A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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Ketty 14/04/2024

"Essa opressão no peito significa viver"
A frase do título está escrita no marcador de páginas que acompanha a edição da TAG livros, e não poderia ser mais verdadeira...
A leitura deste livro foi gostosa e fluida, uma história contada por um senhor de 50 anos, (que faz aniversário durante seu relato) e nos mostra a vida cotidiana de forma franca.
O final é triste, algo que eu já esperava, mas me surpreendeu a pessoa que foi acometida... Enfim, no geral, gostei e recomendo.
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ToniBooks 29/03/2024

O melhor deste ano, até agora.
O livro conta a história de Martín Santomé, um "homem maduro, de muita bondade, meio apagado, mas inteligente". Prestes a completar 50 anos, viúvo há mais de vinte, Santomé mora com os três filhos. Não se relaciona bem com nenhum deles, tem poucos amigos e mantém uma rotina monótona e cinzenta, sem sobressaltos. No diário, conta os dias que faltam para a aposentadoria; mas não tem ideia do que fará assim que se livrar do trabalho maçante. Seu destino, no entanto, mudará quando conhecer Laura Avellaneda, uma jovem discreta e tímida contratada para ser sua subalterna. Com ela, Martín Santomé voltará a conhecer o amor, numa luminosa trégua para uma vida até então triste e opaca
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Isabele Cristina 20/03/2024

Nossa, que sono.
Gente sério, o contexto da história e a ideias de um senhor com uma jovem é boa, "nossa minha vida é chata, e dai encontrei o amor", mas foi mal executada.
Eu sei que livro é de 1960, que a linguagem erra diferente, mas se você quiser dormi lê este livro.
Só dei 2 estrelas pela ideia de tema, a capa e a tipografia que linda, mas tirando isso não gostei, até pensei em abandonar.
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Roberta.Vilarino 01/03/2024

E afinal, seria a felicidade uma trégua?
Depois de ler muitas mulheres, cá estou a ler um homem ... um homem prestes a fazer 50 anos. Interessante, através dele, conhecer o universo masculino, em sua intimidade. Intimidade essa que incomoda, que faz sentir raiva, à medida que se identifica o racismo, o machismo, a homofobia ...
Mas, para além disso, Martín Santomé, nos convida a reflexões profundas sobre felicidade, Deus, ócio, trabalho, relações, amor. Um livro de poucas páginas mas de muita profundidade, à medida que revela aquelas verdades que não temos coragem de falar nem para o espelho.

Um livro delicia de ler ... pra ler muitas e muitas vezes!

" As vezes me sinto infeliz, só por não saber do que sinto saudade (falta)".
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Guiga 25/02/2024

Mario Benedetti é um autor uruguaio que possui uma vasta coleção de escritos e é considerado um dos mais relevantes autores latino-americanos. Faleceu aos 88 anos após uma vida extraordinariamente comum atuando como editor, ativista político e poeta.

No livro A Trégua, publicado em 1960, ele lança a história em formato de um diário, onde somos apresentados a Martin Santomé, um contador com suas opiniões absurdamente comuns para a época. Ele está prestes a completar 50 anos e iniciar a sua aposentadoria, esperada com uma paciência que beira ao tédio, e alguns tons de melancolia, devido a um fato que o marcou por boa parte de sua vida: a morte de sua esposa, Isabel.

Enquanto esse novo momento não é inaugurado, ele registra diariamente seus pensamentos diretos e extremamente filosóficos sobre a espera, o ócio, a vida em geral, além de compartilhar alguns detalhes da sua relação não muito saudável com seus filhos Jaime, Blanca e Esteban e sua tediosa rotina no escritório até conhecer Laura Avellaneda, uma jovem de 28 anos que atuará como sua colega de trabalho.

Pouco a pouco, Avellaneda passa a tomar atenção de Santomé, que ao mesmo tempo que confronta suas ideias sobre relacionar-se com alguém mais jovem, redescobre a ternura da afeição e do amor depois de um longo período acreditando fortemente que a solidão seria sua companheira de vida.

Lendo o livro pela primeira vez, não temos ideia do quanto o seu título entrega sobre o que a história se trata, porém acredito que essa é a graça desta história: ao terminar a leitura, nos darmos conta do quanto ficamos envolvidos com as reflexões profundas, melancólicas e ao mesmo tempo contraditórias de Martin e com a personalidade decidida porém doce de Laura.

Apesar de o progresso da história ocorrer em um ritmo lento, ao longo da leitura, eu senti criando uma conexão com os personagens, torcendo pelo bem-estar deles durante alguns momentos específicos.

Essa é uma característica muito interessante dessa história: apesar de ser narrado em primeira pessoa em formato de diário, nos oferecendo uma perspectiva limitada, obtemos fragmentos a respeito de outros personagens (menções honrosas para Isabel, Jaime e Blanca, esposa e filhos de Martin) que nos orienta sobre o que o personagem principal pensa a respeito deles, mas também nos ajuda a nortear como nós mesmos nos sentimos em relação a eles.

Esse foi o meu primeiro contato com Mario Benedetti e gostei muito do que foi apresentado por aqui, especialmente por todas as reflexões geradas sobre como lidamos com a nossa solidão e como é descobrir novas sensações em um momento da vida em que tudo parece definitivo e que, basta algo acontecer para criarmos novas perspectivas.
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Elton.Oliveira 20/02/2024

Não me cativou , história melancólica !
Havia gostado do enredo e de algumas resenhas, mas ao iniciar a leitura, não me empolguei e nem pude ser solidário ao decepcionante Santomé.

A estrutura da história é bem interessante, o nosso personagem está, como ele mesmo diz , prestes a entrar no ócio final da vida , a aposentadoria. Sempre foi medíocre em suas atividades profissionais, apesar de ser bastante inteligente, não se entregava com afinco nem queria responsabilidades demais ! Resolveu fazer um diário, relatando suas expectativas finais e de como seria seu planejamento para o fim do ciclo de seu emprego , altamente massante e chato!

Não tinha amizades , tinha três filhos que se tornaram estranhos e havia ficado viúvo há bastante tempo. Sua rotina era muito enfadonha , então para quebrar toda essa desgraçada vida sem esperanças , apareceu um amor juvenil, com metade da sua idade , na qual ele viveu dias incríveis e teve então "uma trégua" dessa vida insossa e banal.

Não vou me alongar pq senão entregaria o final do romance , mas ele tem sim suas grandes sacadas , ótimos momentos reflexivos , um cara que sofreu bastante e que teve de lutar contra muitas situações, até internas da sua cabeça, para poder ser feliz com sua amada Avellaneda. Infelizmente, ele exalta sua homofobia , que me fez ter um pouco de raiva em determinadas situações ,mas paciência, a realidade em muitas famílias é essa !!!

Recomendo mas não criem expectativas demais pois o texto é triste e melancólico!
CPF1964 20/02/2024minha estante
Parabéns pela resenha, Elton.


Elton.Oliveira 20/02/2024minha estante
Vlw Cassius ! ??


CPF1964 20/02/2024minha estante
Fisgou é coisa de pescador...
Cativou soa mais poético.....???


Elton.Oliveira 20/02/2024minha estante
Vc falando agora .... Cativou , palavra forte de "Maquiavel " em sua principal obra , "Pequeno Príncipe" !! ????? ...
Vc me fez lembrar dessa lambança recente !


CPF1964 20/02/2024minha estante
Se eu falasse conquistou você iria lembrar de Bernard Cornwell....???


Elton.Oliveira 20/02/2024minha estante
Eu diria nada ... Ainda não li Bernard Cornwell!! ??


CPF1964 20/02/2024minha estante
Então não sabe o que está perdendo, Elton... Se você curte romances históricos...


CPF1964 20/02/2024minha estante
Ele é o Cara...


Elton.Oliveira 21/02/2024minha estante
Eu ainda não li, mas já notei que é um excelente autor ! Acompanhei a leitura de um amigo e já adicionei Azincourt , espero poder ler esse ano ! Como você é o cara das recomendações, sugeres outro de entrada para Cornwell?! ?


Fabio 21/02/2024minha estante
Mais uma bela resenha, Elton!!!
Parabéns, cara!


Elton.Oliveira 21/02/2024minha estante
Vlw Fábio ! Obrigado!


CPF1964 21/02/2024minha estante
Bernard Cornwell é um problema, Elton. Livros solo são poucos. Muitas séries. 13 livros... 15 livros... 4 livros.. 3 livros... Este que você mencionou é livro "único". Uma boa porta de entrada.


Elton.Oliveira 21/02/2024minha estante
Viche .... Então a sequência será essa mesmo ... Vou ler Azincourt e depois pego uma série de poucos livros ! Esses autores tão de brinks com a gente ! ???


CPF1964 21/02/2024minha estante
Vikings...Guerra Cívil Americana... Período Medieval....Rei Arthur..




Laikui 10/02/2024

Uma leitura que suscita ainda boas discussões na atualidade
"A Trégua" é uma leitura em forma de diário, o que confere uma sensação diferente, embora seja fluida e cativante. Esse livro, que é um dos mais conhecidos da vasta obra de Mario Benedetti, nos conta a história de um homem de meia-idade, contada por ele mesmo, que é viúvo há mais de 20 anos, prestes a se aposentar, e sem muitas alegrias na vida. Em meio a registros reflexivos do seu cotidiano, conhecemos o seu íntimo, desde os seus sentimentos mais recônditos, visões de mundo, seu olhar sobre o espaço urbano de Montevideu e a redescoberta do amor.

A discussão sobre a noção de felicidade no "pôr do sol da vida", digamos - essa história foi escrita em 1960, quando se assumia que os 50 anos significava o último passo até a velhice, onde pretensamente não havia muito mais para descobrir e saborear - é o grande mote do livro. O que pode viver e fazer uma pessoa madura? Ela tem direito a buscar uma vida plena? (entre outras conjecturas nesse terreno).

Contudo, sem intenção de aplicar o presentismo aqui, achei essa leitura um pouco incômoda. O Martin Santomé derrama boas doses de machismo, homofobia e etarismo nessas páginas... acho que essa é uma faceta a ser discutida pelos leitores dos dias de hoje e que talvez não tenha sido levantada no contexto em que a obra foi publicada pela primeira vez.

Ainda assim, é um texto bastante reflexivo e de grande valor literário, que nos põe a pensar a questão da felicidade e o direito à ela em qualquer fase da vida!
Isabela | @readingwithbells 16/02/2024minha estante
O que acontece no final? Li faz um tempo e não lembro :(


Laikui 17/02/2024minha estante
A mulher por quem ele se apaixona morre de forma inesperada.


Laikui 17/02/2024minha estante
E aí ele volta àquela vida vazia e sem graça de antes. Ou seja, a vida havia dado uma trégua para a felicidade, mas durou pouco.




ClaudiaMF 08/02/2024

Não consegui gostar
Li várias resenhas deste livro que é considerado uma obra prima da literatura latino-americana e sinceramente não consegui me conectar com ele. Talvez seja eu, mas detestei estar com o personagem. Achei suas angústias pequeno burguesas e sua postura misógina e homofóbica cansativa. Perdi meu tempo. Para mim, ele nem merecia essa trégua.
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@raissa.reads 05/02/2024

A história de Martin Santomé ( São thomé - O incrédulo, não acreditava... adorei essa sacada) que está prestes a completar 50 anos. Viúvo e mora com seus 3 filhos, mas não tem uma relação próxima com nenhum deles. A gente vai acompanhando a rotina cinzenta e massante de Martin por sua tão esperada aposentadoria e ao mesmo tempo que ele tá ansioso por esse ócio ele tbm fica preocupado por essa nova vida.
Primeiro acho chato essa rotina massante do trabalho, vamos acompanhando o diário de Martin e o autor quer nos mostrar como a rotina cinza de martin funciona. Com o passar do tempo, vemos uma mudança com a chegada de Laura na história e Martin muda sua perspectiva e começa a refletir sobre o futuro. Um livro calmo e lento que não me chamou muita atenção.

Perfil literário: @raissa.reads
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Monaliza12 27/01/2024

Uma nova perspectiva
Sabe aquela velho clichê de que os livros nos fazem viver novas vidas? Foi exatamente o que ?A Trégua? me trouxe. Foi uma grata surpresa. Já lido e relido, é um dos meus favoritos.

A forma como o Mario Benedetii escreve é certeira, é melancólica, é poética, é tudo de bom, tem tudo pra deixar o leitor imerso na história.

Temos o querido protagonista, Martín Santomé, 50 anos. Este homem (este personagem) se tornou uma grande paixão minha. O livro é em formato de diário e nós acompanhamos profundamente a intimamente a jornada de Martín até a aposentadoria (ou até o ócio, como ele costuma chamar).

No meio desse caminho ele encontra Laura Avellaneda, uma jovem de 24 anos por quem começa a se afeiçoar? e o resto é história, que pra saber o que acontece, você precisa ler.

Mas, para além do romance (que é avassalador e lindo), eu me peguei pensando enquanto lia: ?então é assim que se sente um homem quando vai se aposentar??.

Pois o livro me deu a perspectiva de um homem de 50 anos, que tem 3 filhos, que é viúvo, que é trabalhador, que vai se aposentar e não sabe o que fazer depois, que precisa amar alguém? Eu vivi uma nova vida, e foi intenso!

A primeira vez que li foi por acaso, chegou aqui em casa e eu dei graças a Deus por ter conhecido esse livro.
A segunda vez que li, foi por necessidade, eu tinha passado por uma coisa, e eu queria sentir os efeitos das palavras melancólicas de Martín Santomé no meu coração. Eu precisava novamente entender o que se passava na cabeça de um homem já tão vivido.
Estou aguardando a oportunidade de ler uma terceira vez essa obra incrível do Mario Benedetti?
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Nivia.Oliveira 27/01/2024

O opaco e ressequido Martin Santomé é viúvo e vive em Montevidéu com três filhos. Próximo dos 50 está prestes a se aposentar de um trabalho burocrático. O tédio e o saudosismo com a esposa passam quando ele conhece Laura Avellaneda, uma moça tímida e insegura, bem mais jovem que ele (sua funcionária) e iniciam um relacionamento secreto. Ele tem vergonha dos filhos e dos colegas de trabalho. Ela não tem opinião, mas parece gostar de estar com ele.
O ócio desejado, talvez não seja tão bom quanto imaginamos. Eu mesma não conseguiria ficar parada, sem fazer algo que eu sinta que estou progredindo de alguma maneira. Rezamos para nos aposentar, sair da rotina e depois não sabemos o que fazer. “Para alguns o ócio pode ser fatal”.
“Completar 50 anos” no livro parece que são 100 anos! Que está à beira da morte. Curiosamente estou quase lá... é impressionante como mudamos o olhar. A vida não é a mesma depois dos 50... nem o corpo, nem a mente, nem a forma como os outros nos veem. E é nessa fase que queremos apressar as coisas, para “tirar o máximo partido destes anos que restam”. P. 91 Mas o prota, tão preocupado com que os outros diriam de seu romance com Laura e não aproveitou o pouco tempo que teria com ela.
Por que nos preocupamos tanto com o futuro e não em curtir pequenos momentos de felicidade? Nos preocupamos em educar os filhos, mas não em conviver com eles? Por que temos tantos colegas de trabalho e raras exceções se tornam amigos de verdade? E fazemos tudo isso sem olhar para o relógio... esse que marca quanto tempo ainda nos resta... Não damos tempo de nos olhar...esse mesmo tempo que é irrecuperável. Precisamos que nos oprima o peito para viver... de algo que nos sacuda... que aflore as emoções.
O título “A trégua” não veio com o descanso do trabalho, mas com prazer que passou a sentir, do verdadeiro armistício que travava consigo mesmo. Entretanto “trégua” é algo passageiro... e o que o suspende também o faz retornar ao abandono. Deixa um intervalo de quatro meses no seu diário para só então ter coragem de nos contar o que aconteceu... Dez dias após seu aniversário de “cinquentão”!
Os pais de Laura tampouco se preocuparam com o tempo... afinal o natural são os velhos que se vão antes dos novos...
Por que o autor quis um formato de diário? Para marcar os lapsos de tempo que normalmente nos passam desapercebido. Não parece um diário. Ele não se abre totalmente. Poderia ser um relato em primeira pessoa. O autor quer marcar o compasso e nos alertar: viu? Com ele foi assim e com você será o mesmo... Você está vivendo intensamente?
Mesmo depois do caso fatídico ele segue do mesmo jeito de antes... Talvez até mais pessimista. Aprisionado ao passado e a “alguém”. (“Preciso mais dela do que de Deus”). Acredito que estar bem consigo mesmo, não precisa depender de ninguém para ser feliz. Claro que é bom estar com outras pessoas, mas não crer que é o outro que te faz feliz. A felicidade está em como lidamos conosco mesmo e na forma como vemos as coisas. Tudo depende de nós.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/
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Esdras 27/01/2024

Um livro que não considero genial, mas é inegável: carrega passagens muito bonitas, provocações não óbvias... O final traz uma tristeza que não esperava. O uruguaio soube cavocar a sensibilidade do leitor.
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Nathi.Hrlena 14/01/2024

A trégua é um romance surpreendente
Esse foi um livro que me surpreendeu muito e foi ganhando força a medida que li. No início eu gostei do formato diário e achei que ia ser uma dessas leituras leves, mas como disse a história vai tomando força a medida que se passam os dias e vamos nos envolvendo na vida de Santomé, sua falecida esposa, seus filhos e seu novo amor.

Além disso a leitura ainda conta com um belo plot twist.

Recomendo muito a leitura. ?
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Diliane1 08/01/2024

Um diário. O livro é bem escrito. Mas não é extraordinário. Talvez só "ordinário", no sentido de comum.
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Carla.Cerqueira 08/01/2024

Perfeito
Parece a história da minha vida. Eu e o Martin temos a mesma trajetória. Um destino escuro em que a vida dá uma trégua, embora, no final, o destino se impõe novamente... Mexeu muito comigo
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