Flush

Flush Virginia Woolf




Resenhas -


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Leila 20/08/2022

Flush - memórias de um cão é daqueles livros que dão um quentinho no ❤️ e se você for apaixonado por pets então, é um prato cheio. Eu que sou a #loka dos bichos, nem preciso dizer que amei né?! É um livro fora da curva dentre todos que li da VW até hoje e se tornou um queridinho pra mim.
O legal da obra é vermos toda a vida da poeta vitoriana Elizabeth Barret Browning pelos olhos do seu cãozinho e também de toda a Inglaterra da época, além de ficarmos sabendo também da história da aristocracia canina (o máximo da chiqueza, rs). É claro que os críticos de então não aceitaram bem o livro da VW, mas os leitores comuns amaram essa delicia de ler e eu que não sou boba e nem nada, gostei demais, afinal de contas por aqui também apreciamos fofurices.
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Joao.Ricardo 23/04/2020

Não é apenas um livro sobre cachorro
Confesso ser avesso aos filmes de animais - "Marley e eu", "Sempre ao seu lado", etc. Isso me levou a ter um certo preconceito com "Flush - uma biografia", fato que só foi superado por ser Virginia Woolf a autora, que certamente nunca iria me decepcionar. Era preciso superar aquele enredo de fábula com animais falantes, ou aquelas tragédias em que sempre tem uma moral sem crítica, burguesa, de um animal leal que chega a ser tolo - ou seja, aquele pastiche de passagem bíblica em que a lealdade animal desloca toda a sua essência a presença do ser humano. Ok, chega... agora todos sabem que meu alterego leitor tem uma parada cardíaca ao entrar na livraria e ver "Marley e eu" em destaque.
Respirei fundo e confiante na capacidade de Woolf antes de ler as primeiras linhas e não me decepcionai até o fim! "Flush - uma biografia" leva como protagonista Flush, um cocker spaniel inglês. O cão é o crivo que nos faz enxergar como pano de fundo a vida da poeta vitoriana Elisabeth Barrett. Entretanto, o que toma constante presença é a percepção de Flush sobre vários aspectos da vida, somos imersos em uma espécie de filosofia canina muito particularizada.
Explicando dessa maneira parece bobo, eu sei. Mas, não se esqueçam que falamos de uma obra de Virginia Woolf - eminente representante da literatura modernista de língua inglesa, que se valeu de inovações narrativa e poéticas para reformular a narrativa tradicional. No caso específico da obra, o objeto biográfico é deslocado para uma cachorro, deixa-se de abordar a vida de notáveis para trazer, em pé de igualdade, a biografia de um animal - fato que remete ao mesmo viés de Orlando.
Há também uma crítica social que reflete a identidade inglesa ora marcante em Flush, ora destacada em Elisabeth. Essa denúncia da presença identitária inglesa permeia todo o livro e trás uma profundidade complexa para aquela obra que é vista como um livro em que o protagonista é um cachorro.
Não é preciso ir tão long... é possível limitar a leitura para a mera vida de Flush como um cachorro inglês perspicaz.
Fica ao seu gosto.
É uma boa indicação como um ótimo livro de entrada ao mundo de Virginia Woolf.
vicki4you 26/02/2021minha estante
Olá ,
como você está? Meu nome é Srta. Vicki Dickson, vi seu perfil hoje e me interessei por você, quero que envie um e-mail para o meu endereço de e-mail privado (vickidickson100@gmail.com) porque tenho um assunto importante que quero compartilhar com você




Bárbara | @barbaraeoslivros 01/06/2021

Leve, bonito e divertido com a qualidade de Virginia Woolf
Flush - uma biografia, de Virginia Woolf, conta a história de um cachorro, da raça Cocker spaniel, que pertenceu à poeta inglesa Elizabeth Barrett Browning (1806 ? 1861).

A biografia baseia-se em cartas que srta. Barrett trocou, entre os anos de 1845 e 1846, com o futuro marido, com quem fugiu para Florença-Itália, o também poeta Robert Browning.

Após o exaustivo processo de escrever As ondas, Woolf decidiu se debruçar na leitura da correspondência de Elizabeth Browning, e o cãozinho da poeta lhe chamou atenção suficiente para que ela decidisse escrever esta obra em seu período de descanso.

O relato das sensações caninas de Flush, sua forma de perceber o mundo através do olfato e seu desejo pela liberdade de correr sem coleira, é encantador e realmente parece captar a essência de como funciona a cabeça de um cachorro em seus dilemas, suas crenças, seus instintos...
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Luíza | ig: @odisseiadelivros 28/02/2020

“Em seu corpo corriam as veias das paixões humanas; ele conhecia todos os graus de ciúmes, raiva e desespero” (p. 98)
Como bichinho de estimação, eu só tive um hamster. E quase um peixe, que infelizmente desceu pela privada. Alguém já escreveu as impressões que um hamster teve sobre a vida? E as de um peixe? Podem resultar em narrativas interessantes nas mãos de um escritor habilidoso. E Virginia é, por excelência, uma escritora habilidosa.
Ok, tentarei – e provavelmente falharei miseravelmente – não elogiar (muito) a Virginia nesta resenha. O que eu quero dizer é que, a partir de um enredo aparentemente simplório, Virginia Woolf esculpiu um romance sublime, conseguindo abordar diversos temas, a partir da história, contada através de um discurso indireto livre, de um cão, Flush, um Cocker Spaniel.
Acompanhamos Flush desde a sua “infância”, seus anos de liberdade no vilarejo Three Mile Cross, com sua primeira dona, srta. Mitford, que resolve dá-lo a sua amiga, a então srta. Elizabeth Barrett. O florescer de seus hábitos instintivos é cessado nos anos em que vive em uma condição semelhante a um regime aberto, assim como a srta. Barret, acometida por uma misteriosa doença. Assim, a partir de Flush conhecemos a limitada e hierárquica sociedade londrina, tanto a dos cães quanto a dos humanos, já que a percepção de Flush é aguçada para ambas perspectivas. Por meio de Flush, uma biografia acerca da família Barret/Browning é tecida. É válido lembrar, neste ponto, que é, de certa forma, uma biografia verídica, feita a partir de muitas pesquisas em cartas e outros materiais, com uma pitada de poesia inserida pela autora, com todo o floreio caracteristicamente conhecido de sua escrita. Uma das partes mais tocantes, poetizada por Virginia, é o primeiro encontro da srta. Barret e Flush, em que, em um primeiro olhar, eles estabelecem suas afinidades e diferenças. É verdade que se parecem, mas é igualmente verdade que possuem suas dissonâncias – a incapacidade de falar de Flush é limitante em suas relações, deixando com que entre eles sempre haja “lacunas”.
Apesar disso, é Flush quem renuncia aos seus prazeres instintivos em prol de acompanhar sua aprisionada dona todos os dias, em Londres. É ele quem fica enciumado com os encontros com o sr. Browning. É ele quem faz com que conheçamos as periferias de Londres, a partir de seu sequestro, evidenciando as desigualdades que permeavam o aparente requinte da capital inglesa. E é ele quem acompanha a fuga de Elizabeth, agora sra. Browning, com seu marido, Robert, para a Itália. Todos esses eventos são contados a partir de seu ponto de vista, rente ao chão, em que a sinestesia, principalmente com a relevância do olfato, é muito marcada na narrativa. Os cheiros de Londres e Florença, assim como as próprias cidades, são diferentes, assim como os costumes que ele precisa aprender e até mesmo os cães. É com alívio que vemos Flush e Elizabeth viverem soltos. Para Flush, viver solto novamente. Para Elizabeth, descobrir a liberdade pela primeira vez.
Em meio a tudo isso, Virginia consegue fazer críticas, sutis, nem por isso menos poderosas, aos costumes e à sociedade. Não apenas a do século XVIII, como também a de sua época (e até hoje, talvez?). A percepção aguçada de Flush, conhecedor da sociedade canina e humana, o faz humanizado, mas não humano. Ele ainda é cão, pensa como cão, age como cão, embora tenha um pouco de humanidade nele, de conhecimento daqueles que o cercam, mesmo que o desconhecimento de algumas nuances gere desentendimentos ao longo da narrativa. E nos fazem rir, e nos emocionar, e chorar, sim, porque, além de tudo, Flush é um animal de estimação e nós nos apegamos a eles – embora eu não tenha apegado àquele quase primeiro peixe que tive.
Flush é um livro aparentemente irrelevante visto o magistral conjunto da obra de Virginia, mas recomendo a leitura especialmente para quem gosta de animais: você vai se apegar ao Flush.
[Dica: a edição da Editora Autêntica, com a tradução maravilhosa de Tomaz Tadeu, ilustrações de Katyuli Lloyd e posfácio de Maria Esther Maciel é belíssima, com ilustrações coloridas, notas traduzidas da autora e notas do tradutor]
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mariana113 09/04/2023

Todos podemos ter o nosso próprio "Flush"
"Distintos e, contudo, feitos do mesmo molde, cada um deles, talvez, completasse o que estava dormente no outro. Mas ela era uma mulher; ele era um cão."
Um lindo livro, que possui delicadezas que se repetem a cada página, ressaltadas pelo fato de ser narrado do ponto de vista de um cachorro de estimação.
Meu primeiro livro de Virginia Woolf, e uma boa pausa em leituras mais extensas e "pesadas", além de apreciar a escrita da autora.
Pode-se usar "Flush" como uma referência do estilo de vida vigente na Londres e Florença do século XX, e da vida da poetisa Elizabeth Barrett.
Claro que para os donos de cachorro possui um significado especial, até mesmo pessoal, pois é possível se entender mais intimamente a ligação de Flush com sua dona, visto que é uma experiência universal e atemporal: ser amado incondicionalmente por um animal.
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Bruna Santana 09/07/2023

Tenho sentimentos conflitantes sobre esse livro. Ao mesmo tempo que é bem escrito e transporta você pra dentro da história, é um tema que eu não gosto de ler. Há muitos temas sensíveis para quem tem ou teve bichinhos, apesar de abordar de forma bonita o laço que se forma com o tutor. Eu gostaria de reler futuramente, tentando aproveitar mais a história, se é que é possível com esse tema para mim. Mas estou feliz de ter vencido o meu primeiro livro da Virginia que não é de ensaios. Estou ansiosa para mais leituras.
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Livros da Julie 31/01/2021

Conhecendo o mundo pelos olhos de um cão
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"Nem bem tinha deixado para trás a condição de filhote e Flush já era pai. Tal conduta, mesmo num homem, no ano de 1842, teria demandado alguma explicação por parte de um biógrafo; numa mulher, nenhuma explicação adiantaria; seu nome devia ser apagado, em ignomínia, da página. Mas, para o bem ou para o mal, o código moral dos cães certamente é diferente do nosso, e não havia nada quanto a isso, na conduta de Flush, que exigia um véu, ou que o tornasse, à época, inapto para a sociedade dos mais puros e castos do país."
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"Entre eles se interpunha o maior dos abismos que pode separar um ser de outro. Ela falava. Ele era mudo. Ela era uma mulher; ele era um cão. Assim estreitamente unidos, assim imensamente divididos, eles olhavam um para o outro."
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"Flush conhecia aquilo que os homens nunca conhecerão - o amor puro, o amor simples, o amor inteiro, o amor que não deixa nenhum rastro de preocupações à sua passagem; que não tem nenhuma vergonha, nenhum remorso; que está aqui, que foi embora, tal como a abelha sobre a flor, que está aqui, que foi embora. Hoje a flor é uma rosa, amanhã um lírio; agora é o cardo silvestre do pântano, agora a protegida e portentosa orquídea da estufa. (...) O amor era tudo; o amor bastava."
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"Não ser nada - não é esta, afinal, a situação mais satisfatória do mundo?"
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Flush é o décimo sétimo livro do projeto #Virginiando2020, promovido pela @naneandherbooks (@virgi.niando), e o oitavo romance da autora. O título já revela que se trata de uma biografia, mas o biografado é um cachorro, o cocker spaniel Flush. Por meio de sua história, no entanto, também passamos a conhecer um pouco da vida de sua dona, a poetisa da era vitoriana Elizabeth Barrett.

Virginia inicia com peculiares e irônicas considerações sobre a origem da raça Spaniel, sua chegada à Inglaterra e a linhagem de Flush, como se estivesse lidando com a árvore genealógica de um grande nobre. Depois ela envereda pelos primeiros passos do cão, suas conquistas e sua personalidade.

Pelo olhar do cachorro, descobrimos como ele chegou à casa de Elizabeth, como era sua rotina, como ela se envolveu com o poeta inglês Robert Browning e como foram para a Itália. É muito instigante acompanhar a história pela perspectiva de Flush e conhecer seus sentimentos, seus pensamentos e suas reações. Virginia nos mostra um outro modo de perceber o mundo, tão rico quanto o nosso, mais olfativo e menos visual. É possível fazer um paralelo da compreensão da vida pelos humanos e pelos animais e verificar como alguns aspectos da existência podem ser absorvidos de forma tão diferente pelos dois grupos.

Virginia não perde a oportunidade de comparar a sociedade italiana e a inglesa e de apontar os problemas urbanos que assolavam aquela época e para os quais a sociedade parecia fechar os olhos, como o grande número de pessoas vivendo em habitações insalubres e em péssimas condições nos principais bairros de Londres, sem higiene ou infraestrutura adequadas. As hierarquias, os rígidos padrões morais e as enormes distinções econômicas e sociais estão entre os mais importantes aprendizados de Flush.

Mas apesar do vislumbre de um panorama sombrio e cruel, a história é de uma ternura sem par, unindo uma narradora divertida e um protagonista extremamente amoroso. Flush passa por alguns maus bocados, mas mantém seu caráter e sua docilidade. É uma leitura rápida e prazerosa, entremeada por belas ilustrações que dão um ar de fábula à obra. É um livro sobre amor e amizade, feito sob medida para apaixonados por cães, mas capaz de encantar qualquer leitor.

site: https://www.instagram.com/p/CKhjFKYjV4q/
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Bianca 22/05/2021

Terminei esse livro hoje de manhã e ainda estou no chão, é meu primeiro contato com a autora e simplesmente amei. O final do livro me arrasou a ponto de chorar.
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fev 30/01/2022

É o meu primeiro contato com a obra da Virgina Woolf. Curti bastante a escrita. A gente logo percebe que é algo mais elaborado, mais descritivo e com algumas frases longas. Mesmo a escrita tendo chamado bastante atenção algumas coisas na biografia fictícia não me agradaram tanto. Gosto das reflexões sociais e filosóficas encontradas no livro, mas Flush é muito paradão. Claro que muito do personagem se dá ao ambiente em que ele vive. Na Inglaterra, ele é mais quieto. Na Itália, ele vive mais e possui mais energia. Era justamente isso que eu esperava de uma biografia mesmo que ficcional de um bichano. Gostaria de ter lido mais sobre as aventuras de Flush mesmo que as reflexões tenham valido a pena. Enfim, é um bom livro mesmo com um último capítulo odiável.
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Gio 25/01/2019

Leve e tocante
A biografia de Flush é uma das melhores leituras que já li sobre animais, nossos amados pets. Virgínia sempre me surpreende com sua escrita, nesse caso tão leve e ao mesmo tempo tao profunda ao revelar sentimentos em um cão. Ela compara toda uma aristocracia canina com a de um ser humano e isso torna tudo muito engraçado quando escreve como isso se torna irrelevante em outro pais para Flush, uma superioridade canina em largar mão da estirpe que muitos seres humanos nao possuem. Portanto, esse livro é merecedor de 5 estrelas. Você o le e se torna mais livre, leve e selvagem tal como Flush sem nem perceber.
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Giulianapetrucci 18/10/2019

Melhor livro de 2019
Vamos ao meu atual livro favorito do ano, que faz reviver em todos que tem bichos de estimação uma mania comum de projetar neles os nossos sentimentos humanos.

A história é sobre um Cocker spaniel chamado Flush. Sua raça não foi escolhida ao acaso, já que em alguns países europeus durante o séc X essa raça pertencia a famílias aristocráticas, sendo o prestígio da raça associado ao valor de um rei.

Esse recorte de raça encontra na escolha de Woolf a sua intenção de discutir os privilégios que as distinções sociais acarretam. Pra isso, a autora cria um sistema de estratificação canina repleto de aspectos humanizados diferenciadores como a cor do pêlo, olhos,...
As divisões do mundo canino feita pelo "Spaniel Club" são mais rigorosas que a dos humanos, apesar das semelhanças com a estratificação europeia da idade média (burguesia,clero,nobreza, rei)

Assim, a história é sobre um cão que pertencia aos Mitford, uma família simples que residia num bairro desprovido de luxos.
Flush se sentia então livre para ser um cão qualquer que corre, explora, cheira e lambe a vontade.
Por isso, tb estava livre de qlqr conduta moral canina a medida que ainda estava inconsciente de sua posição adquirida ao ter nascido como Cocker Spaniel.

Um dia, porém, é dado pela Sra Mitford a uma poeta solitária e deprimida: Elizabeth Barret.
Com sua mudança para um bairro luxuoso de Londres, Flush passa a ser submetido a regras de comportamento de uma nobreza latente.
Acostuma-se a esse cotidiano tedioso, mas que lhe oferece todos os mimos em troca da opressão da coleira.

Apesar de serem de mulher e cão, ambos se apegam. Aos poucos, Flush percebe que os cães londrinos estão divididos em classes: alguns tem água limpa e casa, outros são sujos e ficam na sarjeta. Assim, o cão se questiona em qual categoria pertence e se dá conta que seus instintos naturais convivem com uma forma domesticada de ser.

O livro é incrível porque acaba investigando as condições de classe de Londres no século XIX no centro da Revolução industrial, onde os proletários viviam empilhados em cortiços enquanto a burguesia londrina reproduzia os privilégios aristocráticos.

Criado no quarto da poeta reclusa, Flush aprende a se suprimir e a se resignar com uma domesticação capaz de limpar sua espontaneidade. Da mesma forma, a Sra Elizabeth sucumbe aos padrões de comportamento que uma família prestigiada de Londres deve se submeter, assim como o status de de um Cocker spaniel ditava normas a Flush.

Com o continuar da narrativa, eventos acontecem que trazem tanto Flush quanto sua dona a refletir sobre questões como seus livre arbítrios, sobre sua ignorância acerca dos que não desfrutavam de seus privilégios e as possibilidades de escapar da rigidez de uma sociedade canina e humana tão normativa.

Nessas descobertas, feitas por caminhos tão diferentes entre ambos, percebemos que Flush e Elizabeth Barret se confundem ao longo da obra.
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Tequila Mockingbird 07/02/2023

Engraçado como a gente fala das qualidades humanas quase como sinônimo de sensibilidade. Nos referimos a nós mesmos como analíticos e perceptivos, mas ainda sim não conseguimos captar tudo, ou longe disso. Se humanidade é isso, Flush é quase uma versão utópica de nossas melhores qualidades.
Um livro pra se sentir abraçado e se lembrar de carregar pelo menos um pouco, da genuinidade de um olhar canino.
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Marina.Foss 07/03/2024

"se o seu prazer era a dor dela, então o seu prazer não era mais prazer, mas quase todo dor"
Um livro lindo com uma narrativa muito sensível, achei linda a maneira da Virginia de descrever de forma tão bonita a vida de um bichinho que nem era seu, apenas pelo o que era descrito nas cartas da poeta Elizabeth Browning, ainda conseguindo fazer com que eu sentisse um carinho incondicional por todas as personagens
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Nobr3s 12/04/2022

Nesse curto de livro de Virgínia Woolf acompanhamos a história de vida até a morte do cachorro flush e de sua dona Elizabeth barret. O texto de Virgínia é bem floreado e bonito, e a história em si é agradável.
As descrições das sensações de flush para mim foram sensacionais, parecia que eu estava na mente do animal e "vendo" tudo da maneira que ele enxergava o mundo. Apenas no final do livro descobri que era baseado em fatos reais o que tornou tudo mais interessante inclusive.
Consegui perceber algumas críticas a pobreza em contraste com a alta sociedade londrina, principalmente quando um acontecimento leva Elizabeth a sair da rica Wimpole street para a pobre e miserável Whitechapel como no trecho: "Em Whitechapel, ou num espaço triangular de chão da parte mais baixa de Tottenham Court Road, a pobreza o vício e a miséria tinha reproduzido e fermentado e propagado a sua espécie, sem interferência e por séculos a fio".
No geral, foi uma experiência interessante.
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Nathália B. 03/04/2024

Sob o olhar do melhor amigo do homem
É sempre muito bom ler um livro da Virgínia. Neste, ela conta a história de Flush, de sua vida e de sua relação com a escritora Elizabeth Barrett Browning: duas almas semelhantes e distintas, próximas e distantes ao mesmo tempo. Temos acesso, por meio do olhar de Flush, a reflexões sobre a sociedade, os homens e as diversas fases da vida. A escrita é magnífica, como é de se esperar! O livro é uma biografia ficcional, baseada nas cartas de amor de Robert e de Elizabeth, ambos escritores ingleses, e isso o torna ainda mais incrível, mais original. Recomendo bastante, para quem gosta da Virgínia, para quem deseja começar a lê-la (por ser um livro mais fácil dela) ou então para quem é amante de cachorros (como eu). Além disso, a edição da Autêntica é belíssima, com ilustrações lindas!
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