam tipo 65% das páginas. Depois de um tempo eu já estava apenas revirando os olhos.

Não me comovi com nenhum dos personagens, muito menos com a Leda, que além de uma mãe cambeta, é ainda uma pessoa muito da insuportável. Eu entendi que o ponto é esse, mas eu não sei se tenho interesse em ler sobre uma mulher que é simplesmente um ser humano tosco em todos os aspectos. Não vi nenhuma qualidade redentiva nela ou na história. Ela não me pareceu interessante, só chata mesmo. A família napolitana é tão ruim quanto. Aqui temos uma praia paradisíaca na Itália cercada por pessoas insuportáveis por todos os lados. The end.

Felizmente o livro é realmente muito curto, então matei rápido. Pretendo dar mais uma chance e tentar a sorte com A Amiga Genial só porque a escrita é realmente muito forte. Vai que, né.
Thais 03/08/2018minha estante
Também não gostei desse livro, vou dar 2 estrelas


Marcella.Martha 05/08/2018minha estante
Se servir de alguma coisa, eu finalmente li A Amiga Genial, que é livro mais famoso e primeiro da tetralogia napolitana, e é realmente bem melhor do que esse (apesar de muitas semi-temáticas parecidas).


Thais 05/08/2018minha estante
Acho que ele tá no unlimited, vou dar uma chance!!


Clarinha 03/11/2018minha estante
Caramba, nunca uma resenha me representou tanto!!!


Felipe Almeida 01/04/2020minha estante
Finalmente um pouco de lucidez em meio ao endeusamento de um livro só por causa da autora. É uma história muito sem graça, uma trama que pouco te prende, personagens chatos e um desfecho fraquíssimo. Concordo plenamente com vc.




Guilherme.Maia 10/04/2021

Um verdadeiro soco no estômago!
Há livros que marcam nossas vidas, há livros que são como verdadeiros socos no estômago, e há aqueles que além de marcar nossas vidas, e dar um soco no estômago, mudam totalmente nossa forma de ver algumas questões da vida.

Estou completamente impactado com o livro, é genial, a autora me trouxe uma visão muito diferente sobre filhos, sobre a criação dos filhos e sobre as famílias em geral.

Como minha parceira de leitura Amanda Riselli me disse, depois de ler um livro da autora não somos os mesmo, e eu saio diferente depois dessa leitura.

A única recomendação que eu deixo para quem for ler é ler com a cabeça aberta, caso você não tenha a cabeça aberta para certos assuntos, você vai ter outra visão sobre o livro.
Guilherme.Maia 10/04/2021minha estante
Obrigado por tudoooo, que livro foi esse que você me indicou obrigado por tudooo. ??


Cris609 11/04/2021minha estante
Mais um livro adicionado na minha listinha após a rua resenha, Gui!!! Tentarei encaixá-lo neste mês ou no máximo no próximo. Fiquei curioso por essa narrativa. Excelente resenha!


FabAola 11/04/2021minha estante
Nossa, vou colocar na minha lista também, tanta gente fala bem dessa autora! Quero conhecer. Gui, parabéns pela resenha ???


Guilherme.Maia 11/04/2021minha estante
Cris que honra muito obrigado de coração, você não tem noção do quanto fico feliz por de alguma forma ajudar.
Você vai se surpreender.


Guilherme.Maia 11/04/2021minha estante
Fabíola você vai amar demais, você vai se surpreender com ela.
Obrigado de coração. ?




Fernanda2477 11/11/2023

Livro bem curtinho que fala sobre maternidade através de um outro olhar, trazendo muito mais uma maternidade real do que a romantização que costumamos encontrar na maioria das vezes.

A escrita da Elena Ferrante é muito boa, descreve as cenas e os sentimentos das personagens sem se tornar cansativa em nenhum momento. Mesmo trazendo a narrativa de situações corriqueiras, mantém o leitor preso, querendo saber o que irá acontecer nas páginas seguintes.

Gostei bastante e com certeza leria um outro livro que falasse mais sobre Leda ou trouxesse a história de Nina também.
Gleidson 12/11/2023minha estante
Sou suspeito pra falar da Elena Ferrante, mas esse livro é muito bom mesmo!


Fernanda2477 15/11/2023minha estante
Sim, a escrita da Elena Ferrante é maravilhosa mesmo! Envolve demais o leitor


Gleidson 15/11/2023minha estante
Tô no primeiro livro da tetralogia napolitana. Recomendo hein...


Fernanda2477 17/11/2023minha estante
Li a tetralogia ano passado e adorei! Virou uma das minhas séries favoritas, tento até vontade de reler um dia


Gleidson 18/11/2023minha estante
É tão bom que dá vontade de reler mesmo.




regifreitas 13/11/2016

O nome Elena Ferrante, já faz tempo, vem ecoando por aí; é, sem sombra de dúvida, o modismo literário do momento - e sempre fico com o pé atrás quando se trata desses modismos! Mas, quando gente que eu respeito muito a opinião, começou a exaltar a obra da autora, fiquei com uma pontinha de curiosidade.

Hoje de manhã comecei a ler, e não consegui parar mais! Faz algumas horas que conclui a leitura, e a história, nas suas múltiplas possibilidades de interpretação, ainda continua reverberando na minha cabeça!

Ou Ferrante fez algum pacto diabólico para enfeitiçar todos os que tomam contato com o texto dela, ou realmente é uma autora que tem algo a dizer! Como todo modismo, o tempo vai dar a palavra final! Até lá, confesso: sou mais uma das vítimas dos sortilégios da enigmática Elena Ferrante!
Marta Skoober 14/11/2016minha estante
Gostei da resenha, Regi


Marta Skoober 14/11/2016minha estante
Mas sou muito maricas para ler livros tão absolutamente enfeitiçados..


Franciele 20/11/2016minha estante
Concordo com cada palavra do que você disse: "Ou Ferrante fez algum pacto diabólico para enfeitiçar todos os que tomam contato com o texto dela, ou realmente é uma autora que tem algo a dizer!" É isso, essa mulher (se é mulher mesmo) me desconstrói o tempo todo. Louca para ler esse livro tbm!


ElisaCazorla 07/01/2019minha estante
E aí, Regi, me diga o que acha da autora agora que já passou o modismo. Eu acabei de ler este livro e gostei muito. Você leu outros dela?




cris.leal 26/06/2017

Altamente emocional...
Sem sentir a síndrome do "ninho vazio", mas aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, Leda, uma professora universitária de meia-idade, decide tirar um solitário descanso junto ao mar, no sul da Itália.

Lá, ela encontra uma grande família napolitana barulhenta, com quem, a princípio, travou uma relação de observação silenciosa, devido a semelhança com a sua própria família, da qual conseguiu escapar aos dezoito anos para estudar em uma outra cidade. De todos os integrantes da família de veranistas, Leda se identificou em especial com Nina, que parece ser a mãe perfeita de Elena, uma menininha de três ou quatro anos, que nutre um enorme afeto por sua boneca a quem trata como filha também.

A convivência com a jovem mãe, com a sua filha pequena, e com as turbulências provocadas pelo roubo da boneca que a garotinha amava tanto, desencadeia em Leda um redemoinho de memórias sobre sua própria vida e suas escolhas como mãe. Escolhas difíceis e pouco convencionais.

"A Filha Perdida" é um livro altamente emocional, que trata da inadequação de Leda como mãe. É um retrato corajoso e extremamente moderno de uma mulher que admite para si mesma, que a sua vida sem filhos poderia ter sido mais feliz.

Trazer à superfície questionamentos sobre o mito da sagrada maternidade, não é tarefa fácil, mas Elena Ferrante o faz competentemente. Sua personagem passa a limpo sua vida, enfrenta seus fantasmas e consegue no final uma espécie de ressurreição interior. Recomendo a leitura!

site: http://www.newsdacris.com.br/2016/12/eu-li-filha-perdida.html
Caroline 08/01/2022minha estante
eu amei esse livro quando li, Cris! Ainda não vi o filme na Netflix, mas quero ver. Ps: estava com saudades das suas resenhas ?


mariners 09/01/2022minha estante
Estava sentindo falta de vê-la por aqui! ?


cris.leal 09/01/2022minha estante
Meninas, vcs são demais!? Eu ainda estou com a nuvem da ressaca sobre a cabeça e não consigo ler nada.? Esta resenha de A Filha Perdida é muito antiga. Ontem fiz algumas correções no texto original e ela começou a aparecer como recente. Obrigada pelo carinho! ?


Auud Herself 17/07/2022minha estante
Cadê você? Me guio pelos livros que você lê. :)




Camila Felicio 09/10/2023

Chocante
Que escrita fantástica e que relato cru e direto!
Para mim foi beeeem melhor que o primeiro volume de "A amiga genial", mas ainda me falta seguir a série!
O livro retrata maternidade sem esteriótipo, relações familiares conflituosas no cenário de Ferrante: A Nápoles problemática, intensa e violenta que deixa rastros em todas as pessoas que nela conviveram, ainda que as pessoas tentem fugir, as marcas estão ali!
Creio que seja um livro que funcione muito mais com a público feminino (como toda a obra da Ferrante, na minha opinião) e para um público 30+ ou para jovens mães (que não endeusam suas relações familiares ou que não tem a sorte de obter vínculos perfeitos ao ponto de não julgar totalmente a protagonista... Afinal o ser humano não é perfeito, muito menos as mães... Logo a vida não é um livro YA com chiclês).

Indicado, mas não para todos!
Pedro 09/10/2023minha estante
Não, a vida não chega nem perto de ser um livro YA com clichês. ?


Camila Felicio 09/10/2023minha estante
Exataaamente!!!! ????


Fabio 10/10/2023minha estante
Ótima, resenha, Camila!
A Ferrante, sendo ela mesma!
Apesar de não ter gostado do livro, a escrita da Ferrante é absurdamente tocante!


Camila Felicio 11/10/2023minha estante
Este livro é muito 8 ou 80, Fábio kkkkk Ou amam ou não gostam kkkk Eu só não curti o Amor Incômodo (acho que se chama assim), ele me incomodou literalmente kkkkkkk Mas a escrita dela é brutal, maravilhosa




1999 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR