A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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Bah 07/07/2022minha estante
Adorei a resenha!




13marcioricardo 19/11/2023

Perspectiva de um velho sobre seu amor com uma jovem.
Por momentos, o primeiro terço da obra, achei ser apenas a história de um velho enfadonho, como já tinha vivenciado em outros livros.

Mas, ultrapassada essa fase, o livro melhora muito e, à medida que avança, fica cada vez melhor.

É engraçado ver como um homem de 49 anos fala como falaria hoje um de 69.

O livro, escrito em forma de diário, é realmente muito bom e recomendo. A escrita é ótima.

Fiquei somente a lamentar o autor não ter dado um pouco de atenção aos filhos, no final.

Que aconteceu com Jaime ? Qual a reação de Esteban ao sucedido ? E a filha e o Diego, seguiram juntos ?
Carolina.Gomes 19/11/2023minha estante
Quero muito ler. Está na minha TBR e nos desejados da Amazon.


13marcioricardo 19/11/2023minha estante
Vale a pena, sem medo.


Carolina.Gomes 19/11/2023minha estante
Comprei ?




Rodolfo 21/11/2021

Martín Santomé é um viúvo, pai de três filhos que vive na expectativa da aposentadoria que se aproxima e na iminência dos últimos dias de trabalho. Quando a jovem Laura começa a trabalhar no mesmo departamento de Martín, o que seria somente mais uma funcionária acaba despertando a paixão de Martín.
Escrito na forma de diário, alimentando pelo personagem principal, vamos acompanhando o desenvolvimento do romance, bem como as angústias e privações que Martín coloca a si mesmo devido sua idade. A idade é abordada diversas vezes como parâmetro balizador para as atitudes e questionamentos do personagem.
Com ótimas reflexões, uma leitura sem dúvida recomendada.
A saga de um leitor 20/12/2021minha estante
Esse livro é maravilhoso!!!


Rodolfo 20/12/2021minha estante
Sim, eu tmb achei maravilhoso... um dos melhores esse ano.




*Carina* 24/08/2010

Sabe aquele livro que você lê e sabe, ainda durante a leitura, que não será a mesma pessoa depois de ter lido aquilo? "A Trégua" foi um desses livros, um dos que chamo "livros da minha vida".

Pra já começar com o coração dando aquela parada centesimal em que é como se pulasse uma batida, a primeira data do diário de Martín é a data do meu aniversário. Eu já comecei então o livro com uma certa boa vontade, um querer-gostar. Ainda nas 10 primeiras páginas, e estando já quase conquistada pela linguagem de Benedetti, ele escreve:"Há uma espécie de reflexo automático nisso de falar da morte e em seguida olhar o relógio." Aí ele me ganhou de vez. Vivi tantas vezes essa situação, esse desconforto provocado ao se falar de morte, vi tantas pessoas olharem o relógio, ouvirem o telefone, lembrarem-se de um compromisso inadiável para o qual já estão atrasadas. É ou isso, ou o silêncio. E é assim mesmo, para a morte não há palavras. As que são usadas nunca são suficientes, por mais que se tente. E Benedetti tratou disso com uma sensibilidade única. Esse falar da morte sem tentar esgotá-la, falar também da vida e do amor sempre deixando presente uma dimensão em que sabe-se que as palavras não esgotam o que se vive.

"Comemos. Conversamos. Rimos. Fizemos amor. Tudo correu tão bem que não vale a pena escrevê-lo."
"Tudo passou tão rápido, foi tão natural, foi tão feliz, que não pude tomar nem uma só anotação mental. Quando se está no próprio foco da vida é impossível refletir."

E ainda assim, ainda dizendo isso, Benedetti escreve através de Martín cenas belíssimas. Declarações que renovam a crença no amor, momentos rotineiros que deixam gosto de felicidade, e uma simples palavra que derruba todo o castelo.
Tenho uma certa tendência à melancolia, essa coisa meio triste, meio bela, que dói mas vale a pena, e "A Trégua" é assim. Doído, triste, lindo, vivo.

"Nunca havia sido tão plenamente feliz como nesse momento, mas tinha a sensação dilacerante de que nunca mais voltaria a sê-lo, ao menos nesse grau, com essa intensidade. O cume é assim, claro que é assim. Além disso, estou certo de que o cume dura apenas um segundo, um breve segundo, uma centelha instantânea e sem direito à prorrogação."

E o que restou do livro em mim foi isso: essa centelha que acende, consome-se e desaparece no tempo de um instante, esse breve momento de trégua que dura apenas um segundo no relógio mas que continua acontecendo em nós até nosso apagamento final.
Nessa Gagliardi 24/08/2010minha estante
"A Trégua" já está comprado e reservado pra algum momento especial. Já tinha lido boas coisas sobre ele e parece que um burburinho recente tomou conta dos meus skoobers mais próximos, quase como um encantamento que nos levou (é, me incluo nessa) a colocar o pequeno-grande romance do Benedetti nessa sensação suspense de quase certeza de sucesso.
Sus resenha está linda, Cá. E se havia alguma dúvida quanto a qualidade do livro, ou sobre as emoções que ele pode causar, você acabou de vez agora com elas.
Escreva mais resenhas. As suas são sempre deliciosas! Beijocas!


*Carina* 25/08/2010minha estante
Obrigada, Nessa, fico feliz que tenha gostado e mais ainda que vá ler "A Trégua", um livro lindo desses tem que ser lido mesmo! Beijos!




08/08/2013

Um indivíduo na sua busca pela felicidade

A trégua vem em forma de diário e descreve dia a dia os meses que antecedem a aposentadoria de Martin Salomé . Homem viúvo, burocrata, às vésperas de completar 50 anos, que narra seus dias com pinceladas muitas vezes amargas e com um pessimismo cruel em relação a vida. Inteligente ,perspicaz, irônico e ao mesmo tempo tão incapaz de demonstrar qualquer tipo de afeto aos três filhos ou com quem divide seu cotidiano. O romance nos conta uma “trégua” presenteada por Deus em determinado momento de sua vida. Essa trégua seria pequenos e raros momentos de plena felicidade, que as vezes só percebemos quando eles já se foram. Quando se percebe apaixonado por Avellaneda, uma nova estagiária na empresa em que trabalha, Martin não acredita que tem direito a viver intensamente este novo sentimento, e busca desculpas não se achando merecedor desse amor. A partir da convivência com a simples e ingênua Avellaneda vê seus dias ganharem um novo colorido e se rende à paixão.
“ É evidente que Deus me concedeu um destino escuro. Nem sequer cruel. Simplesmente escuro. É evidente que me concedeu uma trégua. No início, resisti a acreditar que isso pudesse ser a felicidade. Resisti com todas as minhas forças, depois me dei por vencido e acreditei. Mas não era a felicidade, era só uma trégua.”
Mario Benedetti consegue traduzir em palavras todo sentimento dos personagens. Livro forte , denso, arrebatador! Um indivíduo na sua busca pela felicidade. Não preciso dizer o quanto me emocionei e chorei com este romance. Aí de mim se conseguisse olhar para o meu cotidiano e buscar palavras que o definissem tão bem quanto ele. Por fim me perguntei se Deus concede a todos essa mesma “trégua? Se chegamos a perceber quando nossa vida sai, em raros momentos, do preto e branco e abre-se num sorriso extraordinariamente colorido.
Arsenio Meira 23/08/2013minha estante
Isso Sú!
A TRÉGUA é um romance tão belo, e como você bem descreveu, tão forte e denso, que a leitura chega a doer.
Um clássico. O romance já nasceu clássico. Daqui a 5 mil anos, ele permanecerá atual. Se vida houver ainda na Terra, será lido e amado.


Renata CCS 20/09/2013minha estante
Olá Sú, já ouvi falar muito deste livro, e sua resenha me deixou mais curiosa! Ainda não li nada de Mario Benedetti mas vou colocá-lo em minha lista de próximas aquisições. Abraços!


25/09/2013minha estante
É isso mesmo querido Arsenio, um lindo classico apaixonante!!!!
Querida Renata, leia mesmo, o livro é lindo e tenho certeza que vc vai gostar, e do jeito que vc escreve tão bem suas resenhas ,essa será masi uma interessante. Como Arsenio já leu, Re, eu tenho o livro e posso te emprestar, cê sabe , amigo quer ver o outro feliz, obrigada pelos comentários, beijocas aos dois!!!


Renata CCS 18/10/2013minha estante
Querida Sú, terminei de ler A Trégua. Sem palavras...




Monique | @moniqueeoslivros 15/09/2021

A trégua
{Leitura 20 - 2021}
A trégua - Mario Benedetti

Você gosta de diários? Eu escrevi muitos na adolescência (e ainda escrevo... ?). Esse livro é o diário de Martín Santomé, um viúvo de 50 anos que conta os dias para sua aposentadoria.

Mas se engana quem espera um livro fácil. Santomé está absorto em seus pensamentos, em sua complexidade de vida. Nas páginas do seu diário, é como se ele estivesse nu para os leitores.

E eis que surge uma mulher na vida dele. E aí a coisa complica e embeleza! Avellaneda é quem traz um respiro, um sopro, uma trégua.

O livro é um perpassar constante de sentimentos, tanto em Martín Santomé quanto em nós, leitores, numa catarse provocada do início ao fim.

Preciso contar também que o livro traz uma pegada machista e homofóbica em certas vezes. Não me pareceu ser compartilhado pelo escritor, mas sim posto por ele, de propósito, já que um personagem masculino nesse contexto social narrado pelo livro dificilmente pensaria de outra forma (infelizmente).

Portanto, leia! É um livro sobre amor, sobre esperança, e principalmente sobre o tempo. Mas leia com olhos abertos, porque nem todos os sentimentos que esse livro despertará em você serão agradáveis (ainda estou com o machismo por aqui...????). Mas afinal, qual o papel de um livro senão o de provocar?
JurúMontalvao 16/09/2021minha estante
Olha...???


Monique | @moniqueeoslivros 16/09/2021minha estante
Obrigada! ?




Ailton Santos 11/05/2021

Que livro maravilhoso!!! ?
A partir de amanhã, e até o dia da minha morte, o tempo estará às minhas ordens. Depois de tanta espera, isto é o ócio. O que farei com ele?
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Bia 05/03/2022

É um livro bem monótono, o que não é exatamente um problema porque imagino que seja essa mais ou menos a intenção do livro, mas não me agradou tanto. Parte disso é pessoal mesmo, porque não é muito meu estilo de leitura.

A escrita consegue ser bem poética, e o diário do personagem mostra algumas reflexões e passagens bonitas, mas achei ele chato e com várias falas preconceituosas. Eu sei que é um livro mais antigo, mas não consegui ignorar a quantidade de coisa machista e homofóbica que tem nessas páginas. Além disso, não curti o romance, achei meio desnecessário ser uma moça tão mais jovem que ele e, sei lá, só não teve um desenvolvimento tão bom.

O final não me comoveu como eu acho que era pra ter feito. O livro tem sua beleza, mas no geral achei tedioso e irritante. Acho que ele tem uma proposta poética e interessante, mas pra mim acabou que só ficou meio chato mesmo.
Lau 26/03/2022minha estante
Adorei sua resenha pois retratou o mesmo que senti: achei chato e mesmo sabendo que a escrita é da década de 60 não consegui digerir o tanto de machismo e homofobia do livro.




Andrea 10/11/2021

Sobre uma vida
É através do diário pessoal de Santomé que o leitor descobre que este homem se encontra próximo do seu aniversário de cinquenta anos e parece estar entrando na famosa crise da meia idade ao contar os dias para a sua aposentadoria de uma forma um tanto desanimada, pois não sabe o que irá fazer da vida quando ela chegar.

Sua rotina muda drasticamente quando ele resolve prestar a atenção em uma nova funcionária que está sob a sua supervisão, uma moça que regula de idade com a sua filha e parece bastante tímida, e também bastante atenta e competente. E aos poucos Avellaneda vai sem fazer esforço algum ganhando o seu coração, dando uma trégua em sua vida sem cor, e trazendo à tona um homem diferente até em relação aos filhos.

Por ser um diário, A Trégua não possui capítulos, mas dias, e assim o leitor é convidado a acompanhar a vida de Santomé do dia onze de fevereiro até o dia vinte e oito de fevereiro do ano seguinte, sem identificação do ano exato. Naturalmente é uma narrativa em primeira pessoa, onde o personagem expõe sem pudor os seus pensamentos em relação aos filhos, aos colegas e a sua vida em geral.

E por este motivo é um livro sobre escolhas, ironias do destino, relações familiares, relacionamentos pessoais, felicidade e tristeza, no melhor estilo a vida como ela é, sem filtros ou photoshop para deixar os acontecimentos do jeito que os personagens gostariam, pois ao contrário das redes sociais, diários são memórias lidas apenas pelo seu autor.

Um livro de fácil leitura, relativamente curto, mas que pode levar o leitor a refletir sobre a vontade de viver e de morrer, sobre sobreviver e estar vivo, sobre envelhecer e rejuvenescer, sobre relações humanas, planos, expectativas e desejos. E sobre ficar com aquela pulga de como será o dia seguinte.

Resenha completa no blog: http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2021/10/a-tregua.html?m=0
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DeaGomes 07/04/2023

Um livro incômodo
O protagonista é um senhor de classe média, homofóbico e machista. Deu pra perceber o quanto esse livro é uma pedra no sapato, né?! Que cara chato!

O que gostei:
1) é em forma de diário, amo!
2) a mensagem dos problemas que a resignação da cotidianidade pode acarretar e,
3) as mudanças que o amor podem produzir no ser humano.
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Paty 19/11/2013

Ah, meu caro Benedetti, como você consegue isso? Como você me faz sair completamente de mim mesma para me encontrar tantas e tantas vezes nas dores e alegrias de outros?
Renata CCS 21/01/2014minha estante
Paty, seu poder de concisão coloca qq resenha no "chinelo".


Mona 11/02/2014minha estante
Um dos melhores livros que li na vida!




Mariana 10/09/2021

Impactante
A Trégua desperta várias reflexões acerca das nossas relações com as pessoas que nos cercam, sobre a felicidade e sobre saber identificar e se permitir aproveitar os bons momentos da vida.

Só posso dizer que é um livro muito bem escrito, com linguagem lírica e filosófica e às vezes irônica tbm.

A história é toda narrada em primeira pessoa, em formato de diário, pelo qual nos são apresentados diversos personagens e situações pela perspectiva de Martin Santomé, um homem comum, prestes a completar seus 50 anos e cuja maior expectativa é a chegada da aposentadoria. Enquanto o grande momento não chega, conhece uma nova colega de trabalho, a jovem Avellaneda.

Ainda não consegui digerir todos os sentimentos em relação à leitura. Fiquei realmente impactada e foi impossível sair indiferente à história de Santomé.

Isso sem falar o título, tão conciso, que conseguiu expressar toda a essência da narrativa. Recomendo muito!
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Ladyce 03/01/2010

Um mestre da sutileza!
Há dois dias luto com a minha inabilidade de escrever sobre este pequeno grande livro, A Trégua, do escritor uruguaio Mário Benedetti, originalmente publicado em 1960. Talvez antes dos dias de hoje eu não tivesse a maturidade para apreciar a complexa realidade emocional de Martín Santomé, protagonista da história. Para fazer justiça a este texto triste, irônico e inigualável, e ainda por cima, tão correto psicologicamente, é preciso uma certa vivência, uma apreciação das limitações de vida que nos são impostas e simultaneamente que impomos a nos mesmos!

Benedetti é um mestre da sutileza. A leveza com que retrata a angústia pessoal, existencial de Martin Santomé é usada de maneira tão precisa quanto imagino o gesto de um cirurgião usando laser, cortando finas camadas de pele, desvendando sentimentos só encontrados no mitocôndrias das tormentas pessoais.

O livro é narrado através das entradas num diário de Martin Santomé, um homem comum, da classe média, que enviuvando cedo, educa seus três filhos sem voltar a se casar. Suas perspectivas de felicidade parecem ter-se esgotado. Mas há uma sincera acomodação a esta realidade talvez nem tão promissora.

Em poucas páginas entendemos o abismo que sente em relação a seus três filhos e a difícil situação familiar que eles têm entre si. Em poucas entradas em seu diário compreendemos a mesmice e a solidão deste empregado de uma firma de autopeças que depois de 25 anos de trabalho diário encontra-se à beira da aposentadoria, sem nenhuma perspectiva de poder mudar o seu destino. Na verdade, este questionamento interno, existencial, parece sempre subjugado aos rituais burocráticos, à luta pela simples sobrevivência.

Eis que aparece Laura Avellaneda, uma jovem, da idade de seus filhos, que assim como Martín conjuga da falta de perspectiva na vida, aparecendo mais acomodada do que seus anos de juventude nos levariam a considerar típicos. Um relacionamento entre eles começa — a trégua — a que o título se refere, o hiato, na sua luta constante pela sobrevivência.

Este romance traz uma renovação na vida dele e uma esperança na dela. A história, no entanto, é mais sobre a realidade psicológica de Martin do que sobre o romance. E lê-lo é um prazer inesgotável. Devorei o livro. É pequeno: 186 páginas. Uma beleza!

Mas, a pergunta que me perseguiu foi: por que acredito que este livro não poderia ter sido escrito por um autor brasileiro? Já quebrei a cabeça querendo respondê-la e não estou satisfeita com as minhas respostas, apesar de acreditar que a melancolia, que a aceitação de uma vida muito regrada e limitada, que o conformismo deste homem de 50 anos não são nossos. Não pertencem ao campo psicológico da cultura brasileira, que no meu entender está ligada à fênix, a ave que renasce das cinzas. Porém, é uma impressão apenas.

10/07/2008
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