Um Martini com o Diabo

Um Martini com o Diabo Cláudia Lemes




Resenhas - Um Martini com o Diabo


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Queria Estar Lendo 27/12/2016

Resenha: Um Martini com o Diabo
Um Martini com o Diabo é o tipo de livro que quando a gente termina, só tem aqueles palavrões barulhentos na cabeça para definir nossa extrema contentação com ele. Queria poder beijar todo mundo na Editora Empíreo que trabalhou duro para trazer esse livro incrível para as minhas mãos, desde o pessoal na revisão até no marketing -- que nos enviou o livro como cortesia -- de tão feliz que eu fiquei em fechar o ano com um livro que entrou para o meu top 5 melhores livros lidos em 2016 antes mesmo de eu chegar na página 100!

Enquanto Eu Vejo Kate mostra que a vida é a tragédia da própria vida, Um Martini com o Diabo mostra que a arrogância pode ser o caminho mais rápido para a perdição. Charlie Walsh é um jovem de 18 anos quando descobre a verdade sobre seu pai: um homem da máfia italiana que machucou sua mãe e deixou ela com apenas uma opção quando se descobriu grávida: fugir. E é no dia do seu aniversário que Charlie descobre toda a podridão da qual nasceu.

Instigado pela arrogância adolescente (aquela que faz brotar o sentimento que diz que somos infinitos, imortais), Charlie se arma com toda a raiva que tem pelo pai e parte para Las Vegas com um único pensamento: vingança. E seus planos são simples: infiltrar-se na máfia até que tenha a oportunidade de matar o pai. Mas o mundo de dinheiro, mulheres e drogas fáceis é mais sedutor do que ele supôs a princípio e Charlie acaba se encontrando em um terreno muito parecido com areia movediça. Um lugar de onde, muito provavelmente, ele não irá conseguir sair com vida.

"Existe alguns momentos na vida em que pensar não adianta porque a coisa é imprevisível demais. Você tem que agir. Fazer alguma coisa."

Embora tenha apenas 333 páginas, Um Martini com o Diabo é uma verdadeira saga sobre a vida de Charlie e explora cerca de 14 anos dela, onde assistimos ele cometer erros, crescer, amadurecer e deslizar por entre os esquemas da máfia cada vez mais. Mais de uma vez nos perguntamos, junto de Charlie, quando foi que a missão dele foi esquecida e ele se tornou um verdadeiro homem feito, muitas vezes tomado por uma existência vazia enquanto ele vive dia após dia sem um real objetivo, contando a velha história de vingar a mãe apenas para sentir-se bem consigo mesmo e tentar se diferenciar do pai.

Como em todos os livros da Claudia, é difícil encontrar um personagem que é só preto ou branco, todos eles são uma mescla de suas partes boas e ruins, das coisas que fazem e das decisões difíceis que tomam. Mesmo que por breves segundos com alguns dos personagens, é possível ver que eles não são monstros de ficção, mas sim homens violentos, feitos pelas ruas e, muitas vezes, pela pobreza e o medo.

É o tipo de livro que nos faz duvidar da nossa moral, também, quando nos pegamos sofrendo a dor de Charlie e querendo protege-lo. Naquele momento, com o nariz enfiado no livro, também justificamos a violência apenas porque ela está acontecendo com pessoas más. É o tipo de envolvimento que eu aprecio em obras do tipo, foi o que eu senti com Sons of Anarchy, e eu não sei ao certo o que isso diz sobre mim. Tudo que eu sei é o que isso diz sobre a Claudia: uma incrível capacidade de construir personagens reais e identificáveis, mesmo quando mostram seus lados mais sombrios.

"Talvez você ainda tenha algo importante a fazer, alguém especial para salvar ou alguém ruim para matar. Eu não sei. Eu gosto de pensar que você pode mudar alguma coisa por ser quem é."

Outro ponto que gostei bastante foi a chance de conhecer duas personagens femininas tão fortes, que facilmente entram no meu ranking de "mulheres badass da literatura". Claudia escreveu duas personagens que sofreram doses cavalares de abusos físicos, mentais, emocionais e psicológicos, e que apesar de tudo e para o desgosto de seus algozes, sobreviveram e não se deixaram vencer pelo medo. Perdidas na frieza da retaliação ou tomando o destino nas próprias mãos, ambas fazem o que acreditam ser necessário para reencontrar a liberdade que lhes foi roubada.

"É mais fácil abraçar alguém que está sujo quando você também está."

Um Martini com o Diabo é mais um livro cru e violentamente real da Claudia Lemes, ele usa a fatia da Cosa Nostra em Las Vegas como pano de fundo para falar de realidades tão próximas de nós, desde relacionamentos abusivos até a violência das ruas e o negócio lucrativo no qual foi transformada. Claudia Lemes não se retrai ou censura, entregando um texto explicito que, mais uma vez, te coloca ao lado dos personagens durante a leitura. Um retrato claro da linha que separa vingança de justiça e como tão facilmente podemos nos tornar aquilo que mais odiamos na nossa busca por reparação.

Como sempre, terminei o livro batendo palmas. A qualidade dele é claramente aquela que encontramos nos livros mais vendidos, com uma estrutura clara, coerente, que costura histórias paralelas enquanto desenterra pequenos plots que culminam em um final frenético e ansioso. Não canso de falar do talento da Claudia que, mais uma vez, não é uma autora com potencial, é uma autora feita e pronta para o mundo.

"O amor potencializa, o amor nos engrandece, o amor nos dá poder. O que tínhamos, eu e você, era gostoso, mas me deixou burra."

Um Martini com o Diado é só a segunda de muitas agradáveis surpresas que pretendo receber da Claudia e não importa se você nunca leu um romance noir na vida, porque pode ter certeza de que esse é o livro para você. Para sair da sua zona de conforto ou se jogar ainda mais dentro dela, é o tipo de leitura que eu recomendo com quantas estrelas eu puder dar e uma carinha feliz no final ainda. Faça um favor a si mesmo e compre esse livro AGORA.
'duarda 15/03/2017minha estante
Claudia sempre maravilhosa!


Cláudia 10/05/2019minha estante
Muito obrigada pela resenha maravilhosa.


ericaln90 25/06/2020minha estante
Amei essa resenha


Lucia.Ferreira 09/04/2021minha estante
Primeiro livro da Claudia que não gostei. Lembrei da frase de minha mãe e avós: quem nasceu pra ser tatu morre cavucando. Mas a escrita dela é ótima. Ainda continua uma das minhas nacionais preferidas.




Fabricio268 05/08/2022

Inesquecível!
Estou diante do melhor thriller da minha lista em 2022?! Acho difícil algum outro romance policial superar, em todos os sentidos, essa leitura. Uma história simples, porém incrivelmente bem contada. Uma narrativa cinematográfica. Personagens inesquecíveis: Graeme, Marion, Charlie, Tony, Frank, Viking...
Um livro intenso, explosivo, que por várias vezes leva o leitor ao chão quase nocauteado. Já entrou para minha humilde seleção dos livros inesquecíveis.
Isabel 05/08/2022minha estante
Agora fiquei com muita, muita vontade de ler esse livro. ?


Fabricio268 05/08/2022minha estante
Isabel, muiiiiiito bom!!! Gostei demais da conta ?


Daniel 05/08/2022minha estante
Só o título é bem provocador e desperta curiosidade.


Janaina Edwiges 10/08/2022minha estante
Sua resenha super incentiva a leitura!




dai bugatti 11/09/2020

Um giro pelo mundo dos gângsters
A história de Charlie é cativante e torcemos para que ele não ceda aí seu destino muitas vezes. Entretanto, nós mesmos nos perdemos em nossas crenças e acabamos nos apaixonando pelo mundo do crime.

Não é o meu livro preferido da Cláudia, mas isso não faz com que ele seja menos do que os outros. Muito bem escrito e com uma linha do tempo bem desenvolvida, tem conflitos reais e personagens que conseguimos nos enxergar. Bem ambientado e com uma jornada excitante! Vale a leitura.
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Erika 26/02/2020

Até onde se vai por vingança? Quanto sangue frio é necessário?
Acompanhe Charlie e descubra...
Certo que não vai se decepcionar...
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Priscila 28/03/2021

Gênero: Máfia
A história não é um romance, nem policial, nem terror, apesar de ter um pouco de cada.

Acho que o gênero é "máfia": muita violência, assassinato, crimes, drogas, prostituição...

Tenso!

Mas muito bem escrito. Charlie é uma confusão, mas você até que consegue entendê-lo... Não justificar seus atos, apenas entender a confusão do garoto.
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Lorena 04/03/2023

Um thriller tão envolvente que vc não consegue parar de ler.
O enredo é interessante, o cenário é bem construído e retrata muitas formas de violência, principalmente a psicológica. Fiquei muito incomodada com a situação vivenciais por Marion. Meu Deus quanta dor ! Penso que o abuso psicológico é pior que o físico, acho que o 1° dói na alma.
Amei a reviravolta de Graeme e toda a força que ela foi adquirindo.
Quis entrar no livro várias vezes e dar uma lição no Tony...
Custei a entender por que Charlie não acabou logo com toda a situação, mas acabei aceitando o misto de sentimentos que o envolvia.


Vale nto a pena ler e MUITO CUIDADO COM GATILHOS !!
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Adriana1161 18/11/2023

Pulp Fiction
Apesar da história ser meio clichê, é muito bem escrita e achei o livro muito bom!
Personagens cativantes, história envolvente, violenta.
Um que de Pulp Fiction!
Desenvolvimento do personagem de Charlie, sua formação.
"violência de um homem é sempre justificada de uma forma ou de outra. A sexualidade de uma mulher não"
"Só uma prostituta e um gângster"
Personagens: Tony, Charlie, Loreen, Graeme, Marion, Viking, Vinnie, Fabricio, Frank Gnocchi, Francesca Strong
Local: NY - Chicago 1983/ Las Vegas 1983 - 1997
@driperini
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Carline 13/07/2023

Vários gatilhos
P livro tem muito gatilho de estupro, então cuidado ao ler. eu achei particularmente que o charlie foi bem frouxo e demorado
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skuser02844 25/03/2021

Adorei
Nessa história, Claudia Lemes nos apresenta o jovem Charlie Walsh e sua busca por vingança contra o próprio pai. Embarcamos com o protagonista para Las Vegas e com ele nos infiltramos na máfia italiana. Embora o plano dele seja simples: entrar para a famiglia Conicci e matar Don Tony, o pai que nunca conheceu; vemos que esta não será uma tarefa fácil. Quanto mais próximo do objetivo, mais fascinado Charlie se sente pela vida do crime. Conseguir dinheiro fácil através de pequenos trabalhos violentos, a prostituição e o prestígio de mafioso corrompem o protagonista, mas mesmo assim não julgamos suas ações. O fato do jovem conviver com a figura paterna que nunca conheceu também o seduz e o afasta de tudo que planejou.
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Patricia 01/04/2023

Nunca me atraí por histórias de vingança, mas tinham tantos comentários bons desse livro que fiquei curiosa com isso de se infiltrar na máfia. Definitivamente gostei e recomendo! Ate me peguei torcendo pela vingança.
Me deixou presa na história, plot twists que eu não esperava e vários detalhes sobre a máfia italiana nos EUA, segundo a autora fruto de muita pesquisa.
Gostei da definição que li de alguém aqui no skoob sobre ser algo tipo uma história de máfia mais feminista, com personagens femininas fortes e profundas, sem aquele clichê de virgem donzela em apuros ou prostituta de carater raso.
O único ponto, não totalmente surpresa mas que me faz ter ressalvas, é que tem BASTANTE gatilho de estupro, então se você também é sensível a esse tema, é bom o aviso
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Janise Martins 22/09/2020

Um Martini com o Diabo
Eu simplesmente, melhor, "complicadamente" amei. A escrita é excelente e a história envolvente. Uma história que se passa dentro da máfia, recheada de segredos, macho alfa, agente Federal, assassinatos, torturas, mentiras, e claro, uma pitada de amor.
Dificílimo comentar e não soltar spoiler, por isso serei sucinta, espero.
Quando Charlie completou seus 18 anos sua mãe contou a verdade sobre seu pai. Fez isso com uma intenção, mas tudo acabou indo em outra direção. O que ela queria era afastar seu filho do mundo do crime, mas...
Charlie com raiva e desejo de vingança foi atrás de seu pai, um famoso mafioso, para matá-lo. No entanto, ao conhecê-lo e se aproximar naquele mundo, aconteceu dele afastar-se da vingança e se envolver cada vez mais.
Charlie foi levado pela adrenalina e por causa de uma prostituta, a qual se apaixonou, se envolveu com as drogas. Esse ponto é importante. Eles se apaixonaram, mas o chefão fez com que eles fossem separados. O que aconteceu com ela foi tão cruel que foi difícil de ler.
Anos se passam e Charlie se envolve cada vez mais, e as coisas mudam mais uma vez quando o chefão se casa. Nesse ponto começa uma guerra interna entre as “famílias”, e a coisa piora quando a prostituta do passado de Charlie quer sua vingança e manipula a máfia através do FBI.
A volta por cima dessa prostituta é admirável. Lamento que Charlie não tenha evoluído, mas confesso que gostei dele.
É um livro excelente, com personagens fortes, na verdade, a história é forte. Nada de mafioso florzinha e mulher virgem bobinha. Eu mais que recomendo.
E foi assim.
Bjoo.


site: https://janiselendo.blogspot.com/2020/09/um-martini-com-o-diabo.html
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Liliane.Pacheco 09/12/2021

Inquietante
Confesso que iniciei a leitura com reservas, porém o livro te prende de uma maneira absurda. Apesar de possuir cenas fortes de violência que mexem com o leitor, vale muito a pena. O livro é politicamente incorreto, então pra quem não vê problema nisso, super indico.
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Kamila 23/12/2016

Aviso: a leitura é pesada, recomendada para estômagos fortes. Quer leitura romântica? Então vai ler Nicholas Sparks, porque ela escreve de um jeito que cativa, mas também surpreende e deixa o leitor com as mais diversas sensações, inclusive náuseas.

Um Martíni com o Diabo começa com o jovem Charlie Walsh (o sobrenome já denuncia sua origem irlandesa) descobrindo suas origens. Sua mãe, Loreen, conta com detalhes e sem pudores, que foi violentada por um mafioso italiano. Charlie, então, saiu de sua casa, em Chicago e resolveu que ia matar seu pai, que vivia em Las Vegas.

Chegando em Vegas, conhecendo as pessoas certas, conseguiu se infiltrar na máfia, liderada por seu pai, Tony Conicci. Para isso, Charlie adotou um sobrenome italiano, pois, naquela época, ser irlandês nos EUA era algo complicado, guardadas as devidas proporções, é como ser negro aqui no Brasil. Mas ele está na máfia, na família. Um caminho sem volta.

Charlie conquista a confiança do capo, e acaba subindo na hierarquia da família. Mas, conforme as responsabilidades vão aumentando, os sentimentos de Charlie vão se confundindo, além de se envolver com as pessoas erradas. O tempo vai passando e o protagonista está muito diferente do que era quando chegou em Vegas. Mas é um carrossel de sentimentos, ele simplesmente não sabe o que fazer. Ele só sabe que: o FBI está na cola, seu pai precisa morrer e ele não deve se apaixonar por uma mulher em especial. Mas poder, dinheiro, drogas e amizades corrompem. E é aí que Charlie deve provar a que veio.

Foi uma boa leitura, mas, como disse no início do texto, eu esperava mais. O livro é muito bem escrito, mais uma vez a Cláudia mostra seu talento ao escrever uma história que, por mais ficcional que seja, é real, muitas coisas descritas no livro realmente aconteceram. Isso mostra também como a autora precisou estudar antes de escrever. Ela criou um Charlie que poderia ser qualquer um de nós, com um espírito vingador, mas com um coração inocente. O jovem, que foi até Vegas atrás do pai, sabia que ser da máfia não era a coisa mais fácil, mas não esperava encontrar o que encontrou.

Tony Conicci era o líder da família Conicci, uma das cinco famílias donas de Las Vegas, que faziam os cassinos e lavanderias circularem milhões de dólares na cidade - e no país. Ele tinha um séquito de associados, mas somente alguns poucos eram de sua extrema confiança, como Vinnie, Viking, Mickey e Frankie. Os Conicci e as demais famílias até se davam bem, desde que não invadissem o espaço um do outro.

Para quem gosta de descrições minuciosas em livros, principalmente descrições de décadas passadas, esse livro é ótimo, porque a autora descreve bem os locais e tudo o que neles acontecia. Em dado momento, essas descrições me cansaram um pouco, por isso acabei demorando um pouco a ler (isso e o fato de ter um TCC para apresentar). Mas, na metade final do livro, quando as coisas complicaram demais, voltei a devorar cada linha, cada página, porque a história começou a pegar fogo. Talvez por isso eu também tenha esperado mais da obra, menos descrições e muito mais ação (tem ação de sobra, mas eu queria mais, rs).

Eu recebi o livro em parceria com a Empíreo e, mais uma vez, a editora está de parabéns, uma edição impecável - como tudo o que eles fazem - sem erros de nenhuma ordem, uma capa muito bonita, condizente com a obra e, logo de cara, tem um organograma com a hierarquia dos Conicci, segundo a visão do FBI, além de um breve vocabulário com termos específicos usados pelos mafiosos.

Quem já leu Eu Vejo Kate e gostou, com certeza vai gostar deste Um Martíni com o Diabo. E se você não conhece a escrita da Cláudia, e procura algo para sair da zona de conforto, aceite minha sugestão, você não vai se arrepender!

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2016/12/resenha-um-martini-com-o-diabo.html
Cláudia 10/05/2019minha estante
Obrigada pela resenha!




mari 30/06/2020

Tim Tim!
Comecei a leitura sem muita expectativa, aliás,com bastante curiosidade,pois alguns amigos já vinham fazendo comentários bem positivos acerca da trama.
O jovem Charlie após descobrir sobre o passado da mãe,e com algumas informações sobre o pai,segue para Las Vegas com sangue nos olhos, vingança era o que movia o rapaz.
As coisas não saem conforme ele esperava, uma vez que sentou a mesa e experimentou da bebida, não poderia voltar.
Escrita fluída,objetiva,sem prolixidade, sem no entanto não deixar em nada falta de entendimento do enredo; Um prólogo de primeira!
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Rafa 27/04/2021

O jovem Charlie Walsh está em Las Vegas, não para tentar a sorte, e sim para matar seu pai, o chefe da máfia italiana, Tony Conicci.O plano era infiltrar-se no restrito grupo de confiança da família Conicci e se aproximar do chefão. Mas Las Vegas corrompe. E o desejo de vingança de Charlie é posto em prova quando ele se vê seduzido por amizades, poder, drogas e dinheiro que a máfia oferece. Ele precisará decidir onde apostar sua lealdade.

Um dos pontos altos do livro, com certeza, é o desenvolvimento dos personagens. Cláudia fez isso com maestria, Todos são retratados sem máscaras. Ela fez questão que o leitor soubesse o tempo inteiro sobre a natureza dos personagens. Tanto as qualidades boas quanto as ruins. Isso acaba dando veracidade pra trama e faz com que você se conecte aos personagens em várias passagens do livro!!!

Claro que o destaque é Charlie!! Um personagem principal à altura da história!! Ele passa por altos e baixos durante o livro. É forçado a fazer coisas terríveis pra poder ser membro da máfia. Apaixona-se, violando uma das regras da instituição o que lhe traz vários problemas. E, principalmente, cria uma relação íntima com o cara que ele quer matar, seu pai!! Essa relação é muito bem construída!! Charlie fica muito confuso sobre se tem que cumprir seu objetivo ou não, o que cria um clima de suspense muito bom!! O que leva a um final eletrizante!!

A ambientação também é excelente. Acompanhamos o desenvolvimento de Las Vegas. E a cidade acaba virando um personagem da história!! As descrições dos lugares ajudam a dar e entender o tom sombrio e violento das ações.

Foi muito bom também como o tema máfia foi inserido na trama. É nitido que a autora fez uma grande pesquisa para escrever sobre isso. Ela mostra com clareza toda a mecânica envolvida nessa instituição. Mostra a hierarquia e explica os nomes usados para designar cada um ali dentro. Foi um lado informativo do livro dos mais interessantes!!

Esse foi o livro mais diferente da autora que eu já li. Não temos um quem matou. Mas uma excelente história de busca por vingança, reconhecimento e redenção!! Merece e muito a sua leitura!!
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