Resenhas - Sissi

Isabella.Wenderros 12/05/2022

“A ilusão nos deixa felizes”.
A Imperatriz Elizabeth da Áustria-Hungria – popularmente conhecida como Sissi – foi uma das mulheres mais famosas de seu tempo. Consorte de um dos domínios mais poderosos do mundo, sua beleza era lendária – assim como sua infelicidade e suas longas ausências.

Sua infância foi quase bucólica. Apesar da relação conturbada dos pais, Sissi cresceu na propriedade de verão da família, visitando a corte da Baviera durante a alta temporada. Aos 17 já era considerada uma beldade e acabou conquistando o coração do Imperador da Áustria, com então 24 anos, Franz Joseph.

O casamento parecia um conto de fadas: a bela jovem que se casava com um homem influente, entrava para uma poderosa família e ocupava um trono altamente cobiçado. Porém, nem tudo o reluz é ouro – a corte dos Habsburgo era sufocante com tantos protocolos e regras; os cortesãos nunca aceitaram a escolha do soberano e as críticas eram brutais; os casos extraconjugais do marido eram fonte constante de decepções; quando os primeiros filhos chegaram, a criação ficou sob a responsabilidade da sogra. Ainda assim, Sissi mantinha algum controle sobre si, mas tudo ruiu depois da morte da sua primogênita, Sofia. Ao longo dos anos, ela passava cada vez mais tempo longe, ignorando seus deveres e até mesmo a família. A única constante em sua vida era a caçula, Valerie, que levava para todos os lugares.

Quando penso em Sissi, muitas características passam pela minha cabeça. Ela tinha várias coisas que chamam a atenção: beleza, prestígio, dinheiro e influência. Apesar dos privilégios, nunca foi feliz. Ao contrário de outros nobres que conseguiam navegar pelos meandros da nobreza, ela não se encaixou na corte ou conseguiu esconder sua insatisfação.

O que Allison Pataki procura fazer em seu livro é imaginar como essa mulher poderia ter se sentido em vários momentos da vida, enfrentando situações diversas. A imagem criada pela autora é a de uma mulher livre, cheia de paixões, mas presa na sua realidade.

Confesso que não me senti conectada com a personagem. Obviamente, não sou nenhuma especialista em Imperatriz Elizabeth, mas enxergo essa mulher como alguém tão complexa e cheia de questões, que senti falta de mais profundidade durante a narrativa.

Durante uma conversa entre a protagonista e uma de suas damas, a funcionária fala que a patroa – com relação à família que sempre deixa para trás – age como se fosse uma fada madrinha: ela aparece de repente, melhora temporariamente a vida das pessoas ao seu redor, mas some de novo sem realmente fazer sua mágica. Isso resume toda a impressão que tive durante a leitura. Ela é pressionada, fica infeliz, viaja, passa meses fora, volta...

A leitura fluiu e eu gostei da relação de respeito e amizade que a autora criou entre Sissi e o marido conforme os anos passam, mesmo que não exista nenhum romance entre eles. Gostaria que a personagem tivesse sido mais trabalhada, ganhando mais nuances e não fosse apenas a mulher incompreendida, bela, triste e boazinha. Apesar disso, terminei com muita vontade de ler biografias sobre ela, o que caracteriza um saldo positivo para mim. Sissi tinha tudo para ter uma vida dos sonhos, mas, no fim, não passava de ilusão.

Recomendo para quem gosta de ficções históricas e deseja uma narrativa envolvente.

adorkableforme 30/04/2021

A vida feliz entre cavalgadas tristes da Imperatriz Sissi
"Confio você a Deus,meu anjo amado." -Finalização da última carta do Imperador Franz Joseph a Imperatriz Elisabeth( documento histórico verídico)

Eu sempre amei ler ficção histórica sobre rainhas,imperatrizes, história política da Índia,história política daqui do Brasil e de outros locais.Enfim, eu amo ler livros históricos,principalmente, biografias que nos trazem aos momentos históricos.

Desde que li a biografia de Luigi Lucheni,ou como é mais conhecido o homem que esfaqueou a imperatriz Elisabeth da Áustria-Hungria, no livro "Memórias do Assassino de Sissi" em 2016 eu queria ler uma biografia da Imperatriz.

"Nossos sonhos são sempre mais belos quando não são realizados"- Imperatriz Elisabeth da Áustria-Hungria( retirada de um documento histórico verídico)

Pois me apaixonei por ela,por sua imagem e por o que ela representava.Nunca vi nenhum filme sobre Sissi,mesmo os imortalizados de Romy Schneider por medo de me enganar com os estereótipos passados por essas mídias.E quando achei esse livro na Saraiva no natal, quis muito comprar.

Infelizmente,mesmo comprando no natal só pude ler ele agora. E foi paixão pura, me encantei por Sissi,os palácios, os cenários ao seu redor e o interessantíssimo Império Austro-Húngaro. Quero futuramente ler mais biografias sobre a Imperatriz,mais também ler sobre o Império e o Imperador Franz Joseph, a Imperatriz Sofhia,a Imperatriz Maria Thereza, o Príncipe Herdeiro Rudolf, a Princesa Gisela e o Rei Ludwig por serem personagens históricos tão desconcertantes, interessantes,confusos e excêntricos.

"Eu ficava observando as gaivotas durante horas. Eu nunca tinha visto tantos pássaros. Em alguns momentos me peguei os invejando. Tanta liberdade... Cada gaivota pode alçar voo e ir atrás de sua próxima aventura sem nada... ninguém...para segurá-la." (fala fictícia baseada na viagem que a Imperatriz Sissi fez com a Princesa Valerie a vila Zandvoort,Amsterdã)

Mas do que isso Sissi foi minha paixão principal, ela a Imperatriz que queria ser livre como um cavalo a cavalgar, entretanto,foi trancafiada a uma corte severa e antiga como a Hasburgo pelo casamento.

Ela que foi ingênua e fisgada por uma paixão juvenil e se casou achando que iria ter um casamento feliz,no entanto nunca pode aproveitar seu marido e uma vida marital feliz sendo colocada de lado por um homem que tinha responsabilidades com seu reino só que era um Workholic e não achava nem um tempinho para ela. E nem pode criar seus três primeiros filhos, por a Imperatriz-mãe Sofia a achar por demais infantil e dominar a corte com severidade tamanha que nada saia de seu domínio.

Entretanto,deve-se lembrar que o imperador Franz Joseph mesmo não tendo um casamento feliz com Sissi sempre a amou e a adorou em sua pura beleza interior e exterior, é tanto que sua sala de trabalho em que passava mais tempo era cheia de quadros da Imperatriz.Os dois se amavam demais,entretanto nunca puderam viver bem  em conjunto por suas próprias adversidades exteriores e interiores.

"Sabe, se você fosse uma música,Sissi...Você não seria metais,percussão ou trompas... Você,Sissi,seria...O trinado suave da flauta,misturado ao canto da cotovia e dos pássaros da manhã... O toque suave da harpa em harmonia com um riacho correndo por entre as pedras... Você seria o mais delicado dos violinos em um jardim,banhado pelo luar,com o aroma doce do jasmim perfumando o ar noturno... Você, para mim, Sissi, é a obra de arte mais perfeita que já vi." ( fala fictícia de Franz Joseph baseada em uma possível interação entreo Imperador Franz Joseph  e a Imperatriz Sissi depois de ouvir a valsa composta pelo mastro Strauss em comemoração aos 40 anos do reinado de Franz Joseph)

E para criar Valeria e ter um pouco de paz, teve que sair do Palácio Imperial de Viena e ir para Hungria. E mesmo quando a Imperatriz-mãe Sofia morreu, ela não pode se aproximar das outras  crianças ou ser feliz naquela corte, por Gisela  e Rudolf já serem grande e por Sissi já está cansada,com um depressão profunda e atormentada pela mídia(jornais) e pela corte com suas fofocas e suas regras meticulosas e fúteis que eram tão importantes para eles.

E ela só pode se sentir um pouco bem com suas inúmeras viagens e cavalgadas, pela Irlanda,Inglaterra,Roma, França, Grécia,Hungria,Egito,América, Suíça e entre outros locais. E seus apaixonantes e interessantes palácios que dão tanta vontade de ir visitar como o Palácio Achilleion em Corfu,Grécia ou o Palácio de Gödöll? em Gödöll?, na Hungria. Como também, o Palácio de Neuschwanstein na cidade Hohenschwangau,na Alemanha e o Palácio de Herrenchiemsee, na Ilha de Herreninsel,na Alemanha duas das maiores construções do Rei Ludwig.

"Não me restará nada neste mundo?" e " Ninguém jamais saberá o amor que tínhamos um pelo outro" ( são declarações verídicas feitas pelo Imperador Franz Joseph ao saber da morte de sua esposa enquanto chorava/ retiradas de um documento histórico verídico)

Como também,eu fiquei muito interessada em ler mais livros de Shakespeare, ler os poemas de Heinrich Heine e ler os livros de Homero e os outros grandes épicos gregos.

Em contrapartida, a autora não pesquisou sobre a vida de Luigi Lucheni e no entanto, tentou encenar alguns partes da vida do assassino com uma ou duas páginas entre capítulos sobre a vida de Sissi. Isso para pessoas como eu que conhecem a vida verídica de Lucheni foi impertinente,pois acabou -se por ficar por demais fictício em um livro de ficção,mais baseado em fatos históricos reais.

Ademais,eu amei ler essa biografia de uma das maiores lendas do Império Hasburgo,ou como muitos a chamam de Princesa Diana de sua época. Uma das chaves do Império de Franz Joseph que o ajudou a governar e a fazer alianças, e que a concretizou a Monarquia Dual do Império Austro-Húngaro e foi a verdadeira rainha da Hungria de sua época. 

"Ali em Gödöll? se sentia exausta,mas no bom sentido. Como um jarro esvaziado,leve e livre de problemas... Por isso o crepúsculo em Gödöll? era sempre tão diferente. Quando o sol começava a mergulhar nos campos a oeste,na direção de Budapeste,o corpo de Sissi parecia de uma dor agradável,de uma fadiga merecida. Suas faces,iluminadas pelo ar puro do campo e pelo exercício,brilhava um tom profundo de rosa. Seu coração ficava leve,sua disposição,alegre e seu corpo,fortalecido." ( descrição fictícia baseada nas cartas verídicas de Sissi em que ela descrevia como era estar no Palácio de Gödöll? em Gödöll?, na Hungria).

Nivia.Oliveira 29/10/2022

Sissi, é o apelido da Rainha Elisabeth da Baviera, esposa de Franz-Josef I, imperador austro-hungaro (1854-1898), herdeiro da Família Hambsburgo. Ela era famosa na sociedade europeia por sua beleza exuberante, seus vestidos magníficos e penteados elaborados.
Corajosa desafiou o tradicionalismo da Corte de Viena já que era contra à submissão e o decoro extremo. Manteve uma relação complicada com a Família Real, perdendo inclusive a posse de dois filhos.
Sob a égide de que uma rainha sempre está em missão especial, viveu cerceada e demonstrou que tinha a essencial habilidade palaciana de reprimir seus verdadeiros sentimentos.
À mon avis, a autora quis focar na mulher Sissi tentando salvar a si mesmo e não na função de imperatriz que todos dizem ter ajudado a “salvar o Império”.
O livro descreve luxuosos salões do Palácio de Hofburg, o Opera de Viena ao som de valsas de Strauss, o Burgtheater com as pinturas de Gustav Klimt.



site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br

Gigio 22/03/2024

Uma visão fascinante da vida da Imperatriz Elisabeth da Áustria, conhecida como Sissi. O livro mergulha na vida pessoal e nos desafios enfrentados por essa figura marcante da história européia, desde seu casamento com o Imperador Francisco José até, suas lutas pessoais e políticas, sua desilusão com o casamento e seus amores. Dona de uma personalidade marcante, foi tanto amada quanto odiada pelos seus súditos, além de invejada por mulhers de sua época. Uma combinação perfeita de fatos históricos com elementos fictícios criaram uma narrativa envolvente que transporta o leitor para a corte imperial do século XIX.

"Nossos sonhos são sempre mais belos quando não são realizados."

"Ele a acusava de sonhar acordada e evitar a realidade; ela não entendia como ele conseguia viver com pouquíssima curiosidade e imaginação."

Alexandra50 24/07/2020

Uma ficção histórica
Como a própria autora diz, trata-se de uma ficção histórica - um romance muito bem escrito baseado em fatos reais.

Lizuly 05/10/2021

Profundamente envolvida! ?
Essa história me surpreendeu, ela é contada com base na real vida de Sissi, mas pelo ponto de vista da autora que interpretou a personagem por si. Desta forma, ela fez o que ao fim explicou como sendo um ato de pura licença poética de escritor e eu concordo 100% com isso!

A narrativa da um misto de sentimentos, ao mesmo tempo que se nota uma força feminina triunfante na personagem, também vi seus debates internos, suas dúvidas e questionamentos acerca do que deveria ser feito no ambiente em que vivia. Ser imperatriz não é fácil, especialmente com todo o protocolo da corte que massacra facilmente aqueles que deslizam por qualquer motivo.

Foi uma vista tão humana, ela errou em muito pontos e entendi o motivo de todos eles, ela foi irresponsável, foi imatura, mas eu compreendi tão perfeitamente o que a mantinha nesta posição, o que a fez entrar em sua solidão e o que o ambiente/pessoas/mídias podem fazer a mente de alguém. Ela sofreu muito e por mais que tivesse seus erros, ela também tinha acertos, ela tinha momentos bons e de superação, momentos em que mostrava seu valor de modo tão presente!

Me vi vivendo dentro dela, conhecendo seus pensamentos e isso me fez apegar a essa trama, me fez rir, me fez querer chacoalhar o corpo dela para que visse o que estava diante dos olhos mas que não notava! Por ter me feito sentir tanto, por me envolver eu dei a nota de 4 estrelas. A estrela que retirei foi por não ser o tipo de leitura que estou acostumada e por conta disso me vi confusa com algumas trocas de cenário, pensei até que daria uma nota de 3 estrelas, mas o final me tocou profundamente. O modo como chorei não poderia ser ignorado, o modo como me liguei jamais deve ser descartado!

A parte após o fim, com a autora explicando seus posicionamentos quanto a escrita me fez compreender o livro de uma maneira mais única. Recomendo a todos que se interessarem por essa vida, pois a viverá ao passar de cada página!

Daiany.Cordeiro 15/04/2020

Uma imperatriz solitária e um pouco infeliz
Se trata de uma ficção histórica contada pelo ponto de vista da Imperatriz, os fatos aqui relatados realmente aconteceram, a autora retirou de documentos, jornais e de fontes contadas pelos historiadores. A Imperatriz apelidada carinhosamente de Sissi vivi um casamento sem amor, tinha filhos com o qual não se relacionava a não ser com sua caçula Valerie. Era muito conhecida por sua beleza, e muito criticada por suas viagens caras e seu afastamento do Palácio e da família.


É ficção pois relata pensamentos e sentimentos que são relatadas da maneira que a autora achou que Sissi poderia ter sentido.

Por muitas vezes achei a leitura deprimente, considerei a personagem fraca, pois sempre que surge alguma crítica a seu respeito, ela fugia. Mas a autora mesmo fala que, assim eram suas atitudes.



Mas apesar da leitura um pouco maçante, o fim me emocionou.

Michelle.Oliveira 18/01/2022

A família real é tão bagunçada quanto a minha
Termino o livro com a sensação que a Sissi não viveu apenas fugiu a vida toda. Fugiu das responsabilidades de imperatriz, de mãe, de esposa... Que apesar do endeusamento do tempo, era tão humana quanto qualquer um de nós relés mortais sem títulos de realiza.
Chega até dá raiva o tempo que ela chegava a dedicar a sua aparência, o medo de engordar, de envelhecer, a poesia e o tempo que ela gastava com o que de fato estava precisando dela,SEUS FILHOS, SEU REINO.
A escrita, os fatos históricos abordados na obra é maravilhoso e me deixou instigada a saber mais de outros personagens...

MariBreyer 20/07/2020

Pra quem gosta de biografia é maravilhoso!
A autora cria diálogos a partir de cartas e documentos históricos , o que torna o livro muito interessante.
Conhecemos um pouco da vida de Sissi, a mulher mais linda do mundo, imperatriz de um dos maiores impérios, mas que só queria ser livre.

Janayna 20/08/2017

Nada além de um romance repetitivo
Aqui vou na contramão dos demais leitores e expresso meu desgosto com esse livro. Não sei dizer se fiquei mais desapontada com o estilo de escrita da autora ou de com o estilo de vida da imperatriz.
Bem, pelo que vi, muitas pessoas gostam desse tipo de romance. Mas a mim me cansou bastante. Em muitos trechos me pareceu uma novela mexicana de muito mau gosto, piegas e sem criatividade.
Eu sou apaixonada por romances históricos, mas definitivamente, a literatura da Sra Pataki não me apetece. Me senti lendo um folhetim de banca de revista.
Sobre a vida da imperatriz, não há muito o que acrescentar além do que os demais leitores já disseram.
Particularmente, a minha visão do início ao final do livro, foi de uma mulher mimada e egoísta que se esqueceu de amadurecer ao longos dos anos.
Eu esperava ter lido mais detalhes interessantes sobre o império austro-hungaro, mas o livro tem como principal objetivo mostrar a rotina de Sissi, seus eternos dramas infantis e a fuga da realidade, pois a imperatriz não se sentia à vontade no papel de regente, nem no papel de esposa e muito menos no papel de mãe.
Não recomendo.

Beatrizbya641 02/04/2024

Nem tudo que reluz, é ouro
Ultimamente ando meio fascinada pela história da imperatriz Sissi. Acho impressionante como uma mulher que obteve absolutamente tudo o que a maioria deseja, não conseguiu ser feliz. Me peguei um pouco decepcionada pois esperava mais detalhes reais de sua vida, como trechos de diários, talvez algumas fotografias dos lugares onde Sissi viveu, mas entendo que esse não era o objetivo do livro.

klau 25/02/2017

Sissi uma jovem que cresceu livre, tem em sua vida uma reviravolta ,quando se casa com Franz Joseph, lhe é jogado todo um conjunto de regras e comportamentos.A vida de Sisi tornou-se insuportável, sua aparência e ações eram constantemente examinadas, criticadas e escritas. Apesar de ter quatro filhos ,ela não pode aplicar seus direitos maternais aos três primeiros.seu primogenito é o que mais sofre, diante de tudo o que lhe é imposto.

''Não são os lobos, Imperatriz - disse Marie Festetics, com voz rouca. "Estou mais assustado do que nos espera no topo desta montanha."

Sim eu ouvi e li muitas criticas negativas, a respeito desta obra. Bem vamos aos fatos, este livro se baseia em uma história real, nem sempre a história é bonita e perfeita como os inúmeros romances que lemos, e Allison Pataki, nos trás uma trama ,com um pouco mais de romance em determinados momentos. Eu admito a escrita se torna um tanto quanto cansativa,mas isso se deve a riqueza de detalhes em que a escritora se atem .Portanto meus amiguinhos não julgue um livro pela capa ou por que fulano não gostou . leia e tire suas proprias conclusões.

site: https://klaumusicwithbooks.wordpress.com/

Nery 27/12/2022

Sem dúvidas um dos meus favoritos
Sou apaixonada pela história da Sissi e esse livro me deu incentivo pra me aprofundar ainda mais na história de vida da Imperatriz ?
Ela teve a sorte de se casar por amor , foi amada pelo seu povo , foi oprimida por sua sogra controladora e acabou tendo um fim trágico .

Carol.coruja 18/11/2022

É.... Demorado
Mesmo não ter gostado mto da leitura, a história da Imperatriz Sissi é encantadora e curiosa.

Valeu a leitura?
Se tiver com tempo e paciência, até que vale!

No mais é isso!

fernandaugusta 09/12/2022

Sissi - @sabe.aquele.livro
"Sissi - A Imperatriz Solitária" é um romance histórico que tem como protagonista Elisabeth, imperatriz do grande império Austro-Húngaro. Sissi casou-se muito jovem com o imperador Franz Joseph, e ambos são da famosa família Habsburgo, berço de monarcas e da realeza européia. Uma das maiores celebridades do século XIX devido a sua beleza lendária, Sissi andava na linha tênue entre o amor e o ódio de seus súditos e cortesãos. De ascendência bávara, Sissi claramente defendia e preferia a Hungria à Áustria, o que lhe conferia a antipatia da corte, em Viena.

O casamento com Franz logo se mostrou algo muito diferente do que Sissi imaginava que seria. O imperador sempre foi uma criatura séria e dedicada ao trabalho de governar e aos inúmeros protocolos. Sua mãe, a arquiduquesa Sofia, levava o palácio de Hofburg com mão de ferro, e tomou para si a função de criar os filhos mais velhos do casal, visto que Sissi, com seu espírito livre e rebelde, se mostrava muito imatura e inadequada para colaborar na educação dos herdeiros.

Quando a autora nos apresenta Sissi, em 1858, ela recém deu à luz a filha caçula, Valerie. Decidida a criar e proteger a menina fora da influência da sogra, ela se mantém o quanto pode distante da corte em Viena, vivendo no palácio de campo de Godollo, onde pode levar uma vida mais solta e se dedicar ao que mais ama: cavalgar. Conhecemos Sissi em um momento em que está odiando o marido e a sogra, e apaixonada por outro homem.

Mas ela não pode viver da maneira que quer, e se ressente disso a cada vez que precisa retomar suas atividades de Estado em Viena. Distante dos filhos mais velhos, Gisela e Rudolf, Sissi resolve focar suas atenções em Valerie e fugir sempre que algo lhe desagrada. Estas fugas são amplamente retratadas no livro, nas inúmeras viagens feitas por Sissi. Destaque para suas temporadas na Inglaterra, onde causou incidentes diplomáticos com a rainha Victoria e se apaixonou por um plebeu.

O romance em si não me fez encontrar e Sissi uma personagem cativante, mas sim um bocado instável e por vezes, muito egoísta. Sua aversão ao protocolo, à corte vienense e a vida que levava são justificadas em parte pelo que sofreu nos primeiros anos do cssamento, mas não justificam as atitudes posteriores. Sissi foi omissa em sua relação com os filhos mais velhos, superprotegeu a mais nova e se apaixonou pela ilusão de uma vida sem regras que ela nunca poderia ter. Também se apaixonou pela própria imagem, sempre preocupadíssima com a aparência. Suas fugas constantes e seus gastos exorbitantes em viagens para fugir de qualquer problema apenas me reforçaram uma imaturidade que demorou anos para ser revista. E assim vamos fazendo uma viagem ao ano de 1898, até o assassinato de Sissi por um anarquista italiano em Genebra. Um típico caso de estar no lugar errado, na hora errada.

Gostei muito do posfácio da autora e de saber que ela se baseou o máximo que pôde em fatos reais dos jornais, registros, cartas e estudos dos acontecimentos da época. Acredito que ela conseguiu mostrar um retrato bem fiel da controversa imperatriz, uma mulher que brilhou e encantou, mas que pagou um alto preço por isso.

É uma leitura rica em história, inegavelmente, mas por vezes o ritmo de escrita muito descritiva de locais, eventos e encontros de Estado pesou no andamento da trama. Ao passo que também senti falta de uma abordagem mais pormenorizada dos primeiros anos do casamento de Sissi, já que só sabemos que lhe foram penosos através de breves menções à dedicação praticamente exclusiva de Franz ao império (e algumas puladas de cerca), à interferência da sogra e ao afastamento dos filhos. Sissi esperava que Franz fosse mais liberal e menos sisudo. Franz esperava que Sissi levasse tudo mais a sério. E deste desencontro de vontades tudo o mais resultou para a História mundial.