A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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Juliana1818 26/03/2023

Arrastado
O livro é bem escrito, porém é uma história arrastada, o protagonista é machista, homofóbico e insuportável. Talvez por ter sido escrito em 1959 tenha essas características, mas não me agradou.
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Robertss 23/03/2023

Um romance simples, calmo, tocante e intimista. Escrito em forma de diário, o autor Mario Benedetti, apresenta a simplicidade da vida cotidiana e suas particularidades de maneira envolvente e emocionante. Boa leitura.

P. S.: É bom frisar que o livro foi escrito em 1960, logo, o contexto era outro. Falo isso, porque tem certas passagens que, hoje, são reprováveis, então, talvez isso possa gerar algum incômodo no leitor.
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Robertss 23/03/2023

Um romance simples, calmo, tocante e intimista. Escrito em forma de diário, o autor Mario Benedetti, apresenta a simplicidade da vida cotidiana e suas particularidades de maneira envolvente e emocionante. Boa leitura.

P. S.: É bom frisar que o livro foi escrito em 1960, logo, o contexto era outro. Falo isso, porque tem certas passagens que, hoje, são reprováveis, então, talvez isso possa gerar algum incômodo no leitor.
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Juliana.Santos 02/03/2023

Breve trégua
Um homem de meia-idade narra sua rotina em um diário, nos meses que antecedem sua aposentadoria.
Viúvo, pai de três filhos já adultos, atuante na área contábil, percebe-se que sua vida nada tem de extraordinária, tanto é que em seu diário constam apenas observações do trabalho, breves reflexões sobre a relação distante com os filhos e empregados, além de autoavaliações, até que ele se depara com algo que dá cor a seus dias e traz de volta o sentimento de felicidade, pelo menos por um período.

É uma leitura rápida, que se torna mais fluída a medida em que acompanhamos as mudanças na vida do narrador - e até chegamos a torcer para que essa felicidade não seja apenas uma trégua.
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tal 27/02/2023

Um livro intrigante
É difícil falar sobre esse livro, principalmente dado que ele foi escrito em outros tempos, por isso lidar com o machismo e a homofobia nele é desafiador.

Achei um tanto arrastado, porém com uma escrita impecável! E o final, o final mores, de cortar o coração ?
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Rodrigo1001 06/02/2023

Airbag não incluído (Sem spoilers)
Título: A Trégua
Título original: La Tregua
Autor: Mario Benedetti
Editora: Alfaguará
Número de páginas: 184

Talvez você tenha chegado aqui com referências e talvez eu nem precisasse fazer alguma introdução sobre o livro, mas isso escaparia ao que o bom senso chama de resenha. Logo, pra ser muitíssimo econômico, tenho pra te dizer que A Trégua foi escrito pelo autor e poeta uruguaio Mario Benedetti em 1959 e publicado em 1960. Estruturado em forma de diário, Benedetti conta a história de Martín Santomé, um senhor de meia idade que está prestes a se aposentar.

(Engraçado como essa descrição me causa coceira e não cobre sequer 0,001% do verdadeiro conteúdo, do pulo do gato da obra, mas, paciência... é o preço do spoiler quase zero)

Agora que você já está ambientado, posso te dizer que tomei 1 dia inteiro antes de escrever essa resenha. Eu precisava respirar, basicamente. Foi um ato deliberado: não há airbag no mundo que nos prepare para o impacto dessa leitura.
Pequeno em tamanho e grande em conteúdo, A Trégua me fez passear por vários territórios. Me levou do riso contido à gargalhada sonora, da introspecção velada ao mais puro humor ácido, do sarcasmo à reserva e da esperança à incredulidade.

A jornada do narrador-protagonista começa com uma rotina monótona, taciturna e opaca, mas avança gradualmente para uma alteração desse status quo. Acompanhamos essa evolução e vamos, nós todos, evoluindo com o narrador. As entradas no seu diário poderiam muito bem ter sido escritas por mim mesmo, e isso me levou a uma identificação imediata com o que eu lia. Eis o primeiro gancho do autor: te relacionar com o protagonista.

A propósito, gosto muito de livros escritos em forma de diário. Não consigo conter o rubor na face quando creio estar invadindo a privacidade de alguém, mas, ao mesmo tempo e protegido pela ficção, me alegro com a pessoalidade, a individualidade de tal artimanha. Quando falamos ou escrevemos pra nós mesmos, tendemos a ser mais justos com os nossos sentimentos. Sem as amarras do julgamento alheio, um diário se transforma em um terapeuta, para o qual não se deve ter vergonha ou melindre de contar os mais íntimos segredos.

Voltando ao livro, Santomé começa a sair do casulo quando conhece o amor. É o amor que o transforma, é a sua trégua. No meio deste amor estão as convenções e as dificuldades de se juntar as escovas de dente, mas o protagonista avança. E enquanto ele progride, seus pensamentos ficam ainda mais límpidos, mais atraentes. Ele floresce, prospera e se abre. O livro, então, finca seu segundo gancho: nós queremos saber onde tudo isso vai dar.

E sabe onde vai dar? Bom, infelizmente não posso te dizer. Você terá que ler o livro. Não obstante, posso te segredar que é um livro excelente, bem estruturado, gostoso de ler e equilibrado. E em minha própria defesa, digo que não dei 5 estrelas porque algumas partes me pegaram fundo na alma e tive que bloquear meus próprios pensamentos. Tive que ligar meu airbag. Isso não é demérito, mas é inegável que o momento em que se vive reflete muito no que estamos lendo atualmente. E eu não estava totalmente preparado para o que li.

Ganha 4,5 estrelas de 5.

Passagem interessante:

“Como é ruim nos dizerem a verdade, sobretudo quando se trata de uma dessas verdades que evitamos dizer a nós mesmos.” (pg 105)
edu basílio 06/02/2023minha estante
sabia que você apreciaria ^^


Rodrigo1001 06/02/2023minha estante
Edu! Fiquei sem fôlego no fim. Que baque!


edu basílio 06/02/2023minha estante
... sem trégua :-(




Luci 20/01/2023

Esse não é o primeiro livro de Mario Benedetti que leio e, justamente por isso, dei uma chance à leitura após as primeiras páginas, que me pareceram pouco atrativas, apesar de tantos bons motivos que me chamaram a atenção. Porém, pela minha interpretação, esse é um livro que exige um cuidado maior ao ser lido, pois creio que se trata de uma crítica ao homem de classe média hetero, branco, de meia idade.

O próprio formato do livro propicia isso: trata-se de uma narração feita em formato de diário, o que nos traz apenas a visão de mundo e versão dos fatos desse homem limitado, medíocre e cheio de preconceitos que acredita ter encontrado um momento de trégua em sua vida tediosa após ter esbarrado no Amor (assim com letra maiúscula mesmo). Vários eventos no livro empurram o protagonista, de um lado para o outro, forçando-no a expor suas opiniões em seu diário, conflitos que acredito terem sido inserido de propósito para fazer uma caricatura desse personagem.

Fiquei desconfortável em vários momentos da leitura e até mesmo com raiva dele. Não queria torcer pela sua felicidade, achei seu ideal de amor deturpado, mas também não me agradei de seu destino. Contudo a vida é assim, inesperada, e mais solitária ainda só pode ser a vida de alguém que se recusa a abrir seus horizontes.

Um ponto muito lindo desse romance é a presença viva de Montevidéu. Como em muitos livros latino-americanos, a cidade se coloca como protagonista, ela respira, é o ponto de referência e abstração dos personagens. Quase me senti atravessando as ruas do Uruguai.

Não sei se esse é um livro que eu leria por vontade própria, mas a experiência valeu.
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skuser02844 27/12/2022

É um romance tão bem mais tão bem construído que assim vc fica surpresa, esse livro me causou tantas emoções eu não consegui parar de ler, e o jeito que é escrito tb é perfeito
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22/12/2022

Muitas resenhas negativas a respeito desse livro se deram pelo fato de que ele foi escrito em uma época em que o machismo e a homofobia ainda eram uma constante, ainda mais no sul do continente latino americano, mais precisamente no Uruguai e em todos os seus vizinhos. Tem partes que chocam, sim, mas não mais que muitos comentários que vemos nos dias de hoje. Achei uma leitura maravilhosa porque muitos dos discursos do personagem principal encontramos em nosso dia a dia ainda. É importante pra que saibamos que nesse sentido nossa civilização evolui a passo de tartaruga.
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JAssica.L.S.P 30/11/2022

Depois desse livro, acredito que vou saber apreciar muito mais as "tréguas" da minha vida.

Gosto muito de livros escritos em forma de diário, é sempre muito instigante saber o que vem no outro dia. E nessa leitura, não foi diferente.

Claro que, como mulher jovem em pleno 2022, me senti incomodada ao ler vários trechos me deparando com a personalidade do protagonista: homem, quarentão dos anos 60, que tinha a "cabeça pro seu tempo".

Mas sempre que adentro na atmosfera de um livro, procuro ter em mente que:

1) os personagens estão inseridos num contexto diferente do meu;
2) eles são e consequentemente pensam diferentemente de mim;
3) é uma obra a qual eu posso finalizar ou não, e depois criticar ou elogiar o quanto quiser.

Portanto, ao me sentir mais livre, certas atitudes do Santomé me incomodaram na hora, mas passou.

É um excelente livro, bem real, bem "vida" mesmo. Nota 5!
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Lulys 24/11/2022

Reflexões sobre a vida
O livro é escrito em forma de diário e através dessas anotações vamos conhecendo o narrador e seu entorno.
Atado aos seus medos e preconceitos esse personagem vai refletindo sobre sua vida, seu jeito de ser, seu passado.
Leitura fácil e fluida, mas que se torna um pouco cansativa em alguns momentos.
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Ju 13/11/2022

Instantes
" Quando uma pessoa se deixa vencer, vai-se deformando, vai-se transformando numa grosseira paródia de si mesma"

Uma homenagem ao cotidiano, essa tal monotonia a qual nos apegamos, a qual não prestamos a atenção,que carrega pequenos picos de felicidade. Coisas tão singelas que nos fazem sorrir, ser felizes, que passam por nossas vidas em instantes e só notamos o quão era importante quando perdemos.

É um apelo ao significar-se, a se notar, a amar e buscar a felicidade. É uma história de amor pelo outro, é um aprendizado ao amor próprio.

O protagonista me cativou de uma forma estranha, ele é controverso e preconceituoso em alguns momentos, mas tem uma alta taxa de realidade, e isso faz com que o leitor se reconheça nele em muitos momentos.

Eu gostei do livro, foi uma bela surpresa. O peguei para ler ainda indecisa, e com cara feia pela capa que não me agradou, mas fico grata por o ter escolhido. É leve e carregado de força ao mesmo tempo. Uma história que vale a pena ser apreciada.
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Murilo Lorençoni 08/11/2022

A trégua
Eu tive uma ccerta dificuldade em me conectar com o personagem porque sempre que eu estava me interessando ou refletindo sobre uma entrada do diário eu me deparava com um comentário machista ou homofóbico dele. Mas o livro vale muito a pena, muito sensível e com boas reflexões.
Michelle.Fernandes 18/11/2022minha estante
Tentando passar por esse obstáculo




Drika 31/10/2022

Um momento de felicidade no caos chamado vida
A trégua é um livro escrito em forma de diário, no qual o personagem Martín Santomé, um homem de meia idade, viúvo e próximo de se aposentar, relata a sua vida simples que divide entre o trabalho, café e momento compartilhados com a família. Santomé vai vivendo no piloto automático até conhecer a jovem Laura Avellaneda, que lhe traz a paz e a aventura que o cotidiano lhe cessou. Ao esconder seu relacionamento com uma mulher mais jovem, Santomé se vê em um jogo. Precisa escolher os pontos de ônibus nos quais descer, as ruas em que andar, os cafés os quais frequentar. É um esconde-esconde que lhe traz juventude e harmonia.
Benedetti se abraça ao conceito de inferno de Sartre. Avellaneda é a materialização do paraíso, mas também a danação do narrador. Avellaneda é uma trégua, uma felicidade um instante de vida no caos que ele se encontra. Mas, essa trégua é somente uma trégua.
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Janaina 24/10/2022

Em seu diário, Martín Santomé, viúvo e pai de 3 filhos adultos, registra o passar dos dias na expectativa da chegada do momento em que finalmente poderá usufruir de sua aposentadoria.

Seus dias passam sem entusiasmo, os diálogos em casa são quase inexistentes e poucos são os amigos que lhe instigam a quebra da entediante rotina.

Mas enquanto ele segue na contagem regressiva, é no trabalho que experimentará a trégua dos dias de marasmo, com a chegada da nova funcionária, Laura Avellaneda, que o fará sentir-se vivo novamente.

Como toda trégua pressupõe uma temporariedade, logo ele será devolvido à realidade e precisará reunir coragem para encarar o projeto para o qual vinha  se preparando, a partir de um novo lugar, que parece tornar ainda mais excruciante a experiência de ter todo o tempo disponível só para si mesmo.

?A partir de amanha, e até o dia da minha morte, o tempo estará às minhas ordens. Depois de tanta espera, isto é o ócio. O que farei com ele??

Se para muitos a possibilidade de uma aposentadoria remunerada pode representar o início de uma vida mais plena para si mesmo, sempre haverá aqueles que, passando pela vida alheados de si mesmos, poderão vislumbrar neste momento o encontro com o monstro que sempre se buscou evitar.

Uma leitura rápida e envolvente que oferece um terreno fértil a uma boa discussão filosófica.

Muito bom!
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