Codinome 20/07/2019
Um pouco sobre "Terra dos homens"
Segundo livro que leio do francês Antoine de Saint-Exupéry, muito famoso por seu clássico “O Pequeno Príncipe” (1943), que foi o primeiro que eu li do autor. Bem mais tarde, descobri que o escritor também foi um grande piloto e escreveu sobre isso, um dos livros é “Terra dos homens”, publicado em 1939, e que eu escolhi ler para ver essa outra bacana vertente de Antoine.
O livro se divide nas histórias que ele conta de seus amigos, os quais chama de companheiros; experiências de voo; muitas reflexões sobre a condição humana; uma história surreal de quando ele e um companheiro chamado André Prévot caíram no “olho do deserto” (não sei se existe o termo, mas é tão frustrante quanto um olho de furacão). Aliás, esse foi o ponto alto do livro, ao meu ver, esse capítulo 7, “No centro do deserto”, que conta essa história real a qual ele viveu, ou melhor, sobreviveu. Em várias partes, eu ficava imaginando como ele conseguiria sobreviver a uma condição tão complicada que o deserto impõe, tal como ele nos diz em certa altura dessa experiência: “O deserto é liso como o mármore. Durante o dia, ele não forma sombra e, à noite, nos entrega nus ao vento.”
Ainda no deserto, o autor também nos conta suas outras experiências: a convivência com os mouros, a realidade dos escravos dos mouros e o mar de reflexões que ele vai trazendo de uma forma bem poética, sabendo se colocar no lugar dessas pátrias diferentes da dele. Isso enriquece um pouco mais a obra.
Tive uma experiência muito bacana em conhecer esse lado de um piloto, pois a aviação é um tema que me interessa bastante, e isso feito por um grandioso autor que conseguiu colocar suas obras no patamar dos clássicos.
Seguem alguns outros livros que ele tratará, pelo menos eu deduzi pelos títulos, de sua profissão de aviador: “O aviador” (1926), “Correio Sul” (1929), “Voo noturno” (1931) e “Piloto de guerra” (1942).