Enquanto A Noite Não Chega

Enquanto A Noite Não Chega Josué Guimarães




Resenhas - Enquanto a Noite Não Chega


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Manu368 09/02/2024

Incrível
Conheci Josué quando fazia Letras, pois um professor meu era apaixonado pela escrita dele. Entendo muito bem o porquê ? a narração flui muito bem, sem deixar de trazer vários aspectos realistas. Ótima leitura!
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Filósofo dos Livros 06/08/2023

TRISTE E POÉTICO: UM LIVRO PARA REFLETIR SOBRE A VIDA E A MORTE
Olá, Amigos Filósofos Literários!

Cada vez mais, fico impressionado com o poder da Literatura. Acabei de ler "Enquanto a Noite não Chega", de Josué Guimarães, uma publicação da @lepmeditores.

O que me parecia uma história simples, feita apenas para relaxar, me surpreendeu com uma trama intensa, cheia de reflexões. No livro "Enquanto a Noite não chega", o autor Josué Guimarães nos fala dos últimos dias de um casal de idosos em uma cidade praticamente extinta. Dom Eleutério, um homem de 92 anos, vive com sua esposa Dona Conceição de 86 anos. Na cidade, além do casal, resta apenas um coveiro que aguarda a morte dos dois para realizar o último ato de sua missão: enterrar o casal de velhinhos.

A vida do casal é precária. Alimentam-se apenas de mingau de leite, pão sem fermento e couve picada refogada no óleo. O coveiro vive pior ainda. Faz apenas uma refeição noturna na casa dos idosos, que consiste em um prato de mingau.

Durante a trama, contemplamos o diálogo dos personagens que tecem memórias que retratam apenas mortes de entes queridos. Tudo isso nos leva a refletir sobre a fragilidade da vida e a inevitabilidade da morte. O cenário de uma cidade quase abandonada serve como metáfora para a transitoriedade da existência humana e a efemeridade das coisas materiais. É como se a cidade estivesse morrendo junto com o casal de idosos, e o coveiro fosse a personificação da morte que aguarda pacientemente o momento derradeiro.

O autor, por meio de uma prosa poética e sensível, nos convida a olhar para a essência da vida e confrontar nossa própria mortalidade. Os diálogos repletos de memórias de perdas e despedidas revelam o peso do passado e a saudade que permeia o presente. Ao mesmo tempo, a simplicidade das refeições e a rotina monótona dos personagens refletem a austeridade da vida no seu final, reduzida ao mínimo essencial.

Enquanto acompanhamos a decadência física dos protagonistas, somos levados a questionar o sentido da existência e a inevitabilidade do fim. Nesse contexto, o ato do coveiro em aguardar pacientemente a morte do casal adquire um significado profundo: ele é a personificação do destino, do desconhecido, do além.

A narrativa se desenrola com uma cadência contemplativa, quase como um poema em prosa, fazendo com que cada palavra e cada frase ganhem peso e ressoem na alma do leitor. A atmosfera melancólica e o tom lírico despertam uma imersão emocional que nos convida a refletir sobre a nossa própria existência e a valorizar cada momento.

Em meio à aparente desolação, o livro nos oferece uma mensagem poderosa de apreciar a simplicidade da vida, valorizar os laços afetivos e a memória dos que se foram e aceitar com serenidade o ciclo natural da vida e da morte.

"Enquanto a Noite não Chega" é mais do que uma história sobre o ocaso da vida; é uma profunda meditação sobre a condição humana, a passagem do tempo e a transcendência das experiências vividas. Josué Guimarães nos brinda com uma obra tocante que nos leva a refletir sobre o verdadeiro sentido da existência e a importância de buscar a plenitude em cada etapa da jornada.

Portanto, convido todos vocês, Amigos Filósofos Literários, a mergulharem nessa leitura que, apesar de triste, é repleta de poesia e ensinamentos. Que possamos sair transformados dessa jornada literária, carregando conosco as reflexões sobre a vida e a morte que "Enquanto a Noite não Chega" nos proporciona. E que, ao fecharmos suas páginas, possamos encarar a finitude com serenidade e aproveitar cada amanhecer como uma nova oportunidade de viver intensamente.

site: https://www.instagram.com/filosofodoslivros1975/
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Carol.mozz 20/03/2023

Melancolia
O livro gira em torno de um casal de idosos que vivem sozinhos em uma cidade, acompanhados apenas do coveiro que espera enterrar eles para sair do lugar. Os dois ficam lembrando dos falecidos e é um livro que mesmo sem muitos acontecimentos te prende.
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Beto | @beto_anderson 01/03/2023

Melancólico
A história é melancólica, retratando o fim da vida, a solidão, as recordações que ajudam a espantar o sentimento de perda. Por vezes achei repetitivo algumas informações. Mas o livro é bem agradável de ler. Tem um texto bem fluido, de uma simplicidade.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Caroline1442 05/02/2023

Um livro bom,mas melancólico
É uma estória sobre a vida e a preparação para a morte. Você acompanha a resignação das três personagens principais enquanto elas aguardam a única certeza da vida: o último suspiro.
De maneira geral, gostei do livro. Ele é bom, mas confesso que esperava um pouco mais (talvez por conta do título e da sinopse, tenha criado altas expectativas).
Os capítulos são curtos, no máximo 10 páginas, o que ajudou a manter um ritmo na leitura (principalmente na primeira parte do livro, quando achei meio arrastado).
As pesagens principais têm uma vida sofrida, com muitas perdas pelo caminho o que torna a estória melancólica, portanto se você não gosta de leituras assim, não recomendo esse livro para você.
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Marcelo 15/08/2022

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
Que livro simples e tocante....

O livro tem 4 personagens principais: Dom Eleutério de 92 anos e sua esposa Conceição de 92 anos, além do coveiro da cidade, seu Teodoro, também na casa dos quase 70 anos. E a cidade em que vivem, uma cidade abandonada em ruínas, que por sí só também recebe nossa solidariedade pelo abandono a qual foi relegada e abriga esses últimos 3 moradores. A cidade ficará totalmente deserta quando o casal de velhos morrer e o coveiro cumprir seu compromisso de enterrar o último morador.

Em cada capitulo o casal, que aguarda a morte (sem tristeza, mas vivendo na penúria total e com suas lembranças de tempos passados) vão passando capitulo a capitulo a preocupação de como serão os próximos dias, sem comida, sem bebida, sem forças para fazer as coisas, sem esperanças de dias melhores... mas acompanhados das lembranças das vivencias, dos pequenos prazeres da juventude, dos filhos, netos, amigos que já partiram... da vida que corria na cidade, nos comércios, nos moradores que ali viveram.

O coveiro já deixou 2 covas preparadas para o casal e cuida delas para que o tempo não a destrua antes do tempo. E quem sabe, após a morte do casal, o coveiro possa partir dalí.

?(...) Dona conceição fazia que sim com a cabeça e naquele momento sentiu muita pena do coveiro, que ainda estava naquele lugar esquecido à espera de que eles morressem e fossem enterrados em sepulturas decentes, e talvez plantasse uma florzinha qualquer no montículo de terra. A morte não assustava nenhum deles e só não falavam sobre ela por uma questão de pudor, porque os filhos, haviam morrido, os netos, os primos, os irmãos e até aquela cidade morrera aos poucos, numa agonia lenta mas bem visível? (p. 30)

Uma das passagens mais emocionantes é quando falam que não terão mais luz a noite por não ter mais vela, pois as únicas 2 que restam estão guardadas para quando o casal morrer.

?Tragam outro lampião ? pediu ela.
Não é melhor apagar para economizar querosene? ? disse o coveiro, delicadamente para não ferir o orgulho dos donos da casa.
Os anjos falaram por sua boca. Estamos na última lata de querosene e, quando acabar, a gente vai ter que deitar mal o sol se ponha. Só tenho 2 velas de saldo.
Eu sei ? disse o coveiro. ? Uma para a senhora e outra para Dom Eleutério.
O homem notou que havia tocado em uma coisa que não devia. A velhinha permaneceu onde estava, o marido ficou olhando confuso para ele...? (p. 27)
Alê | @alexandrejjr 15/08/2022minha estante
Gostei muito dos trechos que tu destacasse, Marcelo. A leitura parece deslizar diante dos olhos. Fosse teu primeiro contato com o Josué Guimarães?


Marcelo 15/08/2022minha estante
Sim, eu não conhecia o autor. E esses temas da relação com a morte me encantam.




Dudu Menezes 30/07/2022

A importância do cuidado, enquanto a morte não chega...
Hoje finalizei a leitura de Enquanto a noite não chega, de Josué Guimarães, que recebi na parceria com a @lepmeditores

Fazia tempo que queria ter contato com essa obra e superou as minhas expectativas. Uma trama aparentemente simples, mas que aborda questões extremamente sensíveis, como o cuidado com o outro, as memórias afetivas e o significado da relação vida e morte.

São apenas três personagens (ou quatro, se considerarmos a cidade onde vivem): Dom Eleutério e Dona Conceição - um casal de idosos - e Seu Teodoro, o coveiro da cidade, que já abriu duas covas e só está esperando os velhinhos morrerem para ir embora dessa cidade, abandonada, onde nem mesmo os caminhões com mantimentos mais básicos para sobrevivência costumam passar com frequência.

A "noite", aqui, funciona como uma metáfora para a espera da morte, que, à essa altura da vida, com tantas tragédias familiares que são rememoradas, já não assusta tanto assim.

Em seguida vai sair a resenha, em vídeo, no canal do Sujeito Literário, no YouTube, dando mais detalhes sobre o que me deu a pensar essa obra, mas, já fica essa resenha, por aqui, te fazendo o convite para ler esse livro assim que possível. Certeza absoluta de que vais curtir muito. Eu li nesta nova edição da L&PM, que saiu em 2021, mas sei que tem também a versão em Pocket.

Ao final, tem uma nota sobre a vida do autor, que eu já conhecia um pouco, falando da sua trajetória política em defesa da democracia, tendo sido perseguido pela ditadura militar de 1964.
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thexanny 03/07/2022

enquanto a noite não chega
Enquanto a noite não chega é a história de uma cidade abandona, onde os últimos moradores é um casal de idosos e um coveiro que mantém duas sepulturas abertas à espera de que os dois morram e ele possa ir embora para outra cidade. Mas então algo inesperado acontece...
Uma coisa interessante no livro é que o casal não está preocupado com a morte, até porque nem tem mais o que eles viverem, eles não tem mais nenhum familiar e nem saúde. Isso me fez refletir como a nossa opinião sobre as coisas mudam.Quando somos jovens ou desconhecidos do mundo queremos viver pra sempre, e quando vivemos o suficiente e já temos uma vida formada, enfim percebemos que não precisamos e nem queremos viver pra sempre, simplesmente porquê não vale a pena. A única coisa que sobrou para os idosos foram as suas lembranças, porque o resto já se foi.
Foi interessante também ler um livro de um autor gaúcho, eu não leio muitos livros nacionais (algo que eu estou tentando mudar), então ler um livro e conhecer ás cidades foi muito legal. Em uma parte do livro ele cita Pelotas e eu fiquei tipo "mds, eu conheço Pelotas é duas horas da minha cidade", é um sentimento muito legal saber que você já esteve nesses lugares.
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Giulia 27/01/2022

Livros que aquecem o coração.
"Enquanto a noite não chega" é como uma brisa carregada de memórias, afetos e histórias de tantas vidas. A leitura é leve, por mais que a narrativa tivesse tudo para ser pesada, e com um toque de lembranças de avós; do afeto que vem com o cheiro do pão, como descrito por Josué de forma tão poética.

Recomendo para quem quer uma leitura rápida e que aqueça a alma!
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Bia 05/12/2021

Simplicidade
Que livro precioso, a escrita leve e profunda de Josué Guimarães que mais parece poesia e te faz sentir presente na cena junto aos personagens.

Ao ler o livro me lembrei do meu bisavô e meus avós, os mais velhas da família que infelizmente já vivenciaram a morte de outros inúmeras vezes e acabaram sendo os remanescentes de sua geração. Me relatando muitas vezes o sentimento de ?solidão?, entretanto saudades e gratidão dos tempos vividos e alegrias compartilhadas.

O casal do livro, Conceição e Eleutério, já viveram tudo o que havia e enfrentaram a morte de entes queridos precocemente, entretanto vivem contentes com o que são no agora, se relembrando dos bons momentos com leveza e esperança, enquanto a noite não chega. Pra mim isso foi o que mais marcou nesse livro, as lembranças boas e alegres, uma visão otimista e esperançosa do agora e da morte, mesmo em meio a tanta escassez e simplicidade que viviam na cidade abandonada. Uma relação incrível com o tal vulto escuro onde não há medo ou ressentimento, somente suavidade, contemplação e entendimento verdadeiro da vida e da morte (que não são antônimos, e sim sinônimos).

Que livro lindo! Acho que vou levar uns dias pra refletir tudo o que ele traz, mal posso esperar pra ler outras obras do autor.

"quem há que corações alheios sonde?
quantas vezes a máscara do riso oculta dor
latente que se esconde sob a curva de um falso
paraíso!"
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Leitor 18/04/2021

Lindo
Um livro delicado, que me prendeu quando eu era muito jovem. O lí em 2 ou três madrugadas.
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Aline330 22/03/2021

Li uma vez nos tempos de escola. Relendo hoje a história se torna muito mais significativa pois é inevitável pensar na morte quanto mais velhos ficamos. E o livro é sobre isso, não só a nossa morte, mas de todos que amamos e o fim de tudo que nos cerca.
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