Cidade dos Fantasmas

Cidade dos Fantasmas Daniel Waters




Resenhas - Cidade dos Fantasmas


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Danielle 13/10/2016

Cidade dos fantasmas é um livro que se passa alguns anos após um tipo de arrebatamento que fez com que milhões de pessoas morressem em todo o mundo no mesmo dia, não se dá muito detalhes desse acontecimento na trama. De alguma forma abriu-se uma fenda entre o mundo dos vivos e dos mortos e vários fantasmas passaram a ser vistos por todos, não como fantasmas assombrando, mas como se fosse uma espécie de lembrança que se repetisse diariamente, os fenômenos geralmente aconteciam por alguns segundos e sempre se repetiam da mesma forma, como por exemplo a protagonista Verônica tinha sempre pela manhã na sua casa a aparição de seu falecido pai, lendo um jornal, bebendo um café e após sorrir desaparece.

As aparições se tornaram tão normais que ninguém mais se assusta, alguns casos as pessoas ficam esperando para ver as aparições, no caso da mãe de Verônica ela não conseguia seguir em frente vendo seu marido todas as manhãs e acabava se tornando um momento onde ela parava tudo somente para ter mais alguns segundo olhando seu amor.

O mais assustador da trama não são as aparições e sim o que elas provocam nas pessoas, como por exemplo o professor de Verônica que não se conforma de não ter sua filha de volta dos mortos e acabou se tornando um assassino por achar que pode trazer sua filha de volta à vida se assassinar uma menina na mesma idade dela e no dia e hora da sua morte. A morte da menina foi antes do acontecimento e em 29/02, ou seja, ele de 4 em 4 anos tentava trazer a filha de volta dos mortos, na sua terceira tentativa o seu alvo será a protagonista Verônica.

O livro tem um ritmo bom e trabalha muito o lado psicológico dos personagens principalmente a loucura do professor, porém o fato de estar a mostra para o leitor e para os próprios personagens quem é o vilão perde-se um pouco de suspense. Eu também senti falta de uma maior explicação sobre o acontecimento que gerou tantas mortes e explicação sobre falta de padrões que começaram a surgir sobre as aparições. No geral foi uma ótima leitura que poderia ter sido mais explorada. Recomendo a leitura para os fãs do mundo sobrenatural e agora vou ficar aguardando a chegada do filme que já teve seus direitos comprados.

site: www.ciadoleitor.com.br
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Caverna 15/10/2016

Depois de assistir um filme de terror você tem medo de esbarrar em algum fantasma pela casa?

E se você esbarrasse com um fantasma todo dia no mesmo horário na esquina da sua casa? E se encontrasse mais alguns no caminho até o trabalho? Seria estranho se deparar com outros dois enquanto estivesse tomando um café no horário de almoço? Talvez corresse pra se internar se fosse assombrado por mais cinco espectros na volta pra casa?

A princípio você teria vários picos de taquicardia, realmente. Mas uma hora você se acostumaria, assim como todos fizeram depois do Acontecimento.

Essa era a nova realidade de milhares de pessoas em todo o país. Elas chamam de Acontecimento a catástrofe que abriu uma fenda entre o mundo dos vivos e dos mortos, levando instantaneamente milhões de pessoas à morte. Desde então, os fantasmas habitavam o mesmo espaço, mas não de uma forma aterrorizante. Algumas pessoas os chamavam apenas de imagens, pois repetiam um padrão de movimentos sempre em determinado horário. Apareciam, realizavam alguma tarefa que haviam de fato feito na vida real, e desapareciam até o dia seguinte naquele horário.

O pai de Veronica, por exemplo, aparecia à mesa da cozinha às 7 horas. Lia as seções do jornal que o interessava, sorria e sumia. Era como uma projeção. Ele surgia, apresentando todas as características de ser real, mas não era possível tocá-lo, como se fosse apenas uma miragem. A repetição de atitudes levava as pessoas a pensarem: porque aquele momento? O que tinha de tão especial em sentar para ler o jornal? Porque de tantas memórias, aquela era tão marcante ao falecido?

O Sr. Pescatelli, mais conhecido como Peixe pelos alunos, divagava bastante sobre o assunto nas aulas e afirmava existir quatro tipos de imagens. A de crise, a de rotina, a de emoção e a associada ao local da morte. A de rotina remetia ao hábito da pessoa executar determinados passos diariamente, a de emoção estava relacionada a um momento extremamente feliz e genuíno do falecido, e a ligada à morte era a mais trágica, os fantasmas revivendo os segundos antes de sua morte dia após dia. A de crise, por sua vez, representava que algo de dimensão grande e pior estava por vir, como uma premonição. Se toda aquela porção de fantasmas que surgira com o Acontecimento significassem uma crise... A coisa ia ficar bem feia.

Nessas aulas, o Peixe discursava também sobre as aparições em Hiroshima e Nagasaki, dados que foram encobertos na época, mas que poderia trazer respostas à situação que estavam vivendo. Veronica, por outro lado, temia que seu pai fosse uma imagem apenas de rotina. Todo dia, ela e sua mãe iam à cozinha acompanhar os poucos minutos que ele retornava a elas. Sua mãe estava devastada e emagrecendo cada vez mais, mas não largava mão daqueles pequenos instantes, não aceitaria perdê-lo ou esquecê-lo. Veronica também evitava perder a visita do pai, por mais que aquilo começasse a incomodá-la, mas Brian, o fantasma que aparecia no seu banheiro poucos minutos antes do pai, estava começando a intrigá-la. Ele transmitia um calor e sensação que ela jamais pensou ser possível. Nenhum outro fantasma era capaz disso. O que havia de tão diferente nele? Qual era a misteriosa história do antigo morador de sua casa?

Depois das visitas matinais, Veronica vai para a escola acompanhada da amiga Janine. Janine um dia já foi corajosa e valentona, mas após o Acontecimento, ela se tornou uma tremenda medrosa. Não suportava ver um fantasma na frente que passava mal. Veronica sempre estava a postos para ajudar a amiga, mas era difícil quando no caminho da escola existia Mary Greer, um fantasma que se erguia do chão e seguia até a casa do Sr. Bittner, o professor estranho de história delas. Havia boatos de que ele a assassinou, mas nunca encontraram provas, e todos esqueceram a suspeita, restando somente o velho e conhecido poema:

GUS DEIXOU MARY
PENDURADA NUMA ÁRVORE
A-S-S-A-S-S-I-N-A-D-A
PRIMEIRO VEM O SANGUE
DEPOIS O CASAMENTO
DEPOIS A AMARGURA NUM CARRINHO DE BEBÊ

Na escola, Veronica tinha fama de ser rodada, mas Kirk não se importava. Ele ficava admirado com toda a sua força, uma energia diferente da maioria das meninas. Aliás, não era culpa de Veronica não conseguir se apegar. Passava um tempo com eles, enjoava, e ia para o próximo. No entanto, depois que Veronica conta ao seu grupo de amigos a respeito dos fantasmas em sua casa, Kirk procura o Sr. Pescatelli solicitando um trabalho de crédito extra, pensando que ele lhe daria conselhos que o ajudariam a saber o que falar para Veronica. Só que o Sr. Peixe entrega uma câmera a Kirk e o manda gravar todos os fantasmas que vir, anotando a hora em que apareceram e que sumiram, descrevendo o que eles estavam fazendo e qual a sensação que aquilo transmitia, o que aquele momento deveria ter significado ao fantasma. Com isso, Kirk vai aos lugares mais horripilantes atrás das histórias mais sinistras: escolas, fábricas, hospitais, e arrasta Veronica consigo. Romântico, né?

Através daquele estudo, não só Kirk e Veronica irão se aproximar, como também vão se envolver com as histórias dos fantasmas e descobrir que eles mesmos podem estar em perigo. E a ameaça está mais próxima do que eles imaginam. Seria normal pensar mais nos mortos do que nos vivos? Seria normal temer mais os vivos do que os mortos?

Esse livro é simplesmente espetacular. A proposta é assustadora por si só, mas acredito que o objetivo não seja botar medo no leitor. A princípio, pensamos que a realidade pros vivos será horrorosa, que mal conseguirão sair de casa, mas eles não tem outra escolha a não ser se adaptar e, com isso, quando nos damos conta, já estamos habituados àquele mundo bizarro. Já pensou? Chegar na sua mãe e dizer “mãe, tem um fantasma lá no quarto” como se dissesse “mãe, tem uma barata lá no quarto”.

Os personagens foram desenvolvidos de forma magnífica. A tristeza da mãe de Veronica nos faz refletir. Quando um ente querido morre, nós ficamos de luto, um luto que às vezes dura bastante tempo. Mas e se ele estivesse ali pelo resto dos dias? Não ele ele, mas o espectro dele, só a imagem pra matar a saudades e promover angústia pelo fato de não estar realmente lá. Simplesmente não dá pra se despedir da pessoa. E esse sofrimento dela comove.

A história é narrada em terceira pessoa pela Veronica e pelo vilão, e também em primeira pessoa pelo Brian. Acho que dá pra tirar conclusões sobre o vilão pela própria sinopse e logo nas primeiras páginas, mas não quero tirar a graça, então não vou comentar muito sobre ele, só que é um psicopata claramente perturbado pela perda da família. Mesmo anos depois, ele continuava desestabilizado, e o Acontecimento lhe trouxe esperanças.

Veronica é forte e determinada, mas me irritou um pouco no final. Sua teimosia era sem fundamento e a insistência no “ainda não sei se é amor” faz qualquer leitor revirar os olhos. Kirk certamente foi meu personagem favorito, disputando com o Brian, e ele era tão respeitoso e paciente lutando pela vida da Veronica que me fez pensar que ela não merecia ele, mas enfim.

O melhor do livro com certeza é o pano de fundo. Eu aaaaaaaaaaamo histórias com fantasmas e a forma como foram descritos foi excepcional. O Sr. Peixe era obcecado pelo Acontecimento e era um dos únicos que se dedicava a descobrir o mistério por trás do evento. Ele cria classificações para as imagens e faz os alunos refletirem sobre o que essas aparições representam, o que elas estão tentando dizer. Algo importante de ressaltar, aliás, porque eles estão criando forças. Um número maior de imagens vem aparecendo frequentemente, e onde eles irão parar assim? Um mundo com mais fantasmas do que almas vivas?

Uma obra maravilhosa, que merece ser lida por todos os amantes de terror e mistério. A editora jangada, parceira que cedeu o livro, também está de parabéns com a edição incrível!

site: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2016/10/cidade-dos-fantasmas.html
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Portal JuLund 26/10/2016

Cidade dos Fantasmas, @grupopensamento
enho hoje com mais uma dica para esse outubro assombrado, Cidade dos Fantasmas foi uma cortesia que recebi do grupo pensamento, e tenho que confessar que não li a sinopse antes de pegar o livro para ler, o que foi uma boa coisa porque a sinopse revela muito do enredo e talvez eu não tivesse me surpreendido o tanto que me surpreendi.

Verônica é uma garota normal, que vive em uma cidade uma tanto anormal. Depois de um “acontecimento” que levou a morte de milhares (quiçá milhões) de pessoas uma espécie de evento paranormal aconteceu, eles agora podiam ver fantasmas, ou reflexos do que essas pessoas foram em vida.

Na sua própria casa há um fantasma, seu pai aparece todos os dias ás 7:13 h para tomar café e ler o jornal, mas esses fantasmas não interagem, eles somente repetem um padrão. Mas na casa de Verônica aparece um fantasma que não segue exatamente estes padrões. Brian tem uma certa consciência dos acontecimentos a sua volta.

“Eu atravesso paredes. Sussurro na janela quando a vejo deixar nossa casa. Oscilo nos limites da minha própria memória. […] Eu me lembro. Que pensamento estranho para alguém como eu. Estranho porque eu mesmo não passo de uma lembrança. Uma lembrança que ninguém além de mim guarda mais.”

A meu ver o que fez ele ter essa consciência foi o fato de sua namorada ter sido assassinada a poucos metros dali, e o assassino estar prestes a fazer uma nova vitima, que vem a ser nossa protagonista.

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/cidade-dos-fantasmas-grupopensamento
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Vanessa Sueroz 03/11/2016

Já pensou que em todos os lugares que você fosse tivesse um fantasma te perturbando? Indo para trabalho, escola ou na sua casa indo escovar os dentes, sempre alguém ali te observando. Das duas uma, ou você se acostuma ou morre do coração rsrsrs.

Pensando nisso, as pessoas se acostumaram com os fantasmas. Depois de uma catástrofe o mundo se acostumou a ter vários fantasmas por ai, afinal, o véu que divide os mundos se rompeu.

Algumas pessoas estão tão acostumadas com os fantasmas que eles quase nem existem. Um exemplo é o pai de Veronica que sempre aparece na cozinha as 7 da manha lendo jornal. Ela começa a se perguntar, porque ele aparece naquele momento e fazendo aquilo? O que tem demais naquele momento que ele fica repetindo dia após dia.

O professor dela diz existir quatro tipos de imagens/fantasmas: crise, rotina, emoção e associada ao local da morte. Rotina é sobre um hábito da pessoa de fazer algo diariamente; emoção está relacionada a um momento extremamente feliz, o local da morte é quando o fantasma revive seus últimos momentos, quando uma morte é trágica, crise é quase uma premonição.

Resenha completa:

site: http://blog.vanessasueroz.com.br/cidade-dos-fantasmas/
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Tahis 10/11/2016

Resenha - Cidade dos Fantasmas
Em CIDADE DOS FANTASMAS conhecemos uma cidade que após o "Acontecimento" passou a ter fantasmas espalhados por toda parte da cidade. Fantasmas que ficam reproduzindo alguma parte do dia em que morreu na hora exata, alguns até reproduzem a sua morte algumas brutais.
Os habitantes já estão acostumados com esses fantasmas ou imagens, ali todos os dias, já virou uma rotina para Verônica - nossa protagonista - mas ela não consegue entender o porque a cidade está com todos esses fantasmas e porque a sua amiga tem tanto medo deles. Verônica e sua mãe já estão acostumadas a todos os dias as 7:13h da manhã ver o seu pai e marido, sentado no sofá tomando seu café, mas Verônica não esperava encontrar um novo fantasma em seu banheiro.
Para espanto e surpresa de Verônica, o rapaz penteia os cabelos de frente para o espelho, tudo normal, mas até sorrir para ela e sua imagem refletir no espelho. #bizarro
Porque isso está acontecendo? Porque mais fantasmas estão parecendo na cidade? Verônica junto de um amigo e "ficante" decidem investigar, com a ajuda de um professor que tenta entender e explicar tais comportamentos e juntos eles vão gravando vídeos, fazendo anotações de cada fantasmas, e principalmente os que foram assassinados de uma forma brutal e que não tiveram nenhum culpado.
Alguma das investigações apontam para a data 29 de Fevereiro que é aniversário da Verônica, essa data pode ter algo a ver com alguns assassinatos, já que é ano bissexto e assim a "fenda" ou "véu" entre os dos lados está mais fraco, permitindo assim fantasmas atravessarem.. assim, também apontam para um professor muito esquisito do colégio, August, que perdeu a filha, Eva, no dia 29 de fevereiro, e a esposa também. Verônica se senti perseguida e até mesmo coagida pelo professor esquisito. Mas como ligar o professor a esses fantasmas? Será que ele tem algum plano em mente?

CIDADE DOS FANTASMAS é um livro que prende, confesso que no inicio senti uma certa dificuldade em me acostumar com a narrativa em terceira pessoa. Mas depois, fui me acostumando e me viciando na história que tem um suspense bem legal e o mistério em volta dos fantasmas e personagens te prende do inicio ao fim.. uma coisa que te deixa curiosa é o tal do "Acontecimento" e temos uma respostas, aconteceu uma catástrofe na cidade, mas nada muito explorado, e foi depois de tal acontecimento que os fantasmas começaram a aparecer.. mas o autor não vai além.. acredito que poderia ter deixado mais claro.
A narrativa é feita em terceira pessoa, vemos um pouco da Verônica, do Professor August e de outros personagens. Também temos uma narrativa em primeira pessoa, feita pelo fantasma do banheiro da casa de Verônica, achei a narrativa dele muito enriquecedora para a história, como ele se senti em relação a certos acontecimentos e tal.. é um livro que não posso dar muitos detalhes, pois posso acabar soltando alguma coisita rs' De um modo geral, curti a história, fiquei naquela ansiedade querendo respostas.. o final me deixou um pouco encucada.. e ainda estou criando algumas hipóteses aqui..
Bom gente, recomendo o livro para quem curte um suspense/mistério. O livro não é lá terror, passa um pouco longe.. mas leiam e depois me contem o que acharam!

site: http://lovesbooksandcupcakes.blogspot.com.br/2016/11/resenha-cidade-dos-fantasmas-daniel.html
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Geórgea 04/12/2016

Cidade dos Fantasmas
Há seis anos a cidade de City Jewell sofre uma terrível mudança após o “Acontecimento”. O evento que matou de 1 a 4 milhões de pessoas e que abriu uma espécie de portal entre a terra e o mundo dos mortos permitindo assim, que fantasmas passem a conviver conosco diariamente. Esses fantasmas despertam medo, fascinação e caos entre as pessoas. Alguns suspeitam que eles sejam apenas projeções, pois aparecem sempre no mesmo local, mesmo horário e realizando a mesma ação, logo após, desaparecem.

Verônica Calder é uma das pessoas que parecem não se importar com o aparecimento dessas entidades. Ela mora com a mãe e convive com a presença do pai todos os dias de manhã lendo o jornal e tomando café sentado à mesa, logo após esse ritual ele desaparece. O pai foi uma das vítimas do Acontecimento. Para sua surpresa, um dia de manhã ao sair do banho ela se depara com um garoto de cabelos compridos e loiro no seu banheiro. Um novo fantasma é sempre motivo de especulações e ela fica tentada a descobrir mais sobre ele, pois por mais estranho que pareça ela se sente atraída por ele.

Em um mundo onde passar por fantasmas de antigos conhecidos, assim como desconhecidos, é normal algumas pessoas não aceitam bem essa ideia. Uma delas é a amiga de Verônica, Janine, que passou a ser uma menina retraída e medrosa bem diferente da líder corajosa que fora e que jogava futebol no time da escola, todos esses fantasmas acabaram sugando a bravura da garota. Todos os dias elas passam pela casa do professor de história August Bittner, um viúvo esquisito e solitário que há alguns anos perdeu a filha Eva e logo depois a mulher Madeline. Na porta da sua casa o fantasma de uma garota aparece constantemente, ela é Mary e está sempre realizando a mesma ação: indo com sorriso até a porta da casa do seu antigo professor. Acontece que o principal suspeito da morte da garota é August. Que mistérios esse homem esconde?

Cada vez mais fantasmas estão aparecendo na cidade e muitos estão receosos de que isso seja um indicativo de um novo Acontecimento. Isso tudo desperta a curiosidade de Kirk, que é apaixonado por Verônica há muito tempo e para se aproximar dela passa a pesquisar com a sua ajuda e do professor de filosofia o senhor Pescatelli, essas aparições e anotar dados para que seja possível traçar um paralelo entre eles e encontrar um padrão nessas aparições. Dentre corridas para capturar imagens de todos os fantasmas da cidade, um louco com um ritual em todo o dia 29 de fevereiro e o súbito interesse de um professor pela sua aluna, passamos a encaixar os fatos e desvendar os mistérios que envolvem essa cidade.

Minha Opinião

Essa história é diferente de tudo que eu já li. Um tema que nos deixa sempre em dúvida: a existência de fantasmas. Imagine se isso fosse conosco? Passar a conviver pacificamente com aparições e até achar isso normal. Encontrar velhos conhecidos realizando ações que eram corriqueiras para eles. Para muitos isso seria motivo de euforia e geraria uma extensa pesquisa, mas para outros seria uma profunda dor de encontrar entes queridos que já se foram. Tornaria o “seguir em frente” muito mais difícil.

A todo o instante nos perguntamos sobre o porquê desses fantasmas aparecerem e qual o motivo de terem sempre o mesmo local, horário e ato praticado. Qual seria a relação? O padrão seguido? Seria a última memória feliz? Por isso, o professor Pescatelli está organizando um livro e conta com a ajuda de Kirk e Verônica para catalogar esses fantasmas. Sejam morte, apego, crise ou hábito. Eles passam a pesquisar e tentam juntar os pedaços até montar esse grande quebra-cabeça.

O livro é bem confuso no começo e demora para começar a fazer sentido. Ele nunca dá detalhes sobre esse Acontecimento que é constantemente citado na narrativa. Não sabemos o que de fato aconteceu, só das consequências que ele trouxe para essas pessoas. Todos o caos que foi gerado. Amei a proposta do livro e o desenvolvimento da história estava muito bom até a sua metade, mas no final acredito que o autor se perdeu e acabou deixando algumas lacunas que não são explicadas. Acredito que ele poderia explorar mais o fantasma do banheiro, achei ele um personagem muito raso, apesar da importância que tem na história.

Por muitas vezes fiquei me questionando se esses arrepios que os habitantes da cidade sentem ao serem transpassados pelos fantasmas são pelo mesmo motivo que sentimos os nossos arrepios. Além disso, Verônica foi uma personagem que me deixou extremamente dividida. Amamos ela e essa coragem e firmeza para seguir em frente, enquanto tantos já desistiram, mas, por muitas vezes, ficamos consternados com as decisões que ela toma e que não combinam em nada com a garota inteligente que ela é. Fora que o autor não explica essa ligação que ela sente com o fantasma do banheiro.

Enfim, esse é um livro indicado para aqueles que adoram fantasmas e a forma com que eles influenciam as nossas vidas, mesmo quando não podemos vê-los. Apesar das perguntas que ficam sem respostas e do final que é meio óbvio o livro é muito bom e uma continuação seria muito interessante. Eu li o livro em apenas um dia, pois os capítulos são bem curtos e a história flui facilmente, além disso, por trás de toda essa história com os fantasmas temos um lunático que acredita que ao matar alguém pode trazer um ente querido de volta e esse acaba sendo o combustível para diversos outros acontecimentos.



site: http://www.estantediagonal.com.br/2016/12/resenha-cidade-dos-fantasmas.html#more
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Lê Golz 06/01/2017

Mais aventura que terror
Escolher esse livro para leitura me fez sair de minha zona de conforto. Apenas pelo título, capa e sinopse eu já diria que este não é livro para mim. Mas resolvi arriscar, pois a história parecida ser boa, e realmente é. Assustadora? Descubra lendo a resenha.

Imagine que a cidade onde você vive é assombrada por fantasmas. Quando você vai para escola, ao cinema ou quando está tomando banho, lá estão eles. A pequena cidade de City Jewell é uma das que sofreu com O Acontecimento, uma catástrofe que foi responsável pela morte de inúmeras pessoas e que abriu uma fenda entre as dimensões e permitiu a passagem de fantasmas. Isso aconteceu a tanto tempo, que a maioria das pessoas já se acostumaram com a presença dos fantasmas, que aparecem diariamente no mesmo local. Nossa protagonista, Verônica, não se intima com eles, porém as aparições dessas pessoas mortas vem ganhando força. Ela e Kirk tentarão descobrir o por quê eles aparecem e assombram a cidade. Enquanto isso, August, o estranho professor de História, vigia-os, pois é obcecado pelo fato de sua filha morta, Eva, não ter retornado como fantasma. Ele acredita que Verônica é a garota certa para que Eva se aposse de seu corpo. Que mal há em criar mais um fantasma, se já existem tantos?

Partindo dessa premissa, que a princípio parece assustadora, Waters criou uma história repleta de aventura e suspense, mais do que aterrorizante. Adorei a escrita fluída, envolvente e a criação dos personagens. A narrativa é feita principalmente em terceira pessoa, exceto por poucos capítulos narrados em primeira pessoa por um fantasma. A trama é muito bem descrita e nos deixa ansiosos a cada final de capítulo, por descobrir o que está por traz das aparições. Apenas não dei cinco estrelas, pois senti falta de explicações sobre esse Acontecimento que os personagens tanto citavam, mas que não abordaram profundamente.

Todos os personagens me conquistaram, mas o professor August é quem realmente instiga a história. Ele é totalmente misterioso desde o começo, até pouco a pouco as suas intenções ficarem bem claras. Adorei como o autor criou esse personagem tão real em meio a uma trama sobrenatural. August é como muitos homens obsessivos que encontramos em nossa sociedade. Não vou entrar em detalhes para não tirar a expectativa de quem for ler a obra, mas esse personagem colocará mais medo no leitor do que os próprios fantasmas.

"Mesmo do outro lado da rua, a duas casas de distância, ela podia sentir algo terrível emanando daquele homem; algo oleoso e viscoso, que impregnaria a sua pele de uma forma que nenhum banho limparia." (p. 268)

Em linhas gerais, Cidade dos fantasmas é um livro levemente aterrorizante (nem dá para sentir tanto medo), com uma pitada de drama, romance, aventura e muito suspense. Recomendo para quem gosta do gênero, pois foi uma ótima leitura. Algumas vezes até dá para sentir um arrepio, mas você descobrirá no final, que é melhor ter medo mesmo é dos vivos!

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2017/01/resenha-cidade-dos-fantasmas.html
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Danika 12/01/2017

Mistério fantasmagórico
"[...] Minha presença causa um leve arrepio. Ainda consigo afetar discretamente o universo tangível"

Já imaginou uma cidade repleta de fantasmas? Na sua casa, sua escola, aparecendo na rua. Até quando você estava saindo do banho, um deles aparece. Mas são somente isso. Aparições. Não há mudança neles, são quase como hologramas, aparecem na mesma hora, e todo dia em que aparecem, fazem algo e somem. Imitam, talvez, uma coisa que sempre fizeram, ou gostavam de fazer, ou batiam na porta de alguém que marcou sua vida. Cada aparição está ligado a um momento. E é isso que alguns adolescentes começam a descobrir e confirmar. Mas talvez essa verdade possa revelar muito mais do que eles imaginavam...

Primeiro trecho do livro:
"Eu atravesso paredes. Sussurro na janela quando a vejo deixar nossa casa. Oscilo nos limites da minha própria memória."


Uma catástrofe não muito explicada que matou milhões de pessoas há alguns anos abriu uma fenda entre os mundos, permitindo que os que morreram - tanto nesse Acontecimento ou antes - voltem por um curto espaço de tempo e fiquem visíveis a olhos humanos. Uns já se acostumaram com a presença dos fantasmas. Outros tem pavor, apesar de ter que passar ao menos por um durante o dia. Até porque algum deles pode se hospedar na sua casa por algum motivo. Verônica vê o pai todo dia de manhã. Pontualmente às 7:13h, no café da manhã, ele está lá com um jornal na mão e bebendo café. Algum tempinho depois ele some. E é assim todo dia. Ela e sua mãe tem a constante lembrança do que perderam, de que ele não mais está vivo, apesar de visitá-las todo dia. Ninguém sabe o propósito, se é que tem algum. Talvez por já ver o pai sempre, Verônica se acostumou aos fantasmas, ao contrário da sua amiga Janine que morre de medo e não consegue nem olhar para eles.

"[...] - Mas aí eu percebi que tudo que vemos e sentimos... uma música no elevador, uma flor prensada entre as páginas de um álbum de fotos antigo, uma moeda na calçada... tem esse poder. O poder de nos fazer sentir que tudo é efêmero demais. Então eu decidi que ficaria feliz quando Molly aparecesse. Fico ansiosa pra vê-la agora. Ela vem todo dia."



O Acontecimento (como é chamado a tragédia) afetou a vida de todos, mas alguns reagem de forma diferente em seu convívio com os fantasmas. Kirk, colega de classe de Verônica, acaba iniciando uma pesquisa sobre os fantasmas e junto com Verônica, começam a perceber sutis diferenças e impactos que os fantasmas causam, ou ao menos, passaram a causar. Há uma mudança de padrão de comportamento com alguns deles, algo que pode ir além de simples aparições, e quanto mais eles investigam isso, mais riscos correm, mais o tempo se passa e um perigo iminente pode estar prestes a se abater na vida dela. A trama tem vários personagens marcantes, Verônica é uma garota forte e de atitude, que está sempre tentando erguer a sua melhor amiga, que não tem vivido bem com tudo isso. Kirk e James também estão presentes, embora odeie James. Dois professores - um meio louco e um assustador - tem diferentes relações com os fantasmas e divergentes opiniões sobre o que de fato levou ao Acontecimento e o motivo dessa 'invasão sobrenatural'. O fantasma no banheiro de Verônica, Brian, é uma peça importante e sua narrativa em primeira pessoa nos passa o tamanho da aflição dele por ser somente quem ele é agora, apenas um fantasma, embora um pouco diferente dos outros, já que em relação a ele, temos acesso à sua consciência. O que ela não sabe, é que seus dias estão sendo contados. O ano é especial, é bissexto, e ela está prestes a fazer aniversário, o dia 29 de fevereiro, dia em que o véu entre os dois mundos está mais sensível, o dia tão esperado.

"Para tudo é preciso esforço, para tudo é preciso energia. Eu sei que isso também vale para os vivos, mas os mortos precisam literalmente se esforçar para continuar existindo. Sem esse esforço, começamos a desaparecer."



A história é bem diferente do que já li por aí e gostei bastante da construção de toda a trama. Confesso que o começo foi meio lento pra me adaptar a narrativa em terceira pessoa, mas assim que a gente pega no embalo a leitura flui. Se é terror que você espera, não se iluda. É um suspense com aventura e um toque de romance. Em alguns capítulos há algumas análises e explicações sobre mundos, paralelos, portais e a matéria de que os fantasmas são constituídos - ou algo assim, mas nada longo demais pra que se torne cansativo. O final é super rápido e você acaba o livro querendo mais, até porque muitos fatos não são explicados, até mesmo sobre esse Acontecimento e o que deu início a ele (sim, gostaria de saber para estar preparada... vai saber o que pode acontecer pela frente, né? hehehe), a ligação de Verônica com Brian, entre outros pequenos detalhes.

"[...] Estou me desfazendo numa espiral. Mas, mesmo enquanto me disperso, sinto uma nova possibilidade. porque eu agi, ultrapassei o mundo intermediário e novamente meu toque espectral alterou o curso do dia.
E então, sou nada outra vez."

Achei a capa muito boa, a diagramação tá linda e a correção impecável. A contagem de dias como capítulos ficou maravilhosa! O título condiz com a história, mas achei interessante o título original que é "Quebre meu coração 1000 vezes" (tradução livre). Melhor coisa é você terminar de ler um livro que adorou e no final estar lá dizendo que sim, terá adaptação e está prevista para estrear esse ano. Eu já tô aqui ansiosa imaginando todas as cenas dignas de todo mistério no cinema! Espero que consigam passar o suspense de forma assustadora! *-* Indicado pra todo mundo que curte algo sobrenatural. Leiam muito!

site: http://www.garotaselivros.com/2017/01/cidade-dos-fantasmas-daniel-waters.html
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Quel 27/01/2017

Agradável.

Cidade dos Fantasmas, de Daniel Waters foi lançamento de Setembro/2016 e movida por uma curiosidade sobre o romance decidir investir nesta leitura. Infelizmente, foi um lançamento que me atraiu bastante, porém ao seu desenvolvimento apesar da leitura me motivar a narrativa de uma forma retirou minha expectativa.

Daniel Waters criou um romance leve em torno de um grande mistério, todo o livro é movido por este suspense, acredito que para quem busca um livro com uma temática assustadora Cidade de Fantasmas não seja recomendado, mas para quem busca um romance mais simples com algo que motive o leitor a chegar a última pagina este é o livro perfeito, apesar que não é um romance que fará com que você sinta fortes emoções.

Em Cidade dos Fantasmas desde o acontecimento os fantasmas tornaram-se parte da vida diária dos habitantes de uma pacata cidade.

Por dezesseis anos, Veronica vê seu pai aparecer todas as manhãs à mesa do café, lendo o mesmo jornal, bebendo café na mesma xícara, para ela apesar de no inicio ter sido doloroso a sua presença diária faz parte de sua rotina e aprendeu a ignorar os demais que aparecem e desaparecem ao longo do dia.

Mas ao passar dos anos mudanças aconteceram e mais fantasmas estão aparecendo, um dos novos é Brian, um rapaz que se materializa em seu banheiro todas as manhãs.

O aumento da presença de fantasmas intriga Kirk Lane, colega de classe de Veronica. E, quando ele percebe que ela tem um interesse especial pela existência dos fantasmas, aceita participar de um projeto extra-crédito para documentar as aparições e suas diferenças.

Kirk Lane é um jovem bonito e inteligente, faz o tipo nerd descolado e desde que se lembre tem um interesse amoroso por Veronica, vê nesse projeto a chance perfeita para chamar a sua atenção e termina pedido a sua ajuda.

Nessa aventura as respostas não só surpreendem, desvendam um mistério há anos esquecido. Uma história de traição e sofrimento é novamente investigada, desta vez concluindo-se um assassinato. O assassino: Seu professor de história.

Dia 29 de Fevereiro se aproxima e Veronica pode ser a sua próxima vítima.

Como se percebe o núcleo da história de Cidade dos Fantasmas não é tão surpreendente, mas o que posso dizer que agradará os leitores desta obra é que Daniel soube prosseguir página por página em um ritmo agradável, é difícil criticar sua narrativa sendo que não há falhas, seu romance tendia a crescer, mostrar a tensão do suspense sem falhar no ritmo e isso me levou a uma leitura muito agradável.

Muitas respostas são ditas ao decorrer da leitura e o que realmente motivará o leitor serão as teorias sobre os fantasmas, a verdade sobre o porquê deles aparecerem além da conclusão sobre o que se iniciou a muitos anos atrás. É interessante como Daniel conseguiu nos fazer refletir diante dessa história aparentemente desinteressante, é surpreendente pois em alguns momentos eu conseguir me emocionar e torcer fortemente pelo o romance.

Os pontos que a história me desagradou, ambos envolvem a personagem principal, é certo que Veronica com o passar dos anos aprendeu a ignorar os fantasmas mas a partir do momento em que Brian aparece, ela sente um súbito interesse pelas aparições e em especial por Brian, o fantasma 'bonito'. A personagem sente-se atraída pelo o fantasma, okay, já li muitos romances entre ser humano e fantasma e confesso que esses Young até me interessam, porém esse interesse em específico é estranho e sem sentido. Não foi algo certo a ser acrescentado e o outro ponto que me incomodou bastante é que durante todo o livro a personagem é para ser uma personagem determinada, é uma característica que desde o início ficou clara porém ela foge dos seus próprios sentimentos. Suas atitudes são questionáveis e me desagradou, principalmente por ser incoerente.

No geral Cidade dos Fantasmas, de Daniel Water apresenta uma história agradável e o livro fisicamente é perfeito, se tem algo que amo mesmo da Editora Jangada é o seu trabalho gráfico.

site: raquel-ebooks.blogspot.com.br
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ELB 31/01/2017

Every Little Book
"Todo mundo é assombrado por alguma coisa."
Cidade dos fantasmas é um livro de suspense moderado. Ele tem uma pegada mais de suspense romântico do que propriamente suspense.

Verônica Calder é uma garota de dezesseis anos, que perdeu o pai no "Acontecimento" que foi uma fatalidade que ocorreu e acabou por dizimar milhões de pessoas. E agora, ele assombra a cozinha delas. Todo dia, na mesma hora, o pai aparece sentado à mesa, bebendo seu café, lendo jornal e sorri antes de desaparecer. Como se fosse um filme, ele segue esse padrão e não muda. E enquanto outras meninas se escondem e vivem com medo da próxima catástrofe ou do próximo vislumbre fantasmagórico, Verônica aproveita para viver ao máximo.

É essa personalidade vibrante e destemida que atrai a atenção de James e Kirk que são melhores amigos, acredito eu, mais pela conveniência e proximidade do que por afinidade. Os dois são bem diferentes, com formas bem distintas de agir, pensar e competem pela atenção de Verônica.
Depois do primeiro encontro com James, fica bem claro para ela que eles não tem muito em comum e que James é um cara bem diferente do que aparenta.
"Ela desconfiava de pessoas que agiam de um jeito em público e de outro em particular."
Ela começa então a reparar mais em Kirk, que para impressioná-la começa a trabalhar com o professor Pescatelli - também conhecido como Peixe - que é aficionado por fantasmas e os estuda. Pescatelli tinha várias teorias sobre o surgimento das imagens como ele gostava de chamar. Ele os chama de imagens porque em sua maior parte, os fantasmas são apenas fragmentos que se repetem em um determinado momento do dia, fazendo sempre as mesmas coisas como em um filme antigo. Ele também tem uma teoria sobre isso, que parte do princípio das memórias que a pessoa teve em vida. Aquela memória de alguma forma pode ter ficado gravada por ter sido a última coisa boa que aconteceu com aquela pessoa em vida e por isso ela se repete uma e outra vez.
"Ele não estava satisfeito em provar que as memórias eram enganosas, mas que memórias de memórias eram enganosas, fluídas, em constante mutação, impossíveis de se apreender completamente."
Mas nem todos os fantasmas são assim. Brian é o nome que Verônica dá ao fantasma que assombra o seu banheiro e que não apresenta um padrão. Ele não está se repetindo dia após dia e em um determinado horário. Ele simplesmente aparece, às vezes até mesmo reflete no espelho, e então some. O que será que isso pode significar? Porque ao invés de diminuírem, os fantasmas vêm aparecendo cada vez mais? Será que o professor Pescatelli pode estar certo e outra catástrofe está em vias de acontecer? Ou será que eles podem estar tentando alertá-la sobre algo mais sinistro?
" - Os fantasmas não significam nada. Eles são como uma cena de filme projetada na parede.
- O que nós significamos? - James perguntou.
- Só por existir, provavelmente nada - disse ele. - Mas nós temos potencial. Um fantasma não tem potencial."
Agora, vamos a uma coisa que me incomodou um pouco: O que foi realmente o Acontecimento? Eu queria mais detalhes sobre isso, porque foi algo grande que impactou a história inteira e não recebeu o devido destaque para a proporção e a importância que teve no enredo como um todo.

Eu gostei bastante da leitura, apesar disso. Por quê? A escrita do Daniel é muito suave. Tem uma leveza, uma cadência natural que faz com que o livro flua rapidamente. Ele não faz longas descrições, nem cria muito suspense desnecessário. O verdadeiro suspense não é quem vai morrer ou quem vai matar, mas sim: "a pessoa vai realmente morrer? Se morrer vai voltar como um fantasma? O assassino vai ser pego?" Os personagens são interessantes e eu gostei bastante do Kirk. Ele é um fofo.

Espero que vocês também gostem. Beijos!

site: http://www.everylittlebook.com.br/2016/12/resenha-cidade-dos-fantasmas-daniel.html
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Vivi.Geovanni 09/02/2017

Simples...
Simplesmente apaixonante, a vê vê como chamo a personagem é o tipo de garota que você se identifica, muito humana essa personagem, corajosa, provocativa, curiosa e determinada.
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Kate 07/07/2017

Muito bom!!
Foi o primeiro livro de terror / suspense que li, a leitura é agradável e me deu aquela vontade louca de ler cada vez mais para saber o final. Trama envolvente e dá aquele frio na barriga !!! Adorei.
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Gramatura Alta 17/01/2018

Algum tempo atrás, eu li ANNA VESTIDA DE SANGUE, um dos livros mais empolgantes e divertidos do ano passado (resenha, AQUI). Nele, acontece um relacionamento entre um garoto que caça assombrações e uma menina fantasma, além de muita ação. CIDADE DOS FANTASMAS faz parte da mesma premissa, mas o resultado, embora agrade, não é tão bem executado.

Vou tentar explicar: todos os fantasmas aparecem sempre na mesma hora, todos os dias, e executam as mesmas ações por alguns segundos apenas. Por exemplo, um aparece de manhã na mesa da cozinha, abre o jornal, toma um café e desaparece. Outro, aparece subindo os degraus de uma varanda, bate na porta e desaparece. E assim por diante, sempre igual. Isso acaba tirando um pouco da surpresa, uma vez que o leitor sabe, de antemão, que eles não atacam e nem representam um perigo para os personagens principais.

Verônica, a personagem principal, se apaixona por Brian, o fantasma de uma garoto que aparece todas as manhãs no seu banheiro. Ele se penteia olhando para o espelho, olha para trás e desaparece. Mas Verônica não consegue criar um laço afetivo com ninguém que esteja vivo.

Kirk, um dos colegas de sala de Verônica, é apaixonado por ela, e os dois começam um namoro. Juntos, eles tentam descobrir por que August, um dos professores, tem fixação por Verônica e qual a ligação dele com a morte de uma garota, cujo fantasma aparece sempre na porta da frente da casa dele.

Mesmo Kirk sendo um garoto amoroso, corajoso e presente, Verônica não cria afeição suficiente por ele, ela o repele e não consegue explicar por que faz isso. Em certo ponto, pensei que fosse por Brian, mas isso nunca fica muito claro na história. Essa incerteza, acaba criando uma certa antipatia por Verônica, o que diminui o prazer da leitura.

Alguns capítulos são narrados por Brian, o garoto fantasma do banheiro, e essas partes são as mais interessantes da história. Infelizmente, são poucas. As partes da investigação de Kirk e das coisas que ele faz para tentar descobrir o plano de August e salvar Verônica, também entusiasmam, mas todas elas são enfraquecidas exatamente pela indiferença da personagem principal.

Mas notem que escrive enfraquecidas, o que não quer dizer que sejam ruins. Acho que grande parte da culpa de eu não ter gostando tanto de CIDADE DOS FANTASMAS, reside na leitura prévia de ANNA VESTIDA DE SANGUE. É difícil não fazer comparações com um livro que acerta em tudo o que este não consegue, principalmente na composição dos personagens e na ameaça dos fantasmas. Se eu não tivesse lido Anna, confesso que teria gostado muito mais.

Mas em uma resenha, não posso fazer comparações. Preciso avaliar a obra por suas próprias qualidades. E sendo bem objetivo, apesar de Verônica ser o ponto fraco da história, preciso dizer que CIDADE DOS FANTASMAS é uma leitura que consegue prender, que irá agradar, e muito, aquele leitor que gosta do gênero.

site: http://www.gettub.com.br/2018/01/cidade-dos-fantasmas.html
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dayukie 19/09/2018

"(...)
Verônica acaba sendo inserida em meio aos mistérios, seja pela morte da moça, pelo fantasma do Brian que está sempre em seu banheiro ou pelo motivo de novos fantasmas surgirem diariamente.
Eu adorei o livro, apesar de me incomodar o fato de não ter explicado o que causou o “Acontecimento”. Ele é citado em diversos momentos na história, seja para explicar os fantasmas ou somente para mostrar como isso afetou a vida de todos, mas explicar o que realmente houve ficou em falta. Fora isso e algumas atitudes de Verônica que acabaram me irritando um pouco, além do súbito interesse no fantasma de seu banheiro, afinal, ela passou muito tempo simplesmente ignorando os fantasmas. Fora isso, a história é maravilhosa, principalmente por deixar claro o culpado, mas nos deixando com grandes dúvidas, como por exemplo “o culpado vai ser pego? ”, “se alguém morrer, vai voltar? ” e algumas outras perguntas, que ao longo do livro acabam sendo respondidas. Essa história é praticamente um quebra-cabeça onde você tem todas as peças, mas falta encaixa-las corretamente e esse será mais um dos motivos para desejar terminar o livro, além das teorias sobre os fantasmas e o motivo de seu aparecimento.
Apesar de ser um livro em terceira pessoa, algo que tenho alguns passos atrás, o autor soube trabalhar esse fator. Com uma escrita leve e fluída, você consegue ir lendo e não se perdendo em meio a troca “de ponto de vista”. Além disso, a capa é totalmente atrativa. Creio que foi a primeira coisa que me chamou a atenção. Também temos uma diagramação e revisão impecáveis, tornando a leitura ainda melhor e mais rápida.
Se eu indico esse livro? Se você gosta de um suspense com uma dose de romance e mistério, com certeza vai amar esse livro."

Resenha completa no blog.

site: https://goo.gl/aYiZCs
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