spoiler visualizarWell 07/04/2021
Quero mais e mais... mas...o jeito é se conformar.
Se levarmos em conta a história de Teresa e da Dr. Paige, sim, o livro foi muito relevante. Mas, ele conta o passado das crianças, um pouco antes deles serão enviados para o labirinto e muitas morrerão ali ou depois, nos próximos livros. Esse livro respondeu muitas dúvidas que tinha na trilogia.
Ordem de Extermínio (livro anterior a esse) tem um começo muito bom, um meio um pouco difícil para algumas pessoas e um final obrigatoriamente bom e necessário), mas que é bom em si. Além disso, seu epílogo deixa um pouco pensativo.
O Código da Febre é diferente, pois não se trata de uma história contínua página por página, mas sim de uma reunião de trechos de histórias que dão saltos de dias, ou até meses, entre um capítulo e outro. Isso torna sua pegada mais interessante, ou até surpreendente, porém isso foi necessário para não deixar a história cansativa.
A história começa com um Thomas criança, antes de seus oito anos, separado pelo CRUEL como mais importante do que os outros do grupo que futuramente se tornarão os Clareanos. Sua infância se passa em testes de aptidão, desafios intelectuais e sem contato algum com outra criança.
A vida de Thomas só muda quando os superiores do CRUEL decidem que chegou o momento dele conhecer a garota que habita o quarto em frente ao seu: Teresa. A amizade dos dois começa a se desenvolver de modo verdadeiro para eles, mas para o CRUEL é somente mais uma parte dos infinitos testes.
No decorrer do livro, eles conseguem escapar da supervisão e fazem reuniões escondidas com os outros garotos de seu grupo.
Entre testes, reuniões e o fortalecimento da relação entre as crianças que se tornarão Clareanas, o tempo passa, até a chegada de um momento esperado desde as primeiras páginas: o início da construção dos dois labirintos.
É claro que não os vou revelar aqui, mas eles, definitivamente, acabam com qualquer dúvida que o leitor tenha sobre alguns personagens de conduta duvidosa. E esse é o fato de maior peso para ler esse livro.
Enquanto os primeiros Clareanos já habitam o labirinto, há uma contaminação do complexo do CRUEL onde Thomas vive. Membros importantes da liderança da corporação são infectados pelo Fulgor e, numa vital decisão fria para conter a ameaça de uma contaminação geral que seria um golpe mortal no CRUEL, a Dr. Paige decide isolar os contaminados numa ala e fechá-la. Ela sabe que essa é uma medida provisória e que ações drásticas precisarão ser tomadas, caso ela não queira ver todo o complexo tomado pelo Fulgor. A solução se encontra em um gás sedativo, armas e jovens imunes ao Fulgor. A tensão narrada nessas cenas conseguem nos arremeter à intensidade de Correr ou Morrer.
James Dashner se propôs a contar o passado de seus personagens, assumindo o risco de contar uma história da qual todo mundo já sabe o final. Como ainda conseguir surpreender os leitores? Com informações chocantes que tem influências diretas na história principal, capazes de mudar a opinião dos leitores mais fiéis. Ele conseguiu fazer isso.
No geral, O Código da Febre é uma indicação para os fãs de carteirinha de Maze Runner (como eu), mas não para leitores medianos da saga, porquê iram torcer o nariz.
Depois de cinco livro e um extra. Eu terminei com um gostinho de quero mais coisas desse mundo.